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DIABETES MELITUS E GESTAÇÃO

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EPIDEMIOLOGIA 
Em 1980 havia 108 milhões de diabéticos e em 2017 
415 MILHÕES 
318 MILHÕES de adultos possuem intolerância à 
glicose, com risco elevado de desenvolver a doença 
no futuro 
A prevalência de diabetes tem aumentado mais 
rapidamente em países em desenvolvimento 
No mundo, 1 a cada 12 mortes em adultos, 5 
milhões de mortes ao ano, o que equivale a 1 morte 
a cada 6 segundos e o gasto com DM, na maioria dos 
países, varia entre 5% e 20% das despesas globais 
em saúde 
 
NO BRASIL 
♥ 56,9% excesso de peso 
♥ 20,8% obesidade 
♥ Estima-se que 58% dos casos de DM, no 
Brasil, sejam atribuíveis à obesidade. 
Crescimento da obesidade em adultos de 25 a 34 
anos e 35 a 44 anos, com 84,2% e 81,1%, 
respectivamente, segundo o Ministério da Saúde 
♥ 12,9-15,8 milhões de pessoas de 20 a 79 
anos com DM 
♥ SUS gastou R$ 726 milhões na aquisição dos 
medicamentos. 
♥ Gasto anual estimado de pelo menos US$ 
21,8 bilhões 
 
DEFINIÇÃO 
Desordem metabólica de etiologia múltipla, 
caracterizada por uma hiperglicemia crônica com 
distúrbios no metabolismo dos hidratos de carbono, 
lipídeos e proteínas, resultantes de deficiências na 
secreção ou ação da insulina, ou de ambas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Diabetes tipo 1: Desnutrição de células beta, 
usualmente levando a deficiência completa de 
insulina (autoimune e idiopático) 
Diabetes tipo 2: Graus variados de diminuição e 
secreção e resistência a insulina 
Diabetes mellitus gestacional 
Outros tipos específicos 
Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos 
principais protocolos de manejo de DM 
recomendam que a hiperglicemia inicial- mente 
detectada em qualquer momento da gravidez deve 
ser categorizada e diferenciada em DM 
diagnosticado na gestação (do inglês Overt 
Diabetes) ou em DMG 
 
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL 
Hiperglicemia detectada pela primeira vez durante 
a gravidez, com níveis glicêmicos sanguíneos que 
não atingem os critérios diagnósticos para DM, 
segundo a OMS. 
A diabetes mellitus é uma doença clínica, e não 
obstétrica pois é uma doença que pode atingir 
qualquer tipo de pessoa, mesmo que não grávida 
 
DM GESTACIONAL DIAGNOSTICADO NA GESTAÇÃO 
Sem diagnóstico prévio de DM, com hiperglicemia 
detectada na gravidez e com níveis glicêmicos 
sanguíneos que atingem os critérios da OMS para a 
DM na ausência de gestação. 
 
 
Diabetes mellitus + gestação= SEMPRE ALTO RISCO 
Gestação de Alto Risco é aquela na qual a vida ou a 
saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido 
têm maiores chances de serem atingidas que as da 
média da população considerada. 
Principal fator de risco para o desenvolvimento de 
diabetes do tipo 2 e de síndrome metabólica no 
adulto 
 
FATORES DE RISCO 
Idade (aumento progressivo do risco com o 
aumentar da idade) Sobrepeso/obesidade (IMC ≥ 
25Kg/m2) Antecedentes familiares de DM (primeiro 
grau) Antecedentes pessoais de alterações 
metabólicas: • HbA1c ≥ 5,7% (método HPLC) • 
Síndrome dos ovários policísticos • 
Hipertrigliceridemia • Hipertensão arterial 
sistêmica • Acantose nigricans • Doença 
cardiovascular aterosclerótica • Uso de 
medicamentos hiperglicemiantes Antecedentes 
obstétricos: • Duas ou mais perdas gestacionais 
prévias • Diabetes Mellitus gestacional • 
Polidrâmnio • Macrossomia (recém-nascido 
anterior com peso ≥ 4000g) • Óbito 
fetal/neonatalsemcausa determinada • 
Malformação fetal 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 
PORQUE TRATAR 
Uma redução da hemoglobina A1c (HbA1c) em um 
grupo tratado rigorosamente, resultou em uma 
redução de 63% no risco relativo de 
desenvolvimento de retinopatia, 54% em nefropatia 
e 60% em neuropatia. • A redução da HbA1c em 1% 
reduziu o risco das complicações microvasculares 
em 37%.8 
 
