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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
SIMULADO 1 
 
 
 
PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
ÁREA: DIREITO PENAL 
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘ 
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela 
Fundação Getúlio Vargas. 
Padrão de Resposta Simulado 
Prova Prático-Profissional –Exame de Ordem Unificado -Prof. Nidal Ahmad 
Página 1 
 
 
PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL 
 
Enunciado 
 
Wilson, gerente da empresa XYZ Ltda., indignado com a possibilidade de o seu colega Carlos ser promovido a 
Diretor-Geral da empresa, com sede em Niterói/RJ, afirmou, na reunião de comitê, realizada no dia 05 de março de 
2020, que ele teria, na semana anterior, precisamente no dia 28 de fevereiro de 2020, durante uma discussão, 
empurrado uma colega, praticando a contravenção de vias de fato. Além disso, nessa mesma reunião, perante 
Pedro, João e Maria, integrantes do comitê da empresa, afirmou que Carlos era incompetente e preguiçoso. No dia 
seguinte, Maria contou a Carlos o teor das declarações de Wilson, ressaltando que foram proferidas na presença 
de todos os integrantes da reunião de Comitê. Carlos, extremamente irritado e envergonhado, ficou sem reação, 
não conseguindo disfarçar o constrangimento. Passados alguns dias da data dos fatos, Carlos procurou seu 
escritório de advocacia e narrou a conduta de Wilson que o deixou envergonhado, pedindo providências na seara 
criminal. Você, na qualidade de advogado(a) de Carlos, deve assisti-lo. Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado 
do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais e Juizados Especiais Criminais. 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija 
a peça cabível, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes, datando-a, ainda, no último dia do prazo. 
(Valor: 5,00) 
 
Obs.: A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à 
pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. 
 
Gabarito comentado 
 
O examinando deve redigir a peça Queixa-Crime (ação penal de iniciativa privada, exclusiva ou 
propriamente dita), com fundamento no Art. 41 do CPP E/OU no Art. 100, § 2º, do CP, c/c o Art. 30 do CPP, dirigida 
ao Juizado Especial Criminal de Niterói/RJ. 
Os crimes contra a honra narrados no enunciado são de menor potencial ofensivo (Art. 61 da Lei nº 
9.099/95). Não obstante a incidência de causa especial de aumento de pena e do concurso formal imperfeito, a 
pena máxima não ultrapassa o patamar de 2 anos. Isso porque a pena máxima do crime de difamação (Art. 139 do 
CP) é de 01 ano, e com o acréscimo de 1/3, em relação à causa de aumento de pena do Art. 141, inciso III, do CP, 
resultará em 01 ano e 04 meses. O crime de injúria (Art. 140 do CP) prevê pena máxima de 06 meses, com o 
acréscimo de 1/3, em relação à causa de aumento de pena do Art. 141, inciso III, do CP, ficará em 08 meses. Como 
se trata de concurso formal imperfeito (Art. 70, segunda parte, do CP), as penas devem ser somadas (01 ano e 04 
meses + 08 meses = 24 meses = 02 anos). 
A queixa-crime, como petição inicial da ação penal privada, deve conter os requisitos do Art. 41 do CPP. 
A queixa-crime será proposta pelo ofendido (querelante), patrocinado por advogado(a), sendo exigida para esse 
ato processual capacidade postulatória, de tal sorte que da procuração devem constar poderes especiais (Art. 44 
do CPP). 
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
SIMULADO 1 
 
 
 
PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
ÁREA: DIREITO PENAL 
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘ 
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela 
Fundação Getúlio Vargas. 
Padrão de Resposta Simulado 
Prova Prático-Profissional –Exame de Ordem Unificado -Prof. Nidal Ahmad 
Página 2 
 
