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Olho vermelho

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Fernanda Carvalho – Medicina UNIFTC | 6º semestre 
 
Síndrome do olho vermelho
 
PRINCIPAIS DOENÇAS QUE CURSAM COM O OLHO 
VERMELHO 
 Conjuntivite (causa mais comum); 
 Hemorragia subconjuntival; 
 Episclerite; 
 Esclerite; 
 Ceratite; 
 Trauma; 
 Uveíte anterior; 
 Endoftalmite; 
 Olho seco; 
 Blefarite; 
 Meibomite; 
 Hordéolo; 
 Calázio; 
 Pterígeo; 
 Pinguécula; 
 Celulite. 
 
CONJUNTIVITE 
Causa mais comum de olho vermelho. 
Geralmente o paciente chega ao Pronto 
Socorro com queixa de olho vermelho, um 
pouco de incômodo, lacrimejamento e 
secreção (purulenta nos casos das 
bacterianas ou mucoide/aquosas nas virais). 
 
 
 Viral: 
o Mais comum; 
o Adenovírus, porém, atualmente, pode 
suspeitar também de Covid; 
o Altamente contagiosa – contato direto 
(ex.: contato direto da mão suja com o 
olho); 
o Período de incubação de 5 a 12 dias; 
o Quadro clínico dura 1-2 semanas 
(autolimitada); 
o Início agudo; 
o Geralmente o paciente vai ao Pronto 
Socorro com queixa de olho vermelho, 
desconforto (como se tivesse areia no 
olho), secreção matinal e 
mucoide/aquosa (é uma secreção 
esbranquiçada), lacrimejamento mais 
espesso; 
o Ao exame: Reação folicular tarsal, muco, 
quemose (edema da conjuntiva bulbar) e 
adenopatia pré-auricular; 
No exame físico ocular, diferencia-se a viral 
da bacteriana através da presença de 
folículos com vaso central (viral) e papilas 
com vasos periféricos ao redor da papila 
(bacteriana). Isso não dá para ser feito a olho 
nu, tem que ser feito pelo exame da lâmpada 
de fenda. 
 Tratamento: compressas frias e 
lubrificantes. Por se tratar de uma 
patologia autolimitada, o tratamento, 
como pode ser visto, é algo mais paliativo 
para amenizar os sintomas; 
 Complicações: 
 Membrana inflamatória: 
Como eu trato: corticoide tópico e 
retirada mecânica. A retirada é feita com 
anestesia e uso de cotonete. O paciente 
precisa ficar voltando a cada dois dias ao 
Pronto Socorro antes que essa membrana 
cicatrize e fibrose, tendo uma aderência 
maior e fique mais difícil de retirar, 
ocasionando uma perda da linearidade 
da conjuntiva bulbar; 
 Infiltrados subepiteliais: 
Como eu trato: corticoide tópico ou AINE 
tópico. Se não tratadas, elas vão 
cronificar e formam leucomas com 
O F T A L M O L O G I A 
 Fernanda Carvalho – Medicina UNIFTC | 6º semestre 
 
opacidades com baixa de visão 
importante. 
 
 Bacteriana: 
o Agentes etiológicos mais comuns: 
Staphylococcus aureus, Streptococcus 
pneumoniae, Haemophilus influenzae; 
o Contagiosa (contato direto); 
o Período de incubação de 7-10 dias; 
o A pessoa contraiu, demora até 3 dias para 
começar a ter os sintomas; 
o Quadro clínico: vermelhidão, desconforto, 
secreção matinal aderente e purulenta; 
o Ao exame: reação papilar, 
pseudomembrana 
inflamatória/membrana inflamatória; 
o Tem que fazer a raspagem dessa 
membrana, na maioria das vezes, com 
pinça; 
o Tratamento: compressas frias, lubrificantes, 
antibiótico tópico (tobramicina, 
ciprofloxacino, quinolona) por 5-7 dias. 
 
Subtipos: 
1. Gonocócica: 
 Hiperaguda; 
 DST, intensamente purulenta; 
 Pode haver perfuração de córnea; 
 Tratamento sistêmico: ceftriaxone 1g IM. 
 
2. Tracoma: 
 Chlamydia trachomatis A, B, Ba, C; 
 Alta contagiosidade. Endêmica em áreas 
com precárias condições sócio-
econômicas; 
 Transmitida por contato próximo ou insetos 
veiculadores (moscas); 
 Crônica; 
 Bilateral; 
 Evolui com comprometimento grave da 
córnea, entrópio (margens palpebrais 
invertidas) e triquiase (cílios crescem com 
desvio para dentro do globo ocular). 
 
