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Critérios para Oclusão Funcional Ideal

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Modulo 2 
 
 
Critério para oclusão funcional ideal 
Para ser considerada uma oclusão funcional ideal, a mesma deve preencher os critérios de estabilidade 
mandibular, função mastigatória satisfatória, estética e fonética adequados ao paciente, além de ausência 
de sinais e sintomas periodontais com carga funcional. 
Se os movimentos mandibulares fossem apenas abrir e fechar poucos milímetros em um movimento 
puramente de rotação, os problemas oclusais seriam extremamente fáceis de entender e resolver; no 
entanto, não é assim que ocorre. Os movimentos feitos pela mandíbula são de rotação e translação em três 
planos: sagital, frontal e horizontal. Desvios em um ou todos os planos são comuns, tendo então um 
potencial para uma complexa interação de movimentos. Além disso, os dentes e as articulações são partes 
de uma unidade funcional. Todas as partes do sistema mastigatórios são interrelacionadas e devem trabalhar 
em harmonia anatômica e funcional. O equilíbrio do sistema mastigatório não pode ser conseguido 
separadamente do dente nem a estabilidade dos arcos dentários pode ser alcançada sem estar em harmonia 
com as articulações, músculos e estrutura óssea. 
O termo relação cêntrica (RC) é usado para designar a posição mandibular com os côndilos hipoteticamente 
numa posição ortopedicamente estável. 
A RC é o ponto de referência mais confiável que pode ser obtido num paciente desdentado para anotar com 
precisão a relação da maxila e mandíbula e reproduzir o padrão oclusal. 
Quando os côndilos se encontram em posição de relação cêntrica, e os dentes, em máxima intercuspidação, 
chamamos essa posição de oclusão cêntrica (OC). A posição de RC é aquela na qual os côndilos estão em 
suas posições mais anterossuperiores na fossa mandibular, apoiados por vertentes posteriores das 
eminências articulares com os discos articulares adequadamente interpostos. 
Quando um dente é contatado de forma que as resultantes se dirigem através do seu longo eixo, o ligamento 
periodontal é bem eficiente; se o dente é contatado de tal maneira que as forças horizontais são colocadas 
nas estruturas de suporte, a possibilidade de efeitos patológicos é maior. O processo de dirigir as forças 
oclusais através do longo eixo do dente é chamado de carga axial. 
Quando as forças pesadas são aplicadas a um objeto nos dentes posteriores, a mandíbula desloca-se para 
baixo e para frente a fim de realizar a trituração eficiente do bolo alimentar, e as forças horizontais danosas 
dos movimentos excêntricos devem ser direcionadas aos dentes anteriores. Os caninos são os dentes mais 
bem ajustados para receber forças horizontais devido à proporção coroa-raiz favorável, ao impulso sensorial 
do organismo e por estarem envolvidos por osso denso e compacto. 
Por esse motivo, os movimentos de lateralidade devem ser realizados exclusivamente pelos caninos. 
Quando o paciente não tem os caninos numa posição apropriada para aceitar as forças horizontais, a 
alternativa mais favorável é a função de grupo, que contempla os caninos, os primeiros pré-molares, os 
segundos pré-molares e a cúspide mésio-vestibular dos primeiros molares. Os contatos laterotrusivos 
devem oferecer uma guia adequada para desocluir os dentes do lado oposto do arco. 
Quando a mandíbula se move para frente, forças horizontais prejudiciais podem ser aplicadas aos dentes. 
Os dentes anteriores devem oferecer contatos adequados ou guia para desarticular os dentes posteriores; 
além disso, os dentes anteriores são os mais adequados para realizar os movimentos horizontais por estarem 
mais distantes do suspensório muscular, o que resulta em forças de menor intensidade. 
Chamamos de oclusão mutuamente protegida quando os dentes posteriores, que funcionam mais 
eficientemente para suportar a mandíbula durante o fechamento, são protegidos pelos dentes anteriores, 
que funcionam mais eficientemente para guiar a mandíbula durante movimentos excêntricos. 
Nesse sentido, podemos concluir com critérios para uma oclusão funcional ideal: 
• Quando a boca fecha, os côndilos estão na posição de relação cêntrica. 
• Quando há contatos homogêneos e simultâneos de todos os dentes posteriores. 
• Quando todos os contatos dentais dirigem as forças oclusais para o longo eixo dos dentes (carga 
axial). 
• Quando a mandíbula se move numa posição laterotrusiva, existindo guias dentais de contato no lado 
de trabalho para desocluir o lado de balanceio imediatamente. 
• Quando a guia mais desejável é a guia pelos caninos. 
 
Você Sabia? 
Você sabia que a oclusão já não pode mais ser considerada a principal causa de disfunção 
temporomandibular? 
Durante muito tempo, a oclusão foi exaustivamente estudada como principal causa da disfunção 
temporomandibular (DTM) e até hoje alguns autores defendem apaixonadamente esta hipótese. 
Entretanto, com a evolução da ciência, pesquisas realizadas mostraram pouca ou nenhuma associação entre 
a oclusão e a DTM, mas, apesar de as evidências mostrarem, ainda havia muita discussão sobre esse assunto, 
gerando inclusive ações judiciais nos Estados Unidos, o que provocou uma busca maior pelo uso da 
odontologia baseada em evidência. Várias revisões sistemáticas foram realizadas até se concluir que não 
havia na literatura científica evidências que suportassem essa relação. 
Um trabalho que ficou muito famoso foi a revisão sistemática publicada pelo pesquisador italiano Daniele 
Mafredini e equipe em 2017, com o título Distúrbios temporomandibulares e oclusão dentária. Uma revisão 
sistemática dos estudos de associação: fim de uma era?, a qual gerou um consenso entre os pesquisadores. 
Saiba mais 
em: http://revodonto.bvsalud.org/pdf/rfo/v17n3/a19v17n3.pdf e https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/
28600812. 
Sintetizando 
Após a apresentação deste conteúdo, finalizamos a semana entendendo os principais critérios para uma 
oclusão funcional ideal, sendo possível destacar: 
http://revodonto.bvsalud.org/pdf/rfo/v17n3/a19v17n3.pdf
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28600812
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28600812
• Quando a boca fecha, os côndilos estão na posição de relação cêntrica. 
• Quando há contatos homogêneos e simultâneos de todos os dentes posteriores. 
• Quando todos os contatos dentais dirigem as forças oclusais para o longo eixo dos dentes (carga 
axial). 
• Quando a mandíbula se move numa posição laterotrusiva, existindo guias dentais de contato no lado 
de trabalho para desocluir o lado de balanceio imediatamente. 
• Quando a guia mais desejável é a guia pelos caninos. 
 
