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VIA AÉREA CIRÚRGICA Marcela Hércules e Paula Duran ANATOMIA Primeiro, vamos relembrar! VIAS AÉREAS DEFINITIVAS CIRURGICAS Incisão da membrana cricotireóidea para garantir a via aérea. Seu maior uso é no acesso emergencial das vias aéreas. MANTER A PERVIEDADE DA VIA AÉREA VOCÊ SABE QUANDO A TRAQUEO SE TORNA UMA VIA DEFINITIVA DE FORMA AGUDA? (REALIZADA NO ATENDIMENTO INICIAL) Criação de um trajeto de comunicação entre a parede anterior da traqueia e o meio externo. CRICOTIREOIDOSTOMIA TRAQUEOSTOMIA CRICOTIREOIDOSTOMIA CRICOTIREOIDOSTOMIA MEMBRANA CRICOTIREÓIDEA Menor distância para o meio externo; Não há músculos sobrejacentes, artérias, veias ou nervo importantes na área; Região subglótica da laringe. CRICOTIREOIDOSTOMIA Insucesso na intubação orotraqueal; (traumatismo grave de face, o sangramento intraoral e a dificuldade anatômica para a IOT) Laringoespasmo; Edema de glote; Fratura de Laringe; Crianças < 12 anos; Relativas: coagulopatias, infecção no sítio operatório. INDICAÇÕES Avaliar a necessidade do paciente! CONTRAINDICAÇÕES Avaliar a necessidade de ventilação do paciente, geralmente são casos de insuficiência respiratória aguda, em que o paciente não tolera mais tempo de hipóxia, com risco de morte cartilagem cricoide é a estrutura mais importante para a sustentação da traqueia. A secção da membrana tireóidea poderia trazer complicações sérias 6 CRICOTIREOIDOSTOMIA Cirúrgica: inserção de cânula; TIPOS DE TÉCNICAS Por punção: com Jelco® 14 conectado a uma seringa de 20 mL com soro fisiológico. x CRICOTIREOIDOSTOMIA CIRÚRGICA EPIS ANTISSEPTICO CAMPO CIRÚRGICO CABO E LÂMINA DE BISTURI LIDOCAÍNA 2% SERINGA 10ML MATERIAIS AGULHAS TUBO DE BORRACHA FONTE DE O2 PINÇAS HEMOSTÁTICAS CANULA DE TRAQUEOSTOMIA MATERIAL PARA FIXAÇÃO 8 CRICOTIREOIDOSTOMIA CIRÚRGICA Posicionamento do paciente em decúbito dorsal; (considerar necessidade de colar cervical) Assepsia + antissepsia + colocar campos cirúrgicos; Palpação das cartilagens e localização da membrana e local de incisão; Anestesia do local com lidocaína 2%; TÉCNICA 9 CRICOTIREOIDOSTOMIA CIRÚRGICA Incisão transversal de 3 a 4 cm, até a abertura da membrana; Abrir o orifício da via com uma pinça hemostática; Posicionar e inserir a cânula de tamanho apropriado; Verificar posicionamento da cânula e insuflar o balonete; Aspirar a via; Hemostasia, síntese e fixação; TÉCNICA 10 CRICOTIREOIDOSTOMIA POR PUNÇÃO EPIS ANTISSEPTICO CAMPO CIRÚRGICO CABO E LÂMINA DE BISTURI LIDOCAÍNA 2% MATERIAIS SERINGA 10ML E 20 ML AGULHAS JELCO 14 TUBO DE BORRACHA FONTE DE 02 11 CRICOTIREOIDOSTOMIA POR PUNÇÃO Assepsia e antissepsia; Anestesia local com lidocaína 2%; Palpação e localização da membrana cricotireoidea; Estabilizar a traqueia com o polegar e o indicador de uma das mãos para evitar movimento lateral da traqueia durante o procedimento; Punção da membrana com jelco 14 conectado a uma seringa de 20ml com soro em ângulo de 45°, em direção caudal; A aspiração de ar confirma o procedimento (visualização de bolhas); TÉCNICA 12 CRICOTIREOIDOSTOMIA POR PUNÇÃO Retirar a seringa e introduzir o fio-guia; Remover a agulha, mantendo o fio em posição, inserir dilatador com a cânula; Remover fio-guia e dilatador; Verificar a posição e fixar a cânular; Ventilar. TÉCNICA O Jelco é conectado a fonte de oxigênio através do tubo de borracha com um orifício na porção distal, que é obstruído e liberado (1 segundo : 4 segundos) para se proporcionar a insuflação de oxigênio. Por esse mecanismo gerar a retenção de CO2, recomenda-se deixar no máximo por 40 minutos. 13 CRICOTIREOIDOSTOMIA IMEDIATAS: Hemorragia Enfisema sc Perfuração da traqueia Perfuração de esôfago Lesão de corda vocal COMPLICAÇÕES TARDIAS Estenose traqueal ou subglotica Fistula traqueoesofagica infecção Por isso é preciso substituir/remover a crico em até 24h 14 TRAQUEOSTOMIA TRAQUEOSTOMIA Trauma laríngeo; Trauma maxilofacial extenso; Obstrução laríngea por corpo estranho; Período prolongado de intubação orotraqueal em ventilação mecânica; Falha de extubação; Obstrução de via aérea por processo inflamatório (epiglotite, reação anafilática grave, difteria, queimaduras altas); Obstrução de via aérea por processo inflamatório (epiglotite, reação anafilática grave, difteria, queimaduras altas); Compressão extrínseca