Buscar

PARASITOSES - TUTORIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

@medsurtoo Nivya Moraes P4/UC12 UNIT – AL 
 
1 
 
TUTORIA 
PARASITOSES
 
ESQUISTOSSOMOSE 
 
EPIDEMIOLOGIA 
No Brasil, a esquistossomose é uma doença endêmica de 
grande importância na saúde pública, com cerca de 43 
milhões de pessoas vivendo em áreas de risco de infecção e 
7 milhões infectadas. As Regiões de maior destaque são 
Nordeste e Sudeste, onde existem áreas com prevalência 
superior a 15%, como nos Estados de Alagoas, Bahia, 
Pernambuco, Sergipe e Minas Gerais, encontrando ainda 
formas graves levando a óbitos. 
O MS classifica as áreas com esquistossomose de acordo 
com a prevalência observada, considerando: áreas de baixa 
endemicidade, aquelas com prevalência abaixo de 5%; de 
média endemicidade, onde está maior que 5% e menor que 
15%; e de alta endemicidade, aquelas cuja prevalência é 
superior a 15%. 
A esquistossomose é considerada endêmica em 69% dos 
102 municípios de Alagoas, com estimativas de que 
aproximadamente 2,5 milhões de pessoas vivam sob o risco 
da doença nestas áreas endêmicas 
FISIOPATOLOGIA 
 
Os vermes adultos do Schistosoma vivem e se reproduzem 
nas vênulas do mesentério (tipicamente, S. japonicum e S. 
mansoni) ou da bexiga (tipicamente, S. haematobium). 
Alguns ovos penetram na mucosa intestinal ou da bexiga e 
são eliminados nas fezes ou na urina; outros ovos 
permanecem no órgão hospedeiro ou são transportados 
pelo sistema portal ao fígado e, algumas vezes, para outros 
locais (p. ex., pulmões, sistema nervoso central, medula 
espinal). Ovos excretados eclodem na água doce, liberando 
miracídios (primeira fase da larva) que entram nos 
caramujos. Após a multiplicação, são liberadas milhares de 
cercárias de cauda bifurcada nadadoras. 
As cercárias penetram a pele humana em questão de 
minutos após a exposição. Quando penetram a pele 
humana, perdem a cauda bifurcada e se transformam em 
esquistossomos, que se deslocam pela circulação 
sanguínea até o fígado, onde amadurecem e se tornam 
adultas. Subsequentemente, migram para o último local nas 
veias intestinais ou no plexo venoso do trato trato 
geniturinário. 
Ovos aparecem nas fezes ou na urina 1 a 3 meses depois 
da penetração cercariana. 
Estimativas da sobrevida de vermes adultos variam de 3 a 
7 anos. O tamanho das fêmeas varia de 7 a 20 mm e os 
machos são ligeiramente menores. 
CICLO DE VIDA 
 
 No hospedeiro humano, os ovos contendo 
miracídios são eliminados com as fezes ou a 
urina na água. 
 Na água, os ovos eclodem e liberam os 
miracídios. 
 Os miracídios nadam e penetram em um 
caramujo (hospedeiro intermediário). 
 Dentro do caramujo, os miracídios progridem 
através de 2 gerações de esporocistos para se 
tornarem cercárias. 
 As cercárias nadadoras livres são liberadas do 
caramujo e penetram na pele do hospedeiro 
humano. 
 Durante a penetração, as cercárias perdem sua 
cauda bifurcada, tornando-se 
esquistossômulos. Os esquistossômulos são 
transportados através da vasculatura até o 
fígado. Lá, se transformam em vermes adultos. 
 O par (macho e fêmea) de vermes adultos migra 
(dependendo da espécie) para as veias 
intestinais no intestino ou no reto, ou para o 
plexo venoso do trato geniturinário, no qual 
vivem e botam ovos 
 
QUADRO CLÍNICO 
 
DERMATITE AGUDA POR SCHISTOSOMA 
@medsurtoo Nivya Moraes P4/UC12 UNIT – AL 
 
2 
 
A maioria das infecções é assintomática. Um exantema 
papular e pruriginoso (dermatite cercariana) pode se 
desenvolver no local de penetração das cercárias na pele 
em. 
 
