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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE QUÍMICA DEPARTAMENTO DE FÍSICO-QUÍMICA Físico-Química Experimental I Larissa de Oliveira Augusto DRE118032923 Landerson Matheus Barbosa Pereira DRE119062913 Medida da pressão de vapor de um líquido puro Rio de Janeiro Dezembro de 2021 1 INTRODUÇÃO A pressão de vapor é a pressão exercida por um vapor em um sistema fechado quando esse está em equilíbrio termodinâmico (temperatura constante, pressão constante e composição química constante) com a sua fase líquida. Isso acontece porque as moléculas de líquido possuem uma energia cinética capaz de fazê-las a se desprender do líquido e vão para a fase vapor. Porém, quando se está em um sistema fechado, chega um momento que as moléculas retornam, e quando o número de moléculas que escapam é igual ao número de moléculas que retornam, é estabelecido o equilíbrio. Quando a pressão de vapor é igual à pressão atmosférica, o líquido entra em ebulição, pois as moléculas possuem energia cinética suficiente para superar a pressão atmosférica e ir para a fase vapor. A temperatura de equilíbrio é a temperatura na qual o sistema não troca mais calor com as vizinhanças, e sua temperatura fica constante. Na prática, é possível ver quando é atingida a temperatura de equilíbrio quando a temperatura no termômetro fica constante. O calor latente de vaporização é quantidade de energia necessária para fazer com que um líquido passe para a fase vapor. No experimento, serão realizadas medidas da pressão de vapor da água pura para determinados valores de temperatura. Após isso, será obtido o calor latente de vaporização da água pura através da equação de Clausius-Clapeyron. Tendo feito isso, o calor latente será comparado ao da literatura com o intuito de verificar a validade da equação de Clausius-Clapeyron. A equação de Clausius-Clapeyron correlaciona a pressão de vapor de um líquido puro, a temperatura e o calor latente de vaporização do líquido. ℓn(Pv) = - Lv/RT + Const. Na qual Pv é a pressão do líquido em equilíbrio com seu vapor (pressão de vapor). T é a temperatura de equilíbrio da substância, Lv é o calor latente de vaporização da substância e R é a constante universal dos gases. Esta equação é muito interessante, pois nela há uma dependência linear do logaritmo natural da pressão de vapor com o inverso da temperatura, o que vai gerar o gráfico de uma reta, que facilita muito a análise dos dados. Como se trata da equação de uma reta, nela há o coeficiente linear e angular, com o qual é possível obter o calor latente de vaporização da água pura. 2 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados obtidos no experimento foram a temperatura de ebulição e a diferença de altura em cm entre os dois ramos do manômetro de mercúrio. Foram obtidas oito medidas, possibilitando completar a tabela abaixo. A determinação da pressão de vapor se dá pela fórmula: Pv = Patm – Δh A pressão atmosférica foi medida pelo barômetro presente no laboratório, o qual estava marcando 766,0 mmHg (1,008 atm). T(˚C) T(K) 1/T (K-110-3) h 1 (cmHg) h 2 (cmHg) Δ h (mmHg) Pv (mmHg) ln (Pv) 70,0 343,0 2,91 65,10 11,00 541,0 225,0 5,4161 76,0 349,0 2,86 62,10 15,30 468,0 298,0 5,6971 80,5 353,5 2,83 59,30 18,80 405,0 361,0 5,8889 85,0 358,0 2,79 56,10 22,60 335,0 431,0 6,0661 89,0 362,0 2,76 53,10 26,30 268,0 498,0 6,2106 92,0 365,0 2,74 50,00 29,90 201,0 565,0 6,3368 95,0 368,0 2,72 47,00 33,70 133,0 633,0 6,4505 97,0 370,0 2,70 44,00 37,40 66,0 700,0 6,5511 Com esses dados tabelados, é possível construir um gráfico linear que correlaciona ln (Pv) com 1/T. A partir da inclinação da reta encontrada, é possível encontrar a constante da equação ln (Pv) = - Lv/RT + Const. O gráfico traçado com os dados presentes na tabela resultou na seguinte equação da reta: y = -5,3432x + 20,978 A partir dessa equação, é possível determinar a constante e o calor latente de vaporização da água. Cte = 20,978 a = -Lv/R = -5,3432 Lv = 5,3432x8,31 = 44,402 kJ/mol Pelos dados encontrados e cálculos realizados, o calor latente de vaporização da água é 44,402 kJ/mol. y = -5,3432x + 20,978 R² = 0,9984 0 1 2 3 4 5 6 7 2,65 2,7 2,75 2,8 2,85 2,9 2,95 ln ( P v) 1/T (10⁻3 K) 3 CONCLUSÃO O calor latente de vaporização da água pura encontrado a partir dos dados observados no experimento está muito próximo aos dados encontrados na literatura [4], que sempre gira em torno de 40 kJ/mol. Portanto, a equação de Clausius-Clapeyron é válida para o cálculo do calor latente de vaporização das substâncias. 4 BIBLIOGRAFIA 1. ATKINS, P. W.; Físico-Química – Fundamentos, 3 ed., Editora LTC, São Paulo, 2003. 2. CASTELLAN, G.; Fundamentos de físico-química, Editora LTC, São Paulo, 1972. 3. LEVINE, I. N.; Físico-Química vol. I, 6 ed., Editora LTC, São Paulo, 2012. 4. Solids and liquids solutions. Disponível em: < https://chem.libretexts.org/Bookshelves/General_Chemistry/Book%3A_ChemPRIME_( Moore_et_al.)/10%3A_Solids_Liquids_and_Solutions/10.10%3A_Enthalpy_of_Fusion _and_Enthalpy_of_Vaporization>. Acesso em: 09 dez. https://chem.libretexts.org/Bookshelves/General_Chemistry/Book%3A_ChemPRIME_(Moore_et_al.)/10%3A_Solids_Liquids_and_Solutions/10.10%3A_Enthalpy_of_Fusion_and_Enthalpy_of_Vaporization https://chem.libretexts.org/Bookshelves/General_Chemistry/Book%3A_ChemPRIME_(Moore_et_al.)/10%3A_Solids_Liquids_and_Solutions/10.10%3A_Enthalpy_of_Fusion_and_Enthalpy_of_Vaporization https://chem.libretexts.org/Bookshelves/General_Chemistry/Book%3A_ChemPRIME_(Moore_et_al.)/10%3A_Solids_Liquids_and_Solutions/10.10%3A_Enthalpy_of_Fusion_and_Enthalpy_of_Vaporization
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