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Farmacocinética

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1 Natasha Ferreira ATM25 
FARMACOCINÉTICA 
 
RELAÇÃO ENTRE CINÉTICA E DINÂMICA DO 
FÁRMACO 
 
 
Chegada uma determinada concentração no local 
de ação e considerando o local de ação, 
mecanismo de ação (como age no receptor) e 
efeitos do fármaco é possível determinar quais 
serão os efeitos do mesmo no organismo 
FARMACOCINÉTICA 
É o estudo do movimento de uma substância 
química em particular, um fármaco, no interior de 
um organismo vivo 
Importância: 
• Determinação adequada da posologia 
• Ajuste de dose (volume de distribuição) 
• Interpretação de resposta inesperada ao 
medicamento 
• Compreensão da ação das drogas 
• Estudo de novas drogas 
INTER-RELAÇÕES NA FARMACOCINÉTICA 
❶ Dose 
❷ Administração (ocorre a liberação do princípio 
ativo) para que ele possa ser absorvido 
❸ Chega na corrente sanguínea (passando por 
diversos locais) 
❹ Ocorre o processo de distribuição pelo local de 
ação terapêutica (ligando-se a receptores), para 
reservatórios teciduais (depende das 
propriedades físico químicas do fármaco, ex: 
quanto mais lipossolúvel, mais fácil para adentrar 
no tecido adiposo) 
❺ Distribuição para os órgãos de metabolismo 
(principalmente o fígado) 
❻ Ocorre a “produção” de metabolitos os quais 
irão para a via de excreção e por fim depuração 
Obs: lembrar que existem vias reversíveis, ou seja, 
o fármaco pode ir para o órgão de metabolismo e 
voltar para o reservatório (tecido). Apenas duas 
vias são irreversíveis (absorção e excreção). 
Há um equilíbrio entre a concentração de fármaco 
livre (tem baixo peso molecular e consegue passar 
membranas) e fármaco ligado (ligados a proteína, 
principalmente a albumina, tornando-se uma 
molécula grande que não passa as membranas). 
 Vias de administração 
Enteral – passa pelo TGI 
• Oral 
• Sublingual (vai direto pra Cava sup.) 
• Retal 
Parenteral 
• Direta – introduz o medicamento por um 
orifício (lesão do tecido), não passa pelo 
TGI 
− Intravenosa 
− Intramuscular 
− Subcutânea 
− Epidural 
− Intradérmica 
• Indireta – não tem rompimento de tecido 
para introdução do medicamento e não 
passa pelo TGI 
− Tópica 
− Ocular, ótica 
Farmacocinética Farmacodinâmica 
O que o organismo faz 
sobre o fármaco 
(trajetória) 
É possível determinar 
a concentração ou 
dose do fármaco 
O que o fármaco faz no 
organismo (seu efeito) 
 
Podemos determinar a 
eficácia do fármaco 
 
2 Natasha Ferreira ATM25 
− Inalatória 
Como fazer a escolha da via? 
 Tipo de ação desejada 
• Local (resposta local, ex: a inalatória terá 
efeito sobre o pulmão) 
• Sistêmica (vai ter uma resposta em todo 
organismo, via completa) 
 Tipo de ação 
• Imediata - Emergência – administração 
rápida (ex; endovenosa ou intravenosa) 
• Lenta 
 Natureza do medicamento 
• Volátil – forma inalatória (pulmonar) 
• Gastroresistentes 
Obs: há substancias que só poderão ser 
administradas por uma via, pois não terá sua 
estabilidade preservada. 
Ex: insulina – não pode ser em comprimido pois 
vais ser degradada pelo TGI e torna-se inativada 
A forma farmacêutica e a via de administração 
precisam ser compatíveis!!! 
Comparação entre as vias de administração 
 
1º intravenosa – via imediata, com 
concentração total e 100% de 
biodisponibilidade 
2º intramuscular – via rápida 
3º subcutânea – demora mais para atingir o 
pico de concentração sérica, mas é uma 
via rápida 
4º Oral – mais lenta, pois passa por vários 
processos até chegar na corrente 
sanguínea 
Quando comparamos mais vias: 
1º Intravenosa 
2º Inalatória 
3º Intramuscular de solução 
4º Subcutânea 
5º Oral 
6º Intramuscular de depósito** 
 