FEBRE DE KATAYAMA AGUDA 
A febre de Katayama pode ocorrer com a oviposição, 
tipicamente 2 a 4 semanas após exposição intensa. Os 
sintomas incluem febre, calafrios, tosse, náuseas, dor 
abdominal, mal-estar, mialgia, exantema urticariforme e 
eosinofilia marcante, assemelhando-se à doença do soro. 
As manifestações são mais comuns e normalmente mais 
intensas em visitantes do que em residentes de áreas 
endêmicas e tipicamente duram várias semanas. 
ESQUISTOSSOMOSE CRÔNICA 
A esquistossomose crônica resulta principalmente de 
respostas do hospedeiro a ovos retidos nos tecidos. No 
início, ulcerações na mucosa intestinal causadas por S. 
mansoni ou S. japonicum podem sangrar e produzir diarreia 
sanguinolenta. Com o progredir das lesões, podem se 
desenvolver fibrose focal, estenose, fístulas e papilomas no 
intestino. 
Reações granulomatosas aos ovos de S. mansoni e S. 
japonicum no fígado geralmente não comprometem a 
função hepática, mas podem produzir fibrose e cirrose, 
capazes de levar à hipertensão porta, 
causando esplenomegalia e varizes esofágicas. As varizes 
esofágicas podem sangrar, causando hematêmese. 
Ovos nos pulmões podem produzir granulomas e arterite 
obliterante focal, que essencialmente pode resultar 
em hipertensão pulmonar e cor pulmonale. 
Com S. haematobium, ulcerações na parede da bexiga 
podem provocar disúria, hematúria e poliúria. Com o passar 
do tempo, cistite crônica se desenvolve. Constrições podem 
provocar hidroureter e hidronefrose. Massas papilomatosas 
na bexiga são comuns e carcinoma de células escamosas 
da bexiga pode se desenvolver. Perda de sangue nos tratos 
gastrintestinal e geniturinário com frequência resulta em 
anemia. 
Infecção bacteriana secundária do trato geniturinário é 
comum, e septicemia persistente ou recorrente 
por Salmonella pode ocorrer. Várias espécies, 
notavelmente S. haematobium, podem causar doença 
genital tanto em homens quanto em mulheres, resultando 
em numerosos sintomas, inclusive infertilidade. 
Complicações neurológicas podem ocorrer mesmo nas 
infecções leves por Schistosoma. Ovos ou vermes adultos 
alojados na medula espinal podem provocar mielite 
transversa, e aqueles no cérebro podem produzir lesões 
focais e convulsões. 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 Exame microscópico das fezes ou urina (S. 
haematobium) para ovos 
 Testes sorológicos 
Fezes ou urina (S. haematobium e, ocasionalmente, S. 
japonicum) são examinados para ovos. Exames repetidos 
que utilizam técnicas de concentração podem ser 
necessários. A geografia é o determinante principal das 
espécies, de modo que história de exposição deve ser 
comunicada para o laboratório. Se o quadro clínico sugerir 
esquistossomose, mas nenhum ovo for encontrado em 
exame repetido de urina ou fezes, pode-se realizar biopsia 
de mucosa intestinal ou bexiga à procura de ovos. 
Dependendo dos antígenos utilizados, testes sorológicos 
podem ser sensíveis e específicos para infecção, mas não 
fornecem informação sobre carga parasitária, status clínico 
ou prognóstico, e não distinguem a infecção ativa da 
resolvida. Se os pacientes não residirem em áreas 
endêmicas, deve-se fazer as sorologias em ≥ 6 a 8 semanas 
após a última exposição à água doce para que os 
esquistossomas tenham tempo para se transformarem em 
adultos e para que os anticorpos sejam produzidos. 
TRATAMENTO 
 
