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Doença de Chagas e Megaesôfago

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@anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues 
CHAGAS
PONTOS IMPORTANTES 
O protozoário flagelado Trypanossoma cruzi e transmitida principalmente pelo inseto-vetor Triatoma infenstans (barbeiro) responsável por causar a doença de chagas. 
Apresenta na forma sintomática principalmente em criança, porem apresenta uma maior incidência em adultos e assintomáticos. Esse fator está diretamente relacionado com o estado imunitário do indivíduo e com sua idade. 
Essa doença provoca alto impacto no sistema público de saúde. 
A contaminação ocorre de duas maneiras principais, por alimento contaminados pelas fezes do barbeiro e através da picada do barbeiro. 
COMPLICAÇÕES
A doença de Chagas, uma doença multissistêmica causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi, tem como predomínio as desordens cardíacas e digestivas. As manifestações digestivas envolvem principalmente o esôfago e o colon, e são causadas pela degeneração e redução do número de neurônios dos plexos mientéricos.
As alterações motoras digestivas mais significativas na doença de Chagas resultam do envolvimento do esôfago, que causa dificuldades na deglutição, e do cólon, que leva a uma constipação intestinal. No esôfago, quando a destruição dos plexos nervosos compromete 50% das células, toda a atividade motora do órgão é desorganizada e, quando alcança 90%, surge a dilatação progressiva do órgão, chamada megaesôfago. Entre os pacientes infectados pelo Trypanosoma cruzi, 6% a 10% deles irão apresentar esofagopatia, evidenciada por sintomas e alterações no exame radiológico. 
Após a inoculação das fezes o protozoário infiltra nas células do sistema nervoso entérico causando a sua destruição, esse sistema é responsável por regular as funções do trato gastrointestinal. A lesão irá se desenvolver devido a inflamação, fibrose e desenervação dos tecidos gastrointestinais. Devido esse fato umas das consequências da reação inflamatória, é o megaesôfago. O megaesôfago chagásico é decorrente de uma desenervação do plexo nervoso, de forma que 90% dos neurônios ficam comprometidos, essa patologia também é resultante da acalásia (é um distúrbio de motilidade) e da estase alimentar (acúmulo de alimentos). Essa patologia manifesta-se com o surgimento de sintomas como disfagia, regurgitação, perda de peso, pirose, dor torácica, odinofagia. Este estudo tem como objetivo compreender como ocorre a relação da fisiopatologia da doença de chagas com o megaesôfago. Considere este estudo qualitativo com revisão bibliográfica de caráter explorativo. 
O megaesôfago chagásico é definido como uma dilatação patológica do esôfago, com o diâmetro aumentado e parede espessada devido à hipertrofia da túnica muscular. A mucosa apresenta-se redundante, com pregueado transversal e longitudinal, em decorrência da irritação causada pelos alimentos estagnados. A alteração mais constante consiste na coloração pálida, devida à acantose e à
paraqueratose; raramente são encontradas áreas de leucoplasia ou esofagite ulcerada. No megaesôfago, não há uma ordenação harmônica característica do movimento peristáltico, mas sim, ocorrem ondas sincrônicas de pressão por todo o esôfago, impossibilitando a condução do bolo alimentar da boca ao estômago.

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