Mecanismo de neutralização das cargas oclusais 
A manutenção da harmonia funcional do sistema estomatognático depende da saúde periodontal. O 
mecanismo de transmissão e neutralização das forças oclusais é o que determina o estado de normalidade 
do periodonto de sustentação. 
As principais células do ligamento periodontal (LP) são os fibroblastos, que formam as fibras colágenas; no 
LP, encontram-se também células do osso alveolar e restos epiteliais de Malassez do cemento. 
O complexo mecanismo de neutralização e dissipação das cargas oclusais é composto por: 
1. Fibras oblíquas do LP. 
2. Fluido presente no LP. 
3. Propriocepção do LP. 
4. Fibras transceptais. 
5. Fibras oxitalâmicas do LP. 
6. Plexo indiferente de fibras do LP. 
7. Substância fundamental amorfa do LP. 
8. Vasos sanguíneos do LP. 
9. Disposição arquitetural das trabéculas ósseas. 
10. Forma das raízes dos dentes. 
Dentre esses mecanismos, os principais são as fibras oblíquas do ligamento periodontal e o fluido presente 
no ligamento periodontal. As fibras do ligamento periodontal dividem-se em: 
• Fibras da crista alveolar. 
• Fibras horizontais. 
• Fibras oblíquas. 
• Fibras apicais. 
Figura 2 - Fibras do ligamento periodontal 
 
Fonte: http://www.arribadentista.com/2018/08/anatomia-histologia-fisiologia-do-periodonto-material-complementar.html. Acesso 
em: 25 abr. 2020. 
 
http://www.arribadentista.com/2018/08/anatomia-histologia-fisiologia-do-periodonto-material-complementar.htmlO ligamento periodontal apresenta como um de seus constituintes um líquido ou fluido tissular que se 
encontra em comunicação com os espaços medulares do osso. O sistema hidráulico do ligamento 
periodontal funciona da seguinte forma: durante o impacto da carga oclusal, o dente sofre uma intrusão 
de aproximadamente 0,12 mm, fazendo com que o fluido do LP penetre no osso através das foraminas do 
osso, o que resulta em aumento da pressão hidrostática nos espaços medulares. Após cessada a força 
oclusal, ocorre uma pressão hidráulica negativa, que eleva o dente à sua posição novamente. Esse 
mecanismo também causa força de tração no osso, compensando a força de pressão exercida pela 
mastigação. 
A propriocepção do ligamento periodontal é formada pelas terminações nervosas sensitivas, que são órgãos 
especializados distribuídos por todo o corpo humano para a transformação de estímulos internos e externos 
em impulsos nervosos. 
Os receptores são classificados em três grupos: 
• Externorreceptores – respondem a estímulos como contato, temperatura, discriminação, tátil, visão 
e audição. 
• Interreceptores – relacionam-se com as vísceras e percebem a fome, a dor visceral e a sede. 
• Proprioceptores – relacionam-se com a sensação de posição e movimento do corpo. 
Os proprioceptores do LP apresentam sensibilidade tão delicada que podem perceber espessuras da ordem 
de fração de milímetros. 
As fibras transceptais fazem parte do tecido conjuntivo supra-alveolar e estendem-se no cemento cervical 
de um dente até o cemento do dente adjacente; além disso, são responsáveis pela manutenção do ponto 
de contato e proteção da papila. 
As fibras oxitalâmicas localizam-se abaixo do epitélio juncional na região cervical e são inseridas no cemento 
radicular, estendendo-se até o osso alveolar. Elas possuem as seguintes funções: 
• Proporcionar sustentação ao feixe vascular do LP. 
• Prevenir e/ou dissipar cargas oclusais excessivas aplicadas aos dentes, que poderão obliterar por 
pressão os vasos sanguíneos do LP. 
• Responder fisiologicamente, aumentando em número e espessura quando o dente entrar em 
hiperfunção oclusal. 
O plexo indiferente das fibras do ligamento periodontal é um conjunto de fibras de menor diâmetro que se 
dispõem ao redor das fibras principais do LP. Essas fibras apresentam-se em maior quantidade em áreas de 
grande pressão oclusal, apresentando um aspecto mais denso e colagênico. 
A substância fundamental amorfa, do ligamento periodontal, preenche os interstícios entre as células, fibras, 
vasos, nervos e outros componentes identificáveis do LP e proporciona o meio adequado para migração 
celular e difusão de nutrientes e produtos do metabolismo entre vasos sanguíneos e células. 
Os vasos sanguíneos do LP originam-se na gengiva e, no processo alveolar, os vasos sanguíneos participam 
com um sistema amortecedor hidráulico, que proporciona elasticidade ao LP durante o impacto oclusal. 
A disposição arquitetural das trabéculas ósseas, responsável pela flexibilidade do tecido ósseo, que lhe 
confere características de resiliência, colabora conjuntamente com outros elementos no mecanismo de 
transmissão e neutralização de forças oclusais porque admite a absorção de pressão. 
A morfologia radicular influencia a quantidade do cemento intrarradicular. Os dentes cilíndricos são 
melhores para eliminação de forças que os cônicos, e os multirradiculados com raízes divergentes também 
são mais indicados. 
 
 
Você Sabia? 
O mecanismo de dissipação de neutralização e dissipação de cargas oclusais é diferente nos implantes 
dentários! 
Os implantes dentários não apresentam ligamento periodontal, pois os mesmos entram em função no meio 
bucal pelo processo de osseointegração, o qual tem muitos significados e pode ser explorado em diversas 
partes do corpo humano. Quando o assunto é a odontologia, sua principal atribuição é relacionada às 
implementações dentárias, sendo uma etapa indispensável para garantir um procedimento bem-sucedido. 
A evolução dos implantes colocou a técnica com a osseointegração como a mais indicada. Isso porque a ideia 
é seguir com um processo em que acontece uma absorção do próprio organismo – o que faz toda diferença 
quando o assunto é a durabilidade do tratamento. 
O procedimento começa por meio de uma cirurgia que inclui um pino de titânio que substitui a raiz dentária; 
então, é fundamental que seja aderente, pois será o grande responsável por garantir a estabilidade. Por isso, 
ele é colocado antes do dente implantado, justamente para dar continuidade ao tratamento. 
Como o próprio nome indica, o procedimento prevê a integração do pino ao osso em que foi implantado. 
Nesse caso, a principal evidência de que isso aconteceu é o desenvolvimento do osso ao redor da peça, um 
aspecto que pode parecer sem sentido, mas que garante a sua sustentação e segurança em longo prazo. 
O organismo desenvolve um tempo – em média, de 4 a 6 meses – para finalizar o processo de 
osseointegração. Isso, porém, pode variar da região implantada e das condições ósseas do paciente. 
Por não possuir ligamento periodontal, os únicos mecanismos de dissipação de cargas oclusais em implantes 
são a forma do trabeculado ósseo e a forma arquitetural dos implantes que substituem as raízes dentárias. 
 
Sintetizando 
Após a apresentação deste conteúdo, finalizamos a semana entendendo o mecanismo de neutralização e 
dissipação das cargas oclusais. Podemos lembrar que esse mecanismo é composto por 10 estruturas, sendo 
elas: fibras oblíquas do LP, fluido presente no LP, propriocepção do LP, fibras transceptais, fibras oxitalâmicas 
do LP, plexo indiferente de fibras do LP, substância fundamental amorfa do LP, vasos sanguíneos do LP, 
disposição arquitetural das trabéculas ósseas e forma das raízes dos dentes. Ressalta-se que as fibras 
oblíquas e o fluido do LP são os mais importantes. 
 
