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PROCEDIMENTO OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER Procediemnto Obrigações de Faxer E Não Fazer PROCEDIMENTO OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER CONFORME SEJA O TÍTULO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL 1- OBRIGAÇÕES FUNGÍVEIS OU INFUNGÍVEIS. DISTINÇÃO Execução de obrigação de fazer, lastreada em título extrajudicial para processo de execução: Petição inicial Cumpre Extingue a execução Art. 924, II CPC Citação (prazo judicial ou convencional. Art. 815 CPC Não Cumpre Fungível Infungível Embargos (15 dias Art 915 CPC) Com efeito suspensivo mediante caução Art. 919, §1º CPC Acolhimento dos embargos Extinção da execução com interrupção do cumprimento da obrigação por terceiro ou de conversão em perdas e danos, conforme sua natureza e se não houver efeito suspensivo Sem efeito suspensivo, Art 919 caput CPC Rejeição dos embargos Prosseguimento na execução até a satisfação do crédito Cumpre à custa do executado Art 816 CPC Proposta de execução por terceiro, aprovada pelo juiz Art 817 Executada a obrigação juiz ouve as partes Art 818 Sem impugnação Dá-se por cumprida a obrigação e prossegue a execução por quantia certa Converte em perdas e danos+ multa Art 816, 821 e 814 Exequente pode exercer direito de preferência em 5 dias 820 CPC Com impugnação por não ter sido cumprido ou cumprida deficientemente art 818 § CPC Juiz não acolhe Juiz acolhe Manda o contratante arrumar Credor assume Ouve o contratante Juiz avalia e condena o contratado Art 819 CPC PROCEDIMENTO OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER Procediemnto Obrigações de Faxer E Não Fazer Definição sobre fungível e infungível, obrigação comportamental de fazer ou não fazer. Ex.; obrigação de se construir um muro é algo fungível, qualquer um pode fazer. Já a obrigação Infungível é personalíssima, intransferível, não podem ser satisfeitas por terceiro. Ex.: show particular da Beyoncé. No fluxograma acima vai depender se eu estou diante de uma obrigação fungível ou infungível. 2- DISPOSIÇÕES COMUNS AS OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER. A MULTA COMO INSTRUMENTO DE COREÇÃO. Art. 814. Na execução de obrigação de fazer ou de não fazer fundada em título extrajudicial, ao despachar a inicial, o juiz fixará multa por período de atraso no cumprimento da obrigação e a data a partir da qual será devida. Parágrafo único. Se o valor da multa estiver previsto no título e for excessivo, o juiz poderá reduzi-lo. Fica claro que esse procedimento é apenas para o processo de execução, a obrigação de fazer ou não fazer fundada em título extrajudicial está sujeita a implantação de multa pelo juiz. Art. 500. A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa fixada periodicamente para compelir o réu ao cumprimento específico da obrigação. Astreinte pode ser aplicada de oficio para que seja cumprida a tutela específica, ela não tem caráter ressarcitório, o caráter dela é de coerção, a indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo a multa, ou seja, elas não se confundem. Essa multa do 814 é a multa processual para que se cumpra a obrigação, ela é um instrumento de direito material, pode ser instaurada de oficio pelo juiz. Se respeita se já houver uma multa prevista no contrato, porém, se o juiz achar que ela é excessiva pode reduzi-la, porém nunca a majorar. Juiz também fixa um prazo para que essa obrigação seja cumprida, se também não estiver estabelecido no contrato. 3- PROCEDIMENTO DA EXECUÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER CALCADA EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL 3.1- REAÇÃO DO EXECUTADO A CITADO. POSSIBILIDADES Recebeu a petição inicial, se fixou multa e citação com prazo para que se realize a obrigação, se não estiver estabelecido previamente em contrato, pois juiz prioriza a vontade das partes. Art. 815. Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o executado será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz lhe designar, se outro não estiver determinado no título executivo. 3.2- REAÇÃO DO EXEQUENTE AO NÃO CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO FUNGÍVEL Art. 816. Se o executado não satisfizer a obrigação no prazo designado, é lícito ao exequente, nos próprios autos do processo, requerer a satisfação da obrigação PROCEDIMENTO OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER Procediemnto Obrigações de Faxer E Não Fazer à custa do executado ou perdas e danos, hipótese em que se converterá em indenização. Parágrafo único. O valor das perdas e danos será apurado em liquidação, seguindo-se a execução para cobrança de quantia certa. Se o executado não satisfazer no prazo, o exequente pode requerer entre 2 soluções a satisfação à custa do executado ou perdas e danos, se converterá em indenização. Trata da obrigação fungível, por exemplo a construção de um muro, pois é licito ao exequente e não ao juiz, escolher por qual caminho vai seguir, executar a obrigação à custas do executado, ou se converte em perdas e danos. Se eu tenho uma obrigação de fazer em que o devedor não satisfaz e eu requeiro a conversão em perdas e danos eu tenho uma execução que não obedece aos requisitos, (certo líquido e exigível), deixa de ser obrigação de fazer e vira quantia certa, tem que fazer uma liquidação, fazer uma perícia. Infungível não tem uma outra alternativa, somente converter em perdas e danos, se eu marco um show particular com tal artista e esse não aparece. Os embargos e a execução correm em paralelo, nesta ação, os embargos podem ter efeito suspensivo da execução, se obtiver para pra resolver os embargos, se embargos for acolhido e procedente mata a execução, se rejeitado volta a correr, se for acolhido sem efeitos suspensivos correm junto com a execução. 