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As Teorias da Aprendizagem

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As Teorias da Aprendizagem podem ser conceituadas como os estudos que vão fundamentar o fazer pedagógico, ou seja, a relação do aprendente e facilitador. Caro aluno, lembre-se que a aprendizagem não se refere apenas aos conteúdos escolares, mas sim, a todo o processo de aquisição de novos conhecimentos através de experiências vivenciadas e determinadas por fatores endógenos e exógenos que possibilitam modificação do comportamento humano, dependente de algumas condições como: cognitivas, sensoriais e sociais.
Alguns teóricos ganham destaque quando o assunto é aprendizagem e conhecimento humano, sendo estes: Jean Piaget (1896-1980), Wallon (1879-1962) e Vygotsky (1896-1934), denominados de teóricos interacionistas, por focar suas atenções na inter-relação pessoa/ambiência, possibilitando a construção e reconstrução de estruturas cognitivas. Essa abordagem, ganha evidência científica, sendo conhecida como a Teorias Interacionistas ou Cognitivistas.
EPISTEMIOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET (1896-1980)
Jean Piaget, suíço, estudou biologia e psicologia a partir de uma perspectiva construtivista. Empenhou-se no desenvolvimento da epistemologia genética para explicar a manutenção e reorganização dos processos cognitivos. Segundo seu pensamento, a capacidade de interação com os conhecimentos “novos” é que mobiliza a ampliação das estruturas cognitivas, ou seja, o desenvolvimento é conquistado a partir da adaptação da pessoa a ambiência, através da inter-relação. Alguns conceitos da Teoria de Piaget são fundamentais para a compreensão do seu pensamento, vamos lá estudá-los:
· Assimilação: a pessoa, ao interagir com o objeto, incorpora elementos e informações. O organismo se impõe ao meio.
· Acomodação: modificação e/ou ajuste do pensamento quando algo é incorporado. A mente reorganiza-se para se adaptar ao meio.
· Adaptação: equilíbrio nas relações com a ambiência e entre o que assimila e acomoda.
· Equilibração: superação dos conflitos que ocorrem na interação com a ambiência.
· Esquema: esquemas mentais e/ou de ação para abordar e conhecer a realidade. O conhecimento de um objeto implica em incorporá-lo aos esquemas já existentes – mesmo que isso implique em organização de outro esquema mais complexo. Há aumento de conhecimento quando o esquema de assimilação sofre acomodação.
Outro ponto de destaque da Teoria de Piaget se refere a divisão dos estágios do desenvolvimento humano sugerido por ele. Lembrando que esse processo é uma construção singular, mas que é necessária uma maturação biológica. Caro aluno, essa classificação dos Estágios de Desenvolvimento de Piaget será muito importante na sua prática psicopedagógica, pois o conhecimento do desenvolvimento neurotípico por parte do profissional da psicopedagogia aguça seu olhar clínico para possíveis atrasos no desenvolvimento, facilitando sua avaliação e intervenção e ampliando as possibilidades de prognóstico positivo para seu paciente/cliente/aprendente. Vamos então explicitar cada estágio:
Sensório – motor (zero à dois anos) – Desenvolvimento da Inteligência Prática realizada através das percepções e dos movimentos – coordenação sensório-motora das ações sem o uso exato do pensamento.  É importante pensar aqui que o processamento sensorial é a base da formação cognitiva, iniciando pelos reflexos natos do bebê (sucção, preensão palmar e plantar, dentre outros) até os atos motores voluntários. Nesse período os ganhos da categoria pratica são:  A construção do objeto – o bebê (08 meses) sem o estimulo visual do objeto procura por ele –; A construção do espaço – aprendendo a reconhecer o espaço do próprio corpo que se locomove na ambiência – ; A construção da causalidade – a criança é completamente egocêntrica e associa sua manipulação dos objetos ao seu prazer.
