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Atividade Terapêutica II – 1AF Aluna: Marília de Araújo Alves 1 - O Sr e a Sra Sampaio visitam seus netos com freqüência, e da última vez, acompanharam a filha na visita ao médico do neto, Daniel. O garoto tem 6 anos, e tem frequentes e súbitas crises, caracterizadas por olhar vago, desligamento do ambiente, cessação da atividade motora e relaxamento muscular, as quais eram seguidas por abalos clônicos da cabeça e dos membros. O médico levantou a história de Daniel e fez exames clínicos, que não evidenciaram maiores problemas. Frente ao diagnóstico clínico de crises generalizadas de ausência típica (pequeno mal), foi solicitado um eletroencefalograma que demonstrou complexos onda e ponta, três por segundo, confirmando o diagnóstico. O médico prescreveu ácido valpróico para o tratamento. Explique a conduta médica sobre o ponto de vista do mecanismo de ação do medicamento. Daniel apresenta crises generalizadas de ausência típica. O ácido valproico foi recomendado pois é um anticonvulsivante utilizado no tratamento de pacientes com crises convulsivas e epilépticas que surgem devido a uma superexcitação e hiperpolarização do SNC. Esse medicamento representa uma das principais drogas no tratamento da epilepsia, sendo eficaz tanto para crises generalizadas como parciais. Em relação ao mecanismo de ação, o ácido valproico torna a membrana neuronal despolarizada, evitando a geração de novos potenciais de ação e, consequentemente, reduzindo os episódios de crises convulsivas. Além disso, o fármaco potencializa a função gabaérgica, por meio de um aumento na liberação do ácido gama-amino-butírico (GABA) e da inibição das enzimas que degradam o GABA (por exemplo, GABA-amino transferase). Sua tolerabilidade e segurança estão bem estabelecidas, podendo ser utilizado em certos tipos de epilepsia infantil. 2 - Se no caso anterior o paciente se fosse idoso seria a mesma conduta? Se não, qual medicamento e mecanismo de ação do mesmo? Não, seria uma conduta diferente. No paciente idoso, o ácido valpróico não seria o medicamento de primeira escolha para o tratamento devido ao seu elevado efeito depressor e efeitos adversos como tremores, fadiga muscular, sonolência e trombose. Nessa situação, têm-se a lamotrigina como possibilidade para primeira escolha de tratamento. Esse fármaco não possui efeito gabaérgico, ou seja, não provoca depressão do SNC. Deve-se atentar ao fato de que idosos já convivem com uma deficiência de neurotransmissores excitatórios. Além disso, outra vantagem desse medicamento é o fato de não apresentar semelhança química com indutores enzimáticos e não interferir no metabolismo de outros fármacos, não havendo interação medicamentosa. 3 - Paciente 45 anos, deu entrada no setor de emergência em estado comatoso. A família relatou que o paciente faz uso de benzodiazepínico toda noite antes de dormir, e há dois dias estava com diarreia e fazendo tratamento medicamentoso. A partir dessas informações, qual possível medicamento para o controle da diarreia o paciente estava fazendo uso? Pelo fato de o paciente se encontrar em estado comatoso, possivelmente o medicamento contra diarreia utilizado no tratamento é o Cloridrato de Loperamida (Imosec), um opioide que aumenta o tônus do esfíncter anal, reduz a motilidade e provoca constipação em quadros diarreicos. Além disso, apresenta efeito sedativo, bem como o medicamento benzodiazepínico utilizado pelo paciente diariamente antes de dormir. A combinação desses fármacos levou a um aumento na sedação do paciente, levando-o ao estado comatoso.
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