 Vias de excreção 
• Renal (mais utilizada por fármacos 
hidrossolúveis) 
• Pulmonar 
• Biliar (mais utilizada por fármacos 
lipossolúveis) 
TRAJETÓRIA DOS FÁRMACOS 
Etapas determinam a velocidade do inicio da ação, 
a intensidade do efeito e a duração da ação do 
fármaco no organismo 
Absorção  distribuição  metabolismo  
excreção 
ABSORÇÃO 
Passagem do fármaco do seu local de aplicação 
até a corrente sanguínea 
Obs: a via endovenosa não é absorvida pois já foi 
aplicada diretamente na corrente sanguínea 
A velocidade e eficiência da absorção vai 
depender entre outros fatores da via de 
administração 
**Anticoncepcional/Benzetacil são 
fármacos de preparação de depósito, ou 
seja, não são liberados, em toda sua 
concentração, na corrente sanguínea. Ao 
invés disso, ao entrar em contato com o 
líquido intersticial, eles precipitam e ficam 
armazenados, sendo liberados aos poucos 
 
 
3 Natasha Ferreira ATM25 
 
MECANISMO DE PASSAGEM DO FÁRMACO 
Para que todo esse processo aconteça é 
necessário fazer com que o fármaco passe pelas 
membranas (vencer as barreiras biológicas), pois 
isso é necessário entender as propriedades físico 
químicas de cada fármaco. 
Dependendo da propriedade química, os fármacos 
podem ser absorvidos pelo TGI por difusão 
passiva, facilitada, transporte ativo ou endocitose. 
 Substancias lipossolúveis: passam através de 
uma difusão passiva (a favor do gradiente, +  -) 
através das membranas, pois as membranas 
possuem bicamada lipídica 
 Substâncias hidrossolúveis: não passam 
diretamente, necessitam de um poro ou canal 
para atravessar a membrana (vai a favor do 
gradiente) 
 Substancias que necessitam de 
transportadores pra atravessar a membrana (as 
de maior peso molecular): difusão facilitada via 
transportadores 
 Substancias que necessitam de um transporte 
ativo (vai contra o gradiente -  +): só acontece 
se empregarmos energia (ATP) 
 
 
 
DIFUSÃO PASSIVA 
Não envolve transportadores, não é saturável e 
apresenta baixa especificidade estrutural 
Fármaco se move do meio mais concentrado para 
o menos concentrado 
 Fatores de influenciam na permeabilidade dos 
fármacos 
Relacionados ao organismo 
• Área de absorção (quanto maior, melhor 
absorção) 
• Tempo de exposição (quanto maior, 
melhor) 
• Vascularização local 
• pH do meio 
Relacionado ao fármaco 
• Lipossolubilidade (mais fácil absorção) 
• Grau de ionização (pH e pKa – pH do meio 
com a constante de dissociação acida da 
molécula que determina se ela será 
melhor absorvida no ambiente ácido ou 
básico – também está relacionado com o 
processo de excreção) 
• Peso molecular (moléculas de alto peso, 
maior dificuldade) 
• Concentração do fármaco 
 
4 Natasha Ferreira ATM25 
Obs: quanto mais hidrossolúvel, mais difícil a 
absorção, mas mais fácil a excreção 
EFEITO DO PH NA ABSORÇÃO 
A maioria dos fármacos são ácidos fracos ou bases 
fracas 
As formas neutras (sem carga) são as mais 
lipossolúveis 
Um fármaco atravessa a membrana mais 
facilmente se ele estiver não ionizado 
pKa é uma medida da força da interação de um 
composto com um próton. Ele vai dizer em que 
ambiente o fármaco será melhor absorvido (mais 
ácido ou mais básico) 
• Quantp menor o pKa de um fármaco, + 
ácido ele é 
• Quando maior o pKa, + básico é o 
fármaco 
Obs: o fármaco ácido é doador de prótons e o 
básico é receptor de prótons 
 Ex. de um ácido 
Se tivermos um ácido (pKa 3,7) em um meio + 
ácido (pH 3,5) a forma protonada do ácido 
prevalece  HA ↔ A⁻ + H⁺. 
Isso ocorre pois em um meio ácido há uma 
concentração maior de H⁺ e o ácido não precisa de 
dissociar para liberar H⁺, pelo contrário, ele passa 
a captar H⁺ para formar mais ácido (comporta-se 
como base) 
Se tivermos um ácido (pKa 3,7) em um meio 
básico (pH 7), ocorre o inverso, o ácido vai se 
dissociar para liberar H⁺ pois o meio tem pouca 
concentração dele, prevalecendo assim a forma 
desprotonada  HA ↔ A⁻ + H⁺ (libera H⁺) 
 Ex. de uma base 
Se tivermos uma base (pKa 7) em um meio ácido 
(pH 3,5) há o predomínio da forma protonada (ác. 
Conjugado)  HB⁺ ↔ B + H⁺ pois ocorre a 
remoção de H⁺ do meio para formar ác. 
Conjugado (HB⁺) já que o H⁺ encontra-se em 
excesso (captaH⁺) 
Se tivermos uma base (pKa 7) em um meio + 
básico (pH 8), ocorre o inverso, a base dissocia-se 
para aumentar a concentração de íons H⁺ no 
meio, predominando a forma desprotonada  
HB⁺ ↔ B + H⁺ (comporta-se como ácido – libera 
H⁺) 
pKa = pH  o fármaco encontra-se dividido em 
50% não ionizado e 50% ionizado (zona de 
equilíbrio) 
Atenção: 
• pKa > pH meio, prevalece a forma 
protonada 
• pKa < pH meio, prevalece a forma 
desprotonada 
A partir disso devemos lembrar que o fármaco é 
transportado com maior facilidade através da 
membrana quando se encontra na forma 
molecular (não ionizada) 
 