Período Pré-Operatório (2 a 7 anos) – Desenvolvimento da Linguagem com consequências no aumento da socialização, porém ainda egocêntrico. Inicia-se a fase dos PORQUÊS. Surge a função simbólica com a capacidade de representar os fatos e histórias cotidiano, podendo ser por imitação, linguagem e ou desenho. Aparece o jogo simbólico (faz de conta) onde a criança tem a consciência de que não é real e sim apenas só brincadeira, porém com cada um segundo suas próprias regras (Anomia). No início desse período a criança não consegue reverter o pensamento (irreversibilidade), sendo baseado na percepção e por volta dos 6 anos inicia a capacidade de ser semi-reversível.
Período Operatório Concreto (7 a 11 anos) – Período de transição entre a ação e as estruturas lógicas. A criança já consegue classificar, seriar, multiplicação lógica, compensação simples, conservação de números referentes: peso, volume e substância, conservação, reversibilidade, pensar antes de agir, habilidades para solucionar problemas concretos, habilidade de se colocar abstratamente no lugar o outro, capacidade de cooperar, organização social direcionada para o coletivo, jogos de competição e heterônoma.
Período Operatório Formal (a partir de 11 anos) – Alcance do pensamento abstrato e da autonomia (capacidade de modificar algo, conforme a sua vontade e motivação) e o grau máximo de socialização do pensamento.
TEORIA SOCIOINTERACIONISTA DE VYGOSTKY (1896-1934)
Vygosthy desenvolveu sua teoria sociocultural através das leituras sobre todas as teorias produzidas em sua época, incluindo a psicanálise, behaviorismo e as primeiras ideias de Jean Piaget. Seus principais conceitos serão apresentados na sequência:
· Funções psicológicas superiores: formas conscientes com que as pessoas se relacionam com o mundo, com outros seres humanos e consigo mesmo. São processos mentais construídos socialmente.
· Mediação: movimento de auxílio para o desenvolvimento das estruturas superiores. Sempre que, por meio de elemento mediador (instrumentos, signos e sistemas simbólicos), há possibilidade de ampliação cognitiva.
· Internalização: apropriação ativa da cultura - a atividade interpsíquica passa a ser intrapsíquica.
· Zonas de desenvolvimento: níveis de desenvolvimento do sujeito a partir das suas experiências. Desenvolvimento real: aprendizagens que já estão internalizadas, é o que a criança faz sozinha; Desenvolvimento potencial: capacidade de realizar tarefas com alguma mediação; Desenvolvimento proximal: distância entre o real e o potencial. Nesse trajeto a criança amadurece e desenvolve as funções superiores e transforma o potencial em real.
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE HENRI WALLON (1879-1962)
A teoria de Wallon tem o objetivo de compreender o sentido da conduta da criança em determinado contexto no qual ela está inserida, fundamentando a gênese dos processos que constituem o psiquismo humano. O sujeito é considerado como "geneticamente social", ou seja, a criança contextualizada, nas relações com a ambiência para ajudar a compreender o desenvolvimento intelectual e social da criança. Aqui como na teoria de Piaget o desenvolvimento foi divido em estágios, apresentados a seguir:
Estágio Impulsivo Emocional (0 a 1 ano) – Até três meses de idade as atividades são voltadas para a exploração do próprio corpo, visando sensações internas. Depois de 3 meses o emocional já se diferencia em medo, alegria, raiva e outras se caracterizando nas expressões corporais. Existe uma indiferenciação entre o Eu e o outro.
Estágio sensório – motor e projetivo (1 a 3 anos) – Desenvolvimento das relações exteriores e da inteligência da criança. A imitação favorecendo a aquisição da linguagem. Descoberta do ambiente através do manipular, agarrar, sentar-se, dentre outros. Na fase mais projetiva o gesto vai proceder a palavra e a criança não consegue imaginar sem representar o objeto. Já existe a separação do Eu e do ambiente.
Estágio Personalismo (3 a 6 anos) – Evidência da afetividade, formando a personalidade, autoconhecimento, imitações motoras e posturas sociais. Evolução da linguagem e início da consciência de si. Marcado por três características: a oposição, a sedução e a imitação.