Trauma oclusal 
Trauma de oclusão é a denominação usada para descrever as alterações patológicas dos tecidos que ocorrem 
o periodonto em consequência da força oclusal excessiva produzida pela ação dos músculos da mastigação. 
A lesão tecidual associada ao trauma de oclusão pode ser dividida em tipos primário e secundário. 
Trauma primário refere-se à reação tecidual (dano) provocada em volta de um dente com estrutura 
periodontal normal. 
Trauma secundário está relacionado a situações em que as forças oclusais (normais ou excessivas) causam 
dano a um periodonto comprometido. 
O trauma de oclusão é reversível; no entanto, não significa que ele sempre se corrija e tenha significado 
clínico temporário ou limitado. 
Quando submetida a trauma oclusal, ocorrem alterações periodontais sob efeito do trauma de oclusão, que, 
por sua vez, acontece em três estágios: 
• Lesão. 
• Alteração. 
• Remodelação. 
O dano tecidual ocorre por força oclusal excessiva. 
Estágio I – Lesão 
A pressão excessiva estimula a reabsorção óssea com evidente espessamento do espaço do LP, e as 
principais alterações consistem em compressão das fibras do ligamento periodontal. 
Estágio II – Regeneração 
Os tecidos lesados são removidos, e novas células e fibras do tecido conjuntivo, osso e cemento são 
formadas na tentativa de restaurar o periodonto lesado. 
Estágio III – Remodelação 
O periodonto é remodelado a fim de criar uma relação estrutural na qual as forças não sejam mais lesivas 
para os tecidos. 
A resposta do periodonto ao trauma de oclusão – quando um dente sadio é submetido a forças unilaterais, 
sofrendo inclinação no sentido dessas forças – é gerar duas áreas de pressão e duas áreas de tensão. 
As alterações que ocorrem na zona de pressão do trauma oclusal são: 
1. Aumento a vascularização na região. 
2. Aumento da permeabilidade vascular. 
3. Trombose vascular e desorganização das células dos feixes de fibras colágenas. 
4. Reabsorção óssea do osso alveolar, que pode ser: 
a. Direta (forças não muito intensas). 
b. Indireta (forças de grande intensidade). 
Na zona oposta à zona depressão, há uma zona de tensão devido às fibras do ligamento periodontal, onde 
haverá uma neoformação óssea. 
No trauma oclusal em zonas com doença periodontal, as estruturas periodontais podem ser divididas em 
duas zonas: 
 
Figura 2 - Efeitos de restaurações com anatomia oclusal incorreta 
 
Fonte: http://www.periodontiamedica.com.br/downloads/aulas/RelacaoTrauma.pdf. Acesso em: 25 abr. 2020. 
• Zona de irritação – é composta pela gengiva marginal e pela papila interdental, não sendo afetada 
pela força oclusal; nesta área, a inflamação gengival é causada pela presença de placa bacteriana. 
• Zona de codestruição – é composta pelo periodonto de sustentação (ligamento periodontal e osso 
alveolar), que, por sua vez, suporta o trauma de oclusão. 
http://www.periodontiamedica.com.br/downloads/aulas/RelacaoTrauma.pdf
Pela exposição a essas duas frentes, os feixes de fibras entre as duas zonas podem ser destruídos ou 
reorientados desordenadamente. 
 
Você Sabia? 
Trauma oclusal também pode ocorrer por erro do dentista! 
TRAUMA OCLUSAL 
O trauma oclusal pode ocorrer por erro do dentista devido a restaurações, prótese sobre implantes e outros 
procedimentos reabilitadores. A oclusão é ferramenta de base para todos os procedimentos odontológicos. 
O trauma oclusal, o qual é capaz de levar a uma dor aguda, pode ocorrer por iatrogenia ou o paciente já 
pode nascer com ele. Sempre que se fala em trauma oclusal, deve-se investigar se há prematuridade 
(contato prematuro = contato que acontece antes de a mandíbula atingir a máxima intercuspidação) ou 
interferência oclusal, em que algum contato com a relação independente já vista, ou seja, uma interferência 
oclusal do movimento protrusivo, interfere no padrão de desoclusão da guia anterior. Uma interferência no 
movimento de trabalho interfere no lado de trabalho, fugindo de uma função pelo canino ou mesmo grupo, 
ou interfere no lado de balanceio, e o paciente faz uma guia lateral direita de trabalho, mas toca o lado de 
balanceio. 
 
Sintetizando 
Após a apresentação deste conteúdo, finalizamos estas semanas entendendo os traumas oclusais primário 
e secundário: o trauma oclusal primário refere-se a uma carga em um dente com periodonto saudável, e o 
trauma secundário é o trauma em periodonto comprometido. No trauma oclusal, tem-se uma zona de 
reabsorção óssea na zona de pressão, bem como uma zona de neoformação na zona de tensão. 
 
Modulo 3 
 
Biomecânica da ATM 
ASPECTOS ANATÔMICOS 
A ATM é uma articulação composta ginglemoidal e artroidal. Suas superfícies articulares são: disco articular, 
eminência articular, fossa mandibular e côndilo. 
A parte posterior da eminência articular e o côndilo (polo medial mais volumoso e posterior) são envoltos 
por fibrocartilagem, tecido extremamente resistente. 
O disco articular também é composto por fibrocartilagem, sendo mais fino na zona intermediária. Ele é 
avascular e não inervado, por exceção da borda periférica. 
Os ligamentos participantes dessa articulação são: esfenomandibular e estilomandibular (acessórios), 
temporomandibular, cápsula articular (evita a separação das superfícies) e os discais ou colaterais (prendem 
o disco ao côndilo). 
A nutrição e lubrificação da ATM são feitas pelo líquido sinovial, o qual é produzido pela membrana sinovial. 
A renovação nutricional desse líquido é feita pela zona retrodiscal. 
Fazem parte da zona trilaminar: 
• feixes superiores: elásticos que retornam o disco nos movimentos de fechamento; 
• feixes inferiores: colágenos; 
• zona interlaminar: onde se localizam vasos e nervos. 
A inervação da ATM é feita pelo trigêmeo V/3 (auriculotemporal, massetérico e temporal profundo), e a 
irrigação, pela artéria temporal superior e pela meníngea média e maxilar. 
 