ORIENTAÇÕES 
O QUE 
ABORDAR 
SUGESTÕES DE ABORDAGEM 
O que é 
Diabetes 
Mellitus 
Gestacional? 
Situação em que a gestante 
apresenta aumento do 
“açúcar no sangue”.Isto 
ocorre porque durante a 
gestação, com o ganho de 
peso, ação de alguns 
hormônios, ocorre aumento d 
a resistência à ação d a 
insulina (hormônio 
responsável por diminuir o 
açúcar circulante no 
sangue).Quando o pâncreas d 
a gestante não consegue 
compensar essa maior 
demanda com maiorprodução 
d einsulina,ocorreaumentod a 
glicemia 
Risco de 
macrossomia, 
polidrâmnio e 
parto 
prematuro e 
internação em 
Unidade de 
Terapia 
Intensiva para o 
neonato 
Explicar que esse “açúcar alto 
no sangue” vai passar 
facilmente pela placenta e 
que seu filho vai recebê-lo. 
Com isso, o bebê poderá ficar 
muito grande e passar a urinar 
muito, levando a o aumento d 
o líquido amniótico. Esses 
doisfatores podem aumentar 
o risco d o parto prematuro 
 
TERAPIA NUTRICIONAL 
IMC pré-
gestacional 
(kg/m2 ) 
Ganho de 
peso (kg) 
total até a 
14ª 
semana 
Ganho de 
peso (kg) 
Após 14ª 
semana 
Ganho de 
peso (kg) 
total na 
gestação 
Baixo Peso 1,0-3,0 0,51 12,5– 18 
Adequado 1,0-3,0 0,42 11,5-16 
Sobrepeso 1,0-3,0 0,28 7 – 11,5 
Obesidade 0,2-2,0 0,22 5 – 9 
 
PERFIL GLICÊMICO 
• Perfil Glicêmico Completo Jejum 1h pós refeições 
(café, almoço e jantar) “Maior grau de compreensão 
e adesão ao tratamento das pacientes que realizam 
o automonitoramento da glicemia capilar está 
associado a melhores resultados da terapêutica do 
diabetes.” 
 
Frequência de realização do monitoramento da 
glicemia capilar inicial ou em dietoterapia 
Viabilidade financeira e 
disponibilidade técnica 
total 
Viabilidade financeira e 
disponibilidade técnica 
parcial 
Perfil diário de 4 
pontos Jejum, pós-
café, pós-almoço, pós-
jantar 
Perfil de 4 pontos 3 
vezes por semana 
Jejum, pós-café, pós-
almoço, pós-jantar 
 
Meta para o controle glicêmico 
Horário Jejum 1h pós 
prandial 
2h pós 
prandial 
Limites de 
glicemia 
<95 mgdL <140 
mgdL 
<120 
mgdL 
 
 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 
• Insulinoterapia (1ª escolha) 
• Metformina (NÃO APROVADO PELA ANVISA) 
 
METFORMINA 
Classe das biguanidas; Hipoglicemiante oral 
US Food and Drug Administration FDA: CLASSE B 
METFORMINA 
Não aumenta os níveis séricos de insulina por isso 
bem menos passível de causar hipoglicemia, mesmo 
em doses consideráveis. 
Absorção 50 a 60%; Meia-vida Aproximadamente 
6h • Pico de ação (Cmax) 1 a 3h; Efeito máximo 2 
semanas; Eliminação 90% via renal; Ligação a 
proteínas plasmáticas Insignificante METFORMINA 
As concentrações no cordão umbilical na altura do 
parto são comparáveis às concentrações 
terapêuticas nos adultos, podendo até ser 
superiores às concentrações maternas 
 
Indicações para a consideração do uso da 
metformina no tratamento de Diabetes Mellitus 
Gestacional 
Não acessibilidade à insulina; ·Dificuldade na 
autoadministração de insulina; ·Estresse para a 
paciente em níveis exacerbados decorrentes uso de 
insulina e que determina restrição alimentar, não 
corrigida mesmo após orientação adequada; 
·Necessidade de altas doses diárias de insulina 
(>100UI) sem resposta adequada no controle 
glicêmico e ganho de peso excessivo em uso de 
insulina 
 
DOSE INICIAL E AJUSTES DA INSULINOTERAPIA 
 
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) 
recomenda o cálculo da dose inicial de 0,5 
UI/Kg/dia.Os ajustes devem ser realizados, no 
mínimo a cada 15 dias até a 30ª semana de idade 
gestacional e semanalmente após a 30a semana, 
individualizados para cada caso, baseando-se nos 
resultados do automonitoramento da glicemia 
capilar.(25)Dependendo da dose diária calculada, 
esta deverá ser distribuída em múltiplas aplicações 
diárias (duas a três) , com a maior concentração pela 
manhã, antes do café da manhã. 
 
 
CONDUTA APÓS O PARTO 
 
Após o parto, a puérpera deve ser orientada a 
suspender a terapia farmacológica antidiabética e 
retornar em seis semanas à unidade de saúde para 
a realização de Teste Oral de Tolerância à Glicose 
(viabilidade técnica total) ou glicemia de jejum 
(viabilidade técnica /financeira parcial). 
 
PREVENÇÃO♥ Dieta saudável 
♥ Atividade física 
♥ Diagnostico precoce 
♥ Tratamento adequado 
♥ Gestação planejada

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