por tumorações; Proteção das vias aéreas por apneia obstrutiva do sono grave; Anomalias congênitas com obstrução da laringe ou traqueia; Estenoses laringotraqueais; Doenças neuromusculares progressivas com acometimento do nervo frênico. INDICAÇÕES 16 TRAQUEOSTOMIA Distúrbios de coagulação; Grande instabilidade ventilatória e clínica; Cirurgia cervical extensa prévia; Infecção cutânea do local do procedimento. CONTRAINDICAÇÕES CUIDADOS PRÉ OPERATÓRIOS Contato prévio com a família, Solicitar coagulograma, Analisar hemograma, Suspender medicações antiplaquetárias; 17 TRAQUEOSTOMIA Cânulas de traqueostomias 3/4 do diâmetro traqueal; Cadarço ou fixador próprio para traqueostomia; Seringas (10 ou 20 ml); Afastadores Farabeuf; Agulhas descartáveis 30x8 e 13x4; Cabo e lâmina de bisturi 11 ou 15; Pinças hemostáticas; Luvas estéreis; Máscaras; MATERIAIS Dilatador traqueal de Trousseau; Pinças de dissecção; Tesouras; Capote estéril; Campo estéril; Bandeja de traqueostomia; Xylocaína ampola; Fio de nylon 3,0; Sondas de aspiração ou frasco coletor rígido para aspiração traqueal; Ambú conectado à fonte de oxigênio; Foco 18 TRAQUEOSTOMIA CÂNULA DE JACKSON CÂNULA DE PORTEX 19 TRAQUEOSTOMIA VÁLVULA DE PASSY-MUIR CÂNULA DE BIESALSKI 20 TRAQUEOSTOMIA Assepsia e antissepsia Posicionamento Conferir todo o material a ser utilizado Localizar os pontos de referência anatômica Incisão cervical anterior (transversa ou longitudinal), entre a cricoide e a fúrcula esterna; Anestesia local com lidocaína 2% + vasoconstritor; Diérese dos planos dos músculos pré-tireoidianos; Istmectomia tireoidiana ou afastamento cranial; Palpação da cartilagem cricóide para orientação do 2° e 3° anel traqueal; Dissecção da fáscia pré-traqueal; Pode ser realizado a tração caudal do tubo orotraqueal; TÉCNICA 21 TRAQUEOSTOMIA Traqueotomia: Incisão flap de Bjork ("U" invertido) Incisão horizontal em "H“ Incisão em "T“ Ressecção a porção anterior de um anel. Introdução da cânula traqueal; Tração cranial do tubo orotraqueal, sem extubação; Insuflar o balonete, conectar ao ventilador e checar os parâmetros; TÉCNICA 22 TRAQUEOSTOMIA Hemostasia rigorosa e checagem do posicionamento da cânula; Fechamento parcial do trajeto cutâneo; Extubação orotraqueal; Curativo oclusivo no entorno da cânula; Fixação externa da cânula com fixador apropriado e, eventualmente, sutura da cânula à pele; TÉCNICA 23 TRAQUEOSTOMIA Sangramentos - lesão da artéria inominada; Lesões de estruturas adjacentes - nervo laríngeo recorrente, esofâgo; Pneumomediastino Deslocamento da cânula; Falso trajeto da cânula; Insuficiência respiratória aguda; COMPLICAÇÕES Fístula traqueoinominada ou traqueocutânea; Infecção; Traqueomalácia; Atelectasias; Granuloma obstrutivo; Enfisema cutâneo; Estenose traqueal 24 TRAQUEOSTOMIA PERCUTÂNEA CONSIDERAÇÕES Essencialmente um procedimento eletivo; Idealmente realizado com auxílio de broncoscopia; Realizado à beira-leito; Menor incidência de complicações infecciosas; Mesmas indicações da modalidade convencional; COMPLICAÇÕES Laceração traqueal; Lesão vascular grave; Perfuração esofágica; TRAQUEOSTOMIA PERCUTÂNEA CONTRAINDICAÇÕES Acesso de emergência/urgência às vias aéreas; Pacientes sem tubo orotraqueal; Ausência de traqueia cervical (em casos de ressecção); Presença de artéria inominada ou seus ramos no sítio da traqueostomia. Absolutas Relativas Menores de 16 anos; Coagulopatias; PEEP elevada; Variação dos pontos anatômicos; Instabilidade cervical;Traqueomalácia grave; TRAQUEOSTOMIA PERCUTÂNEA Pode ser realizada a partir do tubo orotraqueal; Tracionar o tubo até a região subglótica; Assepsia + Antissepsia + Campos estéreis; Anestesia local com Lidocaína 2% com vasoconstritor; Incisão cervical anterior 1 a 2 cm; Identificação broncoscópica do melhor local de punção; TÉCNICA COM BRONCOSCÓPIO 27 TRAQUEOSTOMIA PERCUTÂNEA Punção com agulha a 45° no sentido caudal; Passagem do cateter plástico (jelco) e retirada da agulha; Introdução do fio-guia em direção caudal; Pode ser realizado dilatações progressivas ou com um único dilatador ou uma pinça específica, para promover abertura romba da traqueia; Introdução da cânula através do fio-guia; Extubação; Fixação externa da cânula e curativos. TÉCNICA COM BRONCOSCÓPIO 28 MUITO OBRIGADA!
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