Figura 2 – Articulação temporomandibular 
 
Fonte: http://limatreinamento.blogspot.com/2015/10/uso-da-mandibula-para-o-controle-motor.html. Acesso em: 05 maio 
2020. 
BIOMECÂNICA DA ATM 
A ATM pode ser dividida basicamente em dois sistemas articulares. O primeiro envolve o chamado complexo 
côndilo-disco. A conexão de ligamentos entre essas duas estruturas, principalmente os ligamentos discais, 
determina que tal complexo seja responsável pelos movimentos rotacionais da articulação. O outro sistema 
articular é o complexo côndilo-disco articulando com a fossa articular, que se responsabiliza pelos 
movimentos de translação, em que o côndilo deixa a fossa mandibular. 
Para a saúde funcional da ATM e desses sistemas que a compõem, faz-se necessário que as superfícies 
articulares estejam sempre em contato, determinando, assim, certa estabilidade. Esta é promovida 
essencialmente pela chamada pressão interarticular, caracterizada pela intensidade com que o côndilo 
http://limatreinamento.blogspot.com/2015/10/uso-da-mandibula-para-o-controle-motor.html
pressionará o disco, valendo ressaltar que essa pressão variará circunstancialmente. Assim, dependendo da 
situação apresentada, a pressão interarticular pode aumentar ou diminuir. 
O espaço entre as superfícies dá-se de maneira inversamente proporcional à pressão interarticular. Assim, 
quanto maior a pressão, menor o espaço. Portanto, percebe-se que a morfologia peculiar do disco é 
essencial para a manutenção dessa estabilidade, pois, por apresentar três regiões com espessuras distintas, 
pode se rotacionar e se interpor entre as superfícies de maneira precisa. 
Os movimentos de rotação do disco são determinados pelas estruturas nele inseridas, como a lâmina 
retrodiscal superior e as fibras do músculo pterigóideo lateral superior. Para descrever suas ações, devemos 
analisar duas situações: abertura e fechamento normal da boca e mordidas fortes. 
Quando o sistema estomatognático se encontra em repouso, o tônus do músculo pterigóideo lateral é 
superior à tração elástica exercida pelas fibras da lâmina retrodiscal superior. Dessa forma, o côndilo é 
mantido em posição mais anterior e medial. Quando ocorre abertura, o disco acompanhará o movimento 
de translação, tracionando as fibras elásticas inseridas nele. Esse tracionamento acabará por infligir ao disco 
uma posição mais posterior. Durante o fechamento, o músculo pterigóideo lateral superior se ativará, 
posicionando o disco em posição mais anterior novamente. 
No caso de mordidas fortes, ocorre uma diminuição da pressão interarticular no lado ipsilateral da mordida; 
por tal razão, ocorrerá igualmente um aumento do espaço interarticular. Para não ocorrer a separação das 
superfícies desse lado, o músculo será ativado, tracionando o disco para uma posição mais anterior, fazendo 
com que o côndilo se relacione com a parte posterior, mais espessa do disco. 
À medida que for ocorrendo a intercuspidação, a pressão interarticular voltará a aumentar, diminuindo o 
espaço entre as superfícies. Nesse caso, o disco será rotacionado de forma que o côndilo repouse sobre sua 
zona intermediária. Portanto, percebe-se que a ATM faz parte se um processo complexo do sistema 
estomatognático, cuja funcionalidade depende intrinsecamente da ação limitadora dos ligamentos e 
posicionadora do músculo, assim como de seus demais componentes. 
 
Você Sabia? 
As mulheres são mais afetadas pela disfunção temporomandibular! 
A disfunção temporomandibular é um problema que acomete cerca de 10% da população em geral, dos 
quais 5% necessitam efetivamente de algum tipo de tratamento para controle de suas dores. 
A maioria dos pacientes que desenvolvem a disfunção temporomandibular é mulher (80% dos casos), sendo 
a idade fértil a época de maior prevalência. Por esses motivos, vários estudos já tentaram comprovar de 
alguma maneira o motivo dessa associação, mas, até o momento, sem sucesso. Desconfia-se de algum fator 
hormonal, pois, com o passar dos anos, há uma queda na notificação dos casos, o que leva a essa suspeita. 
Sabia mais 
em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29851110/?from_term=woman+tmd+epidemiology&from_pos=2. 
 
Sintetizando 
A ATM pode ser dividida basicamente emdois sistemas articulares. O primeiro envolve o chamado complexo 
côndilo-disco. A conexão de ligamentos entre essas duas estruturas, principalmente os ligamentos discais, 
determina que tal complexo seja responsável pelos movimentos rotacionais da articulação. O outro sistema 
articular que podemos descrever é o complexo côndilo-disco articulando com a fossa articular, o qual se 
responsabiliza pelos movimentos de translação, nos quais o côndilo deixa a fossa mandibular. 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29851110/?from_term=woman+tmd+epidemiology&from_pos=2
Para a saúde funcional da ATM e desses sistemas que a compõem, faz-se necessário que as superfícies 
articulares estejam sempre em contato, determinando, assim, certa estabilidade. Esta, por sua vez, é 
promovida essencialmente pela chamada pressão interarticular, caracterizada pela intensidade com que o 
côndilo pressiona o disco, valendo ressaltar que essa pressão variará circunstancialmente. Assim, 
dependendo da situação apresentada, a pressão interarticular pode aumentar ou diminuir. 
 
Disfunção temporomandibular (DTM): introdução 
A disfunção temporomandibular (DTM) é um termo amplo, que engloba uma série de condições 
multifatoriais de dor crônica e disfunções (com ou sem dores) na região orofacial, caracterizadas por sinais 
e sintomas associados à dor e distúrbios funcionais e estruturais do sistema estomatognático, especialmente 
as articulações temporomandibulares (ATMs), músculos da mastigação e estruturas associadas. Os sinais e 
sintomas mais frequentes das DTMs são dores localizadas na musculatura mastigatória, nas ATMs e/ou na 
área pré-auricular, bem como limitação e/ou assimetria nos movimentos mandibulares e sons articulares 
(estalidos e crepitações). As DTMs são classificadas em desordens musculares, desordens articulares e 
ambas. 
A DTM é um problema de saúde pública na população adulta em geral, tendo apresentado índices de 
prevalência que variam entre 3,7% e 12%. A maioria dessa população é composta por mulheres em idade 
fértil, e isso tem sido relacionado a fatores biológicos, hormonais, psicológicos e sociais. Parte dos indivíduos 
portadores de sinais e sintomas de DTM apresenta um quadro de relativa simplicidade de resolução, e as 
desordens tendem à autorresolução. No entanto, alguns indivíduos apresentam uma composição mais 
complexa de componentes que interfere no curso natural de evolução e controle, com histórico de relatos 
de aparecimento, exacerbação e remissão dos sintomas dolorosos em diferentes períodos da vida. 
A International Association for the Study of Pain (IASP) define dor como “uma experiência sensorial e 
emocional desagradável associada com danos reais e potenciais dos tecidos ou descrita nos termos de tais 
danos”. As discussões sobre a interdependência dos aspectos psicológicos e de saúde no controle do 
paciente visam apresentar as variáveis de maior importância, que contribuem para os diversos transtornos 
mentais que podem acompanhar as DTMs. A relação entre fatores psicológicos e DTM é multidirecional. O 
estado atual da mentalidade pode ser um efeito, mas também uma causa do surgimento, continuação ou 
exacerbação da DTM, o que dificulta a avaliação correta. Isso demonstra a necessidade de compreender as 
características físicas e psicológicas de um paciente individual. 
As investigações dos modelos de evolução dos processos de dor de longa duração sugerem fortemente que 
os fatores psicológicos sejam os maiores agentes de cronificação das DTMs com dor. Ansiedade, depressão, 
capacidade de enfretamento da dor e estresse são apontados como fatores seriamente envolvidos no seu 
desenvolvimento e progressão. 
As DTMs são com frequência acompanhadas por dores de cabeça recorrentes e dores em região cervical, 
apresentando forte incidência e grande quantidade de sinais e sin¬tomas associados, tais como espasmo 
muscular, dor reflexa, dificuldade de movimentação articular, crepitação, cefaleia e distúrbios auditivos. 
A DTM, por ser uma patologia complexa, requer um tratamento baseado em um correto diagnóstico, 
estabelecido a partir de informações sobre possíveis fatores etiológicos e por meio do levantamento de 
sinais e sintomas para cada paciente. Dentre os diversos tratamentos, incluem-se termoterapia, 
eletro¬terapia, ultrassom, iontoforese, alguns agentes analgésicos e laser de baixa potência – este último 
quando há presença de dor, restrições de movimentos mandibulares, inflamação do tecido e instabilidade 
articular. 
São propostas diferentes opções de tratamento para essa síndrome, incluindo intervenções farmacológicas 
e não farmacológicas. Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e medicamentos narcóticos têm sido 
utilizados para controle de sintomas. Métodos não farmacológicos incluem terapias manuais, massagem, 
técnicas de pulverização e alongamento e métodos de injeção. Outros incluem compressão isquêmica, 
laserterapia e agulhamento seco. 
Você Sabia? 
DENTISTAS TAMBÉM TRATAM DORES DE CABEÇA! 
Você sabia que a dor de cabeça é um dos tipos de dor mais frequentes no mundo? E que pelo menos 63 
milhões de brasileiros de todas as idades sofrem com dores de cabeça constantes? 
A dor de cabeça recebe o nome de cefaleia, e esses dois termos têm o mesmo significado. Existem mais de 
200 tipos de dor de cabeça! Dentre esses tipos, há alguns bastante curiosos, como, por exemplo, cefaleia 
atribuída à viagem de avião, cefaleia do mergulho, cefaleia atribuída ao sexo, cefaleia primária da tosse, etc. 
Se você começar a apresentar dor de cabeça frequentemente, de 2 a 3 vezes por semana, a primeira coisa 
que deve fazer é procurar um neurologista especializado em cefaliatria. Evite se automedicar, até porque 
existe um tipo de cefaleia provocado pelo abuso de analgésicos, ou seja, se você tomar analgésicos 
diariamente por certo período, pode começar a apresentar dor de cabeça por conta do uso de analgésicos. 
Existem dois tipos de cefaleia que são tratados pelo dentista especialista em DTM e dor orofacial: a cefaleia 
atribuída à perturbação dos dentes ou mandíbula e a cefaleia atribuída à perturbação do músculo temporal. 
Estas são provocadas por problemas na articulação, dentes ou músculos da face. 
Cada tipo de dor de cabeça tem características clínicas que diferem umas das outras. Durante sua consulta 
no dentista, é importante você repassar algumas informações sobre a sua dor: 
1. Diga como é a dor que você sente – se aperta, lateja, arde. 
2. Mostre a região específica da dor – não vale dizer que é na cabeça toda, pois sempre vai ter uma região 
específica. 
3. Observe quando a dor aparece e quanto tempo dura. 
4. O que você faz que piora ou melhora a dor. 
Você não imagina como essas informações detalhadas ajudam a chegar no diagnóstico correto e no 
tratamento adequado. Se a sua dor de cabeça piora com a mastigação ou fala, se você acorda com dor de 
cabeça, se você tem por hábito apertar ou ranger os dentes, sua dor de cabeça pode ser um problema para 
o dentista tratar. 
 
