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APG 12 - SAQUEI, MAS...

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APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 1 
APG 12 – Saquei, mas.. . 
1) ENTENDER A ANATOMIA DO OMBRO (OSSOS, ARTICULAÇÕES 
E MÚSCULOS) 
❖ OSSOS 
→ O esqueleto apendicular superior é caracterizado por sua 
mobilidade e capacidade de executar atividades motoras finas. 
→ Pode ser dividido em 4 segmentos principais: a cintura 
escapular (clavícula e escápula), o braço (úmero), segmento 
mais longo que vai da articulação do ombro até o cotovelo; o 
antebraço (rádio e ulna), que vai do cotovelo ao punho; e a mão 
(carpo, metacarpo e falanges), que consiste no punho, palma, 
dorso da mão e dedos. 
→ A cintura escapular é formada por dois ossos: a clavícula 
(anteriormente) e a escápula (posteriormente). 
→ O braço é a parte mais móvel do esqueleto apendicular superior 
e a mais longa, unindo a articulação do ombro com a do cotovelo. 
➢ CLAVÍCULA 
→ A clavícula é o osso que une o esqueleto apendicular superior 
com o tronco e funciona como um suporte móvel para a 
escápula se mover. 
→ Embora seja longa, não possui canal medular (como os ossos 
longos). 
→ Pode ser dividida em corpo e extremidades esternal e acromial: 
✓ EXTREMIDADE ESTERNAL: tem forma alargada e 
triangular, compondo a articulação esternoclavicular; 
✓ EXTREMIDADE ACROMIAL: é plana, fazendo parte da 
articulação acromioclavicular. Possui a forma de “S”, sendo 
os dois terços mediais convexos anteriormente e o terço 
lateral, côncavo. 
 
➢ ESCÁPULA 
→ A escápula é um osso plano, triangular (três ângulos e três 
margens), situado na face posterior do tórax, ao nível da 2ª 
a 7ª costelas e é delgado. 
→ Sua face posterior é convexa e possui a espinha da escápula, 
que a divide em fossa supraespinal e infraespinal. 
→ Medialmente, a espinha escapular apresenta o tubérculo 
deltoide, ponto de fixação do músculo deltoide. 
→ A face anterior é côncava e forma uma grande fossa 
subescapular. 
→ Essas três fossas são superfícies ósseas onde se fixam os 
músculos. 
→ A espinha da escápula se continua lateralmente como o 
acrômio, que forma o ponto mais proeminente do ombro e se 
articula com a extremidade acromial da clavícula. 
→ Na superfície lateral há a cavidade glenoidal, uma fossa oval, 
côncava e rasa, com direção anterolateral que se articula com 
o úmero. 
 
➢ ÚMERO 
→ O úmero é o maior osso do membro superior e articula-se 
com a escápula na articulação do ombro e com o rádio e a 
ulna, no cotovelo. 
→ Na sua epífise proximal, há a cabeça do úmero, que se articula 
com a cavidade glenoidal; o colo anatômico do úmero, formado 
pelo sulco que divide a cabeça em tubérculos maior e menor; 
e o colo cirúrgico, que corresponde à parte estreita distal da 
cabeça, local frequente de fraturas. 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 2 
→ Os tubérculos maior e menor fazem a transição da cabeça 
para o corpo do úmero e são locais de fixação e alavanca 
para alguns músculos escapuloumerais. O tubérculo maior é 
mais lateral, enquanto o menor encontra-se anteriormente ao 
osso. 
→ O corpo do úmero possui 2 pontos importantes: 
✓ a tuberosidade para o músculo deltoide 
(lateralmente), onde este músculo se fixa; 
✓ o sulco do nervo radial oblíquo (posteriormente). 
→ A extremidade inferior do corpo se alarga, terminando no 
epicôndilo medial e lateral, locais de fixação muscular. 
→ A parte mais distal (epífise distal) do úmero inclui algumas 
estruturas importantes: a tróclea, proeminência que faz 
articulação com a ulna; o capítulo, que faz articulação com a 
cabeça do rádio; e as fossas do olécrano. 
→ As fossas anteriores são: (rasas) 
✓ Fossa coronoidea: recebe o processo coronoide da 
ulna durante a flexão completa do cotovelo 
✓ Fossa radial: se encontra acima do capítulo, é mais 
rasa e recebe a cabeça do rádio durante a flexão. 
→ Posteriormente, há a fossa do olécrano, profunda, que 
recebe o olécrano da ulna durante a extensão total. 
 
