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ANOTAÇÕES GERAIS EM CLÍNICA INFANTIL: CÁRIE DENTÁRIA: ● É uma doença comportamental. ● Doença complexa ● Multifatorial, porém com enfoque etiológico = AÇÚCAR ● Métodos de prevenção bem determinados = FLÚOR E SELANTES. A mancha branca da cárie é a lesão de cárie (um aviso) . Se trata primeiro a doença instruindo a dieta e higienização. COMO DIAGNOSTICAR LESÃO/ DOENÇA: Lesão: dente limpo e seco, instrumento adequado ( ponta afilada ou romba), exame complementar de raio x interproximal. Doença: exame físico + anamnese. MANCHA BRANCA (CÁRIE): Diagnóstico visual, o dente precisa estar limpo e seco para que conseguimos detectar se está ativa ou inativa, se estiver ativa o esmalte sobre alterações de porosidade ( fica opaco). COMO TRATAR: Fluorterapia e reeducação alimentar, reversão ou interrupção da progressão = sucesso clínico. ● Fluorterapia escovação com flúor gel 5 a 1000 ppm. ● Verniz com flúor 20000 ppm. ● Cariostatico 40000 ppm. A Cárie só em esmalte pode se usar o selante, nem sempre a cárie que se apresenta em esmalte irá aparecer no raio x tem que desmineralizar mais de 40 % para aparecer no exame complementar. Na dentina cariostático e restauração. DIAGNÓSTICOS EM ENDO: PULPITE REVERSIVEL: ● Passa a dor com analgesicos. ● Dor provocada ( dói quando a pessoa come ou bebe algo) (localizada) ● Possui mais chances dos tratamentos darem certo. ● Sangramento vermelho vivo, abundante e de fácil hemostasia. PULPITE IRREVERSÍVEL: ● Dor espontânea (pulsátil) localizada, difusa ou irradiada. ● Não passa com analgesicos. ● Sangramento escuro desoxigenado. ● Pode ser purulento também o sangramento. NECROSE PULPAR: ● Normalmente é assintomática. ● Paciente pode revelar um episódio de dor ( doeu e agora não dói mais). ● Fístula ● Edema ● Em adulto se faz teste de vitalidade spray - 50 (negativo) mas em criança não se realiza o teste de vitalidade. PULPECTOMIA: (pulpite irreversível ou necrose pulpar) ● Indicada quando o elemento apresenta dados clínicos e radiográficos que levam ao diagnóstico de um tecido pulpar que deve estar em um processo inflamatório irreversível ou necrótico. CAPEAMENTO PULPAR: ● Tem como objetivo proteger o complexo dentino-pulpar, utilizando materiais forradores e bases protetoras. ● Pode ser feita de forma direta e indireta. INDIRETA: Utilizada quando se vê a polpa por transparência, ou seja, a lesão está em dentina e quase em polpa. DIRETA: Técnica utilizada quando a polpa está exposta. (um mm ou menos) PULPOTOMIA: Técnica conservadora de terapia pulpar, ou seja, consiste na preservação de vitalidade pulpar radicular. A polpa coronária é amputada e deixa a polpa viva da raiz para baixo. Mumificar= formocresol, ou MTA (Agregado de Trióxido Mineral) proteger o restante que ficou. TRAUMATOLOGIA EM ODONTOPEDIATRIA: Lesões em tecidos duros: ● Trinca ou fratura incompleta do esmalte: é uma lesão que se apresenta como uma pequena marca, não houve de fato uma fratura no dente, nesses casos a conduto é acompanhar o paciente. ● Fratura do esmalte: nesse caso ocorreu uma fratura completa de esmalte (perde um pedaço) se a fratura for de um tamanho considerável pode se realizar a restauração mas caso seja de um tamanho muito pequeno temos a alternativa de fazer um polimento no dente para que fique com a ponta mais arredondada, se fizer restauração em uma fratura pequena não terá uma boa adesão e sempre irá cair o trabalho feito. ● Fratura de esmalte e dentina sem exposição pulpar: temos o tecido vivo no qual precisamos proteger, quanto mais rápido proteger esse tecido maiores chances de manter a vitalidade pulpar.Pode realizar restauração direta ou provisória (curativo para na próxima consulta construir o remanescente). ● Fratura de esmalte e dentina com exposição pulpar: polpa exposta, sempre perguntar a quanto tempo caiu e fazer exames complementares para escolher a melhor conduta a ser realizada. Capeamento, pulpotomia, pulpectomia…. Analisar qual será a melhor conduta no exame clínico. pode-se restaurar com resina composta ou fazer colagem de fragmento se assim for possível. Em caso de exposição dentinária deve- se protegê-la com restauração de resina composta ou cimento de ionômero de vidro. Nos casos de exposição pulpar indica-se tratamento endodôntico. ● Fratura coronorradicular: definida como uma fratura que envolve esmalte, dentina e cemento Quando há comprometimento radicular, quando a fratura envolve a raiz, se for um envolvimento pequeno, pode-se tentar fazer o tracionamento ou o aumento de coroa clínica. Agora, um envolvimento radicular mais severo, é necessário que seja feito exodontia, e depois uma posterior prótese ou implante. Agora, quando não há comprometimento radicular ou o comprometimento radicular é bem pequeno, milímetros (2 mm), pode ser feita a gengivectomia, um aumento de coroa clínica, aí depois, pulpectomia e restauração. Por que Pulpectomia nesses casos? Porque se a fratura envolve raiz, você vai ter que fazer uma reconstrução protética, então você já faz a pulpectomia para poder fazer a reabilitação protética. ● Fratura radicular: em nível apical médio sem deslocamento acompanhar,se tiver deslocamento posicionar e colocar contenção semi rígida. Nesse caso o tempo é crucial, pois se vier rápido ao atendimento vamos reposicionar…, mas se demorar ele pode calcificar e não terá como recolocar pode ter coagulação de sangue também no local. SEMPRE EXODONTIA do dente decíduo. Lesões em tecidos moles (tecidos de suporte): ● Concussão: não tem sangramento e nem mobilidade acentuada. Acompanhar paciente pode ser que tenha um edema e alguma dor. ● Subluxação: ruptura das fibras do ligamento, tem sangramento via ligamento periodontal. Pode ter mobilidade mas não deslocamento aparente, cuidar alimentação e uso de mamadeira, bico, mordedor… ● Luxação extrusiva: O tempo é crucial também nesse caso, deslocamento do dente no sentido axial com saída parcial do alvéolo,nesses casos se o paciente chegar rápido para atendimento vamos colocar dente de volta para o lugar e faz a contenção permanente isso em dentes permanentes. Em dentes decíduos não fazemos o reposicionamento, pois afetamos o permanente. Se demorar muito para chegar ao atendimento lixar e deixar do tamanho do dente vizinho se possível. ● Luxação intrusiva: deslocamento do dente para dentro do alvéolo. Na dentição permanente se a mobilidade permite, reposicionar o dente. Dente decíduo não reposiciona normalmente em 100% do casos o dente vai erupcionar novamente 15 a 30 dias após (lembramos que temos um permanente logo a baixo), para garantir é bom fazer raio x e acompanhamento. ● Luxação lateral: ligamento periodontal é rompido, dente se desloca. Dentes permanentes, reposicionar para seu local anatômico correto para ter uma melhor cicatrização do ligamento periodontal e irrigação neurovascular, uso de contenção. Dentes decíduos fazer o reposicionamento passivo ou reposição de forma ativa e imobilizar por 1 a 2 semanas como indicado para permitir cicatrização, exceto quando a lesão for grave ou o dente encontra- se perto da esfoliação, isso se o atendimento for meio que imediato, se for tardio exodontia. ● Avulsão: deslocamento total do alvéolo,o dente cai. Na dentição decídua não reimplanta (existem casos específicos e estudo no qual pode reimplantar mas em geral não se faz o re-implante) , dente permanente quando mais jovem o dente mais chances de dar certo o reimplante. ANOMALIAS: ● Anomalias de localização/ erupção ectópica: erupção de um dente normal em outra localização do arco, pode ser genético normalmente estão ligadas a síndromes. ● Anomalias de número: *Agenesias: falta de dente, problema de sinalização e/ ou rompimento da lâmina dentária ou interrupção da fase de botão. Agenesia de decíduo: quando não se tem um dente de leite é muito provável