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1 Natasha Ferreira ATM25 Obesidade e Síndrome metabólica OBESIDADE índice de massa corpórea maior ou igual a 30kg/m2 Importância patológica • Doença metabólica crônica de difícil tratamento • Prevalência crescente ao longo dos anos • Aumento significativo de morbidade e mortalidade (diretamente proporcional ao IMC) • Mais de 2/3 dos obesos tem doenças cardiovasculares • A obesidade cresce mais entre adultos de 25 a 34 anos e é a mais prevalente na população de baixa escolaridade, tendo um crescimento de 84% Obesidade infantil • Nova classificação CDC (infantil): curva de crescimento • Avaliado dos 5 aos 19 anos • Obesidade grave: − Grau I (≥p94) − Grau II (≥120% do p95) • SBP 2012: 4 de 5 crianças obesas continuarão obesas na vida adulta CAUSAS E FATORES CONTRIBUINTES A obesidade não tem uma causa específica, mas sim um conjunto destas e fatores contribuintes Fatores Endógenos • Fatores genéticos (ex. Síndrome de Prader Willis) • Idade materna avançada • Epigenética • Perfil familiar • Endocrinopatias Fatores Exógenos • Fatores ambientais • Sedentarismo • Transição nutricional (consumo de alimentos, processados com alta densidade calórica, consumo excessivo de sódio) • Estilo de vida, trabalho e estresse • Privação do sono e insônia • Medicações (relacionadas com o ganho de peso, como uso de corticoides, anti- psicótico) • Fatores psicóticos (depressão, ansiedade...) • Nível socioeconômico e educacional • Cirurgias do hipotálamo (o qual tem papel fundamental na homeostase energética CONTROLE NEUROENDÓCRINO Mecanismos que regulam o apetite e gasto energético HIPOTÁLAMO Controle da homeostase energética, sob influencia de sinais periféricos metabólicos e endócrinos (oriundos do TGI, tec. Adiposo, hormônios) Porção lateral – Via orexígena • Responsável pela expressão de neuropeptideos Y e proteína relacionada com o Agouti (AgRP) estimulam o consumo energético e diminuição do gasto energético Via de conservação da energia corporal Porção medial – Via anorexígena • Produz pró-opiomelanocortina (POMC), alfa MSH e transcrito regulado por cocaína 2 Natasha Ferreira ATM25 e anfetamina (CART) inibe apetite e aumenta o gasto energético (+ disposição para atividades) SINALIZADORES PERIFÉRICOS Oriundos do TGI, do tec. adiposo e pâncreas Ghrelina Hormônio secretado pelo estômago em resposta à ausência de alimento no TGI. (elevado em jejum) Estimula a via orexígena, favorecendo a expressão de NPY e AgRP. Colecistoquinina (CKK) - Peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1) São secretados à medida em que o alimento entra em contato com o TGI. Estimulam vias anorexígenas, promovendo saciedade. Obs: Há a classe de medicamento análogos do receptor GLP1, para tratamento de DM Leptina É produzida pelo tecido adiposo Obs: Quanto mais tecido adiposo, maior tende a ser a secreção de leptina. Efeito anorexígeno. Pacientes com obesidade podem ter níveis elevados de leptinas, mas com quadro de resistência à ação da leptina. Acredita-se que esse seja um A dosagem de leptina só é solicitada com suspeita de doença monogênica Obs: As diferentes medicações vão atuar em diferentes vias do controle hipotalâmico do gasto energético e da ingestão de alimentos. 3 Natasha Ferreira ATM25 COMPLICAÇÕES DA OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA COMPLICAÇÕES • Distúrbios do SR (SOP, hipogonadismo, hipogonadotrofismo) • Doença osteoarticular (osteoartrose em joelho e quadril, osteoartite de mãos – relacionada a inflamação -) • Distúrbio SResp. (asma, apneia obstrutiva do sono) • Distúrbios gastrointestinais (DRGE, esofagite erosiva, colelitíase, doença hepática gordurosa não alcoólica) • Neoplasias (mama, endométrio, esôfago, carcinoma colorretal) • Transtornos psicossociais (baixa autoestima, depressão, ansiedade) DESORDENS METABÓLICAS • Diabetes tipo 2 • Dislipidemia • HAS • Infarto • Doenças cardiovasculares (Insf. Cardíaca, infarto) • Doenças cerebrovasculares (AVC isquêmico, Estenose carotídea) SÍNDROME METABÓLICA Conjunto de fatores de risco que, juntos, conferem aumento de doenças cardiovasculares e DM2 Prevalência nos adultos de 20-25% Critérios diagnósticos: pelo menos 3 (propostos pela IDF) Triglicerídeos ≥ 150mg/dl ou tratamento específico com medicação para diminuir os níveis de triglicerídeos HDL (colesterol) ≤ 40mg/dl (homens) ou ≤ 50mg/dl (mulheres) ou tratamento específico para dislipidemia PA sistólica ≥ 130mmHg ou PA diastólica ≥ 85mmHg ou tratamento específico para hipertensão Glicemia ≥ 100mg/dl ou tratamento específico c/ medicação hipoglicemiante Circunferência abdominal ≥ 94cm (homens) ou ≥ 80cm (mulheres) – varia conforme a referência e também com etnia Segundo o NCEP ATP III, os valores de circunferência abdominal são >= 102 cm para homens e 88 cm para mulheres. AVALIAÇÃO DO PACIENTE OBESO ANAMNESE DIRIGIDA Início Se for mais na infância temos que pensar em um componente genético Obs: obesidade de menor tempo tem mais chance de uma boa resposta ao tratamento Fatores desencadeantes e agravantes • Uso de medicações • Distúrbios psiquiátricos • Gestação • Relacionamento • Situações de estresse Padrão alimentar Pode direcionar ao tipo de tratamento Ex: paciente com perfagia prandial responde melhor ao uso de acetógenos Pacientes com comer emocional ou beliscador responde melhor a estratégia cognitiva, com antidepressivos Atividade Física e exercícios Atividade física é todo e qualquer movimento que o paciente faça sem ser o exercício programado, orientado. 4 Natasha Ferreira ATM25 Quanto menor o nível de atividade física, menor o gasto energético, maior a chance de complicações. Histórico de tratamentos prévios Contexto socio-econômico e rede familiar Comorbidades associadas e complicações relacionadas EXAME FÍSICO (COMPLE TO) Importante lembrar: Peso, altura, IMC Circunferência abdominal (linha média entre crista ilíaca e rebordo costal, ao final da expiração profunda) • Marcador de obesidade centrípeta é um dos componentes da síndrome metabólica. Padrão de distribuição de gordura corporal, existência de estrias Ectoscopia • Estigmas de resistência insulínica: acantose nigricans, acrocórdons (lesões pediculadas) • Estigma de causas secundarias a obesidade (ex: síndrome de Cushing) • Afecções dermatológicas (ex: infecções fúngicas em dobras cutâneas) Alterações circulatórias em mmii e osteoarticulares CLASSIFICAÇÃO DA OBESIDADE > 18 ANOS (SEGUINDO VALORES DE IMC) IMC CLASSIFICAÇÃO GRAU < 18,5 Baixo peso - 18,5 – 24,9 Peso normal - 25 – 29,9 Sobrepeso - 30 – 34,9 Obesidade 1 35 – 39,9 Obesidade 2 ≥ 40 Obesidade grave 3 ≥ 50 Obesidade grave 3 Obs: IMC > 50 - superobeso AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR Exames laboratoriais • Rastreio de diabetes (glicose de jejum, hemoglobina glicada, teste de tolerância a glicose com 75g) • Perfil lipídico • Transaminases (identificar alterações de marcadores hepáticos) • Provas de função tireoidiana − Disfunções da tireoide são prevalentes e contribuem pela diminuição do metabolismo basal − Dor muscular menos atv. física, retenção hídrica Exames de imagem • Ultrassom de abdome superior (avaliação de esteatose hepática, colelitíase) • Outros conforme necessidade (ex: ecocardiograma, ultrassom de tireoide, etc) TRATAMENTOS Objetivo: diminuir o risco de complicações relacionadas e da mortalidade Perda de peso de 5% inicial já é capaz de promover benefícios a saúde 5 Natasha Ferreira ATM25 Obs: Muitas vezes não dá para normalizar o IMC, mas dá para diminuir esses riscos. Manejo multidisciplinar: nutricionista,educador físico, psicólogo, médico Tratamento se baseia em 3 pilares: • Mudança do estilo de vida – independente do grau