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Gabrielli Lopes Pinto - Enfermagem UFES 88 Avaliação de face, olhos, ouvido, boca e nariz Inspecionar na face Expressão facial e pele Simetria Movimentos involuntários Edema e massas • Realizar a inspeção estática e dinâmica o Avaliação dos nervos trigêmeo e facial • Nervo trigêmeo (V) → avaliação sensitiva • Nervo facial (VII) → avaliação motora Inspeção dinâmica • Pedir ao paciente para fazer “biquinho”, sorrir ou cerrar os dentes o Avaliar simetria Palpação da face • Palpe a artéria temporal o Localizada ao lado dos olhos o Em idosos pode estar rígida e saltada • Palpe a articulação têmporo-mandibular (ATM) e peça para que o paciente abra e feche a boca Fácies É o conjunto de dados exibidos na face do paciente; certas doenças expressam traços característicos na face Fácies atípica • Características pessoais peculiares Fácies hipocrática • Pode estar presente em doenças graves e crônicas ou em estágios finais de várias doenças o Rosto emagrecido o Lábios afilados o Olhos profundos Fácies renal • Muito comum na síndrome nefrótica e na glomerulonefrite difusa aguda o Nariz inchado o Edema periorbicular intenso o Boca edemasiada Fácies leonina • Aspecto de “cara de leão” → alterações produzidas por lesões da hanseníase o Nódulos no rosto o Queda das sobrancelhas e cílios o Nariz grande e achatado Gabrielli Lopes Pinto - Enfermagem UFES 88 Fácies adenoidiana • Característica dos indivíduos portadores de hipertrofia das adenóides o Boca permanece aberta Fácies parkinsoniana • Observada na doença de Parkinson o Cabeça inclinada para a frente o Testa e olhos cerrados o Pele ressecada o Indivíduo com “cara de bravo” Fácies badesowiana • Presente no hipertireoidismo o Globo ocular saltado (exoftalmia) o Rosto emagrecido Fácies mixedematosa • Presente no hipotireoidismo o Rosto inchado o Edema palpebral o Língua para fora Fácies acromegálica • Presente na acromegalia, consequente da hiperfunção hipofisária Fácies cushingóide • Observada com aumento de cortisol por produção endógena ou administração exógena o Edema no corpo inteiro Fácies da síndrome de Down Inspecionar nos olhos Anamnese dos olhos 1) Como está sua visão? 2) Você tem algum problema nos olhos? 3) A sua visão está borrada? Se sim, foi de início gradual ou súbito? 4) Sente alguma dor? 5) Existem pontos na visão ou regiões que não consegue enxergar? 6) Vê luzes piscando? 7) Usa óculos ou lentes de contato? Gabrielli Lopes Pinto - Enfermagem UFES 88 Inspeção das sobrancelhas • Forma: arqueada ou retilínea • Distribuição: homogênea ou heterogênea Inspeção dos cílios • Forma: retos ou curvilíneos o O normal é que sejam curvilíneos e voltados para fora • Tamanho Inspeção das conjuntivas palpebral e bulbar • Coloração, vascularização e umidade Inspeção da órbita ocular • Implantação dos olhos (distância de um olho pro outro) o Normotelóricos → normal o Hipertelóricos (afastados) o Hipotelóricos (muito juntos) • Profundidade o Normoftalmia → normal o Enoftalmia (olhos “fundos”) o Exoftalmia (olhos saltados) • Simetria • Edema periorbitário • Lesões Inspeção da esclera • É a parte branca do olho • Coloração, umidade e vascularização Inspeção da íris • Simetria de cor o Arco senil → ocorre em idosos → arco esbranquiçado no limbo Inspeção da pupila • Forma: esférica ou oval • Simetria: isocóricas ou anisocóricas • Tamanho o Midrióticas (dilatadas) o Mióticas (contraídas) o Normais Inspeção da córnea • Integridade Inspeção das pálpebras • Flacidez da pele da pálpebra superior o Comum em idosos • Pinguécula: mancha na esclera → comum no envelhecimento → não atrapalha visão • Arco senil Gabrielli Lopes Pinto - Enfermagem UFES 88 • Xantelasma Inspeção da retina • Exame de fundo de olho o Uso de oftalmoscópio Palpação dos olhos • Procurar nódulos e sensações dolorosas na órbita e pálpebras • Palpar as glândulas lacrimais e o ducto lacrimal Testes dos nervos músculos oculares Acuidade visual • Avalia o nervo óptico (II) • Uso da carta de Snellen 1. Posicione o paciente a uma distância adequada (~ 6 metros) 2. Indivíduos que usam óculos devem utilizá- los durante o exame 3. Cobrir um dos olhos com um cartão 4. Solicitar que o paciente leia a menor frase possível 5. Estimulá-lo a ler a linha seguinte Exame dos pontos cardeais • Avalia-se os nervos oculomotor (III), troclear (IV) e abducente (VI) 1. Inicie pelos campos temporais 2. Solicite que o paciente olhe em seus olhos 3. Coloque as duas mãos a uma distância de ~ 60 centímetros 4. Afaste as mãos lentamente e peça para o paciente indicar quando parar de vê-las 5. Repita nos quadrantes superior e inferior Musculatura extraocular • Avalia-se os nervos oculomotor (III), troclear (IV) e abducente (VI) 1. Conduza o olhar do paciente para: - Extrema direita - Direita e acima - Baixo e direita Gabrielli Lopes Pinto - Enfermagem UFES 88 - Extrema esquerda - Esquerda e acima - Baixo e esquerda Reflexo córneo-palpebral • Avalia-se os nervos trigêmeo (V) e facial (VII) 1. Encosta-se um pedaço de algodão na margem da pálpebra 2. O normal é que haja o reflexo de piscar nos 2 olhos Reflexo fotomotor (direto e consensual → acomodação) • Nervos óptico (II) e oculomotor (III) • Avaliamos a acomodação do olho com a luz o Direto → de frente e inclinado para baixo o Consensual → pela lateral 1. Aproximar a lanterna clínica 2. Observar se há miose nos 2 olhos Reações pupilares • Reação à aproximação de objetos • Avalia-se nervo oculomotor (III) • Colocamos um lápis, caneta ou dedo na frente do paciente e vamos aproximando até a ponta do nariz do mesmo • É normal observar: o Constrição pupilar o Convergência ocular o Acomodação visual Força de oclusão • Nervo facial (VII) • Conhecido como teste de Bobinski o Avalia se a força de contração dos músculos das pálpebras e a inervação estão preservadas 1. Segurar aberta a pálpebra do cliente e pedir que ele faça esforço para fechar os olhos Ouvidos • Implantação na linha óculo-occipital • Ângulo ápice-base de 10º Anamnese 1) Já realizou cirurgia ou lavagem com seringa? 2) Utiliza cotonete? 3) Há dor (otalgia)? Ela se dissemina? 4) Há presença de secreção (otorréia)? 5) Sua audição está afetada? Inspeção externa • Estruturas do pavilhão auricular • Deformidades, nódulos e lesões • Integridade da mucosa • Características do cerume • Há alguma secreção? • Pêlos Inspeção interna • Utiliza-se o otoscópio • Canal auditivo • Membrana timpânica o Integridade o Cor o Opaca ou brilhante Gabrielli Lopes Pinto - Enfermagem UFES 88 Palpação • Trompa de Eustáquio o Por trás da orelha o Próximo do processo mastóide • Trago • Situações de otite → pessoa sente dor Teste de Rinne • Avalia-se o nervo vestibulococlear (VIII) 1. Colocar a haste do diapasão em vibração no processo mastóide (condução aérea) 2. Perguntar até quando o paciente sente a vibração 3. Quando parar, colocar a parte redonda ou em U na frente do ouvido (condução óssea) 4. Perguntar quando o paciente parar de sentir 5. O normal é que a condução aérea seja melhor que a óssea (CA > CO) Teste de Weber • Avalia-se o nervo vestibulococlear (VIII) 1. Colocar a haste em vibração do diapasão no centro da testa (normal → som ser ouvido no centro sem lateralização para qualquer lado) Nariz Hipersensibilidade dos seios paranasais • Apertar a parte óssea das sobrancelhas de cima para baixo para palpar os seios frontais • Em seguida, apertar os seios maxilaresde baixo para cima • Hipersensibilidade e dor → sinal de sinusite Inspeção • Simetria • Deformidade e lesões • Examinar cavidade nasal usando espéculo nasal e observar cor e integridade da mucosa nasal • Desvio, perfuração e inflamação do septo • Conchas nasais → cor, exsudato, edema ou pólipos Palpação • Palpar a região dos seios para avaliar a consistência Batimento de asa de nariz • Comum em pacientes com frequência respiratória e dispnéia Boca Alterações do hálito • Higiene precária Gabrielli Lopes Pinto - Enfermagem UFES 88 • Patologias do trato gastrointestinal • Consumo de alimentos com odor forte • Cetoacidose diabética • Crianças desnutridas • Doenças hepáticas → odor de mofo • Doenças dentárias ou respiratórias Macroglossia Saburro Língua geográfica Amigdalite Ulceração aftosa Herpes labial Úlcera por sífilis Lesões do HPV Gabrielli Lopes Pinto - Enfermagem UFES 88 Lábio leporino e fenda palatina Inspeção (usar lanterna) • Lábios, dentes, gengiva, língua e mucosa oral o Cor, integridade das estruturas e lesões • Palato e úvula o Integridade + mobilidade durante fonação • Tonsilas e parede faríngea o Cor, lesões ou exsudatos Importante: palpar somente quando necessário