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AULA 2 – INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR • CONCEITOS • A instrumentação em medicina nuclear aborda vários equipamentos e acessórios para a formação de imagens, que são formadas através de captação da radiação ionizante produzida pelos radioisótopos e liberada pelo paciente. • A radiação emitida pelos radioisótopos pode ser detectada por um equipamento conhecido como câmara de cintilação (gama câmara). Câmara de cintilação (Gama câmara). INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR • GAMA CÂMARA • Foi desenvolvido na década de 50 por Hal Anger; • Faz a aquisição de imagens em 2D • Possui dois detectores de radiação (Gama Câmara de 2 cabeças); • Permite a realização de imagens tanto anterior quando posterior da estrutura analisada ao mesmo tempo diminuindo o tempo de aquisição de imagem; • Função do equipamento: Mostrar a distribuição da radiação (radioisótopo) no paciente (Cintilografia). INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR • GAMA CÂMARA • Aparelho com apenas 1 detector, ou seja, apenas de 1 cabeça; • As imagens anterior e posterior são realizadas uma de cada vez; • Demora o dobro do tempo INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR • COMPONENTES DA GAMA CÂMARA • Colimador – Tem a função de absorver os raios gama espalhados, no entanto, apenas os raios que passarem perpendicularmente pelo colimador é o que vai atingir o sistema de detecção. • Cristal (iodeto de sódio com tálio ativado) – coração do equipamento, é onde ocorre a detecção da radiação gama (processo de cintilação) • Fotomultiplicadores – multiplicam o sinal produzido pela cristal. A radiação no paciente é emitida em todas as direções; O paciente é uma fonte emissora de radiação; O profissional ficando próximo do paciente pode receber radiação. INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR • PROCESSO DE CINTILAÇÃO • O cristal (detector (Nal-TI) tem uma rede (cúbica) cristalina; • Os atamos de Na (sódio), I (iodo) e TI (tálio) estão distribuídos nessa rede cúbica cristalina de maneira organizada; • Então, quando a radiação Gama incide nesse cristal ocorre uma conversão da radiação Gama em fótons de luz. • Ocorrendo o processo de cintilação. Ex.: 1 (um) fóton de 99mTc (140 KeV) emite 4.200 fótons luminosos no cristal. INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR • FOTOMULTIPLICADORA – PMT • Efeito fotoelétrico - O efeito fotoelétrico ocorre quando uma placa metálica é exposta a uma radiação eletromagnética de frequência alta, por exemplo, um feixe de luz, e este arranca elétrons da placa metálica. Os fótons de luz chegam na fotomultiplicadora, onde ocorrerá a multiplicação do sinal. Mas antes desse processo ocorre um efeito denominado de efeito fotoelétrico. • Os fótons de luz incidem-se no fotocátodo ocorrendo a emissão de elétrons (efeito fotoelétrico); • O sinal de um elétron é ampliado (1, 3, 6, 9 ....elétrons) até chegar no anodo (atingindo 1000 volts). • E no anodo ocorre um pulso elétrico do sinal que vai para um pré-amplificador e em seguida para um amplificador. Um fotocátodo é uma superfície projetada para converter luz em elétrons usando o efeito fotoelétrico Result. Ampliação do sinal INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR • TIPOS DE COLIMADORES • As gama câmaras dependem de colimadores que estão classificados em quatro tipos: • Furo único (pinhole) • Furos paralelos • Convergentes • Divergentes INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR • COLIMADOR DE FURO ÚNICO (PINHOLE) • Aumenta o campo de visão da região em estudo, possui um ponto focal e o seu campo de visão aumenta com a distância; • Indicação: Obtenção da imagem de tireoide e paratireoide, pois oferece a vantagem da magnificação; • Vantagens: oferece flexibilidade de posicionamento do paciente, permitindo também as incidências oblíquas. • A abertura desse colimador varia geralmente de 3 a 6 mm INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR • COLIMADOR DE FUROS PARALELOS • O colimador de furos paralelos é