 
 
 
3. Neonatal: 
 
 Chlamydia Trachomatis: Período de 
incubação de 5-14 dias após o 
nascimento (principal diagnóstico 
diferencial, por ser um pouco mais tardia). 
Quadro clínico: reação papilar, 
pseudomembrana, secreção 
mucopurulenta. Tratamento: eritromicina 
VO por 14 dias; 
 Neisseria gonorrhoeae: Período de 
incubação de 24 a 48h após o 
nascimento. Quadro clínico: intensamente 
purulenta, membrana. Tratamento: 
cefotaxime ou ceftriaxone IV por 7 dias; 
 Química. Período de incubação de 24 a 
36 horas após o nascimento. Pode 
acontecer através do método de Credé 
(pingar nitrato de prata a 1% logo ao 
nascimento para prevenir a gonocócica). 
Quadro clínico: leve lacrimejamento e 
hiperemia. Diagnóstico diferencial para 
 Fernanda Carvalho – Medicina UNIFTC | 6º semestre 
 
gonocócica, sendo que a química 
também é precoce, porém com um 
quadro bem mais leve. 
 
 Alérgicas: 
 
o Faz diagnóstico diferencial com a 
bacteriana, mas principalmente com a 
viral, pois a secreção é um pouco mais 
aquosa; 
o Hipersensibilidade tipo 1 (imediata, IGE, 
mastócitos); 
o Início abrupto; 
o Bilateral; 
o Quadro clínico: lacrimejamento, secreção 
mucoide, quemose, prurido intenso; 
o Tratamento: inicialmente lavagem com 
soro fisiológico e lubrificação. Passados 3 
dias, sem melhora, entrar com colírio 
específico para alergia (anti-histamínicos). 
 
 Tóxicas: hipersensibilidade tipo IV. Intensa 
reação folicular e blefarite eczematosa; 
 
 Mecânicas: produtos químicos, corpos 
estranhos, lentes de contato; 
 
 Associadas a doenças sistêmicas: Reiter, 
Sjogren, colagenoses, Stevens-Johnson, 
sarcoidose, hipertireoidismo. 
 
HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL 
 
 Coleção de sangue; 
 Rompimento de um vaso da conjuntiva, 
comum, benigna, autolimitada; 
 Causas: pequeno trauma, manobra de 
Valsalva, pico de HAS, uso de 
anticoagulantes (o período de melhora 
dessa hiperemia vai depender do 
tamanho do vaso que se rompeu: se for 
pequeno demora de 3 a 4 dias; se for 
maior, 7 a 10 dias; 
 Tratamento: orientações, lágrimas 
artificiais. 
 
EPISCLERITE 
 
1. Nodular. 2. Difusa. 
 Inflamação da episclera; 
 A esclera é uma túnica fibrosa, envoltório 
do olho que ocupa aproximadamente 5/6 
do olho e é recoberta pela episclera, que 
é uma camada mais superficial; 
 Aguda, benigna, autolimitada, 
geralmente unilateral; 
 70% dos casos é idioapática; 
 Associação sistêmica: LES, AR, 
espondiloartropatias soronegativas; 
 Hipersensibilidade; 
 Quadro clínico: hiperemia, desconforto, 
lacrimejamento; 
 Nodular (mais comum – idiopática), difusa 
(mais associada às vasculites); 
 Tratamento: lubrificantes, AINES tópicos. 
 
ESCLERITE 
 
 Grave, risco de perfuração escleral; 
 Associação às doenças inflamatórias 
sistêmicas – 50% (AR- artrite reumatoide – 
1/3, LES - lúpus eritematoso sistêmico, 
wegener, PAN - poliarterite nodosa, 
sarcoidose, TB - tuberculose, sífiles); 
 Vasculite imunomediada; 
 Quadro clínico: hiperemia, dor, fotofobia, 
lacrimejamento; 
 Tratamento: AINE VO, corticoides 
sistêmicos, imunossupressores; 
 Fernanda Carvalho – Medicina UNIFTC | 6º semestre 
 
 Tipos: difusa, nodular, necrosante, 
escleromalacia perforante (indolor, 
bilateral, sem vermelhidão). 
 
