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ANTICONCEPÇÃO HORMONAL

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A assistência em contracepção deve ser imparcial e abranger 
todas as técnicas disponíveis com suas respectivas taxas de 
eficácia, critérios de elegibilidade, indicações, 
contraindicações e possíveis efeitos colaterais, para que a 
mulher ou casal tenham as informações necessárias para 
escolher o método mais adequado à sua realidade. 
 
O indicador mais utilizado para avaliar a eficácia é o Índice de Pearl (IP), que mede o número percentual de gestações no 
primeiro ano de uso do método. A taxa de gravidez sem uso de nenhuma estratégia contraceptiva é de 85 gestações a 
cada 100 mulheres em um ano. 
Com bons recursos para julgamento clínico: 
• Categoria 1: método usado em qualquer circunstância; 
• Categoria 2: geralmente use o método; 
• Categoria 3: uso do método não geralmente recomendado a menos que outros mais apropriados não estejam 
disponíveis ou não sejam aceitos. 
Com recursos limitados para julgamento clínico: 
• Categorias 1 e 2: use o método; 
• Categoria 3: não use o método. 
SIU-LING 
O Sistema Intrauterino com Levonorgestrel, comercializado como Mirena, é um dispositivo em formato de “T” com 
estrutura de polietileno. Sua haste vertical é revestida por um cilindro composto de polidimetilsiloxano que contém 
levonorgestrel (LNG). Este é liberado em dose relativamente constante de 20 microgramas/dia através de uma membrana 
semipermeável com eficácia de 5 anos. 
Mecanismo de ação: Combinação de atrofia endometrial, estímulo da formação de muco cervical espesso e redução da 
motilidade tubária, desfavoráveis à progressão dos espermatozoides no trato genital superior. 
Vantagens: 
• Baixo índice de falha → taxa de gravidez acumulada até 5 anos é de 0-0,2 por 100 mulheres; 
• Menor incidência de DIP; 
• Diminuição do fluxo menstrual, podendo levar à oligomenorreia e amenorreia → melhor eficácia, quando 
comparado com o DIU de cobre; 
• Promove melhora da dismenorreia, em virtude da amenorreia que o método promove em 50% das pacientes. 
Desvantagens: 
• Custo; 
• Necessidade de treinamento médico adequado para sua inserção; 
• Pode haver irregularidade menstrual nos primeiros seis meses após a colocação. 
Efeitos colaterais: 
• Spotting ou manchas → frequentes nos 2-3 primeiros meses; 
1. Sistema intrauterino com levonorgestrel 
(SIU-LNG) 
2. Contraceptivo oral (pílula) 
3. Contraceptivo injetável 
4. Implante de progestagênio 
5. Sistema transdérmico (adesivo) 
6. Anéis vaginais liberadores de hormônios 
• Amenorreia → 20% em um ano e 50% em cinco anos; 
• Efeitos hormonais → sensibilidade mamária/acne; 
• Outros efeitos → dor abdominal, dor nas costas, cefaleia, depressão, náusea e edema. 
Momento ideal: 
Durante o período menstrual, uma vez que é possível excluir a possibilidade de gravidez, o colo uterino encontra-se mais 
amolecido e dilatado facilitando a inserção, com redução da chance de expulsão. Entretanto, para mulheres que 
comprovadamente não estejam grávidas e desejam iniciar o método, esse pode ser colocado em qualquer momento do 
ciclo menstrual. 
Complicações: 
• Principais riscos correlacionam-se com a inserção → dor, reação vagal, perfuração uterina, sangramento, 
laceração cervical, bacteremia transitória, expulsão e falha do método. 
• Infecção nos primeiros 60 dias após a colocação: 
o Iniciar antibioticoterapia de amplo espectro direcionada à microbiota vaginal normal (Doxiciclina 100 mg 
12/12 horas por 14 dias). 
o Remoção do SIU-LNG não é mandatória, devendo ser conversado e decidido em conjunto com a paciente. 
Contraindicações: 
• Neoplasia ou doença hepática em atividade; 
• Câncer de mama; 
• Gestantes; 
• Sangramento uterino a esclarecer; 
• Lactantes com menos de seis semanas pós-parto; 
• Tromboembolismo ou embolia pulmonar atual; 
• Distorção da cavidade uterina; 
• Endometrite pós-parto ou após aborto nos últimos três meses; 
• DIU/SIU-LNG previamente instalado e que não foi retirado; 
• Doença inflamatória pélvica (DIP) ou comportamento de risco para tal doença; 
• Suspeita ou diagnóstico de câncer de corpo ou colo uterino; 
• Cervicite mucopurulenta. 