Lembrar: Molécula ácida é melhor absorvida em 
meio ácido (pH baixo), bem como molécula básica 
será melhor absorvida em básico (pH alto), pois 
em seu meio específico é que elas se encontram 
na sua forma NÃO IONIZADA, tornando-se 
lipossolúveis 
Além disso, após a passagem da substância pela 
membrana, ela vai para um meio oposto ao que se 
encontrava, sofrendo um processo de 
aprisionamento, ou seja, a molécula não consegue 
passar pela membrana de onde veio. 
Ex: Aspirina e outros ácidos fracos são melhor 
absorvidos no estômago devido ao meio ácido. 
 ÁCIDO BASE 
MOLECULAR Protonada 
(HA) 
Desprotonada 
(B) 
IONIZADA Desprotonada 
(A⁻) 
Protonada 
(HB⁺) 
 
5 Natasha Ferreira ATM25 
• pKa Aspirina: 3,5 
• pH Estômago: 1,5 
• pH Intestino: 6,5 
BIODISPONIBILIDADE 
É a fração do fármaco administrado que atinge a 
circulação sistêmica (corrente sanguínea) 
Fração de uma dose oral que chega a circulação 
na forma de fármaco intacta, levando em conta 
tanto a absorção quanto a degradação metabólica 
no local 
Biodisponibilidade = 1 quando 100% da dose 
administrada atinge a circulação (ocorre somente 
na endovenosa) 
Ex: foram administrados 100mg de fármaco X por 
via oral e 70mg foram absorvidos inalterados, a 
biodisponibilidade é 0,7 ou 70% 
 Fatores que influenciam a biodisponibilidade 
• biotransformação hepática de primeira 
passagem (metabolismo de 1ª passagem) 
• solubilidade do fármaco 
• instabilidade química 
• natureza da formulação do fármaco 
DISTRIBUIÇÃO DOS FÁRMACOS 
Processo pelo qual o fármaco reversivelmente 
abandona a corrente circulatória e passa para o 
interstício (LEC), nas células e tecidos até chegar 
no local de ação (intracelular) (imagem) 
Obs: somente fração livre é distribuída, enquanto 
o fármaco ligado não passa pela membrana e por 
isso não exerce ação farmacológica 
 Fatores que influenciam na distribuição 
• Fluxo sanguíneo local (mais 
vascularização, melhor passagem) – 
órgãos mais irrigados terão maior 
concentração do fármaco 
• Permeabilidade capilar (barreiras 
teciduais, bhe) 
• Ligação a proteínas plasmáticas e tecidos 
(ex: albumina) 
• Hidrofilicidade (maior dificuldade de 
absorção) 
• Partição óleo-água 
• Volume de distribuição 
Em qualquer compartimento o fármaco livre pode 
sofrer metabolização 
Obs: a medida que a concentração de fármaco 
livre diminui, devido a excreção ou 
biotransformação, o fármaco ligado se dissocia da 
proteína. Isso significa que temos uma zona de 
equilíbrio entre fármaco livre e fármaco ligado. 
 Principais compartimentos 
• Plasma (5% do peso corporal) 
• Liquido intersticial (16%) 
• Liquido intracelular (35%) 
• Liquido transcelular (2%) 
• Gordura (20%) 
A água total do corpo varia de 50-70% do peso 
corporal 
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO 
O volume de distribuição aparente (V) é definido 
como o volume de liquido necessário para conter 
a quantidade total do fármaco (Q) no organismo 
na mesma concentração presente no plasma (Cp). 
Devemos saber o volume q esse organismo tem e 
se vai ser possível distribuir esse fármaco por todo 
o organismo. 
Vd= Q/Cp 
 Medida de distribuição do fármaco 
• Descreve a proporção do fármaco que se 
divide entre o plasma e os 
compartimentos teciduais 
• Permite estimar onde o fármaco se 
distribui melhor (sangue ou tecido) 
• Drogas lipossolúveis: maior volume 
aparente nos tecidos 
• Drogas hidrossolúveis ou ligadas: menor 
volume aparente, menos nos tecidos 
 
