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Gabriela Medeiros – Cardiologia 1 Síndrome Coronariana Aguda (SCA) SCA é um termo que engloba todas as situações nas quais o conjunto de sinais e sintomas são compatíveis com isquemia miocárdica aguda. Classificação: • Angina Instável • IAM sem supra ST • IAM com supra ST Fisiopatologia: • Ruptura ou erosão da placa com trombo NÃO oclusivo • Obstrução dinâmica com espasmo • Obstrução mecânica (reestenose) • Inflamação ou infecção Angina Instável Anamnese: • Analisa e classifica a gravidade dos sintomas anginosos • Subgrupos de alto, intermediário e baixo risco para óbito ou IAM não fatal • Classificação de Braunwald: diferenças no prognostico conforme o subgrupo. Exame físico: • Pouco expressivo • Normal ou discretas alterações • Marcadores de mal prognostico: sopro mitral, taquicardia, taquipneia, hipotensão, sudorese, pulsos finos, terceira bulha e estertores pulmonares → sinais de comprometimento ventricular. Dor torácica: Classificação de Braunwald: SCA SEM supra ST AI IAM sem supra ST COM supra ST IAM com supra ST ECG ENZIMAS Gabriela Medeiros – Cardiologia 2 Probabilidade de que os sintomas isquêmicos sejam por DAC: Estratificação de risco: • GRACE RISK O escore de risco Global Registry of Acute Coronary Events (GRACE) permite uma estratificação mais acurada, tanto na admissão quanto na alta hospitalar, graças ao seu bom poder discriminatório. Entretanto apresenta maior complexidade na sua implementação. • TIMI RISK É o mais utilizado. Baixo risco – 0 a 2 Risco intermediário – 3 a 4 Risco alto – 5 a 7 Gabriela Medeiros – Cardiologia 3 ECG: o Todos os pacientes com SCA ou suspeita devem realizar ECG em até 10min. o O ECG → repetido em até 6h (se não diagnóstico) o Infra ST > 0,5mm (alto risco de eventos cardíacos SCA) o Inversão T > 2mm ou Q patológicas (risco intermediário) o Alterações dinâmicas do ST (depressão ou elevação do ST > 1mm, e/ou inversões da onda T que se resolvem (marcadores de prognóstico adverso) o Arritmias: taquicardia (FC > 100 bpm), bradicardia (FC < 50 bpm) ou BR ramo novo ou presumidamente novo (marcadores de pior prognostico) o Monitorização contínua do ECG: sempre que possível, durante o período de observação do paciente com suspeita de SCA na sala de emergência. IAM: O termo IAM deve ser utilizado quando há evidência de necrose miocárdica no contexto clínico de isquemia com elevação de marcadores de necrose miocárdica (preferencialmente troponina), e pelo menos um dos seguintes parâmetros: o Sintomas isquêmicos típicos o Nova alteração de ECG (supra ST em 2 derivações contíguas) o Exame de imagem com NOVA PERDA de miocárdio e que tenha padrão isquêmico o Trombose coronária evidenciada no cateterismo ou autópsia. Tipos de IAM: Gabriela Medeiros – Cardiologia 4 Os marcadores devem ser medidos na admissão e repetidos pelo menos uma vez , 6-9h após, caso a 1º dosagem seja normal ou discretamente elevada. Troponina e Creatinoquinase MB (CK-MB) são os marcadores de escolha. Nos casos em que a CK-MB está elevada e a troponina normal, ambos dentro de sua janela cinética, deve-se basear a decisão clínica no resultado da troponina. TROPONINAS: • Proteínas miofibrilares • Ausente na musculatura lisa • 3 subunidades: troponina T, troponina I e troponina C • Maior especificidade para lesão miocárdica e habilidade em detectar pequenas lesões • Não informam as causas de necrose • Limitação: baixa sensibilidade em t < 6h (troponina-US: níveis mais baixos em menor tempo) • Apresentação atípica de SCA → buscar outras causas de lesão cardíaca relacionadas com aumento de troponinas. • 30-40% de AI apresentam troponinas elevadas MIOGLOBINA: • Marcador muito precoce • Precede CK-MB em 2-5h • Liberada na circulação dentro de 1h após a morte do miócito • Pico em 5-12h • Não é específica para o músculo cardíaco, porém normal pode auxiliar a afastar o diagnóstico de infarto (elevado valor preditivo negativo). • Do ponto de vista de marcadores bioquímicos de necrose miocárdica, o diagnóstico de IAM deve ser feito de acordo com os seguintes critérios: 1. Troponina T ou I: aumento acima do percentil 99 em pelo menos uma ocasião nas primeiras 24 horas de evolução; 2. Valor máximo de CK-MB, preferencialmente massa, maior do que o limite superior da normalidade em duas amostras sucessivas; valor máximo de CK- MB acima de duas vezes o limite máximo da normalidade em uma ocasião durante as primeiras horas após o evento. Na ausência de CK-MB ou troponina, CK total acima de duas vezes o limite superior pode ser utilizada, mas este biomarcador é consideravelmente menos satisfatório do que a CK-MB. Gabriela Medeiros – Cardiologia 5 Após entrada do paciente na sala de emergência, feita a anamnese, exame físico, ECG em até 10min e marcadores bioquímicos, além de outros exames laboratoriais, damos continuidade a testes não-invasivos e invasivos. Avaliar função do VE e prognóstico. TESTES NÃO-INVASIVOS: Teste de estresse → seguros em pacientes estáveis, após 24-48h (Contraindicação: dor, alteração ECG, instabilidade, arritmias) Cintilografia → mais sensível que TE, porém só se mostra custo-efetiva em pacientes de alto risco (valor prognóstico). Angiografia por TC de coronárias → segura na avaliação de pacientes com dor torácica aguda de risco baixo e intermediário, tempo de internação e os custos. Sua aplicação está preconizada como alternativa ao teste de isquemia em várias diretrizes internacionais. Gabriela Medeiros – Cardiologia 6 DUPLO ANTI- AGREGANTE PLAQUETÁRIO: AAS + CLOPIDROGREL Gabriela Medeiros – Cardiologia 7 Gabriela Medeiros – Cardiologia 8 Avaliar o risco de mortalidade em 30 dias – TIMI RISK: Contraindicações dos fibrinolíticos: Gabriela Medeiros – Cardiologia 9 Hora de ouro no infarto → até 2h Porta-balão (tempo que chegou na primeira unidade hospitalar até ICP) Porta-agulha (tempo que chegou na primeira unidade até infusão de fibrinolítico) CRITÉRIOS DE REPERFUSÃO COM TERAPIA FIBRINOLÍTICA: → ECG após 60-90min do início da trombólise com redução em até > 50% na derivação de maior supradesnível → Alívio dos sintomas → Pico precoce de marcador (CK-MB 12-18h) → após desfazer o trombo e o fluxo normalizar, o sangue circulante “lava” (wash out) as enzimas de necrose do meio, causando redução da concentração da enzima no exame. → Arritmias de reperfusão Gabriela Medeiros – Cardiologia 10 RESUMO DAS MEDICAÇÕES:
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