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A2 - LITERATURA BRASILEIRA COLONIAL E ROMÂNTICA

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25/03/2022 21:07 Ilumno
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Place: Sala 1 - Sala de aula / Andar / Polo Bangu / POLO BANGU - RJ 
Academic: EAD-IL80071-20214A
Candidate: JULIANA DE OLIVEIRA AUGUSTO 
Assessment: A2-
Registration: 20201301853 
Date: 25 Nov 2021 - 8 a.m. Finalizado
Correto Incorreto Anulada  Discursiva  Objetiva Total: 8.50/10.00
1  Código: 33107 - Enunciado: "A mensagem cristã de base, pela qual todos os homens são
chamados filhos do mesmo Deus, logo, irmãos, contraria, em tese, as pseudo-razões do
particularismo colonial: este fabrica uma linguagem utilitária, fatalista, no limite racista, cujos
argumentos interesseiros calcam o discurso do opressor. Ou seja, as razões orgânicas da
conquista, que, com poucas variantes, se reproporia em escala até a última fase do imperialismo
colonial a partir dos fins do século XIX."(BOSI, A. Dialética da colonização. 3. ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 1992, p. 36.) Com base na afirmação acima sobre a sermonística do Padre
Antônio Vieira, realizada por Alfredo Bosi, pode-se generalizar como fundamento da Literatura
Brasileira no século XVII:
 a) A existência de uma pedagogia relacionada à cristianização, orientando as práticas
sociais de modo a organizar a sociabilidade dos povos indígenas para a empresa colonial.
 b) Indígenas e afrodescendentes eram representados de modo semelhante, com destaque
para posição de questionamento das estruturas coloniais.
 c) As narrativas simbólicas apresentavam autonomia completa com relação à função
econômica dos nativos, visto que eles tinham uma sociedade própria.
 d) Os escravizados eram estimulados a se rebelarem contra a estrutura colonial, a ponto de
vislumbrarem a possibilidade de abolição da escravatura nos seiscentos.
 e) Povos, línguas e culturas não são representados na literatura do período, embora
houvesse um conjunto epistolar fortemente ancorado na realidade da colônia.
Alternativa marcada:
a) A existência de uma pedagogia relacionada à cristianização, orientando as práticas sociais de
modo a organizar a sociabilidade dos povos indígenas para a empresa colonial.
Justificativa: Resposta correta: A existência de uma pedagogia relacionada à cristianização,
orientando as práticas sociais de modo a organizar a sociabilidade dos povos indígenas para a
empresa colonial.O termo “pedagogia religiosa” é empregado por estudiosos da Literatura
Colonial para compreender aspectos da tessitura literária do período, articulando pedagogia e
conversão religiosa. Distratores:Os escravizados eram estimulados a se rebelarem contra a
estrutura colonial, a ponto de vislumbrarem a possibilidade de abolição da escravatura nos
seiscentos. Incorreta, pois a escravidão colonial, quando trabalhada literariamente, visava
sobretudo à integração do elemento autóctone ou afrodescendente aos desígnios da empresa
colonial.As narrativas simbólicas apresentavam autonomia completa com relação à função
econômica dos nativos, visto que eles tinham uma sociedade própria. Incorreta, pois as
narrativas simbólicas, como peças ou sermões, procuravam efetuar uma espécie de tradução
intercultural, com objetivo de integrar os excluídos como elemento produtivo.Indígenas e
afrodescendentes eram representados de modo semelhante, com destaque para posição de
questionamento das estruturas coloniais. Incorreta, pois não havia uma similaridade, muito
menos questionamento; os indígenas eram vistos como passíveis de conversão, ao passado que
africanos deveriam contribuir para o sistema produtivo.Povos, línguas e culturas não são
representados na literatura do período, embora houvesse um conjunto epistolar fortemente
ancorado na realidade da colônia. Incorreta, pois povos, línguas e culturas eram representados
em peças teatrais e em sermões, ao menos de modo indireto. Destaque para o período deve-se
dar aos sermões de Padre Antônio Vieira.