Sintetizando 
A DTM é um termo amplo que engloba uma série de condições multifatoriais de dor crônica e disfunções 
(com ou sem dores) na região orofacial, caracterizadas por sinais e sintomas associados à dor e distúrbios 
funcionais e estruturais do sistema estomatognático, especialmente as articulações temporomandibulares 
(ATMs), músculos da mastigação e estruturas associadas. Possui alta prevalência – entre 3,7% e 12% da 
população –, sendo, em sua maioria, mulheres em idade fértil. É com frequência acompanhada por dores de 
cabeça recorrentes e dores em região cervical, apresentando forte incidência e grande quantidade de sinais 
e sin¬tomas associados, tais como espasmo muscular, dor reflexa, dificuldade de movimentação articular, 
crepitação, cefaleia e distúrbios auditivos. 
 
 
 
Desordens temporomandibulares (DTM): fatores etiológicos 
Embora os sinais e sintomas de DTM sejam comuns, não há uma única etiologia que justifique todos os sinais 
e sintomas. Aetiologia das DTMs é complexa e multifatorial, o que quer dizer que um único fator sozinho 
não é capaz de gerar uma DTM. Os fatores etiológicos das DTMs podem ser classificados em três grupos: os 
fatores que aumentam o risco de DTM são chamados fatores predisponentes, pois aumentam o risco do 
paciente vir a desenvolver uma DTM no futuro; os fatores que ocasionam o início de DTM são chamados 
fatores desencadeantes, sendo os responsáveis pelo surgimento dos primeiros sintomas do paciente; e os 
fatores que interferem na cura ou aumentam a progressão de DTM são chamados fatores perpetuantes. 
Após o surgimento dos sintomas para a disfunção, o caso tende para uma autorresolução, e esse processo 
pode ser interrompido caso surja algum fator perpetuante que prolongue os sintomas da DTM de forma 
indeterminada, fazendo que o paciente necessite de tratamento para o controle da DTM. 
A identificação adequada dos fatores corretos é a base para o sucesso do tratamento das DTMs. Existem 
cinco fatores principais associados à DTM: 
• trauma; 
• estresse emocional; 
• fontes de estímulo à dor profunda; 
• atividades parafuncionais; 
• condição oclusal. 
No início do desenvolvimento dos estudos das DTMs, a odontologia acreditava que os fatores oclusais eram 
os que mais contribuíam para as DTMs; entretanto, recentemente, estudos argumentam que os fatores 
oclusais desempenham pouco ou nenhum papel na DTM. A relação entre fatores oclusais e DTM é um 
assunto extremante crítico para a odontologia. 
O trauma das estruturas faciais pode levar a desordens funcionais no sistema mastigatório; além disso, tem 
um impacto maior na desordem intracapsular que nas desordens musculares. Ele pode ser dividido em dois 
tipos gerais: 
• Macrotrauma – qualquer força súbita que pode resultar em alterações estruturais (ex.: golpe direto 
na face). 
• Microtrauma – qualquer força pequena repentinamente aplicada às estruturas por um longo período 
(ex.: bruxismo ou apertamento). 
No estresse, os centros emocionais do cérebro têm uma influência na função muscular. O estresse afeta o 
corpo ativando o eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal (HPA), que, por sua vez, prepara o corpo para 
responder através do sistema nervoso autônomo. O efeito final dos reflexos do eixo HPA é um aumento da 
tonicidade muscular. 
Estresse é uma força motivadora que nos impele a desempenhar uma tarefa e obtermos sucesso. Existem 
dois mecanismos de liberação do estresse: 
1. O mecanismo externo de liberação é representado por atividades como: 
• gritar; 
• esbravejar; 
• bater; 
• jogar ou quebrar objetos; 
• exercícios físicos. 
2. O mecanismo interno é aquele que a pessoa libera internamente e que desenvolve uma desordem 
psicofisiológica. 
• síndrome do colo irritável; 
• hipertensão; 
• arritmias cardíacas; 
• asma; 
• aumento da tonicidade muscular da cabeça e do pescoço. 
O estresse emocional também pode influenciar a atividade ou a tonicidade simpática do indivíduo. A 
atividade simpática pode aumentar o tônus muscular e, consequentemente, produzir uma condição de dor 
muscular. A exposição prolongada a agentes estressantes emocionais sobrecarrega o sistema nervoso 
autônomo de maneira crônica, comprometendo a capacidade do indivíduo de se adaptar e até mesmo 
combater as doenças. 
Um estímulo de dor profunda pode excitar centralmente o tronco encefálico, produzindo uma resposta 
muscular conhecida como cocontração protetora. 
A atividade da musculatura pode ser dividida em dois tipos básicos: 
• funcional; 
• parafuncional. 
Hiperatividade muscular é o aumento da atividade muscular acima do necessário para a função. Essas 
atividades parafuncionais podem ser divididas em dois grupos gerais: 
• atividade diurna; 
• atividade noturna. 
Atividade parafuncional diurna é aquela realizada durante o dia, geralmente sem que o indivíduo tenha 
consciência, como: apertar e ranger os dentes, morder a língua, ter hábitos posturais, etc. 
A atividade parafuncional noturna é composta de episódios únicos (apertamento) e contrações rítmicas 
(bruxismo) realizados inconscientemente durante o sono. 
A maioria das atividades funcionais consiste em contrações rítmicas e bem controladas e no relaxamento 
dos músculos envolvidos na função mandibular. A atividade parafuncional geralmente resulta em contração 
muscular mantida por longos períodos. Os reflexos neuromusculares estão presentes durante as atividades 
funcionais, protegendo as estruturas odontológicas de serem danificadas. 
Cada paciente possui uma capacidade de adaptabilidade diferente, tendo, portanto, seu próprio sistema 
biológico, que pode tolerar certo grau de variação do ideal. O sucesso clínico é diretamente relacionado a 
como o paciente pode se adaptar às alterações feitas pelo clínico. Fatores que influenciam são 
provavelmente vinculados a problemas inatos, como: 
• variabilidade genética; 
• resistência do hospedeiro; 
• fatores biológicos (dieta, hormônios, entre outros); 
• sono; 
• condicionamento físico; 
• fatores demográficos (idade, sexo, entre outros); 
Se um fator se tornar mais significativo, ele pode exceder a adaptabilidade e fazer com que os sintomas 
apareçam. Em algumas instâncias, pode haver uma alteração na adaptabilidade do paciente; se a 
adaptabilidade for reduzida, fatores etiológicos menos significativos podem se tornar influentes. 
 