 Praziquantel 
Recomenda-se um dia de tratamento oral 
com praziquantel (20 mg/kg duas vezes ao dia, para S. 
haematobium, S. mansoni e S. intercalatum; 20 mg/kg 3 
vezes ao dia S. japonicum e S. mekongi). Praziquantel é 
eficaz contra os esquistossomos adultos, mas não contra o 
esquistossômulo em desenvolvimento, que ocorrem no 
início da infecção. Portanto, para viajantes assintomáticos 
expostos à água doce potencialmente contaminada, o 
tratamento é adiado por 6 a 8 semanas após a última 
exposição. Efeitos adversos do praziquantel são, em geral, 
leves e incluem dor abdominal, diarreia, cefaleia e tontura. 
Falhas terapêuticas foram relatadas, mas é difícil determinar 
se são decorrentes de reinfecção, resistência relativa dos 
esquistossomas imaturos ou esquistossomas adultos 
resistentes ao praziquantel. 
Se houver ovos no momento do diagnóstico, sugere-se o 
exame de acompanhamento 1 a 2 meses após o tratamento 
para ajudara confirmar a cura. O tratamento é repetido se 
ainda houver ovos. 
O tratamento da esquistossomose aguda (febre de 
Katayama) baseia-se em dados limitados. Corticoides 
podem melhorar os sintomas graves; o tratamento com 
prednisona, 20 a 40 mg, diariamente, por 5 dias, em adultos 
é geralmente eficaz. Depois de os sintomas diminuírem, 
administra-se tratamento com praziquantel como detalhado 
acima, que é repetido 4 a 6 semanas mais tarde depois de 
os parasitas alcançarem a idade adulta. 
Nos pacientes com ovos viáveis nas fezes ou na urina no 
momento do diagnóstico da esquistossomose aguda ou 
crônica, deve-se analisar a existência de ovos vivos 1 a 2 
meses após o tratamento. Indica-se novo tratamento se 
ovos viáveis estão presentes. 
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS 
 
 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/tremat%C3%B3deos-vermes/esquistossomose#v1015041_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/fibrose-e-cirrose/fibrose-hep%C3%A1tica
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/fibrose-e-cirrose/cirrose
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/abordagem-ao-paciente-com-doen%C3%A7a-hep%C3%A1tica/hipertens%C3%A3o-portal
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/hematologia-e-oncologia/dist%C3%BArbios-do-ba%C3%A7o/esplenomegalia
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/hipertens%C3%A3o-pulmonar/hipertens%C3%A3o-pulmonar
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/insufici%C3%AAncia-card%C3%ADaca/cor-pulmonale
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/c%C3%A2ncer-geniturin%C3%A1rio/c%C3%A2ncer-de-bexiga
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/c%C3%A2ncer-geniturin%C3%A1rio/c%C3%A2ncer-de-bexiga
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-da-medula-espinal/mielite-transversa-aguda
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-da-medula-espinal/mielite-transversa-aguda
@medsurtoo Nivya Moraes P4/UC12 UNIT – AL 
 
3 
 
PREVENÇÃO 
 
Evitar cuidadosamente contato com água doce contaminada 
previne a esquistossomose. 
Água doce utilizada para banho deve ser fervida durante 
pelo menos 1 minuto e então refrigerada antes do banho. 
Mas a água armazenada em um tanque por pelo menos 1 a 
2 dias deve ser segura sem fervura. 
Pessoas acidentalmente expostas à água possivelmente 
contaminada (p. ex., ao cair em um rio) devem se secar 
vigorosamente com uma toalha para tentar remover os 
parasitas antes que penetrem na pele. 
A disposição sanitária de urina e fezes reduz a 
probabilidade de infecção. 
Residentes adultos de áreas endêmicas são mais 
resistentes à reinfecção do que crianças, sugerindo a 
possibilidade de imunidade adquirida. 
Tratamento da comunidade ou na escola com praziquantel, 
programas de educação e moluscicidas para diminuir as 
populações de caramujos é usado para controlar a 
esquistossomose nas áreas endêmicas. 
 
