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3 PEÇA- NPJ - DIVÓRCIO - PARTILHA DE BENS

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Ao juízo de direito da 1º vara especial cível da comarca de Manaus-AM 
Número do Processo: 010.567.900.088. 
NIVIA SABERY já qualificada, AÇÃO DE RECONHECIMENTO E 
DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTAVEL, COM PARTILHA DE BENS E 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, que lhe move ALDOMAR SCHIO vem 
por meio de seu procurador oferecer CONTESTAÇÃO aos termos da referida ação em 
face dos seguintes fatos e fundamentos: 
I-PRELIMINARES DA CONSTESTAÇÃO 
Impugnação ao valor da causa 
 O autor atribuiu à causa a soma incorreta de R$ 110.000,00 quando é sabido que 
a lei (artigo.292, inciso VI, do Código de Processo Civil) determina que nos casos de 
cumulação de ações, o valor atribuído deve ser igual à soma dos valores de todas elas o 
que no presente caso deve ser de R$710.952,00. 
Sendo assim, peço a este juízo que se designa à receber preliminar de incorreção 
do valor da causa, ouvindo o autor em 15 dias e ao final determine a fixação do valor 
correto da causa segundo artigo 321 do código de processo, sob penal de extinção do 
processo. 
Inépcia da petição Inicial 
 O demandante requer uma pensão civil que está fundamentada no artigo 950 do 
código civil brasileiro, todavia esse artigo é usado apenas no caso se o dano gerar um 
resultado de diminuição ou impedimento de ofício ou profissão. Como não há nexo causal 
entre o dano alegado pelo demandante e o impedimento do oficio, não há motivo para 
requerer a pensão. 
Em face dos expostos e da inépcia da petição inicial, peço nos termos do artigo 
330 parágrafos 1º, inciso I do código de processo civil e do artigo 337 do mesmo código, 
pelo indeferimento da pensão civil e em consequência, a decretação da extinção parcial 
do processo sem resolução de mérito, além da condenação da demandante nos honorários 
advocatícios e nas custas processuais. 
Incompetência absoluta 
As ações de dissolução de união estável são questões de família segundo o artigo 
693 do código de processo civil, ou seja, a ação presente não deve ser julgada pela vara 
especial cível e sim pela vara de família segundo artigo 154, inciso I, alinha a, da Lei 
Complementar 17, de 23 de janeiro de 1997 (Lei de Organização e Divisão 
Judiciárias do Estado do Amazonas). 
 
Logo, há uma clara incompetência absoluta na vara especial cível para julgar e 
processar essa ação. Uma vez que os artigos supramencionados deixam patente que a as 
ações de família devem ser julgadas unicamente pela vara de família o que configura uma 
incompetência material perante a vara especial cível. 
Sendo assim, peço como medida obrigatória que seja decretada a incompetência 
absoluta da vara especial civil. 
 
II – MÉRITO 
 
No mérito, ação deve ser julgada improcedente. 
 
Em primeiro, porque o demandante não alega fatos que configurem o abandono 
material por parte da demanda, ou seja, para haver o abandono segundo o artigo 244 do 
código penal, ele deve ter ficado sem recursos necessários para sua subsistência e em 
nenhum momento tal fato foi configurado. 
 
Logo, o dano moral não é cabível uma vez que o demandante usa como 
fundamento o abandono para alegar o ato ilícito. Pois se não há ato ilícito não se têm 
motivos para falar em dano moral por fulcro do artigo 186 do código civil. 
 
Sendo assim, o demandante alega que a demandada tem o dever de indenizá-lo, 
pois o abandonou materialmente e para seu posicionamento ocorreu a violação a imagem, 
a honra e a intimidade, todavia este em nenhum momento mostra em sua peça inicial que 
houve a violação alegada por este. 
 
E também, o autor atribuiu um valor imaginário ao dano moral, pois o valor é muito 
oposto ao da jurisprudência atual. Como é visto no julgado no julga do Tribunal de Justiça 
do Distrito Federal e Territórios TJ-DF - Ação Cível do Juizado Especial: ACJ 
1392388420088070001 DF 0139238-84.2008.807.0001. Infringido os Artigos 291 e 292, 
inciso V, do Código de processo civil, não atribuindo um valor certo e determinado. 
 
Além disso, o demandante alega possuir um câncer, em nenhum momento foi feito 
perícia para comprovar a existência da doença, logo, não está comprovada a necessidade 
da tutela de urgência. Por consequência, a pensão deverá ser invalidada uma vez que não 
está comprovada a necessidade dos cuidados ambulatoriais. 
 
Ademais, a jurisprudência (Resp 1.171.820/PR, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, 
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 26/08/2015, DJe de 21/09/2015)) do STJ diz que 
comprovado o esforço comum a sua aquisição, devem ser objeto de partilha. Sendo assim 
por analogia "in bonam partem" a demandada tem direito a devolução dos gastos que 
teve entre os anos de 2010 a 2012, na reforma da casa como é aferido na peça inicial. 
 
III-CONCLUSÃO 
 
Diante do exposto, peço a este juízo o acolhimento das preliminares suscitadas: 
 
a) Impugnação ao valor da causa. E também que designe a receber a preliminar de 
incorreção do valor da causa, ouvindo o autor em 15 dias e ao final determine que 
seja fixado o valor correto da causa segundo artigo 321 do CPC, sob penal de 
extinção do processo sem resolução do mérito. 
 
b) Inépcia da petição Inicial: Em face do que já foi demostrado peço nos termos do 
artigo 330 parágrafos 1º, inciso I & artigo 337 do CPC, pelo indeferimento da 
pensão civil e em consequência, a decretação da extinção parcial do processo sem 
resolução de mérito. 
 
c) Incompetência absoluta: Há uma clara incompetência absoluta na vara especial 
cível para julgar e processar essa ação. Uma vez que já é patente que a as ações 
de família devem ser julgadas unicamente pela vara de família o que configura 
uma incompetência material perante a vara especial cível. Peço como medida 
obrigatória que seja decretada a incompetência absoluta da vara especial civil. 
Ainda assim, peço que o juízo não conceda a tutela de urgência, todavia, caso este 
juízo assim não entenda, peço pela diminuição da pensão em apenas 1 salário 
mínimo. 
 
https://tj-df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7389444/acao-ci-vel-do-juizado-especial-acj-1392388420088070001-df-0139238-8420088070001
https://tj-df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7389444/acao-ci-vel-do-juizado-especial-acj-1392388420088070001-df-0139238-8420088070001
https://tj-df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7389444/acao-ci-vel-do-juizado-especial-acj-1392388420088070001-df-0139238-8420088070001
E também que seja indeferido toda e qualquer dano cível, a moral, a imagem a 
honra. Contudo caso este juízo assim não entenda peço que valor seja mais razoável e 
justo ao caso concreto. 
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, em especial, o 
depoimento pessoal do requerente, documental e testemunhal. 
Além disso peço peça condenação do demandante ao pagamento das custas e dos 
honorários advocatícios. 
 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
Local/Data 
Advogado (nome completo e OAB).

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