 
 
 
 
 
Você Sabia? 
O convívio social influencia na adaptação à dor. 
Figura 2 – Como qualquer um pode caminhar sobre brasas 
 
Fonte: https://revistagalileu.globo.com/blogs/olhar-cetico/noticia/2014/10/como-qualquer-um-pode-caminhar-sobre-
brasas.html. Acesso em: 11 maio 2020. 
 
A simples presença de outro indivíduo na experiência de dor pode modificar os comportamentos dolorosos, 
promovendo uma forma de educação por imitação denominada modelação social. Embora a dor seja 
comumente referida como experiência individual, pesquisas mostram que a interação social influencia a 
forma como percebemos e/ou comunicamos a nossa dor. 
Sintetizando 
A etiologia das DTMs é complexa e multifatorial, o que quer dizer que um único fator sozinho não é capaz 
de gerar uma DTM. Os fatores etiológicos das DTMs podem ser classificados em 3 grupos: os fatores que 
aumentam o risco de DTMs são chamados fatores predisponentes, pois aumentam o risco do paciente vir a 
desenvolver uma DTM no futuro. Os fatores que ocasionam o início de DTM são chamados fatores 
desencadeantes e são responsáveis pelo surgimento dos primeiros sintomas do paciente. Os fatores que 
interferem na cura ou aumentam a progressão de DTM são chamados fatores perpetuantes. 
Após o surgimento dos sintomas para a disfunção, o caso tende para uma autorresolução. Esse processo 
pode ser interrompido caso surja algum fator perpetuante que prolongue os sintomas da DTM de forma 
indeterminada, fazendo com que o paciente necessite de tratamento para o controle da DTM. A 
identificação adequada dos fatores corretos é a base para o sucesso do tratamento das DTMs. Existem cinco 
fatores principais associados à DTM: trauma, estresse emocional, fontes de estímulo à dor profunda, 
atividades parafuncionais e condição oclusal. 
 
 
 
 
 
Modulo 4 
https://revistagalileu.globo.com/blogs/olhar-cetico/noticia/2014/10/como-qualquer-um-pode-caminhar-sobre-brasas.html
https://revistagalileu.globo.com/blogs/olhar-cetico/noticia/2014/10/como-qualquer-um-pode-caminhar-sobre-brasas.html
 
Classificação das DTMs 
As disfunções temporomandibulares (DTM) são definidas como um conjunto de condições 
musculoesqueléticas e neuromusculares que envolvem as articulações temporomandibulares (ATM), os 
músculos mastigatórios e as estruturas associadas. São condições altamente prevalentes no mundo todo, 
sendo as mulheres mais afetadas que os homens. Embora sejam condições principalmente observadas entre 
adultos jovens (com 20 a 50 anos de idade), estudos recentes vêm apontando que crianças e adolescentes 
são frequentemente afetados. Seus principaissintomas são dores (muscular e articular), limitações 
funcionais e sons articulares. 
O diagnóstico da DTM é essencialmente clínico e deve incluir anamnese e exame físico cuidadosos. 
Eventualmente, exames de imagem como tomografia e ressonância magnética podem ser necessários para 
o diagnóstico de alterações articulares. 
O DC/TMD é também constituído por dois eixos: o eixo I é composto pelos diagnósticos (mialgia, mialgia 
local, dor miofascial, dor miofascial com espalhamento, dor miofascial com dor referida, artralgia e cefaleia 
atribuída à DTM); o eixo II incorporou novos instrumentos já validados para avaliação do comportamento 
perante a dor, estado psicológico e funcionamento psicossocial. O eixo II pode ser aplicado em sua versão 
resumida ou completa. 
O DC/TMD tem sido amplamente utilizado e se mostra como o melhor critério de diagnóstico para DTM ao 
longo das últimas décadas. Certamente, o uso do DC/TMD em pesquisas ao redor do mundo deverá gerar a 
necessidade de revisões futuras. 
O raciocínio clínico para levar a um diagnóstico final segue um processo de dedução, que inclui: memória de 
conhecimento clínico adquirido por treinamento formal e exposição a diferentes condições e procedimentos 
clínicos. 
Figura 2 – Formação da hipótese de diagnóstico 
 
Fonte: Autoria própria. 
O processo de diagnóstico começa com a anamnese, que é o ponto-chave inicial para criar um banco de 
dados do paciente. Em seguida, forma-se o diagnóstico diferencial, que é uma lista de possibilidades, 
classificadas da mais provável para a menos. A confirmação do diagnóstico é obtida através da procura de 
sinais específicos da doença – conhecidos como sinais patognomônicos – ou quando não for possível com 
testes que possuam objetivos e critérios de diagnósticos precisos. 
De acordo com o DC/TMD, as DTMs podem ser classificadas como: 
• mialgia; 
• mialgia local; 
• dor miofascial com espalhamento; 
• dor miofascial referida; 
• artralgia; 
• cefaleia atribuída à DTM. 
 
Você Sabia? 
Você sabia que ansiedade também causa DTM? 
O termo desordem temporomandibular (DTM) é definido como um grupo de sinais e sintomas que afetam 
os músculos da mastigação, bem como as articulações e/ou suas estruturas associadas. Esses sinais e 
sintomas se apresentam como sons na ATM, otalgia, odontalgia e/ou cefaleia. Sua etiologia está associada 
a causas biológicas, biomecânicas, neuromusculares e biopsicossociais. Por se tratar de uma etiologia 
multifatorial e necessitar de vários parâmetros de avaliação, seu diagnóstico acaba sendo atrasado. É 
importante observar detalhadamente a história e os achados do exame físico. 
A DTM é considerada o segundo motivo de dores na região orofacial e afeta de 10% a 15% da população 
adulta, com idade média entre 20 a 40 anos, com prevalência no sexo feminino. 
De acordo com o modelo biopsicossocial, os fatores emocionais têm sido discutidos como influenciadores 
na etiologia da DTM, sendo esta considerada um dos sintomas psicológicos mais comuns nesses pacientes 
e, dependendo do seu nível, pode resultar em outros problemas relacionados à saúde. 
Embora estudos apresentem alto risco de desenvolvimento da DTM por meio da ansiedade, os mecanismos 
entre essa associação ainda não estão claros. 
Saiba mais em: http://otorrinoscuritiba.com.br/saude/estresse-e-ansiedade-causas-para-a-dtm.html. 
 