O desenvolvimento de uma vacina está a caminho. 
ASCARIDÍASE 
 
[ 
Ascaridíase é a denominação da doença causada pelo 
parasita Ascaris lumbricoides. Trata-se do maior nematódeo 
intestinal que parasita o intestino humano, de formato 
cilíndrico, medindo cerca de 20 a 40 cm quando adulto, sendo 
a fêmea maior e mais robusta que o macho. É uma das 
infecções humanas helmínticas mais comuns em todo o 
mundo. Existe ainda o Ascaris suum, que concerne de um 
parasita intestinal de suínos que possui grande semelhança 
genética com o A. lumbricoides e também pode causar 
infecção humana. 
A transmissão da ascaridíase ocorre principalmente pela 
ingestão de solo, água ou alimentos contaminados com ovos 
de Ascaris. Um dos fatores que contribuem para a 
disseminação dessa infecção é o hábito de utilizar fezes 
como fertilizantes, a ausência de saneamento básico 
adequado e higiene inadequada. 
EPIDEMIOLOGIA 
A infecção por Ascaris lumbricoides ocorre em quase todos 
os países, entretanto acontece com frequência variada 
devido às condições ambientais, climáticas e também do 
nível sócio-econômico. Estima-se que essa parasitose atinja 
cerca de um quarto da população mundial e é provavelmente 
a helmintíase mais comum no homem. É mais comum na 
Ásia, África e América Latina, principalmente em regiões 
muito povoadas e com baixas condições de saneamento 
básico. A ascaridíase é mais comum entre crianças de 2 a 10 
anos de idade, e a prevalência da infecção diminui entre 
indivíduos com mais de 15 anos de idade. 
A infecção por Ascaris devido a A. suum tem sido identificada 
em regiões onde há criação de suínos e o uso de fezes 
desses animais como fertilizantes. Os porcos, por sua vez, 
geralmente são infectados ao comer ovos eliminados por 
outros porcos, mas ocasionalmente podem ser infectados 
após a ingestão de fígados e pulmões de galinhas infectadas 
com Ascaris de origem suína. 
FISIOPATOLOGIA 
Os ovos de Ascaris eliminados nas fezes são depositados no 
solo, onde embrionam e se tornam infectantes em duas a 
quatro semanas. Após a ingestão oral de ovos infecciosos 
de Ascaris (por meio do solo, de alimentos ou água 
contaminados), os ovos eclodem no intestino delgado do 
hospedeiro em quatro dias e liberam suas larvas, que migram 
através da mucosa intestinal. Posteriormente, algumas larvas 
penetram na parede intestinal e são transportadas por via 
hematogênica através do sistema porta para o fígado. Essas 
larvas seguem em caminho ascendente e, através das veias 
hepáticas, chegam ao coração e seguem para os pulmões. 
Esse fluxo percorrido é necessário pois as larvas só 
amadurecem nos alvéolos, num tempo médio de 10 a 14 dias. 
A partir de então, as larvas já maduras seguem pela árvore 
brônquica até a traquéia, onde causam o reflexo da tosse e 
são engolidas. Em alguns casos, essas larvas podem migrar 
para outros locais, como o cérebro ou os rins. 
Uma vez de volta ao intestino, as larvas amadurecem em 
vermes adultos (fêmeas de 20 a 35 cm; machos de 15 a 30 
cm) no lúmen do intestino delgado, mais especificamente no 
jejuno, que é onde a maioria dos vermes estão localizados – 
mas podem ser encontrados qualquer parte do trato 
gastrointestinal (TGI). Para que a produção dos ovos 
ocorram, é necessário que haja a infecção de, pelo menos, 
uma verme fêmea e um verme macho. Na presença apenas 
de vermes fêmeas, os ovos produzidos são inferteis e não 
evoluem para a fase infecciona. Se apenas machos estiverem 
no TGI, nenhum ovo é formado. Os ovos começam a ser 
produzidos em aproximadamente 9 a 11 semanas, e cada 
fêmea é capaz de produzir 200.000 ovos fertilizados por dia. 
Os vermes adultos não se multiplicam no hospedeiro 
humano. Seu número em um indivíduo infectado depende da 
exposição e da ingestão de ovos infectados. Outro ponto 
importante é que a fase de transmissão da doença inclui todo 
o período que o indivíduo for portador do A. lumbricoides e 
estiver eliminando seus ovos pelas fezes. 
@medsurtoo Nivya Moraes P4/UC12 UNIT – AL 
 
4 
 
 
QUADRO CLÍNICO 
 
A maioria dos pacientes com infecção por A. 
lumbricoides são assintomáticos. Os sintomas aparecem, 
normalmente, em individuos com cargas altas de parasitas e 
são mais frequentes durante o estágio intestinal do verme 
adulto na fase tardia, mas podem ocorrer durante o periodo 
de migração da fase inicial, principalmente com as 
manifestações pulmonares. 
As complicações da ascaridíase incluem obstrução intestinal 
devido ao grande número de vermes, desnutrição, 
envolvimento hepatobiliar, que pode cursar com 
hepatomegalia, pancreatite.A urticária ocorre durante os 
primeiros cinco dias da doença em cerca de 15 por cento dos 
casos. 
Em virtude do ciclo pulmonar da larva, alguns pacientes 
apresentam manifestações pulmonares com tosse seca, 
dispneia, respiração ofegante, desconforto subesternal, 
broncoespasmo, hemoptise e pneumonite, caracterizando 
a síndrome de Löefler, que cursa com eosinofilia importante 
– mas é autolimitada. Mais da metade dos pacientes 
apresenta estertores crepitantes e sibilos na ausência de 
consolidação focal 
DIAGNÓSTICO 
 
