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Cervicite e Doença Inflamatória Pélvica (DIP) “Mecanismos de defesa” da região genital contra patógenos: Durante o menacme (Bacilos de Doderlein) (abundante em progesterona) ⇒ Crianças e mulheres pós menopausa não apresentam todos esses mecanismos de defesa. Investigação de corrimento vaginal ⇒ Realizar exame especular (identificar de onde vem o corrimento - vagina/colo). ⇒ Microscopia direta (coletar secreção, colocar na lâmina e visualizar no microscópio). ⇒ Teste do pH. ⇒ Testes das aminas (KOH 10% - ao ser aplicada na secreção, teste é + quando ocorre piora do cheiro). Cervicite ⇒ Causada principalmente por Gonococo (Neisseria gonorrhoeae) e Chlamydia (Chlamydia trachomatis). ⇒ Trata-se de uma IST (fatores de risco relacionados a exposição sexual). ⇒ Quadro clínico = Infecção assintomática em 70 a 80% dos casos. Quando sintomática podemos ter sintomas genitais leves (corrimento vaginal, dispareunia ou disúria). # Quando não tratada, a cervicite prolongada pode complicar para dor pélvica, DIP, gravidez ectópica e infertilidade. ⇒ Diagnóstico = Corrimento mucopurulento no orifício externo do colo uterino + colo hiperemiado + colo friável (pode ter sinusorragia e dispareunia). ⇒ Tratamento = Sindrômico # Tratar parceiro Doença Inflamatória Pélvica ⇒ Infecção polimicrobiana (Neisseria gonorrhoeae + Chlamydia trachomatis os mais comuns) do útero, ovário e trompas. # Infecção “acende o trato genital”. ⇒ É comum em mulheres jovens com atividade sexual desprotegida. ⇒ Fatores de risco = Sexualmente ativa, múltiplos parceiros, vaginites e vaginoses recorrentes, idade < 25 anos, história prévia de DIP, uso de duchas vaginais, instrumentação de colo uterino recente, condição socioeconômica desfavorável. ⇒ Manifestações clínicas ⇒ Descarga vaginal anormal, “corrimento” (75% dos casos). ⇒ Sangramento pós coito. ⇒ Sintomas miccionais irritativos. ⇒ Febre, mal estar, náusea e vômito. ⇒ Hipersensibilidade em baixo ventre. # pode ter dor à descompressão brusca do abdome. ⇒ Dor ao toque do colo do útero. Doença Inflamatória Pélvica ⇒ Diagnóstico = Presença de 3 critérios maiores + 1 critério menor ou então presença de 1 critério elaborado. ⇒ Critérios maiores (mínimos) ⇒ Dor a palpação anexial, dor a movimentação do colo uterino, dor pélvica/hipogástrica. ⇒ Critérios menores (adicionais)⇒ febre, secreção genital purulenta, massa pelvica, leucocitose, PCR ou VHS aumentado, documentação de infecção por clamídia ou neisseria. ⇒ Critérios elaborados ⇒ evidência histológica de endometrite, exame de imagem mostrando abscesso tubo-ovariano. ⇒ Diagnóstico diferencial = Cervicite, gravidez ectopica, endometriose, cisto ovariano, torçao ocariana, aborto espontaneo,colecistite, gastroenterite e apendicite. Tratamento Doença Inflamatória Pélvica Ambulatorial Hospitalar Classificação de MONIF: # Estágio 1 = DIP não complicada. # Estagio 2 = DIP com peritonite # Estágio 3 = oclusão de trompa/abscesso. # Estágio 4 Abscesso > 10 cm ou roto. Paciente em Estágio 1 de MONIF. Paciente em Estágio 2,3 ou 4 de MONIF. Gestantes. Quando não ocorre melhora após 72 horas em TTO ambulatorial. Doença Inflamatória Pélvica ⇒ O tratamento é feito com antibioticoterapia (COISA DO MAL), associação entre: ⇒ Ceftriaxone 500 mg IM em dose única. + ⇒ Doxiciclina 100 mg VO de 12/12 horas por 14 dias. + ⇒ Metronidazol 500mg VO de 12/12 horas por 14 dias. ## Pode ser usado Cefotaxima (1g IM dose única) no lugar da Ceftriaxona e Azitromicina ( 1g VO uma dose por semana por 2 semanas) no lugar da doxiciclina. ## Parceiro também deve ser tratado ⇒ associação com Ceftriaxona 500 mg IM dose única + Doxiciclina 100mg VO de 12/12 horas por 7 dias ## Em caso de TTO ambulatorial a paciente deve e retorno marcado para reavaliação (caso não ocorra melhora dos sintomas em 48 - 72 horas). Doença Inflamatória Pélvica ##### Pacientes com febre alta, sinais de sepse ou irritação peritoneal deve ser internada para receber antibioticoterapia. ⇒ Critérios obrigatórios para TTO intra hospitalar ⇒ Abscesso tubo-ovariano, gravidez, ausência de resposta clínica em 72 horas de TTO, intolerância a ATBs orais , estado geral grave. ### DIP complicada, com necessidade de internação hospitalar. ⇒ dieta livre e hidratação padrão + antibioticoterapia: ⇒ Ceftriaxona 1 g IV em dose única. + ⇒ Doxiciclina 100 mg VO de 12/12 horas por 14 dias. + ⇒ Metronidazol 400 mg IV de 12/12 horas por 14 dias. # Opção coringa na GO (2° opção) = Clindamicina IV + Gentamicina IV.
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