Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bárbara Lorena | Medicina - Funepe APH POLÍTICA NACIONAL DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA APH: Política Nacional de urgência e emergência; é um serviço estruturado e especializado. Consiste no atendimento pré-hospitalar, é realizado fora do âmbito hospitalar por uma equipe especializada; promove o atendimento específico para as ocorrências clínicas e traumáticas. Obstrução de vias áreas por corpos estranhos; ocorrência predominante traumáticas mas também possui emergências clínicas, estas que, são bem mais difíceis de serem tratadas, Exemplo: mal súbito, dificulta o atendimento e encaminhamento. Exemplo: cetoacidose metabólica, não tem como realizar a gasometria no transporte dificultando o atendimento; Exemplo: hipoglicemia – maior facilidade na conduta (ampolas de glicose) Observação: Intubação nasofaríngea e orotraqueal Aspectos diferentes de acordo com a vítima consciente e inconsciente SBV: Suporte Básico de Vida (Bombeiros) e acionamento do SAV quando necessário; Não realiza transportes de uma instituição para outra em caso de pacientes que queiram se transportar entre hospitais, pronto-socorro, etc. Nesse caso, deve-se da entrada do paciente e fazer uma regulação dentro da instituição para o transporte via ambulância com a regulação do município. O SBV é responsável pelo pré-atendimento; SAV: Suporte Avançado de Vida Suporte Rápido (Motos) Exemplo: Em São Paulo Médico Regulador Médico Enfermeiro É uma equipe imensa. Questionamento: Qual hospital de referência atende as demandas daquela vítima? Acidentes com indivíduos de alta periculosidade (presos). A unidade precisa ficar incomunicável pois, não pode-se divulgar informações sobre a localização dos mesmos. Atenção as tentativas de fugas e resgates de presos. SAMPLA: Classificação de comprometimento via cores; Quando o socorro é acionado melhora a sobrevida dos pacientes; É importante conversar com o paciente pois, auxilia a avaliar o nível de consciência e o rebaixamento do nível de consciência (Glasgow) Importante: controlar a cena de ocorrência Primeiros-socorros é realizado em qualquer agravo de saúde Não precisa ser profissional da saúde para realizar o atendimento pré-hospitalar. Após o acionamento do SAMU192 o médico regulador irá encaminhar a equipe de acordo com as Bárbara Lorena | Medicina - Funepe necessidades da(s) vítima(s) e essa sim, deverá ser especializada e capacitada – devem possuir domínio do que fazer para minimizar o contexto e garantir a efetividade do cuidado. Quando menor o tempo resposta melhor a qualidade do serviço 1. Avaliar a cena – não entrar em ambientes que possam colocar risco a segurança. O socorrista não pode virar mais uma vítima. A pessoa mais importante é o socorrista. 2. Avaliação primária e nível consciência Funções do executor dos primeiros socorros 1. Chamar o serviço de atendimento emergencial (SAMU192) 2. Fazer o que deve ser feito no momento certo. Não se pode fazer nenhuma medida que vá piorar a condição do paciente. 3. Manter a vítima viva até a chegada deste atendimento. Quem constata óbito é o médico. Não se pode deixar de realizar medidas. 4. Manter a calma e a serenidade frente a situação inspirando confiança 5. Aplicar calmamente os procedimentos de primeiros socorros a vítima 6. Impedir que testemunhas removam ou manuseiem a vítima, afastando-as do local da ocorrência, evitando assim causar o chamado “segundo trauma”, insto é, não ocasionar outras lesões ou agravar as já existentes. 