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2  Código: 33329 - Enunciado: Rubi, concha de perlas peregrina,Animado cristal, viva escarlata,Duas
safiras sobre lisa prata,Ouro encrespado sobre prata fina. Este o rostinho é de Caterina;E porque
docemente obriga, e mata,Não livra o ser divina em ser ingrata,E raio a raio os corações
fulmina. Viu Fábio uma tarde transportadoBebendo admirações, e galhardias,A quem já tanto
amor levantou aras: Disse igualmente amante, e magoado:Ah muchacha gentil, que tal serias,Se
sendo tão formosa não cagaras! (Soneto de Gregório de Matos. In: HANSEN, J. A. Autoria, obra e
público na poesia colonial luso-brasileira atribuída a Gregório de Matos e Guerra. Ellipsis –
Journal of Lusophone Studies, n. 12, p. 107, 2014. Disponível em:
<https://jls.apsa.us/index.php/jls/article/view/62/83>. Acesso em: 25 dez. 2018.) Diante disso,
é possível afirmar que o Soneto a Caterina, de Gregório de Matos, se estrutura com base:
 a) Em linhas realistas e sóbrias da mulher.
 b) Na epopeia nacionalista e grandiloquente.
 c) Na convenção da poesia lírico-amorosa.
 d) Na idealização da mulher brasileira.
 e) Em efeitos cômicos característicos da sátira.
Alternativa marcada:
c) Na convenção da poesia lírico-amorosa.
Justificativa: Resposta correta: Em efeitos cômicos característicos da sátira.Um movimento
estrutural forte do soneto ocorre quando as linhas líricas dos quartetos são repentinamente
substituídas pela degradação da figura feminina dos tercetos. Distratores:Na convenção da
poesia lírico-amorosa. Errada, pois a convenção da poesia lírico-amorosa, de fato, apresenta-se
nos quartetos, mas logo é substituída pelo movimento satírico seguinte.Na idealização da
mulher brasileira. Errada, pois não há uma idealização da mulher dominante no poema, nem da
“mulher brasileira”, o que implicaria uma visão da nacionalidade.Na epopeia nacionalista e
grandiloquente. Errada, pois o soneto é uma forma específica de poema, estruturado em dois
quartetos e dois tercetos; assim sendo, não é uma epopeia.Em linhas realistas e sóbrias da
mulher. Errada, pois a sátira retoma elementos cotidianos, definindo a verossimilhança com
comicidade; mas não realismo e sobriedade em sentido pós-romântico.
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3  Código: 33327 - Enunciado: “Por isso foi tão bem recebida aquela breve e discreta definição de
quem chamou a um engenho de açúcar doce inferno. E, verdadeiramente, quem vir na
escuridade da noite aquelas fornalhas tremendas perpetuamente ardentes; as labaredas que
estão saindo a borbotões de cada uma, pelas duas bocas ou ventas por onde respiram o
incêndio; os etíopes ou ciclopes banhados em suor, tão negros como robustos, que soministram
a grossa e dura matéria ao fogo, e os forcados com que o revolvem e atiçam; as caldeiras, ou
lagos ferventes, com os tachões sempre batidos e rebatidos, já vomitando escumas, já exalando
nuvens de vapores mais de calor que de fumo, e tornando-os a chover para outra vez os exalar; o
ruído das rodas, das cadeias da gente toda da cor da mesma noite, trabalhando vivamente, e
gemendo tudo ao mesmo tempo, sem momento de tréguas nem de descanso; quem vir, enfim,
toda a máquina e aparato confuso e estrondoso daquela Babilônia, não poderá duvidar, ainda
que tenha visto Etnas e Vesúvios, que é uma semelhança de Inferno. Mas se entre todo esse
ruído, as vozes que se ouvirem, forem as do Rosário, orando e meditando os mistérios dolorosos,
todo esse inferno se converterá em paraíso; o ruído em harmonia celestial; e os homens, postos
que pretos, em anjos.”(VIEIRA, P. A. Sermão XIV. In: PÉCORA, A. [Org.] Sermões: Padre Antônio
Vieira. São Paulo: Hedra, 2001. p. 655- 656.) O Sermão XIV, integrante do conjunto Maria Rosa
Mística, de autoria do Padre Antônio Vieira, permite identificar a visão bíblica conforme a qual: 
 a) Africanos e afrodescendentes eram vistos como seres amaldiçoados, condenados à
eterna servidão.
 b) A natureza opressora daexploração colonial não inclui os afrodescendentes, pois estes
estavam protegidos.
 c) Africanos e afrodescendentes participavam simbolicamente de um modelo fundado na
igualdade divina.
