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Amanda L. Schell - TXXI conceito Aneurisma é uma dilatação anormal, em torno de 50% a mais do diâmetro do vaso normal, localizada de um vaso sanguíneo ou do coração., podendo ser congênito ou adquirido. Os homens apresentam maior risco para o desenvolvimento do aneurisma, no entanto as mulheres têm maior suscetibilidade para rompimento desse, quando desenvolvido. O aneurisma pode ser classificado quanto a forma, sendo então dividido em: • Fusiforme – difusos e circunferentes; podem apresentar variação no diâmetro de até 20cm. (Fig. 1) • Saculares – bolsas esféricas que envolve apenas uma parte do vaso; pode variar de 5 a 20cm; costumam conter trombos, maior risco de romper (Fig 2) Outra forma de dividir é em: • Verdedeiros – a dilatação envolve as 3 camadas histológicas do vaso (Fig 3) • Pseudoaneurismas – quando há um hematoma extravascular (Fig. 4) FISIOPATOLOGIA O aneurisma está não apenas ligado a fatores que promovem o enfraquecimento da parede arterial, mas também ao aumento local das forças hemodinâmicas. Existem fatores hereditários que promovem uma redução da qualidade intrínseca do tecido conjuntivo. Dentre esses, estão as síndromes de Marfan, de Loys-Dietz e Ehlers-Danlos. Mas uma das causas mais significantes para o aneurisma é a aterosclerose. Essa à medida que espessa a camada íntima, mas difícil da nutrição necessária se difundir, dessa forma, promove uma isquemia da camada média interna Outra manifestação clinica capaz de ocasionar essa patologia é a hipertensão sistêmica. Nesse caso há uma isquemia da média, por meio do estreitamento dos vasa vasorum. Essas isquemias na média provocam não só uma perda de células musculares lisa, como também uma perda de fibras elásticas e uma produção inadequada de matriz extracelular. Além das doenças já citadas temos a sífilis terciária, uma causa rara de aneurismas aórticos. Essa infecção gera uma endarterite oblitarativa, principalmente dos vasa vasorum da aorta torácica ocasionando uma inflamação das paredes desses vasos que irão proporcionar uma lesão isquêmica da média e por fim uma dilatação aneurismática. Tipos Há dois tipos principais de aneurisma, sendo eles: • Aórtico-abdominal (AAA) O aneurisma aórtico-abdominal (fig. 5) ocorre com maior frequência em decorrência da piora da aterosclerose. Sua ocorrência é maior em homens fumantes, além de serem pouco frequente em indivíduos menores de 50 anos. Esse tipo pode ser sacular ou fusiforme, ademais pode ter até 15cm de diâmetro. Pode afetar outras artérias, em especial as renais e mesentéricas, tanto de forma direta como em decorrência da oclusão dos óstios vasculares. Quando o diâmetro do vaso não ultrapassa 50%, essa patologia é denominada ectasia. Amanda L. Schell - TXXI Apesar da principal causa ser a aterosclerose a variantes capazes de ocasionar esse tipo 1. AAA inflamatório – comum em pacientes jovens que apresentam marcadores sorológicos inflamatórios elevados 2. Relacionado a IgG4 – os indivíduos que apresentam altos níveis de IgG4 são acometidos de aortite e periaortite, tais enfraquecem a parede vascular e aumenta a chance de desenvolvimento de aneurisma. 3. AAAs micóticos – em decorrência do alojamento de microrganismo na parede do vaso, essa forma potencializa a dilatação rápida e a ruptura. Boa parte dos pacientes são assintomáticos, no entanto há outras manifestações clinicas como: 1. Dilatação expressiva – em pacientes mais magros é possível notar na palpação uma massa pulsátil 2. Necrose de podaláctilos – promovido pela embolização de algum trombo que irá levar à uma isquemia distal, principalmente nas extremidades. 3. Ruptura – caso grave; pacientes podem apresentar uma tríade clássica: dor, hipotensão e massa abdominal pulsátil. 4. Fístula da veia cava inferior – complicação rara; alteração na hemodinâmica do paciente. (Fig 6) A forma de diagnostico pode ser pelo quadro clinico, mas também pelo uso de exames de imagem, como: 1. Ultrassonografia – grande relevância para confirmar o diagnóstico; capaz de estimar o diâmetro com baixa margem de erro; limitado para pacientes com gases. 2. Angiotomografia – proporciona uma riqueza de detalhes; exame de escolha para planejar o procedimento cirúrgico; o ponto negativo é que a exposição ao raio ionizante e uso de contraste é danoso, principalmente, em pacientes com doença renal. 3. Anigorressonância magnética – exame de alto custo, apesar de apresentar uma riqueza de detalhes não é escolhido para ajudar no planejamento da cirurgia. O tratamento para esse tipo de casos pode ocorrer da seguinte forma: 1. Cirurgias – recomendado, preferivelmente, para pacientes que apresentar maior risco de ruptura, podendo ser feito por: 1.1. Cirurgia aberta – podendo ser feito por via transperitoneal ou retroperitoneal 1.2. Cirurgia endovascular - inserção de uma endoprótese 2. Manejo clínico – redução dos fatores de risco 2.1. Cessar o tabagismo 2.2. Uso de anti-hipertensivos para controle da hipertensão arterial 2.3. Uso de estaminas para controle da dislipidemia • Aneurisma de aorta torácica (AAT) Se assemelha ao AAA em muitos aspectos, mas nesse caso não será possível palpar uma massa pulsátil no abdômen, já que irá ter um aumento na massa do toráx. O tratamento cirúrgico é quase igual do AAA, mas nesse tipo há opção de um cirurgia hibrida , no qual uma parte é feita por cirurgia aberta e outra por via endovascula. • Aneurismas periféricos Esse tipo é raro, mas tem grande perigo, já que podem causar complicações como isquemia distal. Podendo ser na artéria: poplítea, femoral, braquial e carótida Dentro os citados o mais comum é o aneurisma de artéria poplítea (AAP). Apresentam maior ocorrência em homens, com mas de 65 anos e associados a aneurismas AAA. Esse tem como principal fator de risco a hipertensão arterial, mas pode ser intensificado pelo tabagismo e dislipidemia. Boa parte dos pacientes assintomáticos, porém pode apresentar algum grau de isquemia que pode levar a complicações como perda do membro. O tratamento é semelhante ao dos anteriores, mas sendo o reparo aberto o preconizado, já que nessa região poderia danificar o stent.
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