7. Ser o elo das informações para o serviço de atendimento emergencial 8. Agir somente até o ponto de seu conhecimento e técnica de atendimento. Saber avaliar seus limites físicos e de conhecimento. Importante: saber a cinemática do trauma Acidente de moto: braço quebrado indica o condutor devido ao tensionamento; tendência de quem está na garupa machucar as pernas. AVALIAÇÃO DA CENA: | Saber contextualizar o acidente, começa antes da equipe chegar no local. A investigação da cena deve ser realizada em contato via chamada pelo SAMU192 na busca de garantir a efetividade e resolutividade do atendimento, exemplo: local do acidente, é uma via de fácil acesso, é uma via com risco de acidentes, quem está na cena, expectadores que podem dificultar o acesso, etc. DISPARA O PENSAMENTO E EFETIVIDADE DO CUIDADO PELA EQUIPE – SVB ou SBA. 1. Segurança: avaliação do local, de possíveis agentes lesivos – fios elétricos, agressor portando arma de fogo ou arma branca, animais, etc. 2. Quais os riscos secundários 3. Quantas vítimas estão no local NUNCA se colocar em risco! Atribuir responsabilidade para terceiros de forma pontual para que seja efetivo, exemplo: aponte e peça para que ligue para SAMU192, bombeiros ou polícia. PROTEÇÃO DA VÍTIMA | Não havendo nenhum risco, pode se aproximar da vítima. Avaliação e exame do estado geral da vítima O exame deve ser rápido e sistemático Bárbara Lorena | Medicina - Funepe Em casos que haja mais pessoas no local é necessário passar orientações a fim de afasta-las e direcionar firmemente para que uma delas solicite auxílio, SAMU192, bombeiros ou polícia. Observação: Hemorragia – risco de choque devido ao baixo volume sanguíneo do corpo humano (3 a 5l); identificação de anúria – evitando a perda de líquido; Hipotermia – aquecimento com manta térmica para garantir que não se perca mais por débito urinário, suor, sangue, etc. Política Nacional de Atenção à Urgência Acolhimento Qualificação profissional Informação Regulação Coordenação do atendimento ao indivíduo na sua condição de emergência ou urgência Que tipo de rede de apoio e tipos de serviços seriam necessários para diminuir o impacto nessas pessoas de condições de urgência e emergência? É muito caro para o estado e para os órgãos garantir os princípios da saúde – impacto financeiro menor se houver o estabelecimento de uma política que diminuísse todo o processo de reabilitação Exemplo: garantir atendimento domiciliar com todos os recursos; equipe multidisciplinar; reabilitação; diminuição da condição crônica desse individuo Bárbara Lorena | Medicina - Funepe É mais barato garantir um sistema especializado a fim de minimizar o impacto das condições crônicas Elaboração de portarias que legalizassem o sistema de urgência e emergência – reformulação e elaboração de uma política para atendimento intra-hospitalar e extra- hospitalar Antes da política existiam inúmeros casos de acompanhamento inadequado no atendimento pré-hospitalar impactando no alto custo em saúde Como conduzir na melhor forma possível com escassez de recurso? Portaria nº 1.600 de 7 de julho de 2011: Diretrizes – Rede de Atenção às Urgências (RAU) Ampliação do acesso e acolhimento – classificação de risco e intervenção adequada – FLUXO ASSISTÊNCIAL Humanização – modelo centrado no usuário e necessidades de saúde Aprimoramento da qualidade da atenção – ações coordenadas e continuas; buscando a INTEGRALIDADE DO CUIDADO. Multiprofissional Qualidade dos serviços – INDICADORES de efetividade e resolutividade Articulação interfederativa entre gestores Regionalização – articulação e regulação entre serviços de saúde: REDES DE ATENÇÃO Articulação territorial – regiões de saúde e redes de atenção; Necessidades, riscos e vulnerabilidade Componentes: Promoção, prevenção e vigilância em saúde Atenção básica em saúde SAMU192 e centrais de regulação Salas de estabilização SUS UPA 24h e urgências 24h Atenção hospitalar Atenção domiciliar Prioridade: cuidados cardiovasculares, cerebrovasculares e traumatológicas. Portaria nº 1.010 de 21 de maio de 2012 – SAMU192 Central de regulação Base descentralizada e garantia de menor tempo-resposta Incentivo financeiro – investimento em estruturas e custeio em educação permanente e manutenção Habilitação e Qualificação Indicadores de avaliaçãoda qualidade e efetividade USB, USA, motolância, embarcações, aeromédico e VIR. Médico Regulador Responsável Técnico: Médico Enfermeiro Rádio-Operador Bárbara Lorena | Medicina - Funepe INDICADORES SAMU192 Número geral de ocorrências Tempo-resposta (mínimo, médio e máximo) Identificação dos motivos Quantitativo – chamadas, orientações médicas, saídas do SBV e SAV Localização