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 d) Africanos e afrodescendentes eram representados de maneira equânime com relação ao
branco europeu.
 e) Africanos e afrodescendentes eram biologicamente dotados para enfrentar a lavoura e a
mineração.
Alternativa marcada:
c) Africanos e afrodescendentes participavam simbolicamente de um modelo fundado na
igualdade divina.
Justificativa: Resposta correta: Africanos e afrodescendentes eram vistos como seres
amaldiçoados, condenados à eterna servidão.Segundo a visão de origem bíblica, africanos e
afrodescendentes participavam da linhagem de Cam — filho de Noé —, estando condenados a
servir aos demais povos por toda a eternidade. Distratores:Africanos e afrodescendentes eram
representados de maneira equânime com relação ao branco europeu. Errada, pois africanos e
afrodescendentes não eram, segundo a Bíblia, iguais ao branco europeu. Ademais,
equanimidade, justiça ou imparcialidade não são princípios característicos do mundo
cristão.Africanos e afrodescendentes eram biologicamente dotados para enfrentar a lavoura e a
mineração. Errada, pois o Sermão XIV não defende a ideia de uma superioridade biológica, mas,
sim, uma inferioridade bíblica, que justificaria a exploração do elemento negro por outros povos
do planeta.Africanos e afrodescendentes participavam simbolicamente de um modelo fundado
na igualdade divina. Errada, pois, do ponto de vista da divindade, os africanos e
afrodescendentes seriam hierarquicamente inferiores, o que justificaria sua exploração pelos
brancos supostamente civilizados.A natureza opressora da exploração colonial não inclui os
afrodescendentes, pois estes estavam protegidos. Errada, pois a exploração colonial encontrou
justificativa bíblica por meio da trajetória de queda de Caim, cujos descendentes — negros ou
afrodescendentes — seriam eternamente subjugados pelos brancos.
4  Código: 33335 - Enunciado: “Como a grande maioria dos narradores do Romantismo, José de
Alencar explorou o romance histórico e deu a essa forma particular do gênero uma função
extremamente relevante para a formação da literatura brasileira. Para dimensionar o papel
fundador de sua obra na nossa tradição literária, é preciso compreendê-la na trajetória deste
intelectual cujos traços singulares podem contribuir para esboçar um modelo de pensamento
conservador tão marcante nas elites ilustradas do Brasil ao longo de toda sua história.”(MARCO,
V. de. O romance histórico de José de Alencar. Revista de Letras, n. 29, v. 1, jan.-jul. 2009.
Disponível em: <http://www.revistadeletras.ufc.br/rl29(2)art17.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2019.) A
apreciação crítica acima, de autoria da estudiosa do período romântico Valéria de Marco, pode
ser conectada à seguinte obra de José de Alencar:
 a) O Guarani (1857).
 b) O demônio familiar (1857).
 c) Ao correr da pena (1874).
 d) Cinco minutos (1856).
 e) A pata da gazela (1870).
Alternativa marcada:
a) O Guarani (1857).
Justificativa: Resposta correta: O Guarani (1857).Para Valéria de Marco, O Guarani (1857)
representa a busca de Alencar por construir a “História presente e passada do Brasil”, sendo uma
“estória romanesca que caminha para o mito” (MARCO, V. de. O romance histórico de José de
Alencar. Revista de Letras, n. 29, v. 1, p.107-8, jan.-jul. 2009.) O livro é tido como um dos principais
representantes do Romance Histórico no Brasil. Distratores:Cinco minutos (1856). Errada, pois
o romance de temática urbana é um dos primeiros da carreira de José de Alencar, sendo
normalmente caracterizado como expressão de um romantismo ingênuo.A pata da gazela (1870).