 
O examinando, deveria, assim, redigir a queixa-crime de acordo com o Art. 41 do CPP, observando, 
necessariamente, os requisitos ali estabelecidos, a saber: “a exposição do fato criminoso, com todas as suas 
circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do 
crime e, quando necessário, o rol das testemunhas”. Quanto à qualificação, deveria o examinando propor a Queixa-
Crime contra o querelado Wilson. 
Em relação à estrutura, deveria o examinando, ainda, apresentar relato dos fatos descritos no enunciado, 
com exposição dos fatos criminosos (difamação, por afirmar que o querelante teria, durante uma discussão, 
empurrado uma colega, praticando a contravenção de vias de fato), e injúria (porque afirmou que Carlos era 
incompetente e preguiçoso). Ressalta-se que nos dois casos não há que se falar em crime de calúnia, pois, nos 
termos do Art. 138 do CP, o agente deveria imputar falsamente fato definido como crime, e Wilson imputou fato 
definido como a contravenção prevista no Art. 21 do Dec-Lei 3.688/41, além de ter ofendido a dignidade do 
ofendido, sem imputar FATO definido como crime. 
Além disso, deveria o candidato mencionar a causa de aumento de pena por ter sido a difamação e a 
injúria proferida na presença de várias pessoas, bem como a tipificação dos delitos, praticados em concurso formal 
imperfeito (Arts. 139 e 140, ambos combinados com o Art. 141, inciso III, na forma do Art. 70, segunda parte, todos 
do CP). Além disso, também é observado na estrutura da peça o respeito às formalidades técnico-jurídicas 
pertinentes, tais como: existência de endereçamento, divisão das partes, aposição de local, data advogado, OAB, 
dentre outros. 
Acerca da ocorrência de concurso formal imperfeito, cumpre destacar que o enunciado da questão, de 
modo expresso, indicou que Wilson afirmou que Carlos teria, durante uma discussão, empurrado uma colega, 
praticando a contravenção de vias de fato, e, no mesmo contexto fático, com desígnios autônomos, chamou-o de 
incompetente e preguiçoso. 
Ao final, o examinando deveria formular os seguintes pedidos: 
a) a designação de audiência preliminar ou de conciliação; b) a citação do querelado; c) o recebimento da 
queixa-crime; d) a oitiva das testemunhas arroladas; e) a procedência do pedido, com a consequente condenação 
do querelado nas penas dos Arts. 139 e 140, ambos do Código Penal c/c o Art. 141, inciso III, na forma do Art. 70, 
segunda parte, todos do CP; f) a fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do Art. 387, inciso IV, do CPP. 
Deveria, ainda, apresentar o rol de testemunhas, indicando expressamente os nomes das testemunhas 
apontadas no próprio enunciado, a saber: Pedro, João e Maria. 
Datar a peça no dia 05/09/2020. 
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
SIMULADO 1 
 
 
 
PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
ÁREA: DIREITO PENAL 
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘ 
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela 
Fundação Getúlio Vargas. 
Padrão de Resposta Simulado 
Prova Prático-Profissional –Exame de Ordem Unificado -Prof. Nidal Ahmad 
Página 3 
 
 
Distribuição de pontos 
 
ITEM PONTUAÇÃO 
1. Endereçamento0 
Endereçamento correto: Juizado Especial Criminal da Comarca de Niterói/RJ (0,10) 0/0,10 
2. Indicação Correta do dispositivo legal que embasa a queixa-crime 
Art. 41 e 44 do CPP OU Art. 100, §2º, do CP OU o Art. 30, do CPP OU Art. 145 do CP (0,10). 0/0,10 
3. Qualificação do querelante e do querelado 
Indicação da qualificação do querelante (0,10) e do querelado (0,10) 0/0,10/0,20 
4. Procuração com poderes especiais 
Existência de Procuração com poderes especiais (0,20) de acordo com o artigo 44 do CPP em 
anexo (0,10) OU menção acerca de sua existência no corpo da qualificação (0,30) 
0/0,10/ 
0,20/0,30 
5. Exposição dos fatos criminosos 
Descrição do delito de difamação (0,50) e sua classificação típica (Art. 139 do CP) (0,10) 0/0,10/ 
0,50/0,60 
6 Exposição dos fatos criminosos 
Descrição do delito de injúria (0,50) e sua classificação típica (Art. 140 do CP) (0,10) 0/0,10/ 
0,50/0,60 
7. Causa de aumento 
Incidência da causa de aumento de pena por estar na presença de várias pessoas (0,20), nos 
termos do Art. 141, inciso III, do CP (0,10) 
0/0,10/ 
0,20/0,30 
8. Concurso formal imperfeito 
Incidência do concurso formal imperfeito (0,20), previsto no Art. 70, segunda parte, do CP 
(0,10). 
0/0,10/0,20/ 
0,30 
9. Dos Pedidos 
a) Designação de audiência preliminar ou de conciliação (0,20) 0/0,20 
b) recebimento da queixa-crime (0,20) 0/0,20 
c) a citação do querelado (0,20); 0/0,20 
d) A condenação do querelado (0,50) pelo crime de difamação (Art. 139 do CP) (0,10) e pelo 
crime de injúria (Art. 140 do CP) (0,10), com a causa de aumento de pena (Art. 141, inciso III, 
do CP) (0,10) em concurso formal imperfeito de delitos (Art. 70, segunda parte, do CP) (0,10) 
0/0,10/0,20/ 
0,30/0,40/0,50/ 
0,60/0,70/0,80/ 
0,90 
e) a produção de todas as provas admitidas de direitos, especialmente oitiva das testemunhas 
arroladas (0,20); 
0/0,20 
f) a fixação de valor mínimo de indenização (0,20), nos termos do Art. 387, inciso IV, do CPP 
(0,10) 
0/0,10/ 
0,20/0,30 
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
SIMULADO 1 
 