Idade e sexo Identificação de dias e horários – PICO DE ATENDIMENTO Pacientes – número absoluto e percentual, componentes da rede (tipo de estabelecimento necessário para prestar o atendimento). UNIDADES MOVEIS USB ou SBV Condutor + téc ou aux. De enfermagem USA ou SAV Condutor + enfermeiro + médico MOTOLÂNCIA Téc. de enfermagem ou enfermeiro EMBARCAÇÕES Componentes da USB ou USA AEROMÉDICO Médico + enfermeiro VIR Condutor + médico + enfermeiro Portaria nº 10 de 3 de janeiro de 2017 – UPA 24h UPA 24h Articulação com os serviços de saúde – atenção básica, SAMU192, atenção domiciliar e hospitalar UPA 24h Nova Construção de novas unidades – investimento federal UPA 24h Ampliada Conexão ou Acrescimento em serviços de saúde – policlínicas, pronto atendimento, pronto socorro especializado, pronto socorro geral e unidades mistas. Gestor, Classificação de Risco, Acolhimento e Segurança do paciente. FUNCIONALIDADES – UPA 24h Atendimento ininterrupto – 24h em todos os dias Assistência multiprofissional Acolher em situações de urgência e emergência Articulação com outros serviços Atendimento resolutivo e qualificado Estabilização de pacientes atendidos pelo SAMU192 Consulta médica em pronto atendimento Prestar apoio diagnóstico e terapêutico Manter pacientes em observação – continuidade do cuidado O apoio diagnóstico da UPA 24h poderá ser realizado em outro estabelecimento de saúde, desde que seja justificado pelo gestor, considerando a operacionalização do serviço, o tempo-resposta, a garantia do acesso ao paciente e o custo-efetividade. Bárbara Lorena | Medicina - Funepe Pré-hospitalar Regulação: Suporte Básico não há risco imediato de vida Suporte Avançado risco imediato de vida É decidido a partir dos dados enviados pela pessoa (leiga na maioria dos casos) que está passando as informações para o médico-regulador/ central reguladora (incluir-se uma equipe) (192). SAMPLA – Avaliação de risco de múltiplas vítimas; direcionamento das vítimas; há liberdade para regular a vaga para onde achar pertinente Regulador do CROSS – descentralização e regionalização do cuidado; direcionamento para locais específicos a depender da demanda; tem autonomia de mandar vítimas, principalmente em casos de emergência; pode ocorrer articulações entre os serviços de saúde. Pode ocorrer a ampliação da área de abrangência - (DRS) Classificação de Manchester – forma criteriosa de classificar o risco do paciente Pronto-socorro É destinado para ações de alta complexidade; risco eminente de vida – o que se encontra no pronto-socorro? Deveria ter apenas sala vermelha para evitar pacientes de baixa e média complexidade que costumam ser encaminhados para o PS impactando na sobrecarga do sistema. Com isso, foi estruturado um atendimento intermediário chamado de UPA (Unidade de Pronto Atendimento – funciona 24h). Intra-hospitalar Urgência: requer um atendimento imediato porém tem um tempo hábil de até 24h para se conseguir esclarecer melhor a hipótese do indivíduo; há tempo hábil para avaliar, aguardar e solicitar exames – melhor entendimento do que está acontecendo; Emergência: risco eminente de morte; não há tempo para investigar hipótese diagnóstica. É importante respeitar a hierarquização dos serviços de saúde Atendimento pré-hospitalar EXTRA-HOSPITALAR INTRA-HOSPITALAR Ou socorro pré-hospitalar Atendimento fora do hospital Minimizar complicações que um atendimento inadequado pode dar; melhores condições para a recuperação da vítima. Avaliação primária da vítima Preparo e mobilização da equipe intra- hospitlar devido a comunicação com a equipe extra-hospitalar. Planejamento do atendimento; trabalho de forma segura; vítima mais estabilizada; menos complicações, etc. Ganho de tempo no atendimento Bárbara Lorena | Medicina - Funepe Atendimento pré-hospitalar fixo é aquele que acontece com o estabelecimento de saúde de menor complexidade. Atendimento móvel: atendimento continuado até a rede de atenção que a vítima for encaminhada. Após chegarem ao local da vítima, os socorristas prestam os primeiros socorros e procuram estabilizar o paciente. Suporte Básico de