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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS FUNDAÇÃO EDUCACIONAL LUCAS MACHADO RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA – TÉCNICAS E HABILIDADES PROF. CAMILA AUGUSTA DOS SANTOS 1. OBJETIVO DO APRENDIZADO Aprender a execução exata da técnica de forma a não ocasionar lesões no paciente ou possíveis contaminações advindas da má higiene durante a prática, Ainda, faz-se importante a compreensão da tamanha relevância da execução da glicemia capilar na rotina intra e extra hospitalar para realização de diagnósticos e acompanhamento de quadros clínicos que envolvam alteração da glicemia periférica. 2. INDICAÇÃO DA TÉCNICA A técnica é indicada para a coleta de dados sobre o índice glicêmico do paciente em casos de hipótese diagnóstica que envolva alteração da glicemia no sangue (tanto valores abaixo do padrão de referência como valor acima) e em casos de acompanhamento de evolução de quadro clínico que apresente essa alteração. Ainda, sua indicação pode variar entre a execução de glicemia em jejum ou glicemia pós-prandial, que será definida pela necessidade ou não de se avaliar os parâmetros sem possível alteração ocasionada alimentos ingeridos nas últimas duas horas antecedentes. 3. CONTRA-INDICAÇÃO DA TÉCNICA A técnica não apresenta contra-indicações por si só, porém não deve ser realizada em alguns casos por intercorrências do quadro clínico do paciente. Seriam esses casos como presença de lesões periféricas e até mesmo quadros de problemas de coagulação sanguínea (plaquetopenia), em que a realização do furo para coleta de sangue seria prejudicial pela dificuldade do corpo de reagir de forma a interromper o respectivo sangramento. 4. QUAIS PARÂMETROS CLÍNICOS UTILIZOU PARA INDICAR ESSA TÉCNICA A sintomatologia manifestada pela paciente (poliúria, polidipsia e perda ponderal considerável) condiz com o quadro sintomatológico apresentado na diabetes mellitus tipo 1. A partir disso, torna-se necessário conferir por meio de exames a exatidão do quadro clínico apresentado, que pode ser melhor e mais facilmente realizado com a execução da aferência de glicemia capilar. Como esperado, o resultado da glicemia capilar apresentou valores alterados )480mg/dL diante de um padrão máximo esperado de 140 mg/dL) que revelam hiperglicemia, como seria o esperado pela hipótese diagnóstica. DISCIPLINA: Treinamento de Habilidades DIA DA SEMANA E HORÁRIO: quarta-feria 8h55 ALUNO: Sofia de Lamatta Barbosa TEMA DA AULA: glicemia capilar FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS FUNDAÇÃO EDUCACIONAL LUCAS MACHADO 5. MATERIAL NECESSÁRIO Luvas de procedimento; Cuba rim ou bandeja retangular; Glicosímetro ou aparelho de Glicemia; Fitas reagentes para glicose; Lancetador ou agulha estéril; Algodão; Papel toalha; Álcool a 70%; Caneta e papel para registro. Descapack 6. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA 1. Realizar a desinfecção da bandeja ou cuba rim com álcool a 70% e papel toalha; 2. Preparar o material na bandeja: algodão com álcool, lanceta, frasco de fitas reagentes e aparelho de glicemia; 3. Verificar se o aparelho de glicemia está com o chip de código inserido em sua fenda lateral (ver ANEXO); 4. Verificar a data de validade do frasco de fitas reagentes; 5. Ajustar o lancetador: 6. Ajustar a profundidade de penetração que mais combina com o tipo de pele do paciente, girando o mostrador da tampa (profundidade 2); 7. Para armar o lancetador, girar o botão na parte distal para traz e para frente, aperte o botão para armar o lancetador; 8. O botão de disparo que fica na lateral do lancetador ficará amarelo; 9. Com o lancetador fazer uma punção na ponta do dedo escolhido, preferencialmente na lateral do dedo, onde a dor é minimizada; 10. Lavar as mãos; 11. Explicar o procedimento ao cliente; 12. Manter o paciente em posição confortável; 13. Calçar as luvas de procedimento; 14. Limpar a área a ser perfurada com algodão umedecido com álcool 70% e esperar o álcool volatizar ou se o paciente tiver condições, solicitar que lave as mãos, secando-as bem; 15. Ligar o aparelho e inserir a extremidade dourada da fita de teste no aparelho (ver ANEXO); 16. Verificar se um símbolo de gota aparecerá na tela do parelho indicando que ele está pronto para ser usado; (ver ANEXO); 17. Segurar o lancetador ou a agulha sem tampa; 18. Com a outra mão fazer uma leve pressão na ponta do dedo escolhido de modo a favorecer o seu enchimento capilar; 19. Lancetar o local (dedo ou calcâneo), realizando rodízio nos locais de punção: ü Adultos: região lateral da polpa digital dos membros superiores; ü Bebês: calcâneo; 20. Obter uma gota suficiente para preencher o campo reagente da fita; 21. Posicionar o glicosímetro próximo ao paciente, para facilitar a deposição da gota de sangue no local adequado; 22. Encostar a extremidade da fita na gota de sangue e deixe absorver, um símbolo de ampulheta aparecerá na tela (ver ANEXO); 23. Pressionar o local da punção com algodão enquanto aguarda o tempo necessário para o resultado do exame; 24. Informar ao paciente o resultado obtido na tela (ver ANEXO); 25. Desprezar a fita reagente e a lanceta na caixa específica para material perfurocortante; 26. Retirar as luvas; FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS FUNDAÇÃO EDUCACIONAL LUCAS MACHADO 27. Realizar a higienização das mãos 28. Anotar o procedimento realizado e registrar o valor encontrado no prontuário do paciente. 29. Assinar e carimbar os respectivos registros. 30. Comunicar alterações dos valores. 7. RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NA REALIZAÇÃO DA TÉCNICA Apesar da experiência de se furar o dedo ser levemente desagradável, o aprimoramento das habilidades referentes ao uso adequado do glicosímetro foi agradável, isso porque a sua realização é tão importante na rotina médica, que cada passo da execução deve ser bem pensado e cauteloso, o que me intrigou a prestar mais atenção ainda e praticar o máximo possível. 8. REFERÊNCIA Teste da glicemia capilar é importante para o tratamento de pacientes diabéticos. Conselho Regional de Farmácia de Alagoas, 2015. Disponível em: http://www.crfal.org.br/2015/10/teste_da_glicemia_capilar_e_importante_para_o_tratamento_de_pacientes_dia beticos_saiba_mais/. MILECH, A. et al. Diabetes Mellitus - Clínica diagnóstica, tratamento multidisciplinar. São Paulo: Editora Atheneu, 2004.
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