 
 
PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
ÁREA: DIREITO PENAL 
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘ 
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela 
Fundação Getúlio Vargas. 
Padrão de Resposta Simulado 
Prova Prático-Profissional –Exame de Ordem Unificado -Prof. Nidal Ahmad 
Página 4 
 
 
10. Rol de Testemunhas 
Arrolar as testemunhas Pedro, João e Maria (0,20) 0/0,20 
11. Estrutura Correta 
 Divisão das partes / indicação de local, data, advogado e OAB (0,10) 0/0,10 
12. Data 
Datar a peça no dia 05/09/2020 (0,20) 0/0,20 
TOTAL 5,00 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI/RJ 
 
 
 
 
 
CARLOS, nacionalidade..., estado civil..., profissão ..., RG nº..., 
CPF nº ..., endereço eletrônico ..., residente e domiciliado ..., por meio do seu 
procurador infra-assinado, mediante procuração com poderes especiais em 
anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, oferecer a 
presente QUEIXA-CRIME com base nos artigos 30, 41, 44 do Código de processo 
Penal, e artigo 100, §2º do Código de Penal, contra WILSON, nacionalidade..., 
estado civil..., profissão..., RG nº..., CPF nº ..., endereço eletrônico..., residente e 
domiciliado..., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
I) DOS FATOS 
No dia 05 de março de 2020, durante a reunião de comitê da 
empresa XYZ Ltda., com sede em Niterói/RJ, o querelado difamou e injuriou o 
querelante, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação, bem como ofendeu sua 
dignidade e decoro, na presença de integrantes do comitê da empresa. 
Na ocasião, o querelado afirmou, na presença de várias pessoas, 
dentre eles Pedro, João e Maria, que o querelante teria, no dia 28 de fevereiro de 
2020, durante uma discussão, empurrado uma colega, praticando a contravenção 
de vias de fato, chamando-o ainda de preguiçoso e incompetente, com o intuito 
de ofender a sua honra. 
Os crimes de difamação e injúria foram praticados na presença de 
várias pessoas, já que o querelado fez as afirmações contra a honra do querelante 
durante reunião de comitê da empresa, na presença de várias pessoas, dentre 
elas Pedro, João e Maria. 
 
II) DO DIREITO 
Ao afirmar, na presença de várias pessoas, que o querelante teria, 
durante uma discussão, empurrado uma colega, praticando a contravenção de 
vias de fato, o querelado praticou o crime de difamação, previsto no artigo 139 c/c 
141, inciso III, ambos do Código Penal. 
Ao afirmar, na presença de várias pessoas, que o querelante era 
preguiçoso e incompetente, com a intenção de denegrir sua honra, o querelado 
praticou o crime de injúria, previsto no artigo 140, c/c 141, inciso III, ambos do 
Código Penal. 
O querelado praticou os crimes de difamação e injúria em concurso 
formal imperfeito de crimes, nos termos do artigo 70, segunda parte, do Código 
Penal, já que com uma ação praticou dois crimes com desígnios autônomos, no 
mesmo contexto fático. 
Ao cometer os crimes de difamação e injúria na presença de várias 
pessoas, o querelante incorreu, para cada um dos delitos, na causa de aumento 
de pena, prevista no artigo 141, inciso III do Código Penal. 
 
III) DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer o querelante: 
a) A designação de audiência preliminar ou de conciliação, nos termos do artigo 
72 da Lei 9099/95; 
b) O recebimento da queixa-crime; 
c) Citação do querelado; 
d) A procedência do pedido, com a consequente condenação do querelado nas 
penas dos artigos 139 e 140 do Código Penal c/c o artigo 141, inciso III, na forma 
do artigo 70, segunda parte, todos do Código Penal. 
e) A produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente a prova 
testemunhal, com designação de audiência para a oitiva das testemunhas 
arroladas; 
 
f) A fixação do valor mínimo de indenização, nos termos do artigo 387, inciso IV 
do Código de Processo Penal. 
ROL DE TESTEMUNHAS: 
1) Pedro; 
2) João; 
3) Maria. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local..., 05 de setembro de 2020 
 
Advogado... 
OAB... 
 
 
 
 
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
SIMULADO 1 
 
 
 
PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
ÁREA: DIREITO PENAL 
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘ 
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela 
Fundação Getúlio Vargas. 
Padrão de Resposta Simulado 
Prova Prático-Profissional –Exame de Ordem Unificado -Prof. Nidal Ahmad 
Página 5 
 
 
PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 1 
 
Enunciado 
 
Félix Solano nutria inimizade com Bruno Salvador, por conta de disputa de uma área de terras. No dia 25 de março 
de 2016, Félix Solano percebeu a camioneta de Bruno estacionada num local distante da movimentação urbana, 
e, não satisfeito, pegou um prego e passou sobre a lataria do veículo. A ação foi visualizada por Lutero Fontoura, 
conhecido de Bruno, que, por acaso, passava pelo local no momento em que Félix danificou o referido veículo. 
Dois dias depois (27 de março de 2016), Lutero contou a Bruno que Félix foi o autor do dano provocado no seu 
veículo. Diante disso, Bruno contrata um advogado, que ajuíza, no dia 26 de setembro de 2016, queixa-crime 
contra Félix pela prática do delito de dano, previsto no artigo 163, “caput”, do Código Penal. O magistrado do 
JuizadoEspecial Criminal ao qual foi distribuída a peça processual profere decisão rejeitando a queixa-crime, 
afirmando se tratar de clara hipótese de decadência. A defesa foi intimada da decisão no dia 04 de outubro de 
2016 (terça-feira). Com base somente nas informações acima, responda: 
 
a) Qual é o recurso cabível contra a decisão de rejeição da queixa-crime e qual o último dia do prazo? (Valor: 
0,60) 
 
b) Agiu corretamente o Magistrado ao rejeitar a queixa-crime? (Valor: 0,65) 
 
Obs.: O(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere 
pontuação. 
 
Gabarito comentado 
 
A) Como se trata de crime de menor potencial ofensivo, o recurso cabível é Apelação, de acordo com o artigo 82 
da Lei 9099/95. Último dia do prazo: 14/10/2016. 
 
B) O Magistrado se equivocou, uma vez que o prazo decadencial começa a contar da ciência da autoria do fato, nos 
termos do artigo 38 do CPP. No caso, o prazo decadencial de seis meses começou a correr no dia 27 de março de 
2016, sendo, portanto, o último dia do prazo para o ajuizamento da queixa-crime o dia 26 de setembro de 2016. 
Ressalta-se que a contagem do prazo decadencial segue a regra do artigo 10 do Código Penal. 
 