viva: garantia da vida até o suporte hospitalar Suporte avançado de vida: inicio de procedimentos (exemplo: contenção de hemorragias, suporte ventilatório, etc.). DESTRO: Teste de glicose Hipoglicemia é pior do que a hiperglicemia pois, pode desencadear a para cardiorrespiratória. A pior condição que podemos encontrar é a parada cardiorrespiratória Aplicação dos elos da cadeia de sobrevivência 1. ELO EXTRA HOSPITALAR: Pode ser atendido por qualquer pessoa “leigo”; limite de intervenção 2. ELO INTRA HOSPITALAR: estrutura física, aporte tecnológico e mão de obra especializada (profissionais da saúde treinados). ATLS; ACS Extra hospitalar Referência aos procedimentos de RCP que são feitos fora do hospital Existe diferença entre ambulância (casos que necessitam de transporte; casos clínicos que não sejam emergência) e resgate (qualquer tipo de trauma). Bárbara Lorena | Medicina - Funepe Análise do tempo resposta como forma de minimizar as sequelas. É extremamente importante que se identifique e faça o acionamento do serviço de emergência, seguida de RCP imediata. 4 situações de condução elétrica miocardia Fibrilação ventricular: desfibrilação (cardioversão) – DEA; contração difusa “tremendo” a parede muscular sem bombear, não consegue empurrar o fluxo de sangue; arritmia sendo necessário o DEA para retornar o ritmo cardíaco. Taquicardia ventricular: desfibrilação (cardioversão) – DEA É importante que as pessoas saibam manusear o DEA (alguns são eletricoautomáticos e outros é necessário que o profissional saiba manusear) AESP (atividade elétrica sem pulso); condução não síncrona “curto circuito” – não oferece a força de contração necessária; apesar de encontrar atividade elétrica no ECG não tem pulso pois, não há condução do sangue. Indicação de massagem cardíaca Assistolia Cardioversão elétrica e química: “reset” do coração – bradicardia seguido de retorno. Causa de morte após 5 anos pós paradas cardíacas em jovens 1. Em sua maioria está relacionado com cardiopatias congênitas (cardiomegalia, ICC, etc.); 2. Uso de cocaína Nem todos os lugares possuem o DEA disponível para situação de emergência. 1º ELO – AVALIAR A SEGURANÇA DO LOCAL E CHAMAR AJUDA 2º ELO – COMPRESSÃO TORÁCICA: 100 a 120 movimentos por 2 minutos ininterruptos; abaixamento de 5 cm do tórax; 1mmg de adrenalina; 2 minutos de RCP; 5min não reanimou + 1mg de adrenalina; até 5 ciclos de adrenalina. A cada minuto de parada se reduz de 5 a 10% a chance de vida do paciente; após 15 minutos de hipóxia aumenta-se o número de complicações neurológicas. É muito comum quebrar as costelas porém é o menor dos problemas. Deve ser efetiva e de alta qualidade; com isso, a posição do massageador deve está correta.; as mãos devem estar 2cm acima do apêndice xifoide; a vítima deve estar sobre uma superfície rígida. Utilização de dispositivos tecnológicos que fazem a avaliam e orientam via som a efetividade da massagem cardíaca. 3º ELO – DESFIBRILAÇÃO PRECOCE: 3-5 segundos = 70% chance de vida. Cada minuto perdido diminui 10-12% chances de vida 4º ELO - TRANSPORTE COM SEGURANÇA: Chegada da unidade – SBV ou SAV 5º ELO – CUIDADO PÓS PCR Atropina: abaixa a frequência cardíaca; Adrenalina: aumentaa frequência cardíaca Importante: Não se deve decretar óbito para não dar impressão de desistência do socorro. Importante: Prestar atenção no tempo e nas condições encontradas. Negar atendimento pode levar a punição. Situações de morte evidente a vítima não pode ser removida do local, quem deve retirar a vítima é a perícia em seguida é levada pelo IML. Bárbara Lorena | Medicina - Funepe Intra hospitalar Se conseguir reanimar durante o trajeto deverá seguir a partir dos cuidados pós RCP caso não, deverá ser iniciado novamente. Cuidados hemodinâmicos Normalmente o paciente chega hipotenso; Atenção a hipóxia cerebral Atenção a hipertensão muito alta (deve-se abaixar a pressão em 10-20% por hora; gradativamente) deve ser manejada com paciência para evitar danos neurológicos. Exemplo: AVC. Análise do balanço hidríco: resposta renal Nível de consciência do paciente – orientação – comatoso, etc. Avaliação