 
6 Natasha Ferreira ATM25 
METABOLISMO OU BIOTRANSFORMAÇÃO 
Conjunto de alterações químicas produzidas sobre 
o fármaco em um organismo, gerando como 
produto final um metabólito 
Envolve reações bioquímicas específicas e etapas 
com sequencias ordenadas (uso do Complexo 
enzimático citocromo P450) visando a eliminação 
do fármaco 
Metabólitos inativos e gradativamente mais 
hidrossolúveis  melhor eliminação 
Ativar substâncias como pró-fármacos  para que 
tenha ações farmacológicas 
Pode gerar metabólitos ativos  potenciais ações 
farmacológicas e/ou tóxicas 
Mecanismo enzimático complexo que tem como 
objetivo inativar compostos endógenos ativos 
(hormônios, enzimas, neurotransmissores, etc) e 
eliminar substancias estranhas ao organismo 
(xenobióticos) 
 Principais locais de metabolismo 
• Fígado 
• Intestino 
• Corrente sanguínea 
• Rins 
• Pulmões 
• Pele 
• Cérebro 
 Objetivos 
• Término da ação de uma substancia 
− Detoxificar 
− Inativar compostos 
• Facilitar a excreção 
− Formar produtos + polares 
− Formar produtos – lipossolúveis 
• Ativar 
− Ativar drogas originalmente 
inativas (pró-fármacos) 
− Alterar perfil farmacocinético 
− Formar metabólitos ativos 
O metabolismo envolve dois tipos de reação, 
conhecidos como fase I e fase II que geralmente 
ocorrem de forma sequencial e são 
complementares (imagem) 
Fase I 
• Envolvem um sistema de 
monoaminooxigenases, no qual o 
Citocromo P450 é fundamental 
• Quebra da molécula 
• Reações: oxidação, redução, hidrólise -> 
catabólicas 
• 3 possibilidades: 
− Fármaco ativado 
− Fármaco inalterado 
− Fármaco inativado 
• Formam produtos quimicamente mais 
reativos, que podem ser 
farmacologicamente ativos, tóxicos ou 
carcinogênicos 
Fase II 
• Reações de conjugação -> anabólicas 
• Substancia principal: ác. glicurônico 
• Conjugação de um grupo reativo (inserido 
na fase I) 
• Preparo para inativação do fármaco e 
transformação do mesmo em uma forma 
hidrossolúvel para melhor excreção 
Obs: alguns fármacos entram somente para a fase 
II 
CITOCROMO P450 (CYP450) 
Principal sistema enzimático encontrado na 
maioria das células, mas principalmente no fígado 
e TGI 
• Ampla especificidade de substrato 
• Interações farmacológicas, como 
indutores e inibidores 
Obs: Quantidades consideráveis de CYP3A4 são 
encontradas na mucosa intestinal respondendo 
pela transformação de 1ª passagem de fármacos 
como cloropromazina e clonazepam 
 
7 Natasha Ferreira ATM25 
 Consequências do aumento do metabolismo 
de fármacos 
• Maior velocidade de eliminação do 
fármaco 
• Menor concentração do fármaco no 
plasma 
• Menor atividade do fármaco 
• Redução do efeito terapêutico do fármaco 
 Consequências da diminuição do metabolismo 
de fármacos 
• Menor velocidade de eliminação do 
fármaco 
• Aumento concentração do fármaco no 
plasma 
• Aumento da atividade do fármaco 
• Ex: Omeprazol é inibidor de isoenzimas 
CYP responsáveis pelo metabolismo da 
varfarina 
 
CINÉTICAS DO METABOLISMO 
 Cinética 1ª ordem 
Aumenta a dose do fármaco, a velocidade de 
biotransformação é proporcional a este aumento 
 Cinética de ordem 0 (não linear) ou saturação 
Quando ocorre a saturação da enzima pela 
concentração elevada de fármaco livre e, a 
velocidade de biotransformação permanece 
constante no tempo 
• A medida que aumenta a dose do 
fármaco, a velocidade não acompanha 
este aumento 
 
 
 
