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Beatriz Klippel Amancio Pereira – Turma XXVIII Cirrose hepática Conceito o Doença crônica que se caracteriza pela presença de fibrose e regeneração de nódulos no fígado pode desenvolver hipertensão portal e insuficiência hepática o Caracteriza-se pela desorganização da arquitetura lobular do fígado o Hepatócito vai sendo substituído por tecido fibroso o Estágio final comum de várias doenças que afetam o fígado o Maioria das complicações decorre de hipertensão portal, sendo elas: ascite, hemorragia digestiva varicosa (HDV), síndrome hepatorrenal e encefalopatia hepática (EH) Epidemiologia o Doença frequente que leva à má qualidade de vida e é a 14ª causa de morte mais comum no mundo o 40% dos pacientes permanecem assintomáticos por longos períodos, mas uma vez que as complicações começam deterioração progressiva o Muitos pacientes morem da doença na 5ª ou 6ª década de vida o Afeta todos os grupos étnicos, idades, sexos o Brasil (2001-2010) – 853.571 hospitalizações por doença hepática Etiologia o A cirrose hepática pode se desenvolver a partir de doença infecciosa (hepatites virais B e C que cronificam), doenças metabólicas (esteato hepatite não alcoólica) e doença hepática alcoólica o Além de doenças autoimunes, vasculares, hepatobiliares e uso de drogas Classificação o Macro e micronodular classificação sem valor prognóstico, mas em geral doença alcoólica é micro e hepatites virais e outras é macro o Cirrose compensada: assintomáticos ou oligossintomáticos (poucos sintomas) o Cirrose descompensada: com complicações Fisiopatologia o Agressão ao hepatócito começa um processo inflamatório o Células estreladas ativadasse transformam em miofibroblastos começam a produzir tecido fibroso continua à medida que vai tendo o dano origina a fibrogênese desorganização da arquitetura hepática forma-se nódulos de hepatócitos em regeneração à medida que ocorre morte celular tem-se a substituição por tecido fibroso fígado vai perdendo a função Quadro clínico o Assintomático ou oligossintomático: fadiga, astenia, perda de peso o Descompensada: ascite, peritonite bacteriana espontânea (PBE), hemorragia digestiva varicosa (com melena ou hematêmese), encefalopatia hepática, infecções respiratória ou urinária, síndrome hepatopulmonar e hepatorrenal ANAMNESE: o Icterícia, colúria, febre, edema em MMII, aumento de volume abdominal, dispneia, alteração do nível de consciência o Antecedentes: consumo abusivo de álcool, uso crônico de medicamentos, doenças autoimunes, exposição ao vírus B ou C SINAIS o Icterícia o Eritema palmar o Telangiectasias aranhas vasculares vasos + dilatados no tronco, face e membros o Ginecomastia o Atrofia testicular *decorrente de alteração hormonal fígado metaboliza o estrogênio fígado deficienteaumento do estrogênio feminização *quando se tem alteração hormonal na mulher alterações no ciclo menstrual o Ascite complicação mais comum da cirrose o HDV presença de varizes no esôfago o EH alteração na fala do paciente, se ele está orientado no tempo e no espaço, sinal de flapping o PBE o Perda de massa muscular o Sinais de coagulopatia equimoses e petéquias pois fígado produz fatores de coagulação o Redução volumétrica do fígado o Sinais de hipertensão portal (HP) esplenomegalia e circulação colateral Diagnóstico o Biópsia hepática o Parâmetros clínicos e laboratoriais + imagem e EDA (endoscopia digestiva) Não existe indicador clínico ou laboratorial especifico de cirrose hepática o Lab: AST, ALT, GGT, FA, colesterol, glicemia, ureia, bilirrubina, albumina, TAP o USG (ecotextura e evidência de HP, ascite e CHC [carcinoma hepatocelular]) o TC de abdome ou RNM Prognóstico o Escalas prognosticas (child-Pugh) e MELD o Sobrevida em 5 anos o Depende da presença e o tipo de descompensação da cirrose o Necessário tratar as complicações o Transplante hepático deve ser uma possibilidade em pacientes com cirrose, principalmente aqueles com descompensação Tratamento o Mudança no estilo de vida o Tratamento das comorbidades, sintomas associados e causa subjacente o Suporte nutricional o Prevenção de complicações o Avaliação para transplantes Beatriz Klippel Amancio Pereira – Turma XXVIII Doenças associadas ASCITE o Recomenda-se punção do líquido ascítico o Mensurar o gradiente soro-ascite (albumina sérica – albumina no líquido ascítico) o Contagem de PMN: >250 céls/mm3 PBE o GASA (gradiente soro-ascite): 1,1g/ dL ascite por causa hepática ou cardíaca o Proteínas totais no liquido ascítico: <2,5 mg/dL cirrose TRATAMENTO o Dieta hipossódica (2g de Na/dia) o Diuréticos (espironalactona 100-400 mg/dia associado ou não à furosemida 40- 160 mg/dia) o Monitorização de rotina nos eletrólitos o Restrição hídrica quando Na < 125 mEd/L o Paracentese de alívio ascite tensa refratária ao uso de diuréticos ou na contraindicação deles PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA o Quando suspeitar? Febre, dor abdominal e alterações no ritmo intestinal ou sinais de EH e disfunção renal o Microrganismos + frequentes: - Bactérias gram-negativas E. coli e Klebsiella pneumonia - Cocos Gram-positivos Streptococcus e Enterococcus o Prevenção: antibioticoterapia o Tratamento: ATB ENCEFALOPATIA HEPÁTICA o Diagnóstico clínico o Alterações cognitivas e de comportamento disartria, memória, alterações de personalidade, sono o Graduada de acordo com gravidade o Pesquisar fatores precipitantes hemorragia digestiva, infecções, uso de medicamentos, transgressão dietética, disfunção renal TRATAMENTO o Medidas profiláticas e terapêuticas o Orientação dietética o Correção de fatores precipitantes o Laxante osmótico (lactulose) o Antibióticos (metronidazol, rifaximina) HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA o Causas: ruptura de varizes esofágicas, gastropatia hipertensiva, colopatia o Manifestações clínicas: hematêmese, melena ou enterorragia associada ou não a instabilidade hemodinâmica o Profilaxia primária: propranolol evitar sangramento o Tratamento: ressuscitação volêmica, antibioticoterapia profilática (evitar infecções), vasoconstritores esplânicos e hemostasia endoscópica CARCINOMA HEPATOCELULAR (CHC) o 3 a 5% em pacientes com hepatopatia crônica o 70% dos diagnósticos com tumor irressecável o Manifestações clínicas: icterícia progressiva, emagrecimento, dor em HCD e ascite hemorrágica por trombose de veia porta o Cirróticos devem ser rasreados com US abdominal associado a dosagem de alfa feto proteína a cada 6 meses o TC ou RN para investigar nódulo hepático
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