neurológica de sequelas Exames clínicos e físico Exames complementares Biomarcadores séricos: enzimas cardíacas (troponina, etc.) Eletro de 6h em 6h nas primeiras 48h Recuperação: pós saída da UTI Condução da reabilitação das sequelas É necessário ter um controle da ansiedade (medo de morrer novamente) – acompanhamento psicológico do medo contínuo do paciente. Retorno frequente a rede de saúde em consequência de problemas cardíacos – receio do paciente e cuidado pela equipe médica devido a possíveis somatizações dos sintomas devido a vivência da parada cardíaca. Gerenciamento de crises de ansiedade – atenção para não desvalorizar a queixa do paciente e não abolir a possibilidade de um novo evento. 2020 (Novo): Recomendamos que os sobreviventes de PCR tenham avaliação de reabilitação multimodal e tratamento para prejuízos fisiológicos, neurológicos e cognitivos antes da alta do hospital. Bárbara Lorena | Medicina - Funepe 2020 (Novo): Recomendamos que os sobreviventes de PCR e seus cuidadores recebam planejamento de alta abrangente e multidisciplinar para incluir recomendações de tratamento médico e de reabilitação e retornar às expectativas de atividades/trabalho. 2020 (Novo): Recomendamos avaliação estruturada para ansiedade, depressão, estresse pós-traumático e fadiga para os sobreviventes de PCR e seus cuidadores. Por quê: O processo de recuperação de PCR ocorre por muito tempo ainda depois da hospitalização inicial. É necessário apoio durante a recuperação, para garantir bem-estar físico, cognitivo e emocional e o retorno ao funcionamento social e profissional. Esse processo deve ser iniciado durante a hospitalização inicial e continuar o tempo que for necessário. Esses temas foram explorados em mais detalhes em uma declaração científica da AHA de 2020. Causas de parada cardíaca: 1. Hipoglicemia 2. Distúrbio eletrolítico 3. Problemas cardíacos Avaliação primária – Clínica Processo ordenado que visa corrigir de imediato algo que possa levar ao óbito da vítima. 1. Avaliação da cena; 2. Pedir ajuda; 3. Passagem do cenário da ocorrência de modo que o atendimento seja próprio para a necessidade Responsividade do paciente Vítima consciente Vítima inconsciente Movimentos respiratório Se sim: não está em PCR Se não, está em PCR Altera-se em razão do pulso Sem pulso: é importante colocar o sangue para circular antes de qualquer coisa. DRCAB: Segurança do local, Responsividade, circulação, desobstrução de vias áreas; respiração e ventilação. Bárbara Lorena | Medicina - Funepe A Desobstrução das vias aéreas garantindo a estabilidade da cervical Manobra de Chin-Lift (tracionar suavimente o queixo do paciente para cima e para frente com dois dedos – movimento sutil; pode-se apoiar a região cervical) Aumento da permeabilidade de todo o trajeto da árvore brônquica B Respiração e ventilação – ver, ouvir e sentir. Ventilar apenas se tiver os recursos próprio: Ventilador por pressão positiva ou se tiver máscara com filtro bacteriano possibilitando a respiração boca a boca; O contato direto expõe a segurança do socorrista a fluídos; Verificar visualmente a expansão torácica; Analisar a qualidade e velocidade: assimetria, deformidade, um lado expande e outro não, taquipneia, extremidades cianóticas, etc. Observar a presença de sons: observa-se se há obstrução de vias áreas ou se há ruídos ventilatórios. Exemplo: ruídos na expiração (obstrução ou trauma com comprometimento pulmonar); Atenção! Duas pessoas: uma pessoa realiza manobra Chin-Lift + Vedação da máscara e outra realiza a ventilação com âmbur. Primeiro de sinal de obstrução: o paciente põe a mão na garganta ou não consegue falar. Adulto e a partir de 1 ano: Movimento único de alavanca, Y de ponta cabeça = auxilia a desobstrução; pode ser realizada apoiando sobre uma cadeira; Bebê: apoiado sobre a mão em decúbito ventral realiza-se socos empurrando o corpo estranho A hipóxia e a anóxia vai levar a uma parada cardíaca C Garantir a circulação – análise de perfusão capilar, pulso radial, vítimas pedindo água (indicativo de hemorragia), vazamento de sangue. Análise do pulso em