Grátis
39 pág.

Denunciar
Pré-visualização | Página 1 de 1
Hipófise Laira Isabela Botton Fogliarine Características Hipófise o Também chamada de glândula pituitária, possui tamanho variável de 1 a 4 gramas; o Faz parte do sistema nervoso e endócrino, sendo a mais importante do sistema endócrino; o Está relacionada com o controle de emoções e funções orgânicas; o Se encontra na base do crânio no acidente ósseo do esfenoide; o Parte anterior, proveniente do palato e a posterior, proveniente do diencéfalo. Anatomia Hipofisária Neuro-Hipófise o A neuro-hipófise é a parte posterior, sendo uma extensão do hipotálamo; o Responsável por apenas secretar hormônios produzidos no núcleo hipotalâmico; o Os hormônios são produzidos pelos neurônios secretores dos núcleos PV e SO, encapsulados e conduzidos até a neuro-hipófise pelos axônios; o Os dois hormônios secretados por essa glândula são ocitocina e ADH. Ocitocina o Age na contração da musculatura lisa e é associada ao bem estar, relacionados a serotonina; o Sintetizado pelos neurônios secretores nos núcleos PV e SO. o É estimulado pela sucção do leite materno e distensão do colo do útero. o Dentre os efeitos secundários estão: potencialização do ACTH, estimulação da prolactina e influência sobre o comportamento materno. o Ela se liga aos receptores Cq/11 presentes nas mamas, útero e cérebro. Mecanismos de Ativação da Ocitocina Hormônio Antidiurético o Também conhecido como ADH ou vasopressina (AVP). o Esse hormônio age nos rins, aumentando a resistência vascular; o As concentrações séricas variam de 1,5 a 6 ng/L; o O ADH se liga aos receptores presentes na proteína G: o Existem 3 receptores: V1R, V2R e V3R; o A desidratação gera uma retração celular, sinalizando para o neurônio a necessidade da secreção; o Queda da PA superior a 10% também sinaliza; ADH Diabetes Insípido o Caracterizada pela poliúria hipotônica; o A secreção de ADH está associada com a neurogênica ou central e a nefrogênica; o Neurogênico: ocorre devido à uma queda da liberação de ADH; o Nefrogênico: ocorre devido a uma não responsividade do néfron distal ao hormônio. Diagnóstico Tratamento o Administração de AVP para reposição, quando diabete insipido central. Já para o diabete insipido nefrogênico, não existe tratamento. Quando secundário ao uso de medicamentos, deve-se suspender o uso dos mesmos. Adeno-Hipófise o A adeno-hipófise é a parte anterior, possui maior volume; o Células derivadas do revestimento ectodérmico do palato; o Glândula produtora e secretora; o Controlada pelo hipotálamo, existindo a comunicação através da porta hipofisária; o Capaz de produzir e secretar 7 hormônios de 3 classes diferentes. Adeno-Hipófise o Classificação de acordo com localização: gonadotrofos e somatotrofos (posterolateral) e corticotrofos e tireotrofos (anteromedial). o A produção é controlada pelos neuropeptídeos hipotalâmicos; o Ocorrem de maneira cíclica e existem fatores que podem alterar sua secreção: níveis hormonais, inibição por retroalimentação negativa e ritmos circadianos; o Regulador no núcleo supraquiasmatico: ACTH, cortisol e melatonina (24h) e PRL, GH, TSH (sono) Hormônio do Crescimento o Conhecido como GH; o Associado ao crescimento tecidual, depois, passa a fazer papel na síntese de proteínas (músculos e ossos); o Secreção é aumentada durante o período de descanso; o Sua plena funcionalidade é alcançada quando associada aos mecanismos nutricionais e hormonais; Regulação e efeitos sob órgãos-alvo Hormônio Estimulante da Tireóide o O TSH se liga ao receptor presente na membrana da proteína G alfa da tireóide, desencadeando a