 
CERATITES / ÚLCERA DE CÓRNEA 
 Quadro clínico: hiperemia, dor, fotofobia, 
miose, sensação de corpo estranho, 
blefaroespasmo, BAV (baixa de acuidade 
visual), secreção; 
 Tratamento: antibióticos tópicos, 
lubrificantes, cicloplégicos (dilata a íris 
para diminuir a dor), transplante de 
córnea (para úlcera de córnea que 
perfura). 
Subtipos: 
1. Herpética: 
 
 
 Unilateral, recidivante; 
 Tratamento: antivirais tópicos (aciclovir 
pomada aftálmica), antivirais sistêmicos 
(aciclovir via oral), corticoide tópico na 
ceratite estromal e endotelite profundas; 
Profilaxia: aciclovir oral por 12 meses – 
para pacientes recidivantes. 
 
 
 
2. Bacteriana: 
 
 S. aureus, Pseudomonas (lentes de 
contato) mais comum; 
 Quadro clínico: agudo, unilateral, dor, 
fotofobia, lacrimejamento, quemose, 
hiperemia, às vezes um pouco de 
secreção mucoide; 
 Presença de úlcera estromal (opacidade 
esbranquiçada); 
 Complicações: leucoma (opacidade 
final da córnea), perfuração, 
endoftalmite (infecção intraocular); 
 Tratamento: colírio antibiótico 
(quinolona: vigamox e zymar | colírios 
fortificados, os quais são formulados, 
aplicar de 1/1 hora) + cicloplégico 
tópico, que dilata a pupila e diminui o 
movimento doloroso da íris). 
3. Fúngica: 
 
 Trauma vegetal – Fungos filamentosos: 
Aspergillus, Fusarium; 
 Imunocomprometidos – Fungos 
leveduriformes: Candida (em pacientes 
imunocomprometidos); 
 Quadro clínico: insidioso, unilateral, dor 
leve, úlcera circular de bordas hifadas e 
presença de lesões satélites; 
 Tratamento: colírio antifúngico – 
Anfotericina B, natamicina (pimaricina) e 
a nistatina | Imidazólicos VO 
(cetoconazol, fliconazol). 
 
 
 
 
 Fernanda Carvalho – Medicina UNIFTC | 6º semestre 
 
4. Amebiana (Acanthamoeba): 
 
 Protozoário de vida livre; 
 Usuários de lente de contato (mau uso da 
lente, que não fazem a higiene 
adequada, que dormem com a lente, 
etc.); 
 Quadro clínico: insidioso, unilateral, dor de 
grande intensidade; 
 Tratamento: biguanida ou clorexidine por 
6 a 12 meses. 
 
 TRAUMA 
 
 Corpo estranho: 
 
o Aplica o anestésico e retira com cotonete. 
 Abrasões: 
 
o Causa dor, uma vez que a córnea é 
ricamente inervada, porém a 
recuperação é completa sem baixa de 
visão. 
 Queimaduras: 
 
o É considerada uma urgência ocular. É 
preciso lavar abundantemente; 
Subtipos: 
1. Química: álcalis mais graves que ácidos; 
2. Térmica. 
 Ceratites por raios ultravioletas: 
o Cegueira da neve ou fotoelétrica; 
o Início 6 a 12 horas após exposição solar/ 
soldador; 
o Quadro clínico: dor ocular intensa, 
sensação de corpo estranho, fotofobia, 
olho vermelho, BAV (baixa da acuidade 
visual); 
o Melhora em 36 a 72 horas. 
 
UVEÍTE ANTERIOR 
 
 Inflamação da íris (irite) e corpo ciliar 
(iridociclite); 
 50% idiopática, unilateral, acomete 
pacientes entre 25 a 50 anos; 
 20% espondiloartropatias soronegativas: 
espondilite anquilosante, artrite reativa, 
síndrome de Reiter, artrite psoríatica, artrite 
enteropática; 
 10% AR (artrite reumatoide) juvenil: causa 
mais comum de uveíte anterior em 
crianças; 
 Ceratouveíte herpética, sarcoidose, 
Behçet; 
 Quadro clínico: hiperemia, dor intensa, 
fotofobia, BAV (baixa da acuidade visual); 
 Exame: RCA (reação de câmera anterior) 
– células e flare, precipitados ceráticos 
(não granulomatosos ou granulomatosos), 
sinéquias posteriores, miose; 
 Tratamento: corticoides tópicos + 
cicloplégicos (se na presença de sinéquia 
e de dor). 
 
ENDOFTALMITE 
 
 Exógena: trauma perfurante, pós-cirúrgico 
(cirurgia de glaucoma, catarata, etc.); 
 Endógena: via hematogênica; 
 Quadro clínico: dor, fotofobia, BAV 
importante, hiperemia, hipópio 
 Fernanda Carvalho – Medicina UNIFTC | 6º semestre 
 
(patognomônico), vitreíte (inflamação do 
vítreo); 
 Tratamento: antibiótico intravítreo, 
vitrectomia (cirurgia de retina para limpar 
a cavidade vítrea evisceração (remoção 
do conteúdo interno do globo ocular – 
apenas em casos mais graves, quando 
não há mais o que fazer). 
 
