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Ofídios do Brasil

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Por: @mariany.vl 
 
 Toda cobra tem veneno (a glândula que produz), 
nem todas elas têm peçonha, e nem todas elas vão 
inocular o veneno 
 Acidentes mais frequentes: jararaca, cascavel, 
coral, surucucu 
➢ Histórico: aproximadamente 28.000 
acidentes oficiosos no Brasil, letalidade de 
0,4%, óbito 300 por ano em estimativa. No 
Brasil existem aproximadamente 380 
espécies de serpentes sendo 60 
peçonhentas 
➢ Produção de soro em 1901 
Obs: jararaca é a mais perigosa 
 Filhotes de animais peçonhentos são os mais 
perigosos porque ainda não tem noção sensorial da 
quantidade de veneno que vai jogar 
Introdução: 
 Existem quatro grupos de serpentes 
peçonhentas que podem causar acidentes no Brasil 
 Grupo 1 - acidente botrópico (jararaca), gêneros 
bathrops e nothrocophias, conhecidas como 
jararacas-pintadas, caiçaca, urutu-cruzeiro, jararacuçu, 
surucucu, cotiara e boca de sapo 
 90% dos acidentes são por conta delas, te 
atacam e não se incomoda se está perto 
 Grupo 2 - acidente crotálico (gênero crotalus, 
conhecidas como cascavéis) 
➢ Quanto maior o chocalho maior a idade da 
serpente 
➢ O cachorro por exemplo tem curiosidade do 
chocalho e por isso o índice de acidente é 
maior 
 Grupo 3 - acidente laquético, gênero lachesis, 
conhecidas como pico de jaca surucucu, bico de jaca 
e surucutinga, é muito comum no Rio de Janeiro. É 
um animal grande, não avisa, não é muito agressivo, 
porém tem seu poder 
 Grupo 4 - acidente elapidico (gêneros micrurus 
e leptomicrurus), conhecidas como corais, os anéis 
brancos da verdadeira se completam nela inteira, as 
falsas tem barriga branca (muito comum em 
acidentes com cachorros) 
Características dos acidentes: 
• Nem toda serpente vai matar a vítima com 
seu inoculo 
• Score corporal é muito importante no 
momento da picada 
• Quanto maior o tempo para a tomada de 
ação mais o veneno circula 
 Qual local está preparado pra isso? Não existe 
soro para nenhum animal, apenas para humanos. 
Para os animais existe o pentavalente para dar 
suporte e tempo para tomada de ação, não é 
específico para o veneno, é mais generalizado 
Acidente Botrópico: 
• Letalidade baixa 
• Distribuição geográfica: por todo o brasil 
 Atividades principais do veneno: proteolítico 
(atividade inflamatória aguda), caso não seja nada 
feito pode acontecer ação coagulante e hemorrágica 
 Sintomas da vítima: dor, sangramento no local 
da picada, edema que pode evoluir para o membro 
inteiro, hemorragias em várias partes do corpo, 
equimose, abscesso, formação de bolhas e necrose, 
hipotensão e choque periférico em acidentes graves, 
tempo de coagulação sanguínea prolongado e risco 
de insuficiência renal aguda 
➢ Soro humano: soro antibotrópico, anti 
brotobicolaquetico ou antibicocrotalico 
Acidente crotalico: 
• Cascavel, boicininga e maracamboia 
• Incidência de aproximadamente de 7,7% 
• Letalidade 1,8% (alta) 
 Por: @mariany.vl 
 
• Menos de 1h 
• Atividades principais do veneno: neurotóxica, 
miotóxica e coagulante 
 Sintomas da vítima: edema discreto ou ausente, 
dor discreta ou ausente, parestesia, urina 
avermelhada ou marrom, insuficiência respiratória 
aguda em casos graves, tempo de coagulação 
sanguínea prolongada 
➢ Muitas chances de ter sequela 
➢ Dica: não sabe a serpente que picou? Coleta 
a urina do paciente 
➢ Soro humano utilizado: anticrotalico, 
antibotropicocrotalico 
Acidente laquético: 
• Surucucu pico de jaca 
• Incidência 1,4 
• Letalidade baixa 
 Atividades principais do veneno: proteolítico 
(atividade inflamatória aguda), hemorrágica, 
coagulante e neurotóxico. Causa diarreia 
➢ Soro humano: antibotropicolaquetico 
Acidente elapidico: 
• Coral 
• Toda extensão geográfica do brasil 
• Incidência de menos de 1% dos acidentes 
• É a com maior poder de veneno porque não 
se mistura com ninguém, seu poder de 
veneno é neurotóxico 
 Atividade principal do veneno: Apenas 
neurotóxica 
 Sintomas da vítima: dor local, parestesia, 
insuficiência respiratória, náuseas etc 
➢ Soro humano: antielapidico 
 Dependendo da quantidade de inoculo é possível 
socorrer 
 
Fosseta loreal: 
 É o primeiro órgão termorregulador, a serpente 
sente a temperatura da presa, põe a língua para 
fora, coleta vestígios, estimula o órgão de jacobson 
que vai codificar a quantidade de inoculo que a 
cobra precisa para matar a presa 
 Jiboias, sucuri, anaconda, entre outras não 
possuem fosseta loreal, porque esse tipo de 
serpente não precisa identificar a temperatura, se a 
presa passar na frente ela come. 
➢ A ação de suco gástrico dessas cobras é 
muito poderosa, se comer um boi, tudo é 
digerido, expele apenas fezes, leva 1/2 meses 
pra digerir tudo 
➢ Cobra não tem ânus, tem cloaca 
 Órgãos sensoriais; membrana termossensitiva, 
órgão de jacobson, circuito nervoso, fosseta lacrimal, 
nervo olfativo, olho, nervo trigêmeo 
Dentição: 
 A produção de soro humano é feita a partir do 
sangue do cavalo, eles não são abatidos, apenas são 
utilizados de 2 a 3 vezes e vão embora. 
➢ O veneno é coletado da serpente, inoculado 
na jugular do cavalo, o que vai gerar 
antígenos, e aí do outro lado coleta outra 
quantidade de sangue, já com antígenos, logo 
depois vem todo o processo de 
centrifugação do sangue para produção do 
soro.

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