de obesidade • Terapia farmacológica • Tratamento cirúrgico Mudança de estilo de vida Com a intervenção comportamental (Dieta + atv. Física + terapia comportamental) a redução de peso corporal (5-10%) pode ser obtida em 16-26 semanas Qualquer dieta com redução do aporte energético, independente da composição de macronutrientes, terá resultado associada a tratamento comportamental Atv. Física isolada tem pouco impacto na redução de peso, porém é de grande importância na condição de saúde (prevenção de outras comorbidades) e qualidade de vida, e na manutenção do emagrecimento a longo prazo Obs: o reganho de peso e muito frequente em qualquer tratamento, mas as sessões de manutenção (quinzenais ou mensais) podem dar bom resultado. TRATAMENTO COMPORTAMENTAL Tem como componentes: DIETA (tratamento nutricional) Dieta sustentável, que possa seguir a longo prazo, focando em reeducação alimentar e considerando as preferências alimentares, necessidades e condições financeiras do paciente Obs: Dietas restritivas têm menor probabilidade de sucesso a longo prazo. Todas as dietas podem promover perda de peso, independente da distribuição dos macronutrientes, desde que propiciem déficit calórico Para determinarmos a quantidade de calorias na dieta precisamos saber o quanto de calorias gastamos (cálculos do gasto energético total) Gasto energético total: Parte deste gasto advém da taxa metabólica basal (o quanto gastamos de cal. em repouso, realizando funções vitais) Como fazer o cálculo? (tabela) 6 Natasha Ferreira ATM25 Ideal para emagrecer: Que o cálculo da dieta tenha um déficit calórico de 500 a 1000 kcal/dia. Ou se o consumo energético do paciente for muito grande, já basta que ele reduza 500 a 1000 kcal/dia, mesmo que o balanço não fique negativo. AUTO MONITORAMENTO Controle sobre as calorias, os nutrientes Ajuda a evidenciar horários, situações e motivos do consumo excessivo, fatores desencadeantes e sentimentos Fazer diário alimentar para monitoramento CONTROLE DE ESTÍMULOS Planejamento de compras no supermercado Reduzir exposição a determinados alimentos Restringir exposição de alimentos na cozinha de casa Servir apenas a porção de comida suficiente e guardar o restante Não comer em frente à TV, computador, celular Escovar os dentes logo após a refeição ESTABELECER METAS E RESOLVER PROBLEMAS Revisão de metas junto ao profissional e análise das dificuldades Prevenção de recaídas (evitar sensações de “tudo ou nada”) ATIVIDADE FÍSICA Se for regular é capaz de melhorar os parâmetros metabólicos de PA, lipídeos, glicemia, insulinemia e redução de gordura visceral No mínimo 150min por semana TERAPIA FARMACOLÓGICA Facilita e aumenta a adesão à dieta, propiciando perda ponderal maior e mais duradoura. Indicações: • IMC ≥ 30Kg/m² • IMC 27-29,9 Kg/m² + comorbidades relacionadas a obesidade • Falha nas medidas não farmacológicas durante 6 meses Deve ter: • Eficácia • Perfil de ação relacionado com a fisiopatologia • Boa tolerabilidade • Segurança a longo prazo • Viabilidade econômica a médio/longo prazo • Impacto positivo nas comorbidades Obs: Medicamentos com ação serotoninérgica, como antidepressivos, podem inibir vias orexígenas. Topiramato e Bupropiona: Podem causar diminuição do apetite por outros mecanismos, mas também relacionados à interferência hipotalâmica. Medicamentos aprovados no Brasil Válido lembrar que não há medicamentos disponibilizados pelo SUS! SIBUTRAMINA Age aumentando a saciedade e diminuindo o apetite • Bloqueio da receptação de noradrenalina e serotonina • Efeito: saciedade e redução da ingestão alimentar • Perfil de risco benefício: sem estudos além de 2 anos de uso • Não prolongar uso em não respondedores 7 Natasha Ferreira ATM25 Dose: 10-15mg/dia (receituário B2) (vai aumentando a dose) Efeitos adversos: • Aumento da PA (0,1 mmHg) e FC (4,1 bpm) • Boca