OLHO SECO 
 
Doença multifatorial da lágrima e da 
superfície ocular que resulta em sintomas de 
desconforto, distúrbios visuais e instabilidade 
do filme lacrimal, com potencial lesão da 
superfície ocular. O quadro é acompanhado 
por aumento de osmolaridade do filme 
lacrimal e inflamação da superfície ocular. 
Etiologias: 
 Idade avançada; 
 Menopausa; 
 Fatores ambientais (clima seco, exposição 
ao ar condicionado por um tempo muito 
grande ao longo do dia); 
 Medicamentos (ex.: medicação oral para 
acne, a qual diminui também a 
lubrificação ocular); 
 Lentes de contato (mau uso da lente de 
contato, como, por exemplo, dormir com 
ela); 
 Lasik (cirurgia refrativa que faz o flap, o 
que causa uma diminuição de 
lubrificação por desenervação); 
 Síndrome de Sjogren; 
 Hipovitaminose A; 
 Herpes; 
 Steven Johnson; 
 Rosácea / Blefarite; 
 Exposição ocular. 
 
 
 
Tem sido cada vez mais frequente o 
aparecimento de olho seco, não só pelo 
excesso de uso de telas, mas, também, por 
qualquer outra atividade que requeira uma 
maior atenção visual, o que diminui o 
movimento de piscar o olho. A pessoa, então, 
pisca o olho umas 8 vezes por minuto ao invés 
de 20 e isso acaba fazendo uma Síndrome do 
Olho Seco, com deficiência de lubrificação e 
com a presença de alguns pontos superficiais 
de ceratite na córnea. 
 
 Tratamento: 
o Lágrima artificial (lubrificantes); 
o No caso de olho seco mais severo, pode-
se passar uma pomada lubrificante 
associada à lágrima artificial; 
o Plug de canalículos, o qual evita a 
drenagem da lágrima, fazendo com que 
ela fique por mais tempo no olho. 
 
Sempre lembrar que o que faz o 
espalhamento da lágrima é a lubrificação e 
o ato de piscar, por isso que o paciente que 
está com o olho seco e faz uso excessivo da 
visão muito de perto, como celular, 
computador, leitura, o aconselhável é que 
faça sempre um intervalo dessas atividades e 
que esteja sempre atento ao ato de piscar. 
 
BLEFARITE / MEIBOMITE 
 
Nas imagens acima percebe-se, 
respectivamente, a Blefarite (inflamação das 
bordas das pálpebras, fazendo “casquinhas” 
palpebrais) e a Meibomite (inflamação das 
próprias glândulas produtoras de gordura, por 
isso essas bolinhas de gordura em região de 
pálpebra). 
 Blefarite: 
o Inflamação da margem palpebral de 
origem infecciosa ou não; 
o Quadro clínico: hiperemia da margem 
palpebral e conjuntival, crostas nas bases 
 Fernanda Carvalho – Medicina UNIFTC | 6º semestre 
 
dos cílios, prurido, sensação de corpo 
estranho, lacrimejamento, filme lacrimal 
de aspecto espumoso, fotofobia leve e 
ardência, normalmente bilateral. 
o Estafilocócica – mais seca, associada à 
rosácea; 
o Seborreica – mais purulenta, associada à 
dermatite seborreica. 
 Meibomite: 
o Lesão inflamatória crônica; 
o Atinge a margem posterior. 
 
 
 Tratamento de ambas: 
 Limpeza palpebral; 
 Antibiótico tópico ou oral, nos casos de 
blefarite ou meibomite mais importantes. 
 
Hordéolo e Calázio: 
 
 Hordéolo: infecção da glândula de 
meibomius pela bactéria da flora 
palpebral. 
o Agudo; 
o Dolorido; 
o Tratamento: 
 Compressa morna (com o objetivo de 
fluidificar o conteúdo purulento e facilitar 
a drenagem); 
 Pomada de corticoide e antibiótico; 
 Limpeza palpebral. 
 
 Calázio: 
o Crônico, sem atividade – é considerado 
uma complicação do hordéolo, em que 
não vai haver atividade de fluidificação e 
drenagem do conteúdo, fazendo uma 
carapaça e cronificação da glândula, 
com a persistência do nódulo e sem 
edema; 
o Tratamento: 
 Exérese cirúrgica. 
 