Estágio Categorial (6 a 11 anos) – Predomínio da inteligência e exterioridade e a distinçãodo que é seu e do que é do outro. O pensamento avança do abstrato para o raciocínio simbólico. Aparecimento da memória voluntária / atenção/ raciocínio associativo.
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE DAVID AUSUBEL
A aprendizagem significa é entendida por meio do qual uma nova informação relaciona-se com um aspecto especificamente relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo – interação da nova informação com uma estrutura de conhecimento – o conceito subsuçor. O armazenamento de informações no cérebro, forma-se através de uma hierarquia conceitual onde elementos mais específicos são ligados e assimilados a conceitos mais gerias. Desta forma a Estrutura Cognitiva Significativa pode ser entendida como uma estrutura hierárquica de conceito que são representações de experiências sensoriais do indivíduo.
 
 
Atividade extra:
EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET 1977 - YouTube
 
 
Referência Bibliográfica:
· LA TAILLE, Y.; OLIVEIRA, M.K.; DANTAS, H. Teorias Psicogenéticas em discussão. Editora: Summus, São Paulo, 1992, p.117.
· BECKER, F. O caminho da Aprendizagem em Jean Piaget e Paulo Freire: da ação a operação. 2° edição, Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
· HERMETO, C.M.; MARTINS, A.L. O livro da Psicologia. 2° edição, São Paulo: Globo livros, 2016.
· VIGOTSKI, L.S.; A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 7° edição, São Paulo: Martins Fontes, 2007.
· MOREIRA, M. A.; MASINI, E.F.S., Aprendizagem Significativa – a teoria de David Ausubel. São Paulo, Moraes, 1982.
· NETTO, Arthur Prado; COSTA, Orlando Santana. A importância da psicologia da aprendizagem e suas teorias para o campo do ensino-aprendizagem. Revista Fragmentos de Cultura-Revista Interdisciplinar de Ciências Humanas, v.27,n.2,p.216-224,2017.
1-O modelo construtivista afirma que para aprender alguma coisa é preciso já saber alguma coisa. Com relação à questão dos conhecimentos prévios, é correto afirmar que:
O conhecimento é uma permanente transformação a partir do conhecimento que já existe.
2- O período que vai dos 0 aos 3 anos é o momento em que as crianças têm uma dependência vital dos adultos. Essa etapa é dominada por alguns aspectos que possibilitam as primeiras adaptações e que se estendem pela descoberta do ambiente geral e pelo início da atividade simbólica. Esses aspectos são:
Instintos e reflexos
3- Falar da perspectiva de Vygotsky é falar da dimensão social do desenvolvimento humano. Interessado fundamentalmente no que chamamos de funções psicológicas superiores, e tendo produzido seus trabalhos dentro das concepções materialistas predominantes na União Soviética pós-revolução de 1917, Vygotsky tem como um de seus pressupostos básicos a ideia de que:
O ser humano constitui-se, enquanto tal, na sua relação com o outro social.
4- Michelle é uma criança que apresenta traços de egocentrismo, gosta muito de faz de conta e pergunta o “porquê” de tudo. Essas são características do estágio de desenvolvimento infantil:
Pré-operatório.
5- Jean Piaget, em “Seis estudos de psicologia” (1982 [1967]), afirma que o pensamento da criança é egocêntrico. Por egocêntrico, o autor entende:
A centralização do pensamento da criança sobre o seu próprio ponto de vista.
6- Ryan, aluno do 2° ano, aprendeu com a professora, no primeiro bimestre, o conceito da soma. No terceiro mês do ano, mostrou à professora que já sabia fazer contas de multiplicação. Esta lhe perguntou como ele tinha aprendido e ele respondeu: “Com os colegas do meu prédio que já estão no 4° ano.” Este episódio demonstra um conceito fundamental de Vygotsky, segundo o qual funções ainda não amadurecidas, mas já em processo de maturação, podem nascer com a ajuda de um professor ou de colegas mais capazes. A este fato Vygotsky (1989) chamou de:
Zona de desenvolvimento proximal.

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