Sintetizando 
Após a apresentação deste conteúdo e seu estudo, finalizamos a semana entendendo que as disfunções 
temporomandibulares (DTM) são definidas como um conjunto de condições musculoesqueléticas e 
neuromusculares que envolvem as articulações temporomandibulares (ATMs), os músculos mastigatórios e 
as estruturas associadas. São condições altamente prevalentes no mundo todo, sendo as mulheres mais 
afetadas que os homens. O diagnóstico da DTM é essencialmente clínico e deve incluir anamnese e exame 
físico cuidadosos. Eventualmente, exames de imagem como tomografia e ressonância magnética podem ser 
necessários para o diagnóstico de alterações articulares. De acordo com o DC/TMD, as DTMs podem sem 
classificadas como: mialgia, mialgia local, dor miofascial com espalhamento, dor miofascial referida, artralgia 
e cefaleia atribuída à DTM. 
 
Patologias musculares 
A dor miofascial mastigatória pode ser classificada como dor miofascial com ou sem limitação de abertura 
bucal. A dor nos músculos mastigatórios e na região da ATM é o sintoma de maior prevalência nos indivíduos 
com DTM. Além desse sintoma, 60% dos indivíduos que têm DTM apresentam dor em outras regiões, como 
cabeça e cervical. A presença de dor nessa região é decorrente da conexão entre as estruturas cervicais e a 
ATM, que, através de músculos e ligamentos, formam o complexo denominado sistema crânio-cervical-
mandibular. Essas ligações estruturais têm incentivado estudos que buscam compreender a relação entre a 
DTM e os sintomas cervicais. 
O ponto-gatilho miofascial é um ponto hiperirritável, normalmente dentro de uma banda tensa do músculo 
esquelético ou na fáscia do músculo, que é dolorido à compressão e pode originar uma dor referida 
característica, dolorimento e fenômenos autonômicos. São características clínicas dos pontos-gatilhos 
miofasciais: histórico de fatores precipitantes; sobrecarga, movimentos rápidos, traumatismo direto ou 
resfriamento (estes em caso de início súbito); sobrecarga crônica, fadiga muscular, contração muscular 
sem encurtamento e atividade repetitiva (estes em caso de início gradual). Também pode originar-se em 
decorrência de doenças visceral, viral, metabólica e endócrina, artrite articular, deficiência nutricional, 
ansiedade e estresse emocional, bem como ser ativado por atividades indiretas de outros pontos de gatilho. 
As DTM musculares podem apresentar os seguintes sintomas de anormalidades autonômicos: 
• aumento da atividade vasomotora; 
• coriza; 
• congestão nasal; 
• perda de olfato; 
• sudorese aumentada; 
• atividade piloeretora aumentada; 
• salivação; 
• distúrbios proprioceptivos, como: 
http://otorrinoscuritiba.com.br/saude/estresse-e-ansiedade-causas-para-a-dtm.html
o desequilíbrio; 
o tontura; 
o zumbido. 
Podem apresentar ainda sintomas de anormalidades sensoriais, como: 
• diminuição do limiar de dor à pressão; 
• dor referida (percepção de dor para zonas de referência distantes em padrões específicos de 
referência de dor característicos da localização do PGm no músculo afetado); 
• sintomas de dor persistente. 
Outros sintomas presentes podem ser: 
• dermografia na pele sobre os pontos-gatilhos; 
• peniculose; 
• distúrbios de sono; 
• depressão; 
• distúrbios visuais. 
Os principais achados físicos das patologias musculares são: dolorimento pontual na banda tensa de um 
músculo, resposta contrátil local, exacerbação da dor com pressão firme, reprodução da dor usual e referida 
com pressão firme, aumento da dor com alongamento passivo ou ativo do músculo envolvido, sinal de pulo 
e eliminação dos sintomas com a terapia para os pontos-gatilhos. 
 
Você Sabia? 
Você sabia que paciente pode fazer bruxismo quando está acordado? 
N em vigília é realizado quando o paciente está acordado, sendo considerado um hábito parafuncional, 
como roer de unhas, morder objetos, etc. Normalmente, o paciente permanece por períodos longos 
apertando ou encostando os dentes, principalmente em momentos de tensão, estresse ou até mesmo 
quando está concentrado lendo um livro, estudando, usando o computador ou assistindo TV. O bruxismo 
em vigília pode também aparecer como efeito colateral de algumas medicações, sobretudo medicações 
utilizadas no tratamento da ansiedade, mal de Parkinson e outros problemas motores, o que não é tão 
comum. 
Saiba mais em: https://www.sorrisologia.com.br/noticia/bruxismo-de-vigilia-especialista-explica-o-que-e-e-
como-
identificar_a9488/1#:~:text=Entenda%20o%20que%20%C3%A9%20bruxismo,durante%20o%20per%C3%A
Dodo%20%E2%80%9Cacordado%E2%80%9D. Acesso em: 04 jul. 2020. 
 
Sintetizando 
A dor miofascialmastigatória pode ser classificada como dor miofascial com ou sem limitação de abertura 
bucal. O ponto-gatilho miofascial é um ponto hiperirritável, normalmente dentro de uma banda tensa do 
músculo esquelético ou na fáscia do músculo, que é dolorido à compressão e pode originar uma dor referida 
característica, dolorimento e fenômenos autonômicos. São características clínicas dos pontos-gatilhos 
miofasciais: histórico de fatores precipitantes; sobrecarga, movimentos rápidos, traumatismo direto ou 
resfriamento (estes em caso de início súbito); sobrecarga crônica, fadiga muscular, contração muscular sem 
encurtamento e atividade repetitiva (estes em caso de início gradual). Também pode originar-se em 
https://www.sorrisologia.com.br/noticia/bruxismo-de-vigilia-especialista-explica-o-que-e-e-como-identificar_a9488/1#:~:text=Entenda%20o%20que%20%C3%A9%20bruxismo,durante%20o%20per%C3%ADodo%20%E2%80%9Cacordado%E2%80%9D
https://www.sorrisologia.com.br/noticia/bruxismo-de-vigilia-especialista-explica-o-que-e-e-como-identificar_a9488/1#:~:text=Entenda%20o%20que%20%C3%A9%20bruxismo,durante%20o%20per%C3%ADodo%20%E2%80%9Cacordado%E2%80%9D
https://www.sorrisologia.com.br/noticia/bruxismo-de-vigilia-especialista-explica-o-que-e-e-como-identificar_a9488/1#:~:text=Entenda%20o%20que%20%C3%A9%20bruxismo,durante%20o%20per%C3%ADodo%20%E2%80%9Cacordado%E2%80%9D
https://www.sorrisologia.com.br/noticia/bruxismo-de-vigilia-especialista-explica-o-que-e-e-como-identificar_a9488/1#:~:text=Entenda%20o%20que%20%C3%A9%20bruxismo,durante%20o%20per%C3%ADodo%20%E2%80%9Cacordado%E2%80%9D
decorrência de doenças visceral, viral, metabólica e endócrina, artrite articular, deficiência nutricional, 
ansiedade e estresse emocional, bem como ser ativado por atividades indiretas de outros pontos de gatilho. 
 