 
 
 
PTERÍGEO E PINGUÉCULA 
 
Nas imagens acima percebe-se, 
respectivamente, o pterígeo, o qual invade o 
epitélio corneano, podendo essa invasão ser 
classificada em graus de 0 a 4, sendo que 
graus de 1 a 3 são voltados à estética e o grau 
4 é aquele que atinge o eixo visual, voltando-
se, portanto, ao funcional. Isso causa uma 
deformidade importante na córnea, gerando 
astigmatismoe baixa de visão. E a 
pinguécula, que é uma hiperplasia do tecido 
conjuntival que não invade a córnea. 
 Pterígeo: 
o Vem do grego e significa “pequena asa”; 
o Caracteriza-se como uma prega de 
tecido de tecido fibrovascular em formato 
triangular ou trapezoidal, que se origina 
da conjuntiva interpalpebral e se estende 
para a córnea; 
o Queixas frequentes de olho vermelho, 
ardor, queimação, irritação, fotofobia e 
sensação de corpo estranho. Entretanto, 
muitas vezes, as queixas que levam o 
paciente a procurar o tratamento estão 
relacionadas com a estética; 
o Relacionado ao clima quente e 
exposição solar (incidência maior em 
trabalhadores rurais, por exemplo); 
o Tratamento: 
 Exérese cirúrgica (principalmente em 
quadros que cursam com deformidades 
corneanas, como o astigmatismo). 
 
 Pinguécula: 
o Depósitos branco-amarelados na 
conjuntiva. Cresce junto à córnea, mas 
não por cima dela; 
o Mais comum, inócuo, benigno; 
o Tratamento: 
 Apenas na pingueculite – AINE tópico. 
 
 
 
 
 
 
 
 Fernanda Carvalho – Medicina UNIFTC | 6º semestre 
 
INFLAMAÇÃO DAS PÁLPEBRAS E SACO LACRIMAL 
 
Nos casos de celulite, o paciente chega ao 
consultório médico queixando-se de dor, 
edema e hiperemia palpebral. São elas: 
 Celulite periorbitária (pré-septal): 
o Clínica: sem BAV (baixa de visão), sem 
restrição da MOE (motilidade ocular); 
o TC: sem invasão do septo orbitário; 
o Tratamento: 
 Antibiótico VO; 
 
 Celulite orbitária (pós-septal): 
o Clínica: com BAV, com restrição da MOE, 
proptose (coleção retro-orbitária que faz 
a protrusão anormal do globo ocular); 
o Apresenta risco grande de meningite e 
abscesso cerebral; 
o TC: com invasão do septo orbitário; 
o Tratamento: 
 Antibiótico EV em internação hospitalar. 
 
GLAUCOMA AGUDO 
 Dor ocular intensa; 
 Hiperemia; 
 Fotofobia; 
 Edema na córnea e consequentemente a 
visão de halos coloridos; 
 Midríase média fixa (quando coloca a luz 
a pupila não fecha e quando está no 
escuro ela não dilata). 
 
O humor aquoso é um líquido transparente, 
constituído por água e sais dissolvidos. Tem 
como função nutrir a córnea e o cristalino, 
além de regular a pressão intraocular. É 
produzido no corpo ciliar, passa entre a íris e 
o cristalino, vai para o segmento anterior e vai 
ser drenado pela malha trabecular. O líquido 
localiza-se na câmara anterior e posterior do 
globo ocular. 
Existem pacientes que tem olhos maiores e 
tem esse ângulo entre a córnea e a íris bem 
aberto e tem pacientes que possuem olhos 
menores e tem esse ângulo entre a córnea e 
a íris mais fechado. No momento em que faz 
uma aposição entre o cristalino e a íris, esse 
líquido não passa e se acumula empurrando 
a raiz da íris em direção à córnea. Isso acaba 
fechando mais ainda o ângulo, o local de 
drenagem, então, fica fechado e como não 
vai haver drenagem, a pressão vai subir e o 
olho vai ficar inflamado. Diante disso, o 
paciente cursa com pressão elevada, dor, 
hiperemia e média midríase. 
 Tratamento: 
 Urgência; 
 Manitol EV; 
 Acetazolamida VO; 
 Colírios hipotensores; 
 Pilocarpina; 
 Corticoide tópico.
 
 Fernanda Carvalho – Medicina UNIFTC | 6º semestre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
- Aula de Oftalmologia; 
- Sanarflix; 
- PEBMED.

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