o mais utilizado na prática clínica diária, e consiste em uma folha de chumbo com milhares paralelos distribuídos uniformemente. Existem os seguintes tipos: • Colimador de baixa energia é usado para baixa energia como a do Tc 99m ou com menos energia; • Colimadores de média energia são usados para radionuclídeos com raios gama até 400 keV tais como o 67Ga, que possui múltiplas radiações gama 93, 185, 300 e 395 keV. • Colimadores de alta energia para maiores que 364 KeV (ex: 131I) INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR • COLIMADORES DE FUROS CONVERGENTES • Aumenta o campo de visão da região em estudo; • São utilizados para magnificar a imagem geometricamente; • São aplicados especialmente em medicina nuclear pediátrica, tendo substituído parcialmente os colimadores pinhole. • A maior desvantagem é a distorção da imagem, pois cada porção do alvo é aumentada ou diminuída de forma distinta, dependendo da distância entre a localização específica e o colimador. INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR • COLIMADORES DE FUROS DIVERGENTES • Proporciona amplo campo de visão, • Permitem a imagem de maior área corporal que a permitida pelo colimador de furos paralelos. • Desvantagem: Um colimador divergente reduz a imagem e degrada tanto a sensibilidade como a resolução, que irão piorar com o aumento da distância ao colimador. • Este tipo de colimador é útil somente quando é necessário visionar uma estrutura maior que o tamanho do detector. INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR • CALIBRAÇÃO DO APARELHO • Todo aparelho de medicina nuclear depende de uma calibração diária, para verificação das fotomultiplicadoras, pois é através delas que as imagens captadas devem sair homogêneas, uma vez que, caso a imagem não esteja homogênea, o exame não será́ 100% fiel, podendo causar um falso positivo na imagem, e levando a um laudo duvidoso. • A calibração deve ser feita com uma fonte radioativa e seguir o protocolo de calibração do aparelho. • Utilizar o colimador de acordo com a fonte utilizada para calibração. INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR PET/CT SPECT Tomografia Computadorizada por Emissão de Fóton ÚnicoTomografia Computadorizada por Emissão de Pósitrons DIFERENÇAS INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR • PET-CT versus SPECT • São duas modalidades dentro da medicina nuclear, que diferem no tipo de radioisótopo utilizado. PET-CT • Usa emissores de pósitrons • Que possuem meia vida curta • Exemplo: FDG-18F (fluordeoxiglicose) - meia vida curta de 2 horas. • Gálio 68 - meia vida cerca de 1 hora • São incorporados em moléculas presentes no organismo (Flúor 18 + glicose) • Sensibilidade 2 x maior que o SPECT • Aquisição rápida • Usa pouca quantidade do radioisótopos • Equipamento e radioisótopos caros (utiliza Cíclotrons) SPECT • Radioisótopos de meia vida longa • Ex: I131 (8 dias), • Ex: Tc 99m (6horas) • Não tem incorporação no organismos (exceto o Iodo) • Os estudos tem processos mais lentos • Menor sensibilidade • Radioisótopos mais baratos (ex. Tc 99m) • Fáceis de distribuição no organismo devido a meia vida ser mais longa. P ET – C T • O PET/CT analisa o metabolismo e anatomia do corpo do paciente. • Utilizado em caso de câncer para avaliar o estágio do tumor e a avaliação da eficácia do tratamento para planejamento radioterápico. • Também avalia a saúde de quem já sofreu infarto e disfunções cerebrais. • Uma das grandes vantagens deste exame é poder identificar alterações corporais no nível celular e detectar o início precoce da doença. INSTRUMENTAÇÃO EM MEDICINA NUCLEAR SP EC T • A SPECT pode fornecer informações acerca da circulação sanguínea (fluxo sanguíneo) e da distribuição de substancias radioativas no organismo. • Pode ser usado para ajudar no diagnóstico de convulsões, derrames, fraturas por estresse, infecções, tumores, estadiamento de metástases ósseas, doenças gastrointestinais, renais. • Avaliando a função e processos fisiológicos dos órgãos capturando imagens em 2D e 3D. FIM
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