 
❖ ARTICULAÇÃO DO OMBRO 
→ O complexo articular do ombro é composto por 5 articulações, 
sendo a principal a glenoumeral, a mais móvel. 
✓ Art. Glenoumeral: é sinovial do tipo esferoíde, que 
permite uma grande amplitude de movimentos, porém é 
menos estável do que as outras. 
▪ É formada pela cabeça do úmero e a cavidade 
glenoidal da escápula, que acomoda apenas cerca 
de 1/3 da cabeça do úmero. 
▪ É super móvel, a mais móvel do corpo humano. 
▪ Os ligamentos glenoumerais, transverso umeral e 
coracoumeral fazem parte da membrana fibrosa 
que circunda a articulação e reforçam a cápsula 
anterior. O arco coracoacromial é uma estrutura 
muito importante que contém o ligamento 
coracoacromial, que impede o deslocamento 
superior da cabeça do úmero. 
▪ Além dos ligamentos e da cápsula articular, alguns 
músculos são responsáveis por manter essas 
estruturas unidas: o músculo supraespinhal, 
infraespinhal, redondo menor e subescapular, que 
juntos formam o manguito rotador. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 3 
✓ Art. Esternoclavicular: é o único ponto de transmissão de 
choques do membro superior para o esqueleto axial. 
▪ É sinovial do tipo selar e dividida em dois 
compartimentos por um DISCO ARTICULAR (maior 
durabilidade dessa articulação). 
▪ Esse disco está fixado aos LIGAMENTOS 
ESTERNOCLAVICULARES ANTERIOR E POSTERIOR e 
ao LIGAMENTO INTERCLAVICULAR. 
▪ O ligamento interclavicular se estende de uma 
clavícula a outra, na extremidade esternal superior, 
o que torna a articulação muito forte. 
✓ Art. Acromioclavicular: também é sinovial, plana, formada 
pela extremidade acromial da clavícula e o acrômio da 
escápula. A membrana fibrosa reveste a cápsula 
articular; internamente, é revestida pela membrana 
sinovial. 
▪ Essa articulação é reforçada pelo ligamento 
acromioclavicular, ligamento coracoacromial e pelo 
ligamento coracoclavicular, que é composto pelo 
ligamento conoide e trapezoide. 
✓ Art. Escapulotorácica: não possui uma classificação 
própria! Anatomicamente = falsa / biomecânica = muito 
importante! 
▪ Ela tem entre as superfícies ósseas da escápula e 
da caixa torácica, um músculo subescapular (que fixa 
a escápula nas costelas), que não compõe nenhuma 
classificação de articulações. 
▪ Ela define a saúde da articulação glenoumeral. 
▪ É uma articulação funcional, não é sinovial. É 
diartrose = permite movimentos amplos, e em várias 
direções = multiaxial. 
✓ Art. Subacromial: não possui uma classificação própria! É 
um espaço abaixo do acrômio. Representa 90% de todas 
as lesões que acontecem no ombro. É uma articulação 
funcional. É diartrose = permite movimentos amplos 
(menos que as outras, 10º). 
 
 
 
❖ MÚSCULOS DA CINTURA ESCAPULAR E OMBRO 
→ MÚSCULOS ESCAPULOUMERAIS: deltoide, redondo maior, 
redondo menor, supraespinal, infraespinal e subescapular. 
✓ DELTOIDE: origina-se no 1/3 lateral da clavícula, acrômio 
e espinha da escápula; insere-se na tuberosidade do 
úmero; e tem a função de fletir, estender, abduzir e 
rodar medial e lateralmente o membro superior. 
✓ REDONDO MAIOR: origina-se na face posterior do ângulo 
inferior da escápula; insere-se no lábio medial do sulco 
intertubercular; e tem a função de aduzir e rodar 
medialmente o braço. 
→ Os tendões de quatro músculos se juntam à cápsula articular. 
Eles são conhecidos como MÚSCULOS DO MANGUITO 
ROTADOR porque contribuem para a rotação do úmero e 
porque seus tendões formam um manguito colagenoso ao 
redor da articulação glenoumeral. Eles incluem os Mm. 
supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular: 
✓ REDONDO MENOR: origina-se na parte média da margem 
lateral da escápula; insere-se na face inferior do 
tubérculo maior; e tem a função de rodar lateralmente o 
braço. 
✓ SUPRAESPINAL: origina-se na fossa supraespinal 
escapular; insere-sena face superior do tubérculo maior; 
e tem a função de iniciar a abdução dos MMSS. *é o 
mais lesado de todo o grupo maguito rotador* 
✓ INFRAESPINAL: origina-se na fossa infraespinal 
escapular; insere-se na face média do tubérculo maior; e 
tem a função de rodar lateralmente os MMSS. 
✓ SUBESCAPULAR: origina-se na fossa subescapular; 
insere-se no tubérculo menor; e tem a função de rodar 
medialmente os MMSS. *além de fazer a rotação, age 
como um ligamento protegendo das luxações* 
Articulações acromioclavicular e glenoumeral. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 4 
❖ MÚSCULOS DO BRAÇO 
→ Dos 4 principais músculos do braço, 3 deles são flexores 
(bíceps braquial, braquial e coracobraquial) e estão no 
compartimento anterior; o extensor (tríceps braquial) está 
posterior, juntamente com o músculo ancôneo (auxiliar do 
tríceps braquial). 
✓ BÍCEPS BRAQUIAL: origina-se na extremidade do processo 
coracoide (cabeça curta) e tubérculo supraglenoidal da escápula 
(cabeça longa); insere-se na tuberosidade do rádio e fáscia do 
antebraço, e tem a função de supinar e flexionar o antebraço. 
✓ BRAQUIAL: origina-se na metade distal da face anterior do úmero; 
insere-se no processo coronoide e tuberosidade da ulna, e tem a 
função de fletir o antebraço em todas as posições. 
✓ CORACOBRAQUIAL: origina-se na extremidade do processo 
coracoide; insere-se no terço médio da face medial do úmero, e 
tem a função de ajudar a flexionar e aduzir o braço. 
✓ TRÍCEPS BRAQUIAL: origina-se no tubérculo infraglenoidal da 
escápula (cabeça longa), face posterior do úmero, superior ao sulco 
do nervo radial (cabeça curta) e inferior ao sulco do nervo radial 
(cabeça medial); insere-se na extremidade proximal do olécrano e 
fáscia do 
antebraço, e 
tem a função de 
estender o 
antebraço e 
resistir à luxação 
do úmero 
durante a 
abdução. 
✓ ANCÔNEO: 
origina-se no 
epicôndilo lateral 
do úmero; 
insere-se na 
face lateral do 
olécrano e parte superior da face posterior ulnar, e tem a função 
de auxiliar o tríceps na extensão do antebraço e estabilizar a 
articulação do cotovelo. 
 
2) ANALISAR A HISTOLOGIA DAS CARTILAGENS 
→ O tecido cartilaginoso, ou cartilagem, é um tipo de tecido 
conjuntivo de suporte, assim como o tecido ósseo, e tem como 
funções: 
✓ Suporte dos tecidos moles, como no pavilhão auricular; 
✓ Revestimento das superfícies articulares, com isso 
consegue absorver melhor choques, e facilita o 
deslizamento dos ossos nas articulações; 
✓ Formação e crescimento dos ossos longos, por meio do 
disco epifisário, cartilagem hialina que vai gradualmente 
se formando em tecido ósseo. 
→ O tecido cartilaginoso é composto por células de origem 
mesenquimal, e há dois tipos: 
✓ Condroblastos: são células ativas, secretam 
ativamente matriz cartilaginosa. 
▪ Células alongadas 
▪ Surgem a partir dos fibroblastos do 
pericôndrio. 
▪ Estão em crescimento 
✓ Condrócitos: são células com baixa atividade de 
síntese, bem diferenciadas. 
▪ Células esféricas. 
▪ Mais velhas. 
▪ Funcionam por meio de glicólise anaeróbica 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 5 
▪ Ele está localizado em lacunas, que é o espaço da 
matriz extracelular! 
▪ Mais de uma célula pode estar presente por lacuna, e 
quando isso acontece é chamado de grupos isógenos 
= em geral, essas células são originadas de um único 
condroblasto, e quando tem o grupo, elas se dividiram! 
→ Há também matriz extracelular abundante no tecido 
cartilaginoso, composta, basicamente, por colágeno, elatina, 
proteoglicanos, ácido hialurônico e glicoproteínas. 
→ Por fim, tem-se o pericôndrio que é um tecido conjuntivo 
denso modelado que envolve a cartilagem. Ele está presente 
em todas as cartilagens, exceto nas cartilagens articulares e 
fibrosas. 
 