EXCREÇÃO 
Eliminação de fármacos do organismo requer que 
a substancia seja suficientemente polar para que 
a excreção seja eficiente 
Excreção renal 
• Maior parte dos fármacos 
• Eliminação pela urina (inalterado ou 
forma ionizada) 
• Substancias lipofílicas: excreção renal 
ineficiente 
− Reabsorção passiva no túbulo 
para nova biotransformaçãoExcreção biliar 
• Fármaco eliminado na bile → fezes 
• Circulação êntero-hepática (reabsorção do 
fármaco lipofílico) 
 
 
8 Natasha Ferreira ATM25 
Excreção pulmonar 
• Eliminação do fármaco volátil, pelo ar 
expirado 
• Importante para gases e vapores 
anestésicos 
Outras vias: saliva, leite 
ELIMINAÇÃO RENAL 
 
Composta por 3 processos 
É importante saber o grau de ionização pois 
podemos manipular o pH urinário para aumentar 
a velocidade de eliminação de um fármaco 
❶ Filtração glomerular 
Fármacos chegam aos rins pelas artérias renais, 
que se dividem para formar o plexo capilar 
glomerular 
Ocorre a filtração de moléculas com peso menor 
que 20.000 Da. As moléculas de alto peso 
molecular deverão ser secretadas por secreção 
ativa. 
Os fármacos livres difundem-se através das fendas 
capilares para a cápsula de Bowman como parte 
do filtrado glomerular. A albumina não é filtrada, 
por isso fármacos ligados a ela não passam. 
A lipossolubilidade e o pH não influenciam a 
passagem dos fármacos para o filtrado glomerular 
Porém, variações na velocidade desta fase e a 
ligação de fármacos a proteínas plasmáticas 
podem afetar este processo 
❷ Secreção tubular proximal 
Fármacos que não foram transferidos para o 
filtrado glomerular saem dos glomérulos através 
das arteríolas eferentes 
A secreção ocorre primariamente nos túbulos 
proximais por dois mecanismos de transporte 
ativo (requerem transportador) que exigem 
energia, um para ânions (ex: forma desprotonada 
de ác. Fracos) e um para cátions (ex: forma 
protonada de bases fracas) 
Cada um desses sistemas de transporte apresenta 
baixa especificidade e pode transportar inúmero 
compostos 
Excreta fármacos ligados a proteínas 
❸ Reabsorção tubular distal 
Na medida que o fármaco se desloca em direção 
ao túbulo contorcido distal sua concentração 
aumenta (ocorre diferença de osmolaridade) e 
excede à do espaço perivascular. 
O fármaco se neutro, pode difundir-se para fora 
do lúmen, retornando à circulação sistêmica 
A manipulação do pH da urina, para aumentar a 
forma ionizada do fármaco no lúmen, pode ser 
feita para minimizar a extensão da retrodifusão e, 
assim, aumentar a depuração de um fármaco 
indesejável 
Como regra geral, ácidos fracos podem ser 
eliminados alcalinizando a urina, enquanto a 
eliminação de bases fracas pode ser aumentada 
por acidificação da urina = prisão iônica 
• Aqui queremos inibir a reabsorção do 
fármaco fazendo com que ele seja 
eliminado, sendo assim ele precisa ficar 
 
9 Natasha Ferreira ATM25 
preso no túbulo, então é necessário que o 
fármaco se encontre na forma ionizada 
 Acidificação da urina: fosfato de Potássio e ác. 
Ascórbico 
 Alcalinização da urina: Bicarbonato de sódio 
PARÂMETROS FARMACOCINÉTICOS: 
MEDIDA DE ELIMINAÇÃO 
Indicam a velocidade com que o fármaco é 
eliminado do organismo 
 Meia vida biológica (t⅟₂) 
• Tempo necessário para reduzir a 50% da 
quantidade total do fármaco do 
organismo 
• Se for curta pode necessitar dose mais 
frequente 
• Doença hepática pode aumenta-la, pois o 
metabolismo é mais lento 
• Importante saber o tempo de meia vida 
para a frequência de administração do 
medicamento e também para avaliação 
(quanto tempo permanece no organismo) 
- posologia 
 Depuração ou clearance 
• Taxa de eliminação de um fármaco do 
corpo em relação à concentração 
plasmática 
• Volume do líquido biológico (sangue ou 
plasma) que contém a quantidade do 
fármaco removido pelo rim (depuração 
renal) ou metabolizada pelo fígado 
(depuração hepática) por unidade de 
tempo 
Obs: quando a concentração do fármaco no sague 
atingir o ponto de equilíbrio (em cerca de 4-5 
meia vidas) ocorre a interrupção da infusão do 
mesmo e inicia-se a depuração 
Obs: O tempo de meia vida deve ser 
principalmente relacionado à depuração do 
fármaco

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