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LAÍS CAÇÃO NICOLAU ARQUITETURA EFÊMERA PARA MICROEMPREENDEDORES DECORRENTES DA PANDEMIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO ARQUITETURA E URBANISMO CAMPO GRANDE-MS 2021 LAÍS CAÇÃO NICOLAU ARQUITETURA EFÊMERA PARA MICROEMPREENDEDORES DECORRENTES DA PANDEMIA Trabalho de Conclusão de Curso apresen- tado como exigência para a obtenção do título de BACHAREL EM ARQUITETURA E UR- BANISMO pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) Orientador: Prof. Gustavo Kiotoshi Shiota CAMPO GRANDE-MS 2021 2 FOLHA DE APROVAÇÃO Autor(a): Laís Cação Nicolau Título: Arquitetura efêmera para microempreendedores decorrente da pandemia Monografia defendia em , pela comissão julgadora: ___________________________________________________________________ Prof. (a) Gustavo Kiotoshi Shiota (orientador) Curso de Arquitetura e Urbanismo / Universidade Católica Dom Bosco ___________________________________________________________________ Prof. (a) Curso de Arquitetura e Urbanismo / Universidade Católica Dom Bosco ___________________________________________________________________ Convidado externo Titulação e se pertence a alguma universidade __________________________________________ Profa. Dra. Ana Claudia Marques Bacarji Coordenador(a) do Curso de Arquitetura e Urbanismo DEDICATÓRIA À minha falecida avó Laura que sempre acreditou no meu potencial Agradecimentos AGRADECIMENTOS À todos meus professores do curso de Arquitetura e Urbanismo da UCDB Ao meu excelente orientador Prof. Gustavo Shiota, por todos ensinamentos e com- preensão À coordenadora do curso Prof.Dra: Ana Claudia Marques Bacarji por todo suporte ao decorrer dos anos Aos meus amados pais por me darem todo apoio e ajuda Ao meu namorado por não me deixar desistir dos meus sonhos À toda minha amada família À Madalena por me trazer imensa alegria em momentos difíceis Ao meu Psiquiatra Dr. Fernando Mazer por cuidar de mim “Acredito que as coisas podem ser feitas de outra maneira e que vale a pena tentar.” Zaha Hadid Resumo A presente pesquisa discorre sobre maneiras de ajudar pessoas que precisaram trabalhar em casa durante a pandemia e não possuem um local adequado ou com estrutura para o mesmo, seja para quem abriu um novo negócio ou quem precisou trabalhar em Home Office por conta do distanciamento social. Tendo em vista essas situações, propõe- se elaborar um estudo de uma arquitetura efêmera através da arquitetura modular com o projeto de uma edificação temporária, sustentável e reciclável, onde a pessoa possa ter o espaço que precisa de maneira rápida e sem muito investimento em comparação à construção de um novo local. E caso futuramente não precise mais do espaço, ela poderá vender ou adaptá-lo para a nova realidade. Palavras-chave: Covid-19. Desemprego. Home Office. Arquitetura efêmera. Arquite- tura Modular. Contêineres. Abstract The present research discusses ways to help people who needed to work at home during the pandemic and do not have a suitable place or structure for it for whoever opened a new business or who needed to work in the Home Office because of the social distancing. In view of these situations, it is proposed to develop a study of ephemeral architecture through modular architecture with the design of a temporary, sustainable and recyclable building, where the person can have the space they need quickly and without much investment in comparison to the construction of a new location. And if in the future it no longer needs the space, it can sell or retrofit it for the new reality. Keywords: Covid-19. Unemployment. Home Office. Ephemeral architecture. Modular architecture. Containers. Lista de ilustrações Figura 1 – Tenda Beduína no deserto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Figura 2 – Hospital de Campanha em Porto Alegre . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Figura 3 – Hospital de campanha no combate contra dengue em Campo Grande . 19 Figura 4 – Módulo da Wikkelhouse . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Figura 5 – Opção de layout da Wikkelhouse . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Figura 6 – Módulo completo da Wikkelhouse . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Figura 7 – Casa Chassi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Figura 8 – Sede Zanettini - SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Figura 9 – Estrutura de Sede Zanettini - SP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Figura 10 – Ateliê na Cidade - Romero Silva Arquitectos . . . . . . . . . . . . . . . 33 Figura 11 – Interior do Ateliê - Romero Silva Arquitectos . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Figura 12 – Ateliê sob a laje - Romero Silva Arquitectos . . . . . . . . . . . . . . . . 36 Figura 13 – Loja Garimpê - Numa Arquitetos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Figura 14 – Interior da Loja Garimpê - Numa Arquitetos . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Figura 15 – Mapa da Localização do terreno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Figura 16 – Volumetria do Módulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Lista de abreviaturas e siglas ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas COVID-19 Corona Vírus FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LSF Light Steel Framing MDF Medium Density Fiberboard MEI MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL MG Minas Gerais MS Mato Grosso do Sul OMS Organização Mundial da Saúde OSB Oriented Strand Board RCC Resíduos da Construção Civil RCD Resíduos da Construção e Demolição SP São Paulo TV Televisão Sumário DEDICATÓRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 AGRADECIMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 1.1 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 1.1.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 1.1.2 Objetivo Específico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 1.2 Procedimentos Metodológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 2 Revisão da Literatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 2.1 Arquitetura Efêmera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 2.2 Arquitetura Modular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 2.3 Sustentabilidade na Arquitetura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 2.4 Materiais e Técnicas Construtivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 2.4.1 Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 2.4.2 Bambu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 2.4.3 Contêiner . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 2.4.4 Madeira de Demolição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 2.4.5 Chapas OSB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 2.4.6 Light Steel Frame . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 2.5 Contexto Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 3 Precedentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 3.1 Sede Zanettini . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 3.2 Workshop in the City . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 3.3 Loja Garimpê . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 4 Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 4.1 Estudo de Caso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 4.2Materiais Utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 4.3 Estrutura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 4.4 Layout . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 4.5 Instalações Elétricas e Hidrossanitárias . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 4.5.1 Elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 4.5.2 Hidrossanitária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 4.6 Instalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 4.7 Desinstalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 4.8 Orçamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 4.9 Vantagens e Desvantagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 4.10 Variações de Uso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 5 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 6 Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 7 Referências Consultadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 ANEXOS 50 14 1 Introdução De acordo com Luran Guimarães, “o ser humano a tudo se adapta e a tudo supera, o homem disciplina sua mente é o homem que domina a sociedade”. A pandemia do covid-19 não difere em termos de ser mais uma grande adversidade, já que durante toda a evolução da sociedade o ser humano em frente às dificuldades procura maneiras de superá-las seja por questão de sobrevivência, de praticidade ou de conforto. Com os novos desafios da realidade pandêmica em que estamos vivendo, o presente trabalho propõe desenvolver projetos de arquitetura efêmera para pessoas que não possuem um local adequado para trabalharem dentro de suas casas. De forma geral a arquitetura efêmera é um ambiente feito de forma passageira para suprir a necessidade de maneira rápida. Com a pandemia, diversas pessoas ficaram desempregadas ou precisaram começar a trabalhar em casa em um curto período, e quem não possuía um local com estrutura adequada, precisou improvisar. Essa pesquisa foca em estudar a arquitetura efêmera como meio de suprir as necessidades de quem não possui um local para trabalhar em Home Office, ou para quem ficou desempregado e decidiu empreender dentro de sua casa para achar outra forma de sustento. Um levantamento feito pela empresa de consultoria BTA (Consultoria em Desenvolvi- mento Empresarial, Saúde e Vitalidade Organizacional, foco em Cultura e Liderança) mostrou que, por conta da pan- demia, o modelo de trabalho home office se tornou o padrão para ao menos 43% das empresas brasileiras. Além disso, com o alto índice de desemprego, diversos brasileiros tentam ganhar a vida com outra fonte de renda, um termômetro disso é o número de pessoas que viraram MEI (microempreendedor individual), conforme o IBGE, entre março e julho 600 mil trabalhadores tornaram MEIs, com um crescimento de 20% em comparação ao ano passado. O objetivo da presente pesquisa consiste em encontrar maneiras de ajudar esses brasileiros que precisaram começar a trabalhar em suas casas, mas não possuem um local adequado, seja por falta de espaço, estrutura, ou conforto. Através da arquitetura efêmera será proposto um ambiente versátil, que seja construído de forma rápida, moldado conforme a necessidade de cada pessoa, sustentável, e com um menor custo e facilidade do que a tradicional construção de alvenaria. E caso o local não seja mais necessário, pode ser desfeito, vendido ou transformado em outro ambiente de maneira fácil. aneira fácil. 1.1 Justificativa Pesquisas apontam que o ambiente influencia diretamente na produtividade do trabalho, funcionários que possuem um espaço planejado, bem iluminado, com ergonomia têm um maior rendimento que os outros. Com o coronavírus, diversos funcionários foram Capítulo 1. Introdução 15 pegos de surpresa com o home office, sem poderem planejar um ambiente adequado para trabalhar, seja com a falta de espaço, ruídos externos ou de outras pessoas transitando 1.1.1 Objetivo Geral Elaborar um estudo da arquitetura efêmera, para atender uma demanda emergen- cial, para uso comercial ou serviço, através de um projeto de uma edificação temporária, sustentável e reciclável, elaborada por meio da arquitetura modular. 1.1.2 Objetivo Específico 1) Determinar quais as principais necessidades de espaço que os microempreendedo- res e pessoas em teletrabalho precisam. 2) Verificar quais os melhores e mais viáveis materiais para arquitetura modular 3) Propor um espaço que possa ser um investimento 4) Desenvolver diversas categorias de layout para um mesmo módulo 1.2 Procedimentos Metodológicos Essa pesquisa tem caráter quantitativo e exploratório. Com o intuito de atingir os objetivos, serão propostos os seguintes procedimentos metodológicos: Para o objetivo específico 1 será feita pesquisas através de diversos materiais, artigos, gráficos e reportagens das novas necessidades demandadas pela pandemia. Para o objetivo específico 2 será feita pesquisas através de sites, artigos e livros sobre materiais para construção modular para avaliar qual será o mais viável. Para o objetivo específico 3 será proposto um projeto que quando não for mais útil, poderá ser moldado para atender outra necessidade existente, ou vendido, tornando-o um investimento. Para o objetivo específico 4 será aplicado um questionário online para entender quais espaços as pessoas mais necessitam atualmente, sejam novos empreendedores, ou quem trabalha à distância, e desenvolver através do mesmo módulo diversos layouts com funções distintas. 16 2 Revisão da Literatura 2.1 Arquitetura Efêmera A arquitetura efêmera, ou emergencial, é definida pelo seu tempo de vida, tendo como base obras que sejam passageiras, que durem pouco. Seguindo essa linha de raciocínio, o local construído pela arquitetura efêmera pode ser desmanchado rapidamente, ou até transferido para outro espaço, tudo depende da situação e necessidade do porquê foi feita. Construir algo efêmero é uma das necessidades mais antigas do Homem. Em qualquer ponto do mundo, o Homem sempre utilizou arquiteturas efêmeras. No início, utilizou-se principalmente para abrigos do tipo tenda. Pouco depois, começou-se a utilizar em situações militares, como estruturas de guerras, sendo que, ainda hoje em dia, é das arquiteturas temporárias mais comuns (Jodidio, 2011). De um modo geral, dá-se o nome de arquitetura efêmera “quando se pretende melhorar a performance de um lugar para um fim igualmente temporário” (Paz, 2008). São usadas para resolver problemas imediatos, tais como, sociais, marketing, culturais, etc . . . Do mesmo modo que tais problemas podem aparecer, também podem desaparecer, e a arquitetura que nela foi utilizada desaparece também. Esta particularidade pode ser uma vantagem, pois como são temporárias podem ser “extravagantes”. (Kronenburg, 2016) A princípio toda a arquitetura é efémera. A efemeridade é um conceito que depende da ideia de tempo. Sendo que este é uma criação do Homem, que sentiu a necessidade da organização e controle. Neste sentido, se for comparado o tempo de vida do planeta com o tempo de vida de um edifício arquitetônico, este torna-se efêmero. No entanto, o conceito de efemeridade está maioritariamente relacionado com o tempo de vida do ser humano. E é a partir dessa comparação que se nomeia algo como efêmero. Porém, “quanto menor o tempo de estadia de uma construção no espaço, maior a sensação da sua efemeridade.” (Paz, 2008) A arquitetura de emergência tem sido útil em diversas situações ao decorrer dos anos, seja por necessidade de um local que seja rapidamente erguido, seja pela necessidade de uma estrutura que possa ser montada e desmontada, ou transferida para outro lugar, ou até mesmo pela cultura de um povo. Um exemplo cultural onde utiliza-se a arquitetura efêmera é o exemplo dos povosBeduínos, que habitam os desertos do Oriente Médio e do Norte da África, em locais como a Arábia Saudita, Síria, Iraque e Egito. Eles fazem parte de cerca de 10% da população do Oriente Médio. De acordo com o árabe, o termo “Beduíno” deriva do plural de badaw ı, que significa nômade, bem como das palavras albedu (habitantes das terras abertas) e albeit (povo da tenda). De toda forma, é uma palavra usada para designar os habitantes nômades do deserto desde tempos muito antigos. (TODA MATÉRIA, 2015) Capítulo 2. Revisão da Literatura 17 Quando se estabelecem num determinado local, geralmente um oásis, os beduínos armam suas tendas com estruturas de madeira, pele de cabras, tecidos e fibras vegetais. Essas tendas chegam a medir mais de 6 metros de comprimento e 3 metros de altura, como mostra a figura 1. Devido ao clima desértico em que vivem, precisam se deslocar entre os oásis existentes no deserto para sobreviverem. Os beduínos aproveitam essas viagens para praticar o pastoreio e o comércio, que são as principais atividades realizadas pelos beduínos. Depois de montada, a tenda recebe um tapete sobre a areia e está pronta para habitação. Por outro lado, alguns beduínos possuem um estilo de vida mais sedentário, principalmente na África, onde chegam a praticar agricultura e a criação extensiva de animais. (TODA MATÉRIA, 2015). Figura 1 – Tenda Beduína no deserto Simona - site Flickr Outro exemplo da utilização desta categoria de arquitetura, é em crises na saúde com as construções dos famosos hospitais de campanha (Fig. 2). A figura abaixo é de uma das centenas de tendas erguidas para luta contra Covid-19, no mundo todo onde os hospitais não comportaram a quantidade de pessoas doentes foram erguidas para dar apoio e atender o máximo de pacientes possíveis. Os chamados “hospitais de campanha” se apresentam como uma alternativa e um socorro na ampliação do atendimento à pandemia, Capítulo 2. Revisão da Literatura 18 com o aumento de leitos, de equipamentos e de profissionais, caracterizando-se como mais um equipamento urbano de atenção à saúde, num momento que evidencia as crises sociais, sanitárias e políticas do Brasil. ( FLORES, Ednezer. CAU/RS, 2020) Figura 2 – Hospital de Campanha em Porto Alegre Félix Zucco / Agencia RBS Em 2015 foram montados pelo Exército hospitais de campanha em frente a duas unidades de pronto atendimento, para apoiar no atendimento de pacientes de dengue, zika e chikungunya em Campo Grande, com tendas com cerca de 40 m² acolhendo em torno de 23 leitos (Fig. 3). As tendas foram de suma importância no tratamento de pacientes com dengue, pois os hospitais ficaram superlotados, e com esses espaços extras de atendimento, várias pessoas conseguiram se tratar. A figura 4 abaixo mostra o layout da tenda. Capítulo 2. Revisão da Literatura 19 Figura 3 – Hospital de campanha no combate contra dengue em Campo Grande Autoral 2.2 Arquitetura Modular Com o surgimento de novas tecnologias, a construção civil também teve necessida- des de mudanças, e a arquitetura modular foi uma alternativa eficiente, rápida, mais barata e de boa qualidade e aceitação. A construção modular é um processo industrializado da construção que é realizado Capítulo 2. Revisão da Literatura 20 através da junção de seções ou módulos fabricados em um determinado local e posteri- ormente transferidos e montados na sua obra. São diversos os tipos de materiais usados na construção modular, tais como, madeira, aço, paredes de concreto pré-fabricados, etc. (FUTURENG, 2016). Uma das principais características da arquitetura modular é a versatilidade, além da utilização de espaços pequenos, os projetos podem ser executados mais rapidamente, com um custo menor e atender todos os contextos sociais. Podendo também ser adaptado em qualquer lugar, aproveitando o terreno e a paisagem e proporcionando uma conexão direta com o entorno e se for necessário pode ser transportada de uma área para outra. Com a arquitetura modular é possível obter resultados diversos, tanto no tempo de produção, no custo e na variedade de produtos oferecidos pelas empresas aos seus clientes e serve para diversos usos. Outra estratégia dessa arquitetura é voltada para a questão ambiental pois reduz desperdícios, até porque os painéis modulares vêm prontos com a parte elétrica e hidráulica, podendo até armazenar águas da chuva. E se tiver que aumentar ou retirar algumas partes da construção, a estrutura não fica comprometida. Outras vantagens da arquitetura modular são a redução de resíduos de materiais em canteiros de obra, o que em si é uma grande preocupação arquitetônica, a redução de sobras de materiais, pois na arquitetura modular diminui a chance de perda, e também a segurança dos trabalhadores, pois estarão em um ambiente mais controlados livres de alturas e precariedade, reduzindo a interferência de intempéries climáticas, tais como sol forte ou chuva excessiva. A arquitetura modular pode ser usada para diversos fins, como em projetos de instituições de ensino, quiosques, banheiros, escritórios, lojas e até mesmo para residências. Como já foi colocado esse tipo de construção pode adequar-se a qualquer tipo de situação, principalmente para aproveitar o tempo e espaço. Um exemplo de tecnologia e arquitetura modular é a Wikkelhouse, fabricada pela empresa holandesa Fiction Factory, projetou um módulo de 5m² (fig 4) onde o cliente pode escolher a quantidade de acordo com sua necessidade de espaço. Como mostra a figura 5 a quantidade de módulos é totalmente personalizável de acordo com o pedido do cliente, com a quantidade mínima de 3 módulos. Capítulo 2. Revisão da Literatura 21 Figura 4 – Módulo da Wikkelhouse Fiction Factory Capítulo 2. Revisão da Literatura 22 Figura 5 – Opção de layout da Wikkelhouse Fiction Factory Os módulos são feitor de papelão, É considerada 3 vezes mais eco-eficiente que uma casa construída com o sistema convencional do mesmo tamanho, além disso os materiais podem ser reutilizados pois são 100% recicláveis. (NUNES, Cristiane, 2016). Esta técnica é feita a partir de 90% na utilização do papelão, o que a torna uma construção leve, dispensando fundações e evitando gastos extras. A parede de cada módulo é composta por 24 placas de papelão reciclado, unidos por uma cola ecológica, e coberto com um revestimento à prova de água e painéis de madeira interno que garantem uma vedação adequada, com excelente isolante térmico. (NUNES, Cristiane, 2016). A casa (Fig 6) possui diversas vantagens como: Não precisar de fundação, possui um alto desempenho acústico, um excelente isolamento térmico, é 3 vezes mais ecológica do que uma casa tradicional, pode ter a durabilidade de até 100 anos, os materiais são 100% recicláveis, sua montagem é feita em apenas 1 dia, e a sua versalidade pois a casa pode ser transferidade de local facilmente. Capítulo 2. Revisão da Literatura 23 Figura 6 – Módulo completo da Wikkelhouse Fiction Factory 2.3 Sustentabilidade na Arquitetura A primeira definição de desenvolvimento sustentável foi dita por Brundtland Report em 1987 (BRUNDTLAND, 1987), afirmando que desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer o atendimento às necessidades das gerações futuras. A partir daí ficou cada vez mais recorrente o assunto sustentabilidade, com grandes conferências mundiais sendo realizadas como a Rio’92, Rio+10, Rio+20 e diversas outras onde foram firmados metas internacionais para promover o desenvolvimento sustentável, impacto ambiental e pegada ecológica. No início de 1990 começou a ser comentado sobre uma arquitetura e urbanismo sustentável. Fazendo-se um balanço dos resultados, essas reuniões foram marcadas por disputas ideológicas e econômicas, as ações subseqüentes ficaram aquém das expectativas e muitos problemas ambientais não foram resolvidos. Um importante indicador foi revelado em 1997, quando o Earth Council divulgou que o uso de recursos da humanidadejá superava em 20% a capacidade de suporte global e que o planeta foi sustentável até a década de 80 (MEADOWS, 2004). Segundo ADAM (2001), a construção sustentável é composta por um conjunto de estratégias projetuais que visam a qualidade de vida, proteção dos ecossistemas e a redução do impacto ambiental e do consumo de energia. Outra definição do termo pode ser estabelecida a partir de YUDELSON (2013), a qual considera o termo em concordância com a ideia de “edificação de alto desempenho”, e dessa maneira, tendo uma visão conjunta a Capítulo 2. Revisão da Literatura 24 eficiência energética, define o edifício como sustentável através de considerável diminuição no consumo de água e energia, e ainda, a preocupação parcial com o impacto no ciclo de vida que os materiais de construção ocasiona no meio ambiente. “É a arquitetura que quer criar prédios objetivando o aumento da qualidade de vida do ser humano no ambiente construído e no seu entorno, integrado com as características da vida e do clima locais, consumindo a menor quantidade de energia compatível com o conforto ambiental, para legar um mundo menos poluído para as futuras gerações” (CORBELLA, 2003, p. 19). Para uma arquitetura ser sustentável é preciso observar diversos aspectos, dentre eles, a relação com o entorno, gerenciamento de água, eficiência energética, qualidade interna do ar, conforto acústico, canteiro racional, gestão de resíduos e o atendimento à legislação. A indústria da construção civil provoca impactos ambientais, por ser um grande consumidor de recursos naturais e por contribuir com a geração de resíduos sólidos de construção civil (RCC). A preocupação com desperdícios de materiais, custos, prazos e o meio ambiente tem ganho espaço no modelo de gestão das construtoras que buscam a manutenção de posição competitiva e a sustentabilidade das construções. Nas duas últimas décadas, a indústria da construção civil atentou para significativas mudanças de postura no que se refere a sua relação com o meio ambiente, impulsionando a busca de novos conceitos e soluções técnicas que visem à sustentabilidade de suas atividades (RODRIGUES, 2008). Segundo Figueiró (2009), a alvenaria é considerada como uma etapa da construção responsável pelos maiores índices de desperdício de materiais de uma obra. Souza (2005) traz uma definição clara e objetiva para perdas, que é quando se utiliza uma quantidade de material maior que a necessária. No caso da alvenaria em blocos cerâmicos, têm-se perdas quando se utiliza uma quantidade de blocos superior à necessária, e quando são evitáveis são denominadas de desperdício. Pedaços e sobras de madeira, aço, telhas, tijolos, cimento e areia são exemplos de perdas materiais. Em termos gerais, entulho ou Resíduos de Construção e Demolição (RCD) são os desperdícios na construção civil mais fáceis de detectar. (MOBUSS CONSTRUÇÃO, 2018). Os resíduos da construção e demolição representam mais de 50% da massa de resíduos sólidos urbanos. ( ALBERTIN, VIOTTO ,SANTOS , TABONI , SHOJI. 2018) 2.4 Materiais e Técnicas Construtivas 2.4.1 Materiais As formas de construir vem se modificando ao longo dos tempos, desde o surgimento do homem se tem registros de construções que foram sendo aperfeiçoadas com o passar dos anos. A ideia de se proteger de intempéries, de animais perigosos, ter conforto e um Capítulo 2. Revisão da Literatura 25 lugar para voltar está no DNA do homem desde o seu surgimento. Sendo assim, sabe-se então, que há a necessidade de adaptação e mudança no jeito de morar. (MARCO, Gerson. BALDIM, Luiz. p. 2. 2018) As novas tecnologias construtivas surgem para adaptar as necessidades das pessoas em relação ao estilo de moradia ou até mesmo ao estilo de trabalho. Com a constante mudança da forma de pensar do homem e estilo, essas tecnologias vem a frente para atender as necessidades e trazer novidades ao mundo da construção, que está em constante modificação. Aliado à essas mudanças, os homens estão mudando o jeito de pensar e tendo a consciência de que é preciso proteger o meio ambiente, o lugar em que se vive e utilizar os recursos fornecidos pela natureza causando menor impacto negativo possível. Nesse contexto surge então, as chamadas construções verdes ou ecológicas, ou seja, sustentáveis. (MARCO, Gerson. BALDIM, Luiz. p. 2. 2018) 2.4.2 Bambu O bambu sempre foi muito utilizado em lugares como Japão e China. Há algum tempo, esse material vem ganhando destaque em construções sustentáveis devido ao seu baixo impacto no meio ambiente. Hoje é usado em vários lugares ao redor do mundo. O bambu é um material sustentável e eficiente em termos de energia. É de rápido crescimento, algumas espécies de bambu obtendo alturas de até 25 metros dentro de 5 anos. Ele é leve, sendo apenas necessário 2 homens para carregar, sendo assim, é ótimo para construções manuais. É um recurso natural rapidamente renovável e abundante no planeta, tendo inúmeras finalidades. (UGREEN, 2019). O bambo é bastante utilizado no Brasil em casas para férias, com espaços amplos e com diversas aberturas para ter bastante vendo e luz natural. Pode ser usado para estrutura, vedação, cobertura, tecidos, móveis, decoração. É resistente ao vento por ter uma estrutura oca, e pode ser comparado ao aço no quesito de resistência. 2.4.3 Contêiner Desde o surgimento da humanidade, as formas de viver foram sendo aperfeiçoadas e com o passar dos anos e as mudanças tecnológicas e a preocupação com o meio ambiente surgem a cada dia mais novidades ao mundo da construção civil, o “desenvolvimento sustentável é o que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações de atenderem às suas próprias necessidades” (TAVARES, 2010). Muitos elementos podem ser reaproveitados na arquitetura, e pensando em reduzir os impactos ambientais, um que está tendo bastante aceitação e vantagens é o container, que geralmente são usados para transporte de cargas marítimas, começou sendo usado para escritórios e hoje tornou-se uma opção de moradia. O container, composto de metais não biodegradáveis, tem vida útil de aproximadamente 10 anos, após este período é descartado, gerando lixo nas cidades portuárias (MILANEZE et al., 2012). Capítulo 2. Revisão da Literatura 26 Antes de ser reutilizado na construção civil, o container deve passar por um tra- tamento e neste processo inclui limpeza para descontaminações, serviço de serralheria e funilaria, pintura e o acabamento conforme sua finalidade, e tudo isso pode ser feito em fábrica ou no próprio local, utilizando caminhões com guindastes para transportá-los. Também é necessário realizar o isolamento acústico e térmico, até porque o metal não tem essas propriedades. Se comparado com outros tipos de construções, o uso de container tem um custo baixo, pouco tempo para execução e o cliente conta com um espaço sofisticado e moderno. A criatividade dos arquitetos para elaborar esses projetos está cada vez mais dinâmica, diferente e sustentável. Os containers podem ser empilhados, combinados com vários materiais e qualquer fachada, explorando novos elementos e design, mudando um pouco a ideia de construção tradicional. O container é um tipo de construção prático e versátil, gera o mínimo de resíduos, pode ser ampliado adicionando novos módulos de acordo com a necessidade, se for moradia ou uso comercial, não necessita de fundação, materiais como areia, tijolo, pedra e cimento, sem falar que pode ser reutilizado e levado para outro espaço. Segundo Calory (2015), os contêineres são aplicáveis em várias formas na indús- tria da construção civil, como edificações temporárias ou permanentes, podem se tornar edifícios residenciais ou comerciais, áreas de apoio em canteiros de obra como vestiá- rios, escritórios, administrativos, banheiros entre outros. De acordo com Kotnik (2013), há duas maneiras através das quais as construções em contêiner podem ser estruturadas, dependendo da posição e relação entre as unidades.Os módulos podem ser empilhados uns junto aos outros, sem nenhuma separação; ou podem ser combinados com espaçamento entre eles. Ele ainda diz que os contêineres são compatíveis com uma ampla variedade de materiais que se tem atualmente, o que possibilita a escolha de praticamente qualquer fachada que se queira. Gerando o desafio de quebrar o paradigma da construção convencional e explorar novos parâmetros estéticos e elementos de arquitetura e design. (SOUZA, Camila. ANDRADE, Talita. 2015) 2.4.4 Madeira de Demolição O assunto dos últimos anos é sustentabilidade, devemos nos conscientizar em relação aos problemas ambientais que nos cercam, e na construção civil não é diferente, um material que ganhou bastante destaque e interesse pela reutilização foi a madeira de demolição, que vem conquistando espaço em criativos projetos de arquitetos renomados que prezam pela questão ambiental em seus trabalhos. Com os avanços tecnológicos, todas as madeiras retiradas das obras, passam por um processo de tratamento para ser reutilizadas. A maioria dessas madeiras são nobres, Capítulo 2. Revisão da Literatura 27 tornando assim maior a importância de reutilizá-las, evitando que novas árvores sejam retiradas da natureza e causem ainda mais danos ambientais. Com o tempo a madeira deixa de ressecar e empenar e por isso, as mais velhas são melhores para serem reutilizadas, mas é importante alguns cuidados na hora da escolha, por serem peças antigas podem ter danos, como rachaduras, furos e outros. Algumas empresas vendem esse tipo de material depois de uma seleção e preparação prévia, sendo assim uma aquisição mais segura. Quando todos parecem ter olhos para o novo, a madeira de demolição surge na contrapartida, proveniente de casarões e galpões antigos, encanta pelos vestígios impressos na superfície – riscos, veios profundos, restos de tinta. Percebe-se no mercado a inserção de materiais novos que tentam recriar esses benefícios como a textura, cores e padrões estéticos em geral do material antigo. Entretanto, o conforto ambiental que proporcionam, bem como o aspecto rústico e a versatilidade que agrada a tantos decoradores e arquitetos, dificilmente podem ser recriados. Recuperada de casarões, igrejas ou outras construções antigas que a utilizaram, além da estética, a madeira de demolição agrega valor histórico ao objeto, e algumas peças podem ter até 200 anos de história. Portanto, arquitetos cada vez mais optam pelo material “madeira de demolição” em seus projetos que se tornaram sinônimo de bom gosto e sustentabilidade na construção civil brasileira. ( MAGALHÃES, Luciana. 2019). 2.4.5 Chapas OSB Do inglês “Oriented Strand Board”, a sigla OSB significa painel de tiras de madeiras orientadas. Estes painéis são utilizados na construção civil tanto em situações estrutu- rais quanto não estruturais. As placas OSB apresentam um vasto leque de aplicações possíveis e diversas vantagens com relação a outros sistemas de madeira. Os painéis OSB apresentam grande estabilidade e resistência, são econômicos e de fácil instalação. Além disto, respeitam os conceitos de sustentabilidade e ecoeficiência, pois possuem em sua composição apenas madeiras de reflorestamento e exigem menos energia em sua fabricação do que outros materiais de construção, além de serem 100% recicláveis. (R. Bassani, 2019) O OSB é feito a partir da madeira de reflorestamento, apresentando um menor impacto ambiental, sua confecção se da a partir de tiras de madeira colocadas na mesma direção e prensadas em camadas ( a quantidade de camadas varia de acordo com a espessura desejada da chapa) onde são coladas com resina em alta temperatura e pressão, ficando bastante rígido. O custo em relação à outros derivados de madeira é reduzido, variando em torno de R$111, enquanto um MDF varia a partir de R$150, a chapa de OSB tem um bom isolamento termoacústico além de ser resistente ao fogo, uma de suas desvantagens é não ser a prova d’água, porem pode ser impermeabilizada com alguns produtos. Capítulo 2. Revisão da Literatura 28 Um ponto interessante a destacar no processo de confecção do OSB é que ele garante um elevado rendimento da madeira utilizada como matéria -prima; cerca de 90% do tronco de uma árvore pode ser convertido em OSB. Esse é um dos vários pontos positivos do material. (CAIRES, Ana. 2016) Um projeto famoso feito de OSB é a Casa Chassi (Fig. 7), projetada pelo arquiteto Maurício Lage, onde venceu o prêmio a 4ª edição do antigo Prêmio bim.bon (agora Prêmio Hometeka) de Arquitetura, em 2015. A casa foi erguida em apenas 10 dias e seu projeto é totalmente personalizável de acordo com a necessidade do cliente, seus materiais foram pensados para poderem ser transportados em qualquer lugar do Brasil. A inspiração veio da indústria automobilística e de grandes nomes da arquitetura como Le Corbusier e Jean Prouvé. Como o chassi de um carro, o projeto tem uma estrutura básica feita em módulos, que podem ser escolhidos, personalizados e montados com facilidade. Estes módulos são compostos por peças feitas em indústrias, prontas para se encaixarem umas nas outras. Isso reduz as complicações com mão de obra, entulho e despesas. (Bin Bom, 2015) Figura 7 – Casa Chassi Hometeka Para além da relação do produto da Casa Chassi diretamente com cliente, o sistema estrutural permite outros tipos de possibilidades e escala. Um profissional pode usar o chassi para qualquer solução arquitetônica, um condomínio residencial, clube, etc, pode comprar um módulo de cozinha para instalar um gazebo em suas dependências e um investidor pode encomendar um grande projeto utilizando os módulos. Essa flexibilidade, além da que chamamos programada, amplia a usabilidade do módulo, tornando-o mais viável como produto. Esses novos projetos ainda podem ser incorporados as tipologias pré-estabelecidas, tornando o sistema da casa chassi ainda mais dinâmico. Atento a proposta da plataforma Bimbon, a Capítulo 2. Revisão da Literatura 29 flexibilidade no uso dos componentes permite que o sistema da casa Chassi seja aprimorado sempre que se criar novas parcerias entre o BimBon e fornecedores. Dessa maneira o produto cresce junto com a plataforma, diversificando cada vez mais os projetos pré-estabelecidos. (HORTA, Bernardo. 2015 2.4.6 Light Steel Frame O Light Steel Frame (Construção de Aço Leve) é uma técnica construtiva industria- lizada à base de aço galvanizado, sendo capaz de substituir construções tradicionais de concreto e tijolo. Ela possui uma economia expressiva por conta da redução dos materiais necessários na montagem. Embora o LSF (Light Steel Frame) tenha sido comumente empregado em países como Estados Unidos, Inglaterra, Japão e Austrália há quase 30 anos, foi no início da década de 90 que seu uso foi intensificado com o desenvolvimento da cadeia produtiva, preços mais competitivos e formação de associações (Trebilcock, 1994). 2.5 Contexto Histórico Em 2020 o mundo todo sofreu mudanças drásticas por conta da pandemia do COVID-19, foram empresas falindo, outras alavancando, o trabalho à distância, mudança no mercado de consumo e a alta taxa de desemprego, principalmente no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 11 de março de 2020, a existência de pandemia denominada COVID-19 na qual o vírus rapidamente se disseminou pelo mundo, com impactos significativos na saúde pública, economia e mercado de trabalho. Sendo um evento crítico, expõe ainda mais a desigualdade, sofrimento e injustiça, desenhando novas políticas de coexistência (KECK, 2019; PIMENTA, 2019). A pandemia atinge com maior intensidade a população que vive na informalidade e reside em áreas precárias, ou seja, que têm rendimentos baixos e irregulares, sem acesso à água potável, moradia digna, sistemas privados de saúde e sistema de proteção social vinculado à carteira de trabalho assinada, como férias, salário mínimo, 13.º salário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) licença-maternidade, licença médica eseguro-desemprego (COSTA, Simone. p.971 2020). Uma das consequências da pandemia é o aumento do desemprego e, portanto, a elevação da informalização do trabalho, dos terceirizados, dos subcontratados, dos flexibilizados, dos trabalhadores em tempo parcial e do subproletariado (COSTA, Simone. p.972 2020). Tendo em vista a nova realidade de vida e trabalho, parte dos brasileiros decidiram empreender durante a pandemia para garantir o sustento de suas famílias ou como uma fonte de renda extra. O Brasil caminha, em 2020, para registrar o maior número de empreendedores de sua história. Não exatamente por vocação, mas principalmente por necessidade. Nos nove Capítulo 2. Revisão da Literatura 30 primeiros meses deste ano, o número de microempreendedores individuais (MEIs) no país cresceu 14,8%, na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 10,9 milhões de registros (VILELA, Pedro. 2020). Por conta da crise gerada pelo novo coronavírus, de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostrou que 25% da população adulta estarão envolvidos até final do ano de 2020 com a abertura de novos negócios ou com uma empresa com duração de até 3,5 anos. Supõe-se que pela população mais afetada ser a de baixa renda, esses novos empreendedores são possuem um grande capital inicial para investimento nos novos negócios. 31 3 Precedentes 3.1 Sede Zanettini Figura 8 – Sede Zanettini - SP Zanettini Arquitetura O arquiteto e professor Siegbert Zanettini projetou em estruturas de aço seu atelier, levando cerca de 6 meses de trabalho. O projeto (Fig. 8) é marcado pela versatilidade de um espaço que abriga simultaneamente o escritório de arquitetura com suas demandas por arquivo, biblioteca, apoio de produção de maquetes, fotos e a condição de show-room de pisos e revestimentos. A opção pelo sistema industrial com aço proporcionou uma economia de tempo avaliada pelo arquiteto em cerca de 6 a 7 meses, o que em era de inflação galopante - e mesmo fora dela - representa uma redução brutal de custos. (ZANETTINI Arquitetura, 1987). Espaço em constante mutação, funcionando ainda como “show-room” de técnicas, sistemas de montagens e de materiais, foi concebido utilizando elementos intercambiáveis, a partir dos quais, pode ser alterado não só o espaço original como também pode ser substituída a grande maioria dos componentes utilizados: desde a estrutura formada de perfis de aço “I” seccionadas junto aos nós e a eles aparafusados, passando pelas vedações externas, neste caso, utilizando painéis “WALL” compostos de duas chapas de fibrocimento que encapam o sarrafeamento interno de madeira de 5,5cm de espessura, com dimensões de 1,20x2,50 e encaxilhadas em perfis de aço galvanizado e que acompanham toda a modulação de 1,25cm da estrutura, pintados externamente nas cores branca, cinza e vermelho e envernizados internamente. (ZANETTINI Arquitetura, 1987). Estruturalmente, o edifício é formado por duas grandes treliças laterais, enquanto as lajes, feitas em duas etapas, dão contraventamento e amarração ao edifício. “Obras como essa são diretas, mostram a estrutura como ela é, revelam as vedações, as instalações. Daí a necessidade de um planejamento impecável, já que o disfarce se torna impossível”. Como Capítulo 3. Precedentes 32 as lajes são responsáveis pela estabilidade do edifício, o arquiteto descreve o processo: “as transversais metálicas são apoiadas primeiro sobre uma pré-laje de concreto do tipo “tangran” que serve de fôrma e se apoia sobre o travejamento metálico. Por cima, funde-se uma capa de concreto e o conjunto se solidariza com a viga “I” suporte, formando um ‘T’ estrutural, cujo sistema dá a estabilidade final á obra. (ZANETTINI Arquitetura, 1987). A montagem da obra foi feita através de parafusamento, economizando tempo comparado às sondagens, dessa forma, todas as peças foram produzidas na indústria. Depois de pronta, ela foi desmontada e remontada no local do terreno, e o mais interessante dessa arquitetura é sua versalidade, podendo “mudar de endereço”, já que o atelier pode ser erguido em outro local com sua estrutura de aço (Fig 9) Figura 9 – Estrutura de Sede Zanettini - SP Zanettini Arquitetura Quatro pilotis em “V” constituem parte das treliças. No segundo andar, o projeto previu a criação de um mezanino para o qual foi deixado o vigamento resultando daí o efeito de pergolado. “A idéia é criar um espaço em mutação, afirma Zanettini. E o aço se presta perfeitamente a projetos integrados, já que se trabalha com perfis intercambiaveis a partir dos quais se altera inclusive o sistema de ilumina- ção através de parafusos de pressão ou ganchos”, explica. Essa versatilidade proporcionou ao arquiteto a instalação de um espaço original pelas funções e acabamentos. O escritório funciona como um “show-room de materiais e além da exposição se presta a testar a resistência e durabilidade dos componentes pelo uso real a que estão submetidos.(ZANETTINI Arquitetura, 1987). Capítulo 3. Precedentes 33 3.2 Workshop in the City O escritório de arquitetura Romero Silva Arquitetos projetou em 2015 no Chile, na cidade de Las Condes, um módulo que um escritório la laje da casa (Fig.10). Ele possui um total de 11m² e é feito de metal e madeira de pinho seco. A obra durou cerca de um mês para ficar pronta, e seu interior é todo revestido de quadro negro, para que o estudante possa escrever. Figura 10 – Ateliê na Cidade - Romero Silva Arquitectos Bruno Gilberto Este projeto explora as diferentes possibilidades e repercussões do desenvolvimento de um novo espaço, que neste caso é um dispositivo arquitetônico que não só atende a uma necessidade - uma oficina para um estudante de arquitetura - mas também modifica a imagem de um espaço com pouco interesse arquitetônico: a cobertura de um quarto de serviço. ( Romero Silva Arquitetos, 2015). Para este projeto, as decisões de design foram restringidas pela necessidade de desenvolver um interior de quadro negro (Fig 11), ou uma superfície que pudesse ser gravada completamente e seria feita de ardósia de fórmica, incluindo as paredes e portas de móveis. As decisões de construção foram restringidas por materiais e padrões de mercado. ( Romero Silva Arquitetos, 2015). Capítulo 3. Precedentes 34 Figura 11 – Interior do Ateliê - Romero Silva Arquitectos Bruno Gilberto Capítulo 3. Precedentes 35 Trabalhar no topo de uma casa totalmente operacional durante a construção do pro- jeto nos fez usar apenas o telhado plano existente para garantir que não fossem necessárias obras de demolição ou outra intervenção na casa. Também garantiu vistas interessantes do workshop. Permitiu-se apenas um mês de construção, portanto todas as decisões estavam associadas às operações de construção a seco, acelerando consideravelmente o processo, junto com o trabalho com modulações de compensado estrutural para minimizar a perda de material e diminuir a quantidade de trabalho a ser feito no local. O piso é feito de metal e todo o resto de madeira de pinho seca cortada em grandes seções de um padrão comercial. ( Romero Silva Arquitetos, 2015). O ambiente projetado pode ser adaptado em outros lugares com tamanhos diferentes, no teto possui uma abertura zenital para iluminação natural e é uma obra com o espaço funcional. Pela falta de espaço no terreno da casa a solução foi montá-la na laje ( Fig. 12), aproveitando um lugar que antes não era utilizado. Capítulo 3. Precedentes 36 Figura 12 – Ateliê sob a laje - Romero Silva Arquitectos Bruno Gilberto Capítulo 3. Precedentes 37 3.3 Loja Garimpê A loja de produtos infantis Garimpê (Fig. 13) feita de contêiner e com marcenaria de compensado naval fica localizada em São Francisco - MG, Brasil. Foi projetada pelo escritório Numa arquitetos em 2016, e possui um total de 28m² Figura 13 – Loja Garimpê - Numa Arquitetos Cortesia de Numa Arquitetos Por se tratar da primeira loja física da marca, os arquitetos tinham a responsabili-dade de criar identidade e buscar uma solução expositora, que tornasse possível o recebimento da grande diversidade de produtos que ali seriam ofertados. Sendo assim, determinou-se a liberação de um eixo central de circulação e contemplação dos produtos que ficariam expostos nas duas paredes laterais de maior dimensão. De um lado, uma faixa de mobiliário com profundidade de 30 centímetros para exposição e depósito - uma vez que não havia espaço para estoque de produtos. Do outro, um sistema de painel perfurado que possibilita a modificação de posi- ção e quantidade das prateleiras e nichos expositores. O painel perfurado é um sistema aberto, tornando possível a criação de diversas formas de expor. (NUMA Arquitetos, 2016) Pensando na experiência de todos os usuários, uma faixa inferior de 40 centímetros, de cor semelhante a do piso cinza, delimita a escala das crianças, que normalmente visitam a loja acompanhadas dos pais. Dentro dessa faixa horizontal, seis módulos retangulares e dois módulos de escada são movidos para transformar o espaço, podendo servir de espaço recreativo com brinquedos para entretenimento das crianças ou nichos expositores, Capítulo 3. Precedentes 38 dependendo da sua disposição (Fig. 14). Essa dinâmica proporciona um maior número de experiências para todos os usuários da loja: a lojista, que modifica o espaço de acordo com a necessidade de exposição; os pais, que percebem a mudança espacial cada vez que a visitam; as crianças, que tem um universo lúdico ao seu alcance.(NUMA Arquitetos, 2016) Capítulo 3. Precedentes 39 Figura 14 – Interior da Loja Garimpê - Numa Arquitetos Cortesia de Numa Arquitetos Capítulo 3. Precedentes 40 O compensado naval é o material mais presente no projeto e foi escolhido por seu aspecto natural. Desde o puxador até a luminária, todo o mobiliário teve de ser detalhado já no desenho – em sua maioria com sistemas de encaixe com a própria madeira – pois seriam cortados em uma Router CNC e montados no local por mão de obra não especializada e com poucas ferramentas. A pré-fabricação e o sistema de encaixes tornaram possível a montagem da marcenaria em apenas 5 dias – categoria essa que corresponde a quase todo o projeto, com exceção do forro e do piso.O envolvimento de poucos agentes e a eliminação de sistemas e ferragens complexas tornou possível a execução da obra dentro do orçamento disponível.(NUMA Arquitetos, 2016) 41 4 Proposta A proposta de projeto consiste na construção de um módulo feito de estrutura de aço e chapas de OSB, com as dimensões variando de acordo com a necessidade de cada pessoa. Os materiais forem escolhidos levando em conta as vantagens e custo benefício a fim de baratear o valor do módulo. O bambu não foi escolhido, apesar de ser um material viável, mas por questões estéticas, levando em consideração que o módulo atenderá diversos tipos de público e a arquitetura com bambu possui um estilo bem específico que é mais difícil de agradar um público grande. O contêiner apesar de ser esteticamente mais “aceito” ainda possui um custo mais elevado em algumas regiões, onde seu transporte e tratamento podem inviabilizar alguns projetos. Já a madeira de demolição, mesmo sendo uma alternativa bem sustentável por reutilizar a madeira, possuí um custo elevado em comparação a outros materiais para vedação do módulo, podendo encarecer bastante seu valor. 4.1 Estudo de Caso O local escolhido para o estudo da pesquisa foi a casa de um autônomo que precisou fechar as portas de seu comércio por conta da pandemia. O terreno fica localizado no Bairro Indubrasil, Rua Indaiatuba, 13 em Campo Grande - MS (Fig. 15) Capítulo 4. Proposta 42 Figura 15 – Mapa da Localização do terreno Autoral Antes da pandemia o local era uma conveniência, mas por questões de saúde para prevenção do COVID-19 ela foi fechada, e para reabrir as portas será necessário um alto investimento em reforma, pois, o salão está com problemas estruturais, e por questões estéticas e de conforto precisará trocar o piso, pintar as paredes, melhorar a iluminação e comprar novo mobiliário. Por estar desempregado, o autônomo não possui capital inicial para reformar todo estabelecimento para conseguir reabrir, por isso é interessante a proposta do módulo. Por conta de toda essa situação será proposto a construção do módulo na área externa do terreno, onde será feito um espaço com estrutura para armazenar os produtos da conveniência, e, ao mesmo tempo, poder atender os clientes. O módulo ficará localizado entre as duas árvores de 7 Copas existentes (Fig. 16). Capítulo 4. Proposta 43 Figura 16 – Volumetria do Módulo Autoral 4.2 Materiais Utilizados Os materiais escolhidos foram a estrutura de Steel Frame, fechamanto com isola- mento termoacústico e chapas de OSB, cobertura em telha sanduíche, forro em PVC, piso vinílico ( pois pode ser reaproveitado, - desmontado e montado junto com o módulo), janela de enrolar para o atendimento e porta de alumínio. 4.3 Estrutura A estrutura escolhida foi de Steel frame, pois é um mateiral leve, de fácil montagem, que pode ser desmontado ou transferido para outro local, e pela metragem quadrada não necessitará de fundação 4.4 Layout Planta baixa e detalhamento dos módulo 4.5 Instalações Elétricas e Hidrossanitárias Como o módulo foi pensado para diversos tipos de uso, temos várias opção para suas instalações, sendo elas mais baratas, mais rápidas, ou para deixar o módulo mais “independente” de instalações fixas, tudo vai depender do objetivo de uso, e o orçamento disónível. Capítulo 4. Proposta 44 4.5.1 Elétrica Para a parte elétrica, temos a opção de puxar um ponto de energia para o módulo, pois o quadro de distribuição é localizado bem atrás do módulo, mas caso o módulo fosse ser independente, colocaríamos placas solares com bateria para o armazenamento de energia. 4.5.2 Hidrossanitária Para a parte hidrossanitário temos duas propostas, a de um projeto que está sendo desenvolvido de um vaso sanitário chamado VASSA, que funciona a partir de um sistema semelhando á de um midro ondas, ou um vaso sanitário semelhante há de banheiros químicos, para nao precisar de instalações de esgoto, deixando o módulo menos “fixo” possível no local. Para a parte de água, foi escolhida uma caixa d’água vertical com um pressurizador para bombear a água para o módulo. a pessoa tem a opção de lugar um ponto de água, ou então encher por fora a caixa para não ter uma ligação fixa. 4.6 Instalação Para a instalação foi feito um manual de montagem 4.7 Desinstalação Para sua remoção do local, o módulo pode ser desmontado e remontado em outro lugar, ou removido através de um guincho, e transportado por inteiro. 4.8 Orçamento valor de todo mateiral utilizado, um com pontos fixos de água e esgoto, e outro com o módulo autossuficiente 4.9 Vantagens e Desvantagens 4.10 Variações de Uso Diferentes layouts para o módulo 45 5 Considerações Finais A pandemia do coronavírus causou grande impacto na vida de todos. Varias pes- soas tiveram que se adaptar a novas realidades de trabalho. Este projeto visou analisar exemplos já realizados, estudar diversos materiais e definir os principais desafios na im- plementação de arquitetura efêmera com utilização de arquitetura modular como forma de atender uma crescente demanda por espaços eficientes, ecologicamente sustentáveis e passiveis de modificação espacial e temporal. Vários projetos executados foram apresen- tados como exemplos de inspiração e materiais diversos foram discutidos. Um projeto de execução para o estudo foi proposto bem como foram definidos os principais desafios de sua implementação. Por fim, este trabalho se insere na perspectiva de adaptação que a arquitetura e construção civil vem passando nos ultimos anos, tanto em termos ambientais quanto socioeconômicos. O crescimento das cidades requer estruturas mais eficientes e a vasta utilização de recursos não renováveis aumenta a necessidade de propostas ecologicamenteviáveis. O projeto, visa permitir a construção de ambientes que atendam as demandas de tempo e espaço, de forma sustentável, eficiente e de baixo custo,. 46 6 Referências Bibliográficas G1 ECONOMIA: Desemprego diante da pandemia bate recorde no Brasil em setembro, aponta IBGE. Rio de Janeiro, 23 out. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/n oticia/2020/10/23/no-de-desempregados-diante-da-pandemia-aumentou-em-34-milhoes-em -cinco-meses-aponta-ibge.ghtml. Acesso em: 03 mar. 2021. R7 TRABALHISTA: ovid-19: Brasil completa 1 ano de pandemia com empresas fecha- das e desemprego em alta. São Paulo, 01 mar. 2021. Disponível em: https://www.contabeis. com.br/noticias/46234/covid-19-brasil-completa-1-ano-de-pandemia-com-empresas-fechad as-e-desemprego-em-alta/. Acesso em: 03 mar. 2021. AGENCIA BRASIL: Home office foi adotado por 46% das empresas durante a pandemia. São Paulo, 28 jul. 2020. 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Referências Consultadas 49 0585991/DISSERTACAO_ArquiteturaTecnologiaSistemas20190913-45234-15i2uy9-with-c over-page-v2.pdf?Expires=1635296542&Signature=Ckq7jdvYD33ypj6ShWaNmcgsnIn3rW75COdPfHFg0XatIbbooNot∼ZufVQDhwLXBJKg- NsPDwmksRPSUGGgeMpnO4Ui6bUaQetRv∼DJEl-9WOnxF-K4PgsvH8GSEdRmQpC1x5u4X0AFNhIUOJJdevaRQpRxCyQ0Axukz4d0XPvmJsR2PcBnTqMridXGGHfIlSKBduhjT9-Y∼zm7BSp∼OoNIONVOc5eGwrLZG7cDJfnw2yEBqr6QcQNJHQmJ1fnqJftNg∼zo08NqaJl3N6KWXlwVOEkUJoW6tPAq4mlT1J∼gwFj6MiXFeBYLz4b9EA9SrOtYmv1QwD11UZQBsxbLEMA__&Key- Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA. Acesso em: 26 out. 2021. Anexos Capítulo 7. Referências Consultadas 51 PESQUISA SOBRE DESEMPREGO E EMPREENDEDORISMO DURANTE A PANDEMIA Questionário Online com 90 entrevistados 1. Você ficou desempregado durante a pandemia? Em média 27,50% das pessoas ficaram desempregadas ou perderam sua principal fonte de renda durante à pandemia. 2. Você abriu/começou um novo negócio na pandemia ? 25% dos entrevistados responderam que sim. 3. Você esta trabalhando ou ja trabalhou em Home Office durante a pandemia ? 25,54% responderam que estão apenas em Home Office, 56,41% estão trabalhando de forma híbrida, e 17,95% estão trabalhando presencialmente. 4. Caso tenha aberto um novo negócio ou trabalhe em Home Office, você possui um local adequado para isso em sua casa ? 60,63% responderam que não possuem um local adequado. 5. Caso não tenha um local adequado para trabalhar em casa, o que seria necessário para isso ? (Ex: um escritório, uma cozinha, local para gravações) Houveram diversas respostas, as que mais se repetiram foram: escritório, local para grava- ções, atelier, cozinha. Folha de rosto Folha de aprovação Dedicatória DEDICATÓRIA Agradecimentos AGRADECIMENTOS Epígrafe Resumo Abstract Lista de ilustrações Lista de abreviaturas e siglas Sumário Introdução Justificativa Objetivo Geral Objetivo Específico Procedimentos Metodológicos Revisão da Literatura Arquitetura Efêmera Arquitetura Modular Sustentabilidade na Arquitetura Materiais e Técnicas Construtivas Materiais Bambu Contêiner Madeira de Demolição Chapas OSB Light Steel Frame Contexto Histórico Precedentes Sede Zanettini Workshop in the City Loja Garimpê Proposta Estudo de Caso Materiais Utilizados Estrutura Layout Instalações Elétricas e Hidrossanitárias Elétrica Hidrossanitária Instalação Desinstalação Orçamento Vantagens e Desvantagens Variações de Uso Considerações Finais Referências Bibliográficas Referências Consultadas Anexos
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