 
Distribuição de pontos 
 
ITEM PONTUAÇÃO 
a) O examinando deve indicar que o recurso cabível é o de apelação (0,30), com base no artigo 
82, da Lei 9.099/95 (0,10). Último dia do prazo: 14/10/2016 (0,20) 
0/0,10/0,20/0,30 
0,40/0,50/0,60 
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
SIMULADO 1 
 
 
 
PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
ÁREA: DIREITO PENAL 
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘ 
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela 
Fundação Getúlio Vargas. 
Padrão de Resposta Simulado 
Prova Prático-Profissional –Exame de Ordem Unificado -Prof. Nidal Ahmad 
Página 6 
 
 
b) O examinando deve indicar que o Magistrado se equivocou, uma vez que o prazo 
decadencial começa a contar da ciência da autoria do fato (0,30), nos termos do artigo 38 do 
CPP E/OU artigo 103 do CP (0,10). No caso, o prazo decadencial de seis meses começou a 
correr no dia 27/03/2016, sendo, portanto, o último dia do prazo para o ajuizamento da 
queixa-crime o dia 26/09/2016 (0,25) 
0/0,10/0,25/0,30 
/0,35/0,40/0,55/ 
0,65 
 
 
 
 
A) Como se trata de crime de menor potencial ofensivo, o recurso 
cabível é Apelação, de acordo com o artigo 82 da Lei 9.099/95. O último 
dia do prazo é 14/10/2016. 
 
B) O Magistrado se equivocou, uma vez que o prazo decadencial 
começa a contar da ciência da autoria do fato, nos termos do artigo 38 
do Código De Processo Penal ou artigo 103 do Código Penal. No caso, 
o prazo decadencial de seis meses começou a correr no dia 27 de 
março de 2016, sendo, portanto, o último dia do prazo para o 
ajuizamento da queixa-crime o dia 26 de setembro de 2016. 
Ressaltando que a contagem do prazo decadencial segue a regra do 
artigo 10 do Código Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
SIMULADO 1 
 
 
 
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ÁREA: DIREITO PENAL 
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘ 
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Página 7 
 
 
 
PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 2 
 
Enunciado 
 
Ao final de uma confraternização da empresa, com troca de presentes entre os funcionários, Wilson, quando 
deixava o local, acabou por levar consigo o presente do seu colega Lúcio, supondo ser o que havia ganho da colega 
Lucrécia, tendo em vista que as caixas dos presentes eram idênticas. Após perceber o sumiço do seu presente e 
acreditando ter sido vítima de crime patrimonial, Lúcio compareceu à Delegacia para registrar o ocorrido, ocasião 
em que foram ouvidas testemunhas presenciais, que afirmaram ter visto Wilson sair com aquele objeto. Wilson, ao 
tomar conhecimento da investigação, compareceu em sede policial e indicou onde o objeto estava, sendo o bem 
apreendido no dia seguinte em sua residência. Após a conclusão do inquérito policial, o Ministério Público ofereceu 
denúncia, imputando a Wilson o crime de furto, nos termos do Art. 155 do CP. Wilson foi citado no dia 04 de março 
de 2019 (segunda-feira), sendo o mandado de citação juntado aos autos no dia 12 de março de 2019 (terça-feira). 
Considerando as informações narradas, na condição de advogado(a) de Wilson, responda aos itens a seguir: 
 
A) Qual peça a defesa de Wilson deverá apresentar e qual o último dia do prazo para apresentá-la? (Valor: 0,60) 
 
B) Qual argumento de direito material deverá ser apresentado em busca da absolvição de Wilson? Justifique 
(Valor: 0,65) 
 
Obs.: O(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere 
pontuação. 
 
Gabarito comentado 
 
A) O examinando deveria indicar que a peça cabível é Resposta à Acusação, com base no Art. 396 ou Art. 396-A, 
ambos do CPP. Deveria, ainda, o(a) candidato(a) apontar como último dia do prazo o dia 14 de março de 2019. O 
prazo para elaboração da Resposta à Acusação é de 10 dias, nos termos do artigo 396 do Código de Processo Penal, 
sendo que citação de Wilson ocorreu no dia 04 de março de 2019, sendo o último dia 14 de março de 2019. 
 