CONTRACEPTIVOS ORAIS COMBINADOS (ACO) 
Estrogênios disponíveis em dois tipos: natural (valerato de estradiol e o 17-beta-estradiol) ou sintético (etinilestradiol – 
EE). 
É possível encontrar o etinilestradiol associado a diversos progestagênios: levonorgestrel, desogestrel, gestodeno, acetato 
de ciproterona, clormadinona e drospirenona, que apresentam variação na atividade androgênica sobre a pele, pelos e 
perfil lipídico. 
Todos os progestagênios utilizados reduzem sinais e sintomas androgênicos através da redução do nível sérico de 
testosterona livre, porém alguns reduzem mais que outros. Seu uso limita a ação da 5-alfa-redutase, responsável pela 
conversão da testosterona em sua forma ativa a di-hidrotestosterona. 
Os ACO são considerados de baixa dosagem quando possuem conteúdo diário de etinilestradiol inferior a 50 microgramas. 
As doses variam de 15 a 35 microgramas de etinilestradiol. 
Monofásicos: A dose dos hormônios é idêntica em todas as pílulas da cartela. 
Bifásicos/trifásicos: Variações de dose de estrogênio e progestagênios ao longo do ciclo, visando diminuir os efeitos 
adversos e alterações metabólicas induzidas pelos hormônios. 
• As formulações multifásicas possuem maior chance de equívoco no uso em virtude das diversas cores das pílulas 
na cartela, maior incidência de spotting em virtude do colapso endometrial quando comparadas com as 
monofásicas. 
Mecanismo de ação: Intervenção no eixo neuroendócrino, intervindo no mecanismo de estimulação ovariana pelas 
gonadotrofinas, através de uma interferência direta sobre os mecanismos de feedback cursando com bloqueio 
gonadotrófico, especialmente do pico de LH e, com isso, impedindo que ocorra a ovulação → anovulatórios! 
Associado a isso, também atuam por meio do componente progestagênico: 
• Intervém no aspecto do muco cervical, tornando-o impenetrável pelo espermatozoide; 
• Intervém no endométrio, tornando-o hipotrófico, condição considerada inóspita para a implantação do embrião. 
Modo de uso: 
Cartela de 21 dias: Início do uso da cartela é feito com a ingestão da primeira pílula no primeiro dia do ciclo, dando 
continuidade de uma pílula/dia no mesmo horário nos 21 dias subsequentes. Ao final da cartela, é realizada uma pausa 
de 7 dias, e então recomeça-se uma nova cartela. 
• Durante a pausa entre as cartelas, é esperado que a paciente curse com a menstruação. 
• O ideal é que seja usado sempre no mesmo horário, para diminuir a incidência de spotting. 
Cartela de 28 dias: O início do uso da cartela é feito com a ingestão da primeira pílula no primeiro dia do ciclo, dando 
continuidade de uma pílula/dia no mesmo horário nos 28 dias subsequentes. 
• As quatro últimas pílulas da cartela são placebo, desse modo espera-se que a paciente curse com a menstruação 
durante o uso. 
• O uso da pílula é contínuo, porém há privação hormonal simulando uma pausa como na cartela de 21 dias. 
Em caso de esquecimento: A paciente deve tomar a pílula que esqueceu imediatamente ao lembrar e a do próximo dia 
no horário habitual. Caso lembre apenas no momento da pílula seguinte, ambas devem ser tomadas ao mesmo tempo. 
Quando o ACO for de baixa dosagem hormonal ou se mais de uma pílula for esquecida no ciclo, o uso deve continuar 
normalmente até o final da cartela, porém a paciente deve utilizar concomitantemente um método de barreira por uma 
semana. 
Eficácia: Sendo usada corretamente, apresenta uma taxa de falha em torno de 0,5/100 mulheres por ano, independente 
da formulação. 
O uso de ACO com as seguintes drogas resulta em diminuição na eficácia da contracepção: 
• Antifúngicos → griseofulvina; 
• Anticonvulsivantes/sedativos → fenitoína, mefenitoína, fenobarbital, primidona, carbamazepina, etossuximida, 
topiramato, oxcarbazepina; 
• Antibióticos → rifampicina, tetraciclina, doxiciclina, penicilinas, ciprofloxacina,ofloxacina; 
• Antirretrovirais → inibidores das transcriptase reversa não nucleosídeo e inibidores da protease. 
Vantagens: 
• Regulariza o ciclo menstrual; 
• Melhora a dismenorreia; 
• Melhora sintomas androgênicos (acne e hirsutismo); 
• Controla os sintomas da endometriose; 
• Diminui a incidência de câncer de ovário e endométrio, se usado em longo prazo. 