seca, cefaleia, insônia, náuseas, taquicardia • Droga proibida na Europa: aumentou desfechos CV em pacientes de alto risco Obs: Atualmente, é necessário termo de consentimento, receita especial controlada: para evitar que pacientes que não possam usar a medicação acabem usando Contraindicações: + slides aula • Gestação • ▪ DAC • HAS descompensada (PA>140 X 95) • DM2 e pelo menos 1 fator de risco adicional. • Pessoa com > 65 anos ou < 18 anos • Histórico de transtorno alimentar • Uso de outras medicações de ação central ORLISTATE • Inibe a absorção de gordura (bloqueando a ingestão das calorias associadas ao consumo de gordura) • Análogo da lipstatina: potente inibidor de lipases pancreáticas − Aumento em até 30% da excreção fecal de gordura – dose dependente • Droga sem atividade sistêmica − <1% absorvida (droga segura) • Deficiência de vit lipossolúveis a longo prazo − Considerar polivitamínicos, conforme tempo de uso • Considerações − Interações medicamentosas: Varfarina, amiodarona, ciclosporina − Levotiroxina: administrar com 4 hs de diferença Essa medicação NÃO tem mecanismo de ação central que interfira na saciedade, no controle hipotalâmico do gasto energético Obs: Melhora de níveis pressóricos, perfil lipídico e controle de DM2 Dose: 60 a 120 mg, 2 vezes ao dia (ou em todas as refeições do paciente, sobretudo nas com maior aporte de gordura). Efeitos adversos: • Dor abdominal, diarreia, flatulência, hepatotoxicidade, nefropatia por oxalato Contraindicações: • Gravidez e amamentação • Pacientes com síndromes desabsortivas ou com quadro de colestase LIRAGLUTIDA • Análogo do peptídeo semelhante ao Glucagon-1 (GLP-1) − Efeitos centrais: Aumento da saciedade e diminuição do apetite. • Ação hipotalâmica − Neurônios envolvidos no balanço energético e centros de prazer e recompensa − Redução do tempo de esvaziamento gástrico (lentificação), o que ajuda na sensação de saciedade • Redução de peso, pré-diabetes e PA 8 Natasha Ferreira ATM25 • Essa medicação, além de promover melhora do controle glicêmico, protege contra eventos cardiovasculares em pacientes com DM2, na dose de 1,8 mg/dia Dose: Iniciar com 0,6 mg/dia, injetável (via subcutânea). Ajustes semanais até 3 mg/dia, se necessário e bem tolerado. • Usado em doses de 0,6/1,2/1,8mg Efeitos adversos: • Náuseas e vômitos (transitório) • Reação local • Pancreatite • Tumores de células C de tireoide Obs: Se o paciente tem efeitos colaterais e eles são toleráveis, insistimos no uso da medicação – já que os efeitos tendem a melhorar ao longo do tempo. Contraindicações: • Gravidez e amamentação • História pessoal ou familiar de câncer medular de tireoide e MEN-2 (neoplasia endócrina múltipla tipo 2) • Pancreatite • TFG < 45 mL/min. Além de ser muito caro Obs: É também usado como tratamento específico para DM2. Medicamentos Off-label no Brasil TOPIRAMATO / FENTERMINA • Efeito inibitório sobre a receptação de glutamato (canais dependentes de Ca e Na), receptores GABA, inibidor fraco da anidrase carbônica. • É um anticonvulsivante Nos EUA: combinação com Fentermina Dose: 50-300 mg ao dia Efeitos adversos: • Parestesias, • Alterações de memória, • Dificuldade de concentração e alterações do humor • Potencial interferência nos ACO (anticoncepcional) • Litíase renal • Acidose metabólica • Miopia aguda Contraindicações: • Glaucoma de ângulo fechado e gestação. BUPROPIONA / NALTREXONA • Inibe o apetite • Bupropiona atua sobre os receptores adrenérgicos e dopaminérgicos − Geralmente utilizada para tratamento para pararde fumar e compulsão alimentar, devido seus efeitos agirem na “recompensa” dopaminérgica • Naltrexona é antagonista do receptor opióide • Interação medicamentosa com ISRSs e iMAO. Nos EUA: combinação de bupropiona com naltrexona (CONTRAVE®). No Brasil: uso de doses não convencionais, com muitos efeitos adversos. LEMBRAR! O GLP-1 é um peptídeo intestinal (produzido no intestino delgado) cuja função é sinalizar a saciedade, estimulando as vias anorexígenas no hipotálamo. • Estímulo direto aos hormônios CART/POMC. • Efeito inibitório indireto dos neurônios NPY/AgRP, via sinalização dependente do GABA. 9 Natasha Ferreira ATM25 Dose: bupropiona 90 mg e naltrexona 8 mg. Efeitos adversos: • Constipação ou diarreia, cefaleia, náuseas, vômitos, tontura, insônia, boca seca Contraindicações: • Gravidez e amamentação • HAS descompensada • Insuficiência renal grave • Histórico de convulsões NOVAS PERSPECTIVAS Semaglutida: Análogo de GLP1, aprovado pelo FDA para tratamento da obesidade. Tem aplicação semanal Estudo STEP 8 evidenciou perda de peso superior com uso de semaglutida 2,4 mg/semana em comparação à liraglutida 3 mg/dia. OBS: Ainda não tem no Brasil. Foi, até o momento, a medicação que mais promoveu perda de peso. Perda média em torno de 15% do peso corporal, com grande percentual de pacientes atingindo até 20%. TRATAMENTO CIRÚRGICO Indicações: • IMC ≥ 40Kg/m² • IMC ≥ 35Kg/m² + comorbidades* relacionadas a obesidade • Tratamento não responsivo há pelo menos 2 anos (dietoterapia, medicamentosa, terapia cognitiva e exercício físico) • Idade entre 18 e 65 anos (avaliação personalizada para 16-18 anos e > 65 anos) Contraindicações: • Síndrome de Cushing e outras causas genéticas • Dependência atual a álcool ou drogas ilícitas • Doenças psiquiátricas graves sem controle • Risco anestésico e cirúrgico inaceitável classificado como ASA-IV • Dificuldade de compreender riscos, benefícios, resultados esperados e alternativas de tratamento Benefícios: • Melhora das comorbidades e relacionados à obesidade • Melhora da qualidade de vida e estado psicossocial Resultados esperados: • Redução de peso alcança nadir por volta de 12-18 meses • Reganho de peso em 10% na primeira década Complicações: • Agudas: TEP, deiscência de sutura, fístulas e estenoses, infecções e hemorragias • Tardio: Hérnias e obstrução intestinal Técnicas Cirúrgicas 10 Natasha Ferreira ATM25 OBS: A mais realizada no Brasil é a derivação em Y de Roux. GASTRECTOMIA VERTICAL (SLEEVE) • Técnica puramente restritiva • Secção vertical do estômago, reduzindo muito o volume que o estômago comporta • Relacionada com diminuição dos níveis de Grelina (peptídeo que interfere no hipotálamo, fazendo estímulo na via orexígena). Assim, um possível mecanismo de melhora da obesidade é a diminuição dos níveis de Grelina BYPASS EM Y DE ROUX • Redução do volume do estômago (técnica restritiva) • Mas também é uma técnica desabsortiva, pois tem essa derivação intestinal: − É seccionado no final do intestino delgado uma alça e é anastomosada com o estômago, o que faz com que o alimento deixe de passar nas porções do duodeno e jejuno, e essas partes deixam de ser áreas de absorção. Por isso, essa técnica é chamada de mista (tanto restritiva quanto disabsortiva) Eficácia das técnicas - Todas as técnicas são eficazes. Técnicas puramente restritivas são um pouco menos eficazes. O paciente tende a perder entre 30% e 50% do excesso de peso. • Vantagem da gastrectomia vertical: técnica mais simples, mais rápida, diminui complicações nutricionais e tempo operatório. • Vem ganhando força nos últimos anos, sendo a técnica mais utilizada nos EUA. Técnicas puramente disabsortivas, 60% a 70%. Porém há altas chances de distúrbios nutricionais. OBS: Técnicas mais disabsortivas, como derivação íleo-pancreática, tendem a levar à maior perda de peso mas também a maiores deficiências nutricionais. Derivação gástrica em Y de Roux (mista), em relação à técnica restritiva, perde mais peso. Mas tem um pouco mais de distúrbios verticais. Obs: As técnicas cirúrgicas são efetivas na redução da morbimortalidade, ajudam na resolução de DM2.
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