B) Em relação ao argumento de direito material, deveria a defesa de Wilson pleitear a absolvição, sob o fundamento 
de que o fato não constitui crime ou fato atípico. Trata-se de erro de tipo essencial evitável ou vencível, de modo 
que haverá exclusão do dolo, devendo o agente responder pelo crime culposo, desde que previsto em lei, nos 
termos do Art. 20, “caput”, do CP. Como não há furto na modalidade culposa, o fato não constitui crime ou é fato 
atípico. Logo, Wilson deve ser absolvido sumariamente, com base no Art. 397, inciso III, do CPP. 
 
 
ponto 
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“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘ 
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela 
Fundação Getúlio Vargas. 
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Distribuição de pontos 
 
 
ITEM PONTUAÇÃO 
a) A peça cabível seria Resposta à Acusação (0,30), com base no Art. 396 E/OU Art. 396-A, 
ambos do CPP (0,10). Prazo: 14.03.2019 (0,20). 
0/0,10/0,20/0,30 
0,40/0,50/0,60 
b) Desenvolvimento fundamentado acerca do erro de tipo essencial (0,20), previsto no Art. 
20, “caput”, do CP (0,10), que exclui o dolo, permitindo a punição por crime culposo, se 
previsto em lei. Como não há furto na modalidade culposa, o fato é atípico ou não constitui 
crime (0,15). O Pedido é de absolvição sumária (0,10), com base no Art. 397, inciso III, do 
CPP (0,10). 
0/0,10/0,15/ 
0,20/0,25/0,30/ 
0,35/0,40/ 
0,45/0,50/0,55/ 
0,60/0,65 
 
 
 
A) A peça cabível é Resposta à Acusação, com base no artigo 396 e/ou 
396-A,ambos do Código processo Penal. O último dia do prazo seria 
14 de março de 2019. 
 
B) A tese de direito material seria que o fato não constitui crime ou fato 
atípico. No caso, Wilson, quando deixava o local, acabou por levar 
consigo o presente do seu colega Lucio, supondo ser o que havia ganho 
da colega Lucréia, tendo em vista que as caixas dos presentes eram 
idênticas. Trata-se de erro de tipo essencial evitável ou vencível, haverá 
exclusão do dolo, devendo o agente responder pelo crime culposo, 
desde que previsto em lei, nos termos do artigo 20, ‘caput’ do Código 
Penal. Como não há furto na modalidade culposa, o fato não constitui 
crime ou é fato atípico. Logo, Wilson deve ser absolvido sumariamente, 
com base no artigo 397, III do Código de Processo Penal. 
 
 
 
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“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘ 
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela 
Fundação Getúlio Vargas. 
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PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 3 
 
Enunciado 
 
Tício, com 21 anos de idade e dotado de pleno discernimento, decide dar cabo à vida de Januário, seu inimigo. Para 
tanto, dirige-se até a residência de Wilson, solicitando que ele execute a ação voltada para eliminar a vida de 
Januário. Surpreso, Wilson afirmou que não tinha qualquer motivo para matar Januário, razão pela qual não 
atenderia à solicitação. Descontente com a recusa de Wilson, Tício se dirigiu à escola do filho de Wilson, que contava 
com 10 anos de idade, e o convenceu a acompanhá-lo até a sua residência. Após, enviou para Wilson um vídeo 
contendo a imagem do seu filho, com a determinação de que eliminasse a vida de Januário, caso contrário mataria 
a criança. Diante disso, Wilson, apavorado com a possibilidade de o filho ser morto, dirigiu-se até a residência de 
Januário e efetuou um disparo de arma de fogo, matando-o. Após conclusão do inquérito policial, que apontou Tício 
como mandante e Wilson como executor do crime de homicídio, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Tício 
e Wilson pela prática do crime homicídio, nos termos do artigo 121 c/c 29, ambos do Código Penal. Ao longo da 
instrução, Wilson apresentou a gravação contendo a imagem do filho em poder de Tício, bem como a exigência deste 
para que matasse Januário, acrescentando que, na ocasião, não tinha outra opção, senão atender à exigência, já que 
seu filho seria morto. Encerrada a instrução e apresentadas as respectivas alegações finais, o Magistrado proferiu 
decisão de pronúncia, encaminhando Tício e Wilson a julgamento perante o plenário do Júri pela prática do crime do 
art. 121 c/c 29, ambos do Código Penal. A defesa de Wilson foi intimada no dia 11.03.2016 (sexta-feira). 
Analise o caso narrado e, com base apenas nas informações dadas, responda, na condição de advogado de Wilson, 
aos itens a seguir. 
 
A) Qual o recurso cabível para combater a decisão do Magistrado e qual o último dia para sua interposição? (Valor: 
0,60) 
 
B) Qual argumento de direito material deverá ser apresentado para combater a decisão do Magistrado em relação à 
Wilson e qual o pedido deve ser formulado? Justifique. (Valor: 0,65) 
 
Obs.: O(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A simples menção ao dispositivo legal não será 
pontuada. 
 
Gabarito comentado 
 
A) O candidato deve responder que o recurso cabível é o Recurso em Sentido Estrito, com base no artigo 581, inciso 
IV, do Código de Processo Penal. Prazo: 18.03.2016. 
 
B) O argumento de direito material seria o de que Wilson deveria ser absolvido por inexigibilidade de conduta 
diversa. Para que determinada conduta seja considerada crime, deve ela ser típica, ilícita e culpável. Um dos 
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podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘ 
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela 
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elementos da culpabilidade é a exigibilidade de conduta diversa, sendo, portanto, a inexigibilidade de conduta 
diversa uma causa de exclusão da culpabilidade. Deveria o examinando alegar que, diante das circunstâncias e das 
particularidades do caso concreto, em especial ao fato de Tício estar com o filho de Wilson, tendo, inclusive, 
ameaçado matá-lo, se não atendesse à exigência de eliminar a vida de Januário, não seria possível exigir outra 
conduta do acusado. Logo, em relação à Wilson incidiu a hipótese de coação moral irresistível, causa excludente de 
culpabilidade, conforme previsão do Art. 22 do Código Penal. No caso de coação moral irresistível, somente deve 
responder pela infração o autor da coação. Assim, na forma do Art. 415, inciso IV, do Código de Processo Penal, 
deveria o réu ser absolvido sumariamente. 
 
 
Distribuição de pontos 
 
ITEM PONTUAÇÃO 
a) Recurso em sentido estrito (0,30), nos termos do artigo 581, IV, do Código de Processo Penal 
(0,15). Prazo: 18.03.2016 (0,15). 
0,00/0,15/ 
0,30/0,45/0,60 
b) Desenvolvimento fundamentado de que Wilson agiu sob coação moral irresistível (0,25), 
sendo certo que não era exigível dele conduta diversa E/OU que incidiu causa excludente de 
culpabilidade (0,20). Pedido de absolvição sumária (0,10), com base no artigo 415, inciso IV, do 
Código de Processo Penal (0,10). 
0,00/0,10/0,20/ 
0,25/0,30/0,35/ 
0,40/0,45/ 
0,55/0,65 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A) A peça cabível é Recurso em Sentido Estrito, nos termos do artigo 
581, inciso IV do Código de Processo Penal. O último dia do prazo é 
18/03/2016. 
 
B) O argumento de direito material seria o de que Wilson deveria ser 
absolvido sumariamente, diante da causa de exclusão da culpabilidade. 
Wilson foi acusado de ter praticado o crime de homicídio. Todavia, 
Wilson somente praticou a conduta, porque Tício estava com seu filho, 
tendo, inclusive, ameaçado matá-lo, se não atendesse à exigência de 
eliminar a vida de Januário. Logo, não seria possível exigir outra 
conduta do acusado, caracterizando a hipótese de coação moral 
irresistível, causa excludente de culpabilidade, conforme previsão do 
artigo 22 do Código Penal. No caso de coação moral irresistível, 
somente deve responder pela infração o autor da coação. Assim, na 
forma do artigo 415, inciso IV do Código de Processo Penal, deveria o 
réu Wilson ser absolvido sumariamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘ 
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PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 4 
 
Enunciado 
 
Wilson, que contava com 25 anos de idade à época dos fatos, no dia 03 de março de 2020, resolveu se dirigir a um 
restaurante conhecido da cidade e, fingindo ser manobrista, recebe do proprietário a respectiva chave e, em seguida, 
desaparece com o carro, sendo o fato registrado pelo lesado na delegacia da área. No dia seguinte, o fato é 
descoberto e o carro recuperado, não sofrendo a vítima, que contava com 50 anos de idade, qualquer prejuízo 
patrimonial, razão pela qual afirmou não ter mais interesse em relação a qualquer procedimento criminal. Não 
obstante, a autoridade policial concluiu o inquérito policial. O Ministério Público, após analisar os elementos 
informativos que constam no inquérito policial, ofereceu denúncia contra Wilson, imputando-lhe a prática do crime 
de estelionato, previsto no Art. 171, “caput”, do CP. Recebida a denúncia, Wilson foi citado no dia 21 de setembro 
de 2020 (segunda-feira). Apavorado, Wilson procurou você para, na condição de advogado(a), assumir a causa. 
Considerando apenas as informações narradas, responda, na condição de advogado(a) de Wilson, aos itens a seguir. 
 
A) Qual peça a ser apresentada em favor de Wilson, e qual o último do prazo? Justifique. (Valor: 0,65) 
 
B) Existe argumento de direito material a ser apresentado em favor de Wilson? Justifique. (Valor: 0,60) 
 
Obs.: O examinando deve fundamentar suas respostas. A simples menção ao dispositivo legal não confere 
pontuação. 
 
Gabarito comentado 
 
a) O candidato deveria afirmar que a peça cabível seria Resposta à Acusação, com base nos Arts. 396 e 396-A, ambos 
do CPP. E o último dia para apresentar a Resposta à Acusação seria o dia 01/10/2020, quinta-feira. 
 
b) O candidato deveria afirmar que existe tese de direito material a ser apresentada em favor de Wilson. A partir da 
Lei 13.964/2019, que introduziu o § 5º no Art.171 do CP, o crime de estelionato passou a ser, via de regra, crime de 
ação penal pública condicionada à representação. Ou seja, para oferecimento da denúncia seria necessária a 
representação do ofendido, dentro do prazo de 06 meses a contar da ciência da autoria do fato. Como, no caso, a 
vítima manifestou desinteresse em relação a qualquer procedimento criminal, bem como escoado o prazo de 06 
meses para representar, operou-se a decadência do direito de representação, devendo ser extinta a punibilidade do 
réu, nos termos do Art. 107, inciso IV, do CP. Logo, deverá o réu ser absolvido sumariamente, com base no Art. 397, 
inciso IV, do CPP. 
 
 
 
 
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“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, 
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” 
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘ 
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela 
Fundação Getúlio Vargas. 
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Distribuição de pontos 
 
ITEM PONTUAÇÃO 
a) A peça cabível seria Resposta à Acusação (0,30), com base nos Arts. 396 e 396-A, ambos do 
CPP (0,10). O último dia para apresentar a Resposta à Acusação seria o dia 01/10/2020 (0,25). 
0/0,10/ 
0,25/0,30/0,35/ 
0,40/0,55/0,65 
b) O crime de estelionato é de ação penal pública condicionada à representação (0,10), nos 
termos do Art. 171, § 5º, do CP (0,10). Operou-se a decadência do direito de representação 
(0,10), devendo ser extinta a punibilidade do réu, nos termos do Art. 107, inciso IV, do CP (0,10). 
Logo, deverá o réu ser absolvido sumariamente (0,10), com base no Art. 397, inciso IV, do CPP 
(0,10). 
 
0/0,10/0,20/0,30/ 
0,40/0,50/0,60 
 
 
 
A) A peça cabível seria Resposta à Acusação, com base no artigo 396 
e/ou 396-A, ambos do Código de Processo Penal. E o último dia para 
apresentar a resposta à acusação seria o dia 01/10/2020. 
 
B) O Ministério Público, após analisar os elementos informativos que 
constam no inquérito policial, ofereceu denúncia contra Wilson, 
imputando-lhe a prática do crime de estelionato, previsto no artigo 171, 
‘caput’, do Código Penal. Todavia, a partir da Lei 13.964/2019, que 
introduziu o §5º no artigo 171 do Código Penal, o crime de estelionato 
passou a ser, via de regra, crime de ação penal pública condicionada à 
representação. Ou seja, para oferecimento da denúncia seria 
necessária a representação do ofendido, dentro do prazo de 06 meses 
a contar da ciência da autoria do fato. Como, no caso, a vítima 
manifestou desinteresse em relação a qualquer procedimento criminal, 
bem como ter escoado o prazo de 06 meses para representar, operou-
se a decadência do direito de representação, devendo ser extinta a 
punibilidade do réu, nos termos do artigo 107, inciso IV do Código 
Penal. Logo, deverá o réu ser absolvido sumariamente, com base no 
artigo 397, inciso IV do Código de Processo Penal. 
 
 
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