3.3- PROCEDIMENTO DA EXECUÇÃO DA OBIRGAÇÃO FUNGÍVEL A SER CUMPRIDA POR TERCEIRO OU PELO PRÓPRIO CREDOR. Art. 817. Se a obrigação puder ser satisfeita por terceiro, é lícito ao juiz autorizar, a requerimento do exequente, que aquele a satisfaça à custa do executado. Parágrafo único. O exequente adiantará as quantias previstas na proposta que, ouvidas as partes, o juiz houver aprovado. Art. 818. Realizada a prestação, o juiz ouvirá as partes no prazo de 10 (dez) dias e, não havendo impugnação, considerará satisfeita a obrigação. Parágrafo único. Caso haja impugnação, o juiz a decidirá. Juiz não pode tomar as vezes do exequente, ele tem que requerer, o exequente que escolhe seguir por cumprir a obrigação a custa do executado ele mesmo adiantará o pagamento do terceiro. Juiz dá prazo para que as partes apresentem propostas para o cumprimento da obrigação por terceiro, juiz vai escolher uma, mas não fala qual critério que vai usar. Será aprovado por decisão interlocutória. O próprio executado pode exercer o direito de preferência, ele mesmo executando a obrigação ou mandar executar sob sua direção desde que apresentada em 5 dias após aprovada proposta de terceiro. Art. 820. Se o exequente quiser executar ou mandar executar, sob sua direção e vigilância, as obras e os trabalhos necessários à realização da prestação, terá PROCEDIMENTO OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER Procediemnto Obrigações de Faxer E Não Fazer preferência, em igualdade de condições de oferta, em relação ao terceiro. Parágrafo único. O direito de preferência deverá ser exercido no prazo de 5 (cinco) dias, após aprovada a proposta do terceiro. Artigo 818- executada essa obrigação o juiz ouve as partes, sem impugnação juiz não encerra o processo, mas se segue por quantia certa, para que se cesse o prejuízo que o exequente teve. Se houver impugnação entra o Art 819 CPC: Art. 819. Se o terceiro contratado não realizar a prestação no prazo ou se o fizer de modo incompleto ou defeituoso, poderá o exequente requerer ao juiz, no prazo de 15 (quinze) dias, que o autorize a concluí-laou a repará-la à custa do contratante. Parágrafo único. Ouvido o contratante no prazo de 15 (quinze) dias, o juiz mandará avaliar o custo das despesas necessárias e o condenará a pagá-lo. Fizeram um serviço incompleto, de alguma forma não foi realizado o serviço como deveria, houve a impugnação, o exequente tem 15 dias para que ele mesmo complete as custas do contratado, contratando um outro terceiro para arrumar o problema ou requerer que o próprio contratado arrume, isso se o juiz acolher a impugnação, se não acolher se dá como feita a obrigação do terceiro e transfere para perdas e danos. Se acolher o executado escolhe se o contratado vai arrumar ou ele mesmo assumir, ouvido o contratante avalia as despesas e condena também o contratado. 4- OBRIGAÇÃO INFUNGÍVEL Art. 821. Na obrigação de fazer, quando se convencionar que o executado a satisfaça pessoalmente, o exequente poderá requerer ao juiz que lhe assine prazo para cumpri-la. Parágrafo único. Havendo recusa ou mora do executado, sua obrigação pessoal será convertida em perdas e danos, caso em que se observará o procedimento de execução por quantia certa. Na obrigação infungível, ou seja, que não pode ser realizada por terceiro, não tem muita opção. De acordo com o artigo, ou vai se dar prazo para que a parte cumpra, mas havendo recusa ou mora do executado será convertida a obrigação em perdas e danos, não tenho mais uma saída que nem na obrigação fungível. 5- OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER PROCEDIMENTO Art. 822. Se o executado praticou ato a cuja abstenção estava obrigado por lei ou por contrato, o exequente requererá ao juiz que assine prazo ao executado para desfazê-lo. Art. 823. Havendo recusa ou mora do executado, o exequente requererá ao juiz que mande desfazer o ato à custa daquele que responderá por perdas e danos. PROCEDIMENTO OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER Procediemnto Obrigações de Faxer E Não Fazer Parágrafo único. Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos, caso em que, após a liquidação, se observará o procedimento de execução por quantia certa. Nesse caso, A cumpriu o que não deveria fazer, exemplo, não poderia ter construído o muro de acordo cum um contrato, mas ele constrói, vai acabar se resolvendo em obrigação de fazer novamente, pois ele vai ser sentenciado a derrubar o muro, obrigação de desfazer que se torna em obrigação de fazer. Quando constrói um muro o que foi estabelecido que não poderia, a vontade é que se derrube, obrigação de fazer/desfazer, se for fungível contratará terceiro para que derrube o muro às custas de A, ou transformar em perdas e danos. Se infungível só tem o caminho de perdas e danos. Para desfazer a obrigação de fazer é preciso desfazer, portanto exige-se um ato de desfazimento da obrigação que fora descumprido pelo executado ao fazer o que estava obrigado a se abster.
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