Errada, pois o livro assinala uma construção estética mais amadurecida; entretanto, enfoca
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relacionamentos burgueses e a dinâmica da vida das cidades.O demônio familiar (1857). Errada,
pois trata-se de uma peça teatral de José Alencar, um dos primeiros textos teatrais brasileiros que
conseguem projeção e reconhecimento crítico.Ao correr da pena (1874). Errada, pois a edição é
composta com base em crônicas escritas pelo autor na imprensa periódica, o que demonstra a
versatilidade do autor ao praticar diferentes gêneros.
5  Código: 32918 - Enunciado: “[...] A ʻalteridadeʼ pretendida pelo escritor, através da publicação de
termos indígenas, da veiculação de modos culturais atribuídos aos índios, faria o papel de
alavanca do prestígio nativo até aquele momento. Para além disso, podemos dizer que a
preocupação de Alencar estaria à serviço daquela supracomissão (classes mandatárias), do
estabelecimento de uma identidade satisfatória – cores nacionais diversas – e de fixação de uma
hierarquia conquistada desde os tempos da Colônia – prosseguimento dos mesmos nomes e
posses advindos da herança da coroa portuguesa.”(PINHO, A. M. Instrumento, R. Es. Pesq. Educ.,
Juiz de Fora, v. 10, p. 42, jan.- dez. 2008. Disponível em:
<http://www2.uefs.br/dla/romantismoliteratura/files/a_margem_e_o_outro_retratos_de_indio_
no_romantismo.pdf>. Acesso em: 17 out. 2018). Percorrendo sentido aberto pela apreciação
crítica descrita, é possível distinguir as seguintes características presentes na obra de José
Alencar:
 a) As classes mandatárias passaram a ter representação literária somente no Romantismo.
 b) Alencar oferece uma justificativa literária e ideológica para as diferenças sociais no Brasil
da época.
 c) Alencar descreve a ausência de qualquer hierarquia entre as diferentes classes sociais no
Brasil.
 d) Encontro definitivo e harmonioso da alteridade, que perduraria inconteste até o século
XXI.
 e) Alencar não publicou qualquer termo indígena que já não fosse conhecido
nacionalmente.
Alternativa marcada:
b) Alencar oferece uma justificativa literária e ideológica para as diferenças sociais no Brasil da
época.
Justificativa: Resposta correta:Alencar oferece uma justificativa literária e ideológica para as
diferenças sociais no Brasil da época.Alencar, segundo o professor universitário Adeítalo Manoel
Pinto, é exemplo de como a perspectiva de construção literária do elemento indígena ou
autóctone no Romantismo reforçou os elementos da identidade nacional como uma espécie de
descoberta do “Brasil selvagem”. Distratores:Encontro definitivo e harmonioso da alteridade, que
perduraria inconteste até o século XXI. Incorreta, pois, embora o Romantismo tenda ao
apagamento das diferenças ao compor um retrato idílico do encontro do branco com o indígena
– embora resultado de uma violência –, essa leitura continuou a ser revisitada e questionada
depois, pelo Modernismo e pelas perspectivas críticas presentes desde fins do século XX.As
classes mandatárias passaram a ter representação literária somente no
Romantismo. Incorreta, pois as classes mandatárias eram frequentemente abordadas pela
literatura, mesmo antes do Romantismo. Podemos notar essa perspectiva, por exemplo, por
meio dos poemas satíricos atribuídos a Gregório de Matos de Guerra. Os poemas atribuídos a
Gregório, aliás, abordam muitos elementos locais.Alencar não publicou qualquer termo indígena
que já não fosse conhecido nacionalmente. Incorreta, pois Alencar fez um intenso trabalho de
pesquisa e compilação de termos indígenas. Ao escrever Iracema, reforçou o veio mítico da sua
criação literária e sua, paradoxalmente, sua concretude, focando elementos pouco conhecidos,
presentes sobretudo em livros especializados.Alencar descreve a ausência de qualquer
hierarquia entre as diferentes classes sociais no Brasil. Incorreta, pois Alencar reconhece as
diferenças entre classes sociais e, sobretudo, nos livros que abordam os movimentos da
burguesa, comoLucíola e Senhora, deixa claro que a nação brasileira se dividia entre apego a
valores mundanos e ética, entre valorização do capital e da humanidade.