vasos calibrosos e mais próximo dos órgãos nobres - preferencialmente a jugular (circulação do SNC) Paciente inconsciente Início da massagem cardíaca É importante SEMPRE reanimar o paciente independente de outras lesões, fraturas, etc. A PRIORIDADE É A CIRCULAÇÃO; Atenção! Reavalia o pulso do paciente D Disfunção neurológica – Escala de coma de Glasgow LEIGO: olho aberto e Responsividade PROFISSIONAL DA SAÚDE: Glasgow Abaixo de 8 tem indicação para intubação – eletiva ou programada, pois, a partir desse ponto a piora é muito rápida. Garantia do aporte de oxigênio AVALIAÇÃO DA REATIVIDADE PUPILAR – Resposta pupilar: AVC Hemorrágico ou drogas; midríase (pupila dilata – área extensa); miose puipila contraída; pupila aberta (hemorragia); pupila fechada (isquemia); Pupila média fixa (sem resposta), não foto reagente (comprometimento de córtex cerebral). E Exposição da vítima e controle do ambiente Uso de manta térmica - Garantia da temperatura do indivíduo. Com o rebaixamento do nível de consciência tem-se naturalmente o apneia podendo levar a uma parada cardíaca dessa forma, é muito importante a ventilação do paciente (suporte de O2). Bárbara Lorena | Medicina - Funepe A B C D GLASGOW E Principais causas de PCR 5 “H”s 5 “T”s Hipovolemia Tensão no tórax (pneumotórax) Hipóxia Tamponamento cardíaco Hipercalemia ou Hipocalemia Tóxicos (drogas) Hidrogênio (acidose) Trombose pulmonar (embolia pulmonar Hipotermia Trombose coronária Bárbara Lorena | Medicina - Funepe Avaliação Secundária Segue a avaliação primária e se busca uma avaliação mais completa do estado do paciente – já tendo sido previamente identificado lesões mais letais. É realizado a partir do mnemônico SAMPLE (simples) sendo possível coletar uma história objetiva e direcionada. S: sinais e sintomas A: alergias M: medicamentos P: passado médico L: líquidos e alimentos ingeridos recentemente E: eventos anteriores (evento que levou ao ocorrido). Exame secundário: é um exame mais minucioso e deve seguir o sentido craniocaudal – da cabeça aos pés. 1. Cabeça e pescoço 2. Pupilas 3. Tórax, abdome e membros 4. Motilidade e sensibilidade 5. Coluna dorsal Em paralelo coleta-se os sinais vitais: FR; pulso; FC; temperatura e PA Frequência respiratória Faixa de normalidade: 14 a 20ipm Observar: apneia ou dispneia; uso de musculatura acessória. Pulso Em pacientes inconscientes: chegar pulso central – carotídeo; Em pacientes lúcido: pulso radial Frequência cardíaca Faixa de normalidade: 60 a 100bpm Regularidade: rítmico Intensidade: cheio e forte Temperatura O local de aferência preferencial é na axila por um período de 3 a 5 minutos. Faixa de normalidade varia entre 35,9e 37,2ºC. Na ausência de termômetro, a avaliação pode ser procedida com o dorso das mãos. Pressão Arterial Faixa de normalidade: 100 a 140 pressão sistólica e 60 a 90 pressão diastólica. Caso seja identificado a hipotensão deve-se pensar em: Sepse Desidratação Hipovolemia Anemia. Caso seja identificado a hipertensão deve-se pensar em: Hipertensão sem tratamento Crise convulsiva Hipertireoidismo Estresse emocional Bárbara Lorena | Medicina - Funepe Algoritmo de cuidados pós-PCR para adultos. Escala de Glasgow Bárbara Lorena | Medicina - Funepe Avaliação primária – Trauma Bárbara Lorena | Medicina - Funepe Choques graves: grau III e IV; garantia da quantidade de hemoglobina para oxigenar o cérebro É avaliado a partir do débito urinário e FC < 60% do volume sanguíneo ainda tem alguma quantidade de diurese Anúria: choque hipovolêmico Identificação de um sangramento importante Utilização do torniquete Acima da lesão (4 a 5 dedos); proteção da pele; é feito o tornique; chega-se até a sala de cirurgia e retira-se somente após o controle do sangramento pela equipe de cirurgia geral. 1. Curativo compreensivo: UTILIZA-SE esse curativo; gaze dentro da lesão e encaminha para a rede hospitalar. 2. Curativo oclusivo. XABCDE X Hemorragias (sangramentos graves) A Abertura de vias aéreas B Ventilação e respiração C Circulação com controle de hemorragia D Exames neurológicos (disfunção) E Exposição e controle da hipotermia
Compartilhar