adenilato-ciclase, gerando uma cascata de ativação; o Atua como fator de sobrevida para a glândula tireóide; Hormônio Folículo Estimulante e Luteinizante o Atuam nos testículos (testosterona) e ovários (estrogênio e progesterona); o A ativação ocorre por meio da ligação hormonal ao receptor presente na proteína G alfa S; o Essa ativação gera uma síntese dos hormônios sexuais, espermatogênese, foliculogênese e ovulação. Mecanismo de Feedback Hormônio Adrenocorticotrófico o Gerado através da clivagem da pro opiomelanocortina (POMC); o Age no córtex adrenal na zona fasciculada; o Sua secreção é mediada por estresse físico e psicológico; o Desempenha o papel a função de produção e liberação de cortisol. Hormônio Melanócito Estimulante o Exerce atuação sobre as células endoteliais, monócitos, queratinócitos e sistema pigmentar da pele. Prolactina o Responsável pela produção e ejeção do leite materno; o Secretado pelos lactotrofos; o Ela é liberada de acordo com a inibição da dopamina, somatostatina e GABA; o Elevadas concentrações de dopamina suprimem a secreção da prolactina. Mecanismo de Secreção Prolactina Adenoma Hípofisário o Raros na infância e maior incidência em mulheres; o Classificados em micro (hormônios séricos elevados) ou macro (sintomas de compressão) e produtores de hormônio ou clinicamente não funcionantes; o GH (acromegalia); cortisol (Cushing); gonadotrogos (ineficientes na produção hormonal); gonadotrofos (diagnosticados grandes). o Os clinicamente não funcionantes geralmente desencadeiam sintomas associados a compressão devido ao tamanho da massa. Incidentaloma Hipofisário o Lesão previamente não suspeitada e descoberta acidentalmente; o Diagnosticada através de RM e TC; o Podem ser classificados de acordo com o tamanho; Hiperprolactinemia e Prolactinoma o A hiperprolactinemia pode ser idiopática, desencadeada por lesões traumáticas na parede torácica, lesões irritativas e doenças do cordão medular; o Apresentam galactorreia e infertilidade; o Uso de agonistas de dopamina para reestabelecimento dos níveis séricos de prolactina. o Em relação ao prolactinoma, os níveis de prolactina acompanham o tamanho do tumor. o Pode ser classificado como micro (1cm – 100 e 200ng/L), macro (igual ou maior 1cm – 250 – 2000 ng/L) e gigantes (maior que 4cm – acima de 1000ng/L) Acromegalia o Doença crônica associada a hipersecreção de GH; o Geralmente associado a presença de adenoma hipofisário secretor de GH, podendo ser de células puras de GH ou misto; o O quadro clinico engloba: cefaleia, distúrbios visuais, hipopituitarismo, aumento de pés e mãos, alterações cutâneas, osteoartrite, síndrome do túnel do carpo, apneia do sono e complicações cardiovasculares, endócrinas, metabólicas e neoplasias; o Dentre as manifestações fisionômicas vemos: alargamento do nariz, aumento dos lábios, aumento da mandíbula com prognatismo, macroglossia, fronte proeminente. Diagnóstico Hipopituitarismo o Causada pela deficiência de hormônios adeno-hipofisários, podendo ser congênito ou adquirido; o As mais comuns são as deficiências de GH e gonadotrofinas; o O congênito está associado a mutações de genes específicos e síndromes; o O adquirido é, geralmente, desencadeado por traumatismos, lesão penetrante e acidentes automobilísticos; o As manifestações clínicas variam de acordo com o hormônio em deficiência. Manifestações Clínicas Classificação de Acordo com a Mutação Diagnóstico Referências MOLINA, P. E. Fisiologia Endócrina. 4 ed. Porto Alegre-RS: AMGH Editora, 2014. VILAR, Lucio. Endocrinologia clínica. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2016