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6  Código: 32921 - Enunciado: “Nesse sentido, o catolicismo lusitano amplifica seu caráter
popularesco, imagético e distancia-se do cristianismo puritano castelhano e, muito mais, do
anglicano. A dramaturgia de Anchieta lança-se como primeiro movimento em direção a uma
pluralidade religiosa, cultural e discursiva que culminará dialogicamente no catolicismo
carnavalizado que permeia o imaginário e a prática social brasileira.” (SILVA JÚNIOR, A. R. da;
MEDEIROS, A. C. M. de. Microhistória do teatro colonial brasileiro: Padre Anchieta e a Festa de São
Lourenço. Cena, UFRGS, n. 12, p. 3, 2012. Disponível em:
<https://seer.ufrgs.br/cena/article/view/24083/24315>. Acesso em: 10 out. 2018). No que tange a
possíveis interpretações no campo da historiografia literária brasileira, conclui-se que:
 a) O processo de aculturação ocorrido desde a colonização reverbera até a modernidade e a
contemporaneidade.
 b) O processo de tradução de culturas só seria realizado, de modo vantajoso para o
colonialismo, no século XX.
 c) Foi incipiente a participação do gênero dramatúrgico no interior dos grandes movimentos
literários do período colonial.
 d) Conquistadores e conquistados não partilhavam espaços na performance, embora
simbolicamente fossem considerados iguais.
 e) A dramaturgia (com destaque para a produção de Padre Anchieta) era vista como
autônoma em relação à política e à economia.
Alternativa marcada:
a) O processo de aculturação ocorrido desde a colonização reverbera até a modernidade e a
contemporaneidade.
Justificativa: Resposta correta: O processo de aculturação ocorrido desde a colonização
reverbera até a modernidade e a contemporaneidade.Segundo os autores Augusto Rodrigues da
Silva Júnior e Ana Clara Magalhães de Medeiros: “[...] a performance e a dramaturgia coloniais
constituem retrato único de um processo de aculturação de mão dupla, em que as reverberações
ecoam na nossa cultura até a contemporaneidade” (SILVA JÚNIOR; MEDEIROS, 2012, p.
11). Distratores:Foi incipiente a participação do gênero dramatúrgico no interior dos grandes
movimentos literários do período colonial. Incorreta, pois o gênero dramatúrgico foi uma das
principais manifestações literárias do período, com destaque para a produção de Padre José de
Anchieta.O processo de tradução de culturas só seria realizado, de modo vantajoso para o
colonialismo, no século XX. Incorreta, pois o processo de tradução de culturas começou, segundo
os autores supramencionados, desde a chegada dos portugueses na costa
brasileira.Conquistadores e conquistados não partilhavam espaços na performance, embora
simbolicamente fossem considerados iguais. Incorreta, pois conquistados e conquistadores
partilhavam espaços em movimento de tradução intercultural, jamais sendo considerados
iguais.A dramaturgia (com destaque para a produção de Padre Anchieta) era vista como
autônoma em relação à política e à economia. Incorreta, pois a dramaturgia era fortemente
atrelada aos desígnios religiosos, pedagógicos e políticos, não podendo separar-se destes.
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7  Código: 33152 - Enunciado: Canção do exílio(Gonçalves Dias) Minha terra tem palmeiras,Onde
canta o Sabiá;As aves que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais
estrelas,Nossas várzeas têm mais flores,Nossos bosques têm mais vida,Nossa vida mais
amores. Em cismar, sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde
canta o Sabiá. (DIAS, G. Canção do exílio. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000100.pdf>. Acesso em: 30 nov.
2018.) Com base na leitura de um excerto do poema Canção do exílio (1843), cite os elementos
que permitem afirmar que a representação da nação e de seu território, realizada por Gonçalves
Dias, tende a reforçar a identificação positiva com o Novo Mundo em contraposição aos valores
da metrópole, de modo a fortalecer um projeto de nacionalidade em construção.