que não vá se ter um dente permanente pois ele se origina de uma lâmina acessória derivada do germe decíduo. *Supranumerários: dente a mais, alteração na passagem da fase de botão para capuz,regiões mais comuns linha média pré molar inferior e quarto molar (distodente ou distomolar), mesiodens quando localizados na linha média. Quando presentes na dentição decídua estarão presente na dentição permanente em 30%-50% dos casos. ● Anomalias de forma: *Odontomas: compostos= vários dentes (muitas estruturas pequenas e disformes semelhantes a dentes), complexos= tecidos semelhantes a esmaltes, dentina e cemento ( um massa aglomerada), achados radiograficamente, tumor benigno. *Geminação: forma originada da divisão frustrada de um germe dental, originando 2 coroas unidas total ou parcialmente, com 1 só raiz. Pode resultar, também, num único dente aumentado ou “duplo”. O número de dentes não muda (contando o dente geminado como sendo um só, claro). Mais frequente em maxila e na dentição decídua. *Fusão: Ocorre pela união de 2 germes dentários, dando origem a “um dente” com 2 coroas e 2 raízes. A fusão pode ser parcial, quando apenas as coroas se unem, ou total. Um sinônimo de fusão dentária é sinodontia. O número de dentes muda (contando os dentes fusionados como sendo um só, claro). Mais frequente em mandíbula e na dentição decídua. *Concrescência: É a união de 2 dentes adjacentes, já com as coroas formadas, somente pelo cemento, sem confluência de dentina subjacente. Mais frequente em segundos e terceiros molares superiores. *Dens in dens: é um dente dentro de outro dente, raro ocorrer na dentição decídua, incisivos laterais superiores são os mais envolvidos. *Taurodontismo: aumento da coroa e câmara pulpar, pode ser associado a síndromes. *Dilaceração: dilaceração radicular = posição alterada, seu acesso é mais difícil e precisa cuidar nas exodontias e endodontias. *Raízes supranumerárias: quando se tem raiz a mais. *Dente de amora: Esta é uma variação de formato e tamanho dos dentes que acontece em pacientes acometidos com a síndrome de hutchinson (possíveis consequências da sífilis congênita). Esses dentinhos fazem parte dos sinais da chamada tríade de HUTCHINSON. ● Anomalias de tamanho: *Macrodontia: dente com o tamanho maior que o padrão. Dentes mais afetados incisivos centrais superiores. *Microdontia: dente com tamanho menor que o padrão. Dentes mais afetados incisivos laterais superiores e terceiros molares. ● Anomalias de formação de tecido: *Amelogênese imperfeita: afeta toda a dentição decídua e permanente, tem maior sensibilidade dentária,deficiência das proteínas da matriz do esmalte, hereditário envolvendo fatores genéticos, dentina e polpa normais, deficiência na mineralização do esmalte hipocalcificado, mais suscetível a lesões de cárie, sua coloração é mais amarelada devido à maior exposição da dentina. *Dentinogênese imperfeita: deficiência na secreção da matriz de dentina que fica hipocalcificada e mal formada, maior fragilidade da estrutura dentária, raízes curtas, esmalte fragilizado, rápido desgaste, polpa e canais radiculares diminuídos, aspecto dentário = dente opalescente, translúcido, cor amarelada cinza. *Hipoplasia: deficiência na secreção de matriz de esmalte, causas locais ou sistêmicas, dentes mais afetados = incisivo central superior e inferior, incisivo lateral inferior (3-4 meses de vida início da calcificação do tecido duro), incisivo lateral superior (10-12 meses de vida início da calcificação do tecido duro) . ● Anomalias de mineralização: *Hipocalcificação: distúrbio na calcificação do esmalte, manchas no esmalte, mas não tem falta de tecido, esmalte- fosco, opaco, possível microfraturas. *Fluorose: excesso de flúor, manchas e/ ou defeitos anatômicos no esmalte dentário, período crítico nos 2-3 anos (deglutição), impacta a formação dos dentes permanentes.
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