 Exame de uma amostra de fezes 
A ascaridíase é diagnosticada ao identificar os ovos ou 
vermes adultos no exame de uma amostra fecal ou, em 
raras ocasiões, ao ver os vermes adultos nas fezes ou 
saindo pela boca ou pelo nariz. 
Se a tomografia computadorizada (TC) ou ultrassonografia 
for feita por outras razões, os vermes adultos podem ser 
vistos. A observação em uma radiografia do tórax da 
migração das larvas pelos pulmões ocorre raramente. 
TRATAMENTO 
 
 Um medicamento usado para tratar infecções 
por vermes (medicamento anti-helmíntico) 
Para tratar uma pessoa com ascaridíase, o médico 
geralmente prescreve albendazol ou mebendazol. A 
ivermectina é uma alternativa. Esses medicamentos são 
administrados por via oral. No entanto, como esses 
medicamentos podem ser prejudiciais ao feto, os médicos 
precisam ponderar o risco de tratar uma gestante infectada 
frente ao risco de não tratar a infecção. 
Se as pessoas tiverem residido em regiões da África em que 
há transmissão de Loa loa, os médicos verificarão se elas 
estão com loíase antes de administrar a ivermectina, pois 
esta pode causar grave inflamação cerebral (encefalite) em 
pessoas com infecção maciça por Loa loa. 
Quando os vermes Ascaris causam uma obstrução 
intestinal, pode-se tratar as pessoas com um dos 
medicamentos acima ou retirar os vermes, recorrendo a 
extração cirúrgica ou ao uso de um endoscópio (um tubo de 
visualização flexível) inserido pela boca até o intestino. 
Quando os pulmões são afetados, o tratamento é voltado ao 
alívio dos sintomas. Ele inclui broncodilatadores e 
corticosteroides. Normalmente não se utiliza albendazol ou 
outros medicamentos anti-helmínticos para tratar infecção 
pulmonar. 
PREVENÇÃO 
 
 Lavar muito bem as mãos com água e sabão 
antes de manusear alimentos 
 Lavar, descascar e/ou cozinhar todos os 
legumes, verduras e frutas crus antes de 
comê-los, principalmente os que foram 
cultivados em áreas em que fezes humanas 
ou de porcos são usadas como fertilizante 
 Não defecar ao ar livre, exceto em latrinas 
com eliminação correta de esgoto 
 Sistemas de eliminação de esgoto eficazes 
podem ajudar a prevenir a disseminação 
desta infecção. 
Por vezes, administra-se uma única dose grande de 
albendazol ou mebendazol a grupos de pessoas, 
principalmente crianças, que correm risco de contrair 
infecção por Ascaris (e outros vermes disseminados por 
solo contaminado, como ancilóstomos e tricocéfalos). Esse 
tratamento previne complicações causadas por essas 
infecções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-nemat%C3%B3deos-nematelmintos/lo%C3%ADase#v14457931_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-nemat%C3%B3deos-nematelmintos/ancilostom%C3%ADase
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-nemat%C3%B3deos-nematelmintos/infec%C3%A7%C3%A3o-por-tricoc%C3%A9falo
@medsurtoo Nivya Moraes P4/UC12 UNIT – AL 
 
5 
 
Referências 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-
infecciosas/tremat%C3%B3deos-vermes/esquistossomose 
https://www.msdmanuals.com/pt-
br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-
parasit%C3%A1rias-nemat%C3%B3deos-
nematelmintos/ascarid%C3%ADase 
https://www.sanarmed.com/resumo-de-ascaridiase-epidemiologia-
fisiopatologia-diagnostico-tratamento-e-profilaxia 
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-
62232016000200027 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/tremat%C3%B3deos-vermes/esquistossomose
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/tremat%C3%B3deos-vermes/esquistossomose
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-nemat%C3%B3deos-nematelmintos/ascarid%C3%ADase
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-nemat%C3%B3deos-nematelmintos/ascarid%C3%ADase
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-nemat%C3%B3deos-nematelmintos/ascarid%C3%ADase
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-nemat%C3%B3deos-nematelmintos/ascarid%C3%ADase
https://www.sanarmed.com/resumo-de-ascaridiase-epidemiologia-fisiopatologia-diagnostico-tratamento-e-profilaxia
https://www.sanarmed.com/resumo-de-ascaridiase-epidemiologia-fisiopatologia-diagnostico-tratamento-e-profilaxia
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-62232016000200027
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-62232016000200027

Outros materiais