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Resposta:
O poema Canção do exílio aborda a diferença entre o subjetivo e o objetivo, a perspectiva
nacional e a estrangeira. O poeta contrasta o local de exílio onde está e o Brasil, de onde está
afastado, estabelecendo uma valorização do Brasil e corroborando para a construção de um
sentimento de pertença nacional. Podemos identificar esses elementos no poema: 
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Justificativa: Expectativa de resposta:A Canção do exílio, de Gonçalves Dias, é um dos poemas
mais conhecidos e parodiados da literatura brasileira. Reforça o sentimento da pátria, da
natureza, da nação, exaltado por justamente reconhecê-lo a partir do impacto dele na
subjetividade lírica dividida entre dois mundos, nostálgica com relação à nação presentificada na
memória formativa, que permanece distante fisicamente. Desse modo, o poema divide-se entre
o lá e o cá, entre Brasil e Portugal, entre presença e ausência, com forte dualidade, que ressalta,
por fim, os valores criados e construídos na nova nação brasileira.
8  Código: 37082 - Enunciado: “O Novo Mundo não poderá passar sem tradições respeitáveis;
dentro de alguns séculos, a época presente, na qual se fundou a sua independência, nele
despertará nobres e comovedoras evocações. A sua idade das fábulas misteriosas e poéticas
serão os séculos em que viveram os povos que exterminamos e que nos surpreendem por sua
coragem, e que retemperaram talvez as nações saídas do Velho Mundo: a recordação de sua
grandeza selvagem cumulará a alma de orgulho, suas crenças religiosas animarão os desertos; os
cantos poéticos, conservados por algumas nações, embelezarão as florestas. O maravilhoso, tão
necessário à poesia, encontrar-se-á nos antigos costumes desses povos, como na força
incompreensível de uma natureza constantemente mutável em seus fenômenos [...]. Seus
combates, seus sacrifícios, nossas conquistas, tudo apresenta aspecto esplendoroso.”(Fonte:
DENIS, F. Considerações sobre o caráter que a poesia deve assumir no novo mundo. In: DENIS, F.
Resumo da história literária do Brasil. Tradução e notas de Guilhermino César. Porto Alegre: Lima,
1968. p. 29-39. Disponível em: http://www.ufrgs.br/cdrom/denis/denis.pdf. Acesso em: 2 dez.
2018.) Com base no excerto apresentado, de Ferdinand Denis, seria possível concluir que a
literatura brasileira do Romantismo modernizou-se compartilhando exclusivamente valores
europeus vigentes à época, sem considerar as formas e os sentidos presentes nos trópicos?
Justifique sua resposta.
Resposta:
Não, pois devido à identidade singular do povo brasileiro, apenas ele poderia produzir uma
literatura que o expressasse de dentro. A literatura brasileira do Romantismo não se refere
apenas ao local de produção dos textos ou à nacionalidade de seus autores, mas sim à uma "cor
local" que fosse responsável por expressar o Brasil e o brasileiro. A literatura brasileira não
poderia ser escrita por um não brasileiro, visto que nela estivesse o caráter, a identidade do povo.
Justificativa: Expectativa de resposta:Não. O livro de Ferdinand Denis (1798-1890), publicado em
1826 sob o título O Resumo da História Literária do Brasil, é considerado um dos principais textos
do século XIX que procuram defender a importância de se constituir ou fundar uma literatura
nacional brasileira. Embora em diálogo com os valores e as formas europeias, Denis defendia a
necessidade de se encontrar uma “voz própria”, que traduzisse o esplendor da nova nação.
Segundo Maria Helena Rouanet: “Ora, através da associação com a proposta programática de
VictorHugo (1827) ou da simples menção à palavra 'manifesto', esta obra de Ferdinand Denis fica
devidamente instalada na linha de frente daqueles que teriam trabalhado no sentido de
construir uma realidade que, daí por diante, passou a ser designada como a Literatura
Brasileira.”(Fonte: Cf. Comentários de Maria Helena Rouanet à edição: DENIS, F. Considerações
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sobre o caráter que a poesia deve assumir no novo mundo. In: DENIS, F. Resumo da história
literária do Brasil. Tradução e notas de Guilhermino César. Porto Alegre: Lima, 1968. p. 29-39.
Comentários disponíveis em: http://www.ufrgs.br/cdrom/denis/comentarios.htm. Acesso em: 2
dez. 2018.)

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