→ O tecido cartilaginoso pode crescer por meio de dois 
processos: 
✓ CRESCIMENTO INTERSTICIAL: divisão mitótica dos 
condrócitos preexistentes. Com o aumento da rigidez da 
matriz pelas interações entre as fibrilas colágenas e os 
glicosaminoglicanos, esse tipo de crescimento deixa de 
ser viável, de modo que ele ocorre apenas nas primeiras 
fases da vida da cartilagem. Há, no entanto, nos ossos 
longos, uma região de cartilagem, o disco epifisário, onde 
o crescimento intersticial pode ocorrer até os 20 anos 
do indivíduo, bem como nas regiões de cartilagem 
articular. 
✓ CRESCIMENTO APOSICIONAL: ocorre a partir das células 
da porção interna do pericôndrio circundante. Essas 
células mais internas diferenciam-se em condroblastos, 
que produzem a matriz cartilaginosa e assim promovem 
o crescimento, enquanto novos fibroblastos são 
produzidos simultaneamente para manter a população 
celular do pericôndrio. 
→ Cartilagem não possui vasos ou nervos! A nutrição se dá a 
partir de capilares que estão no pericôndrio, que passam a 
nutrição de uma célula para outra por meio de difusão. 
→ Nas cartilagens articulares, a nutrição também pode acontecer 
por meio do liquido sinovial, servindo também para o transporte 
de nutrientes. 
→ A cartilagem pode ser de três tipos: 
✓ Cartilagem hialina: é a mais comum no corpo! 
▪ Ela forma o esqueleto do embrião, faz o molde 
cartilaginoso, e posteriormente é substituída pelo 
tecido ósseo ao longo do desenvolvimento embrionário 
e crescimento. 
▪ Além disso, a cartilagem hialina está presente no disco 
epifisário, permitindo o crescimento dos ossos longos. 
Presente entre a epífise e diáfise dos ossos longos. 
▪ Presente também na parede das fossas nasais, 
laringe, tranqueia, brônquios, extremidade ventral das 
costelas e superfícies articulares dos ossos longos. 
▪ Essa cartilagem é firme e flexível, e tem grande 
resistência ao 
desgaste, por isso 
localizada onde 
tem mais atrito, na 
articulação dos 
ossos longos. 
▪ A composição da 
cartilagem hialina: 
a matriz 
extracelular é rica 
em colágeno tipo II, 
ácido hialurônico, proteoglicanos, glicoproteínas e água 
(consistência de gel). 
✓ Cartilagem elástica: 
▪ Está presente no pavilhão auditivo, no conduto auditivo 
externo e tuba auditiva. 
▪ Também é encontrada na epiglote e ela compõe a 
cartilagem cuneiforme da laringe. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 6 
▪ A composição da cartilagem 
elástica: a matriz 
extracelular é rica em 
colágeno tipo II e rica em 
fibra elástica (coloração 
amarelada e maior 
flexibilidade). 
▪ Também possui pericôndrio. 
▪ É uma cartilagem menos 
sujeita a processos degenerativos. 
✓ Cartilagem fibrosa: 
▪ Compõe os discos intervertebrais, pontos de inserção 
dos tendões e ligamentos nos ossos e sínfise púbica. 
▪ Ela está sempre 
associada ao tecido 
conjuntivo denso 
▪ Não possui 
pericôndrio! 
▪ A composição da 
cartilagem fibrosa: a 
matriz extracelular é 
rica em fibras 
colágenas, e tem 
pouca substancia 
fundamental. 
▪ É uma cartilagem bem resistente à tração e 
deformidade sob estresse. 
3) COMPREENDER A BIOMECÂNICA DA ARTICULAÇÃO DO 
OMBRO 
→ A articulação do ombro é a maior e mais complexa do corpo 
humano, possui características como cavidade glenóide rasa 
e pouca coaptação com a cabeça do úmero que a torna 
possível alcançar amplitudes que nenhuma outra articulação é 
capaz de alcançar, uma amplitude de movimento de 180º na 
flexão e abdução e essa grande amplitude gera uma alta 
instabilidade na articulação do ombro tornando propenso a 
subluxação e luxação. 
→ A estabilidade é garantida pelo manguito rotador e ligamentos 
glenoumerais e coracoumerais, com a liberdade de movimento 
sendo auxiliada pelos músculos do cíngulo do membro superior. 
→ Art. Esternoclavicular: É sinovial do tipo selar, permite dois 
graus de liberdade de movimento = elevação/depressão e 
retração/prostração, e tambémrotação posterior. A 
clavícula não faz rotação anterior além do limite fisiológico. 
Esses três movimentos associados são importantes para a 
realização de movimentos de flexão e abdução. 
→ A clavícula por ter o formato em “S” funciona como se fosse 
uma manivela, quando faz um movimento de abdução, permite 
que ela movimente em uma amplitude de até 60º dentro do 
seu próprio plano. 
→ Art. Acromioclavicular: já é do tipo plana, e ela não é tão 
estável como a esternoclavicular. É extremamente 
importante nos movimentos finos, sempre faz o ajuste final 
de posicionamento do membro superior. 
→ Art. Escapulotorácica: extremamente importante para fazer 
os movimentos de elevação e depressão de escápula, de 
prostração e retração de escápula e também nos 
movimentos de rotação lateral e medial de escápula. Esses 
movimentos da escápula necessitam das articulações 
esternoclavicular e acromioclavicular para que aconteçam. 
→ Art. Subacromial: extremamente importante para permitir o 
deslizamento do músculo supraespinhoso. 
→ Art. Glenoumeral: é sinovial do tipo esferoíde. É a articulação 
com maior liberdade de movimento. É instável, ou seja, mais 
propensa para luxação. 
→ BIOMECÂNICA ARTICULAR: 
✓ 0º - 30º = unicamente pela art. Glenoumeral; 
✓ 30º - 120º: necessita da art. Escapulotorácica 
(articulações esternoclavicular e acromioclavicular para 
que aconteça o movimento completo); 
✓ 120º - 180º: necessita de ambas as articulações. 
 
REFERÊNCIAS: 
• MOORE, L. Keith, et al. Anatomia orientada para Clínica. 
7ªed. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2014. 
• NETTER F. H. Atlas De Anatomia Humana - 7ª Ed. 2019. 
• TORTORA, G. J; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia 
humana. 14ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
• JUNQUEIRA L.C.; CARNEIRO, José. Histologia Básica: Texto 
e Atlas. 12ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ltda, 
2013 
• HALL, S. J. Biomecânica básica. 7ª. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2016

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