Patologias articulares: deslocamento de disco 
Termo ortopédico geral que implica em uma falha mecânica que interfere com a ação suave da articulação. 
O distúrbio interno mais comum é o deslocamento de disco. 
Aspectos anatômicos e fisiológicos 
A articulação temporomandibular (ATM) é uma articulação sinovial bilateral que conecta a mandíbula ao 
osso temporal. O disco articular (menisco) é um tecido conjuntivo avascular denso e fibroso sem nenhuma 
inervação, ao contrário da cartilagem hialina encontrada em outras articulações do corpo. Sua estrutura oval 
bicôncava divide a cavidade articular em dois compartimentos distintos, assegura a estabilidade da ATM 
durante a função e absorve as forças que atuam na ATM durante a função. 
Durante a função ocorrem dois tipos de movimento em compartimentos separados da ATM: 
• translação no compartimento superior; 
• rotação no compartimento inferior. 
Na zona posterior, encontra-se o tecido retrodiscal ou zona bilaminar, tecido altamente vascularizado e bem 
inervado. 
Deslocamento de disco articular 
Desordem caracterizada por uma relação anormal entre o disco articular, o côndilo mandibular e a eminência 
articular. O disco articular desloca-se mais comumente para anterior e anteromedialmente. 
O deslocamento de disco articular é a mais frequente anormalidade achada em pacientes com sinais e 
sintomas de DTM, bem como a principal causa de desarranjo interno do ATM, com uma prevalência de 84% 
dos pacientes com sinais e sintomas de DTM. 
Classificação dos deslocamentos de disco articular 
De acordo com a classificação anatômica, os deslocamentos de disco podem ser: anterior, anteromedial, 
anterodistal, lateral, medial e posterior. De acordo com a função, os deslocamentos podem ser classificados 
como: deslocamento de disco com redução, deslocamento de disco sem redução com limitação de abertura 
bucal e deslocamento de disco sem redução e sem limitação de abertura bucal. 
Você Sabia? 
Você sabia que algumas dores de dente podem não ser causadas pelos dentes? 
Embora a dor de origem dentária seja a dor orofacial mais comum, outras dores não odontogênicas podem 
afetar a região orofacial e, ocasionalmente, imitar dor dental. Essas dores não odontogênicas podem 
representar um dilema para o dentista que trata rotineiramente a dor dentária. Odontalgias podem ser 
originadas de várias estruturas, dentre elas: odontalgias miofasciais, odontalgias cardíacas, odontalgias 
sinusais, odontalgias neurovasculares, odontalgias neuropáticas e odontalgias neoplásicas. 
Há uma infinidade de dores não odontogênicas que podem se apresentar no local do dente e imitar a dor de 
dente. Os dentistas também devem compreender o complexo mecanismo da dor odontogênica e a maneira 
pela qual outras estruturas orofaciais podem simular a dor dentária. 
Saiba mais em: https://julianadentista.com/category/odontalgia-nao-odontogenica-2/. Acesso em: 04 jul. 
2020. 
Sintetizando 
https://julianadentista.com/category/odontalgia-nao-odontogenica-2/
A articulação temporomandibular (ATM) é uma articulação sinovial bilateral que conecta a mandíbula ao 
osso temporal. O disco articular (menisco) é um tecido conjuntivo avascular denso e fibroso sem nenhuma 
inervação, ao contrário da cartilagem hialina, encontrada em outras articulações do corpo. Sua estrutura 
oval bicôncava divide a cavidade articular em dois compartimentos distintos, assegura estabilidade da ATM 
durante a função e absorve as forças que atuam na ATM durante a função. A desordem é caracterizada por 
uma relação anormal entre o disco articular, o côndilo mandibular e a eminência articular. O disco articular 
desloca-se mais comumente para anterior e anteromedialmente. 
O deslocamento de disco articular é a mais frequente anormalidade achada em pacientes com sinais e 
sintomas de DTM, bem como a principal causa de desarranjo interno do ATM, com uma prevalência de 84% 
dos pacientes com sinais e sintomas de DTM. 
 
Patologias articulares: alterações degenerativas 
A função normal da ATM depende da: morfologia do disco articular, inserção do disco (posterior e 
cartilagínea), coordenação do músculo pterigoideo lateral. 
A etiologia da alteração degenerativa articular se desenvolve com a seguinte cronologia de evolução: 
espessamento da banda posterior do disco, alongamento ou perda da inserção colateral ou posterior do 
disco, mudança de forma do disco (de bicôncavo para biconvexo) e descoordenação do músculo pterigoideo 
lateral. 
As principais alterações degenerativas são: 
Figura 2 – Osteófitos 
 
Disponível em: http://www.patologiadaatm.com.br/disfuncao-da-atm-e-perfuracao-do-disco/. Acesso em: 03 jul. 2020. 
• Osteoartrite. 
• Perfuração de disco. 
• Degeneração de côndilo e disco. 
Sinais e sintomas das alterações articulares 
São sinais ou sintomas clínicos de alterações articulares: 
http://www.patologiadaatm.com.br/disfuncao-da-atm-e-perfuracao-do-disco/
• estalido durante abertura e fechamento bucal; 
• desvio de linha médio durante abertura e fechamento bucal; 
• dor resultante de pressão no ligamento posterior; 
• limitação de abertura bucal. 
Você Sabia? 
O que é a neuralgia do trigêmeo? 
A neuralgia do nervo trigêmeo talvez seja uma das dores mais conhecidas e temidas do mundo. As fortes 
dores, geralmente em choques, acontecem, em grande parte, na face e na cavidade oral, o que faz com que 
os pacientes procurem atendimento odontológico. A crise dolorosa pode ser iniciada por estímulos inócuos 
e se desenvolve sem causa aparente ou por resultado de outra condição diagnosticada. 
A dor contínua adicional na mesma distribuição e no mesmo período que a dor paroxística é considerada NT 
com dor contínua concomitante, e esse fenótipo pode estar presente em cada uma das três categorias de 
subclassificação. O diagnóstico da NT deve ser inicialmente clínico, e as investigações subsequentes devem 
ser realizadas para identificar uma possível causa. 
Saiba mais em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-
e-dos-nervos/doen%C3%A7as-dos-nervos-cranianos/neuralgia-do-trig%C3%AAmeo. Acesso em: 04 jul. 
2020. 
Sintetizando 
A etiologia da alteração degenerativa articularse desenvolve com a seguinte cronologia de evolução: 
espessamento da banda posterior do disco, alongamento ou perda da inserção colateral ou posterior do 
disco, mudança de forma do disco (de bicôncavo para biconvexo) e descoordenação do músculo pterigoideo 
lateral. São sinais ou sintomas clínicos de alterações articulares: estalido durante abertura e fechamento 
bucal, desvio de linha médio durante abertura e fechamento bucal, dor resultante de pressão no ligamento 
posterior e limitação de abertura bucal. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/doen%C3%A7as-dos-nervos-cranianos/neuralgia-do-trig%C3%AAmeo
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/doen%C3%A7as-dos-nervos-cranianos/neuralgia-do-trig%C3%AAmeo

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