Efeitos colaterais mais frequentes: 
• Náusea; 
• Aumento do tamanho das mamas (ductos e gordura); 
• Retenção de líquidos; 
• Ganho de peso rápido e cíclico; 
• Complicações tromboembólicas. 
Contraindicações: 
• Tabagistas com 35 anos ou mais; 
• Presença de múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular → idade avançada, tabagismo, diabetes e 
hipertensão arterial; 
• Hipertensão arterial sistêmica; 
• Cardiopatia isquêmica; 
• Cardiopatia valvular ou arritmia complicada (hipertensão pulmonar, fibrilação arterial, endocardite bacteriana 
pregressa); 
• Enxaqueca com sinais neurológicos focais ou sem sinais em mulheres com 35 anos ou mais; 
• Câncer de mama prévio ou atual; 
• Lactante com menos de seis meses pós-parto ou não-lactante com menos de 21 dias pós-parto; 
• Trombose venosa profunda ou embolia pulmonar prévias ou atuais; 
• Patologias reumatológicas (lúpus eritematoso sistêmico); 
• Hepatopatias graves; 
• Trombofilias; 
• Neoplasias. 
CONTRACEPTIVOS ORAIS DE PROGESTAGÊNIOS 
Minipílulas (noretisterona ou levonorgestrel) e pílula de desogestrel. 
Mecanismo de ação: Promove alteração no endométrio e do muco cervical, dificultando a fecundação e implantação do 
embrião no endométrio. 
Modo de uso: A paciente deve tomar um comprimido diariamente, de forma ininterrupta. O início do uso pode ser a 
qualquer momento, em qualquer dia do ciclo ou do puerpério. 
Minipílulas: Formulações mais antigas que podem ser de noretisterona ou levonorgestrel. Estes medicamentos apenas 
inibem a ovulação em aproximadamente 50%, com isso as mudanças promovidas no muco possuem duração máxima de 
duas horas. Desta forma, o comprimido deve ser tomado diariamente no mesmo horário e um atraso maior que três horas 
na ingestão requer que outro método anticoncepcional seja utilizado pelas 48 horas subsequentes. 
Desogestrel 75 microgramas: Apresenta eficácia semelhante à dos ACO, com inibição da ovulação em 99% dos casos, 
permitindo a ingesta atrasada do comprimido em até 12 horas, sem comprometimento do efeito. 
Vantagens: As pílulas contendo apenas progestagênios possuem poucos efeitos cardiovasculares e na cascata de 
coagulação. Portanto, mostram-se apropriadas para pacientes com risco aumentado para doenças cardiovasculares e 
portadores de trombofilias. Podem ser utilizadas por pacientes com enxaqueca, tabagistas com mais de 35 anos de idade 
e em lactantes com mais de seis semanas pós-parto, uma vez que não interfere na produção do leite. 
Desvantagens: Spotting, amenorreia e períodos prolongados de menorragia. 
Contraindicação: 
• Neoplasia ou doença hepática em atividade; 
• Câncer de mama; 
• Gestantes; 
• Pacientes com sangramento uterino a esclarecer. 
CONTRACEPÇÃO INJETÁVEL 
Contraceptivo injetável combinado: As formulações combinadas de uso mensal (acetato de medroxiprogesterona 25 mg 
+ cipionato de estradiol 5 mg e enantato de noretisterona 50 mg + valerato de estradiol 5 mg) são indicadas para 
pacientes que esquecem ou atrasam o uso de diversas pílulas por cartela, que possuem intolerância gastrointestinal ou 
síndromes disabsortivas (doenças inflamatórias intestinais, cirurgia bariátrica). 
Mecanismo de ação: Mesmo das pílulas combinadas → bloqueio ovulatório. 
Efeitos colaterais: Irregularidades menstruais, mastalgias, cefaleias, tonturas e aumento de peso. 
Contraceptivo injetável exclusivo de progestagênio: A formulação que contém apenas progestagênio (acetato de 
medroxiprogesterona 150 mg) é administrada a cada 90 dias. Considerada boa escolha para pacientes de drogas 
antiepilépticas, diabéticas sem vasculopatia, HIV-positivo em uso de inibidores de protease, no pós-parto imediato e pós-
operatório de cirurgia bariátrica. 
Mecanismo de ação: Importante bloqueio da ovulação, por meio de efeito antigonadotrópico. Além disso, promove uma 
importante atrofia do endométrio que pode determinar amenorreia. 
Efeitos colaterais: Mastalgia, ganho de peso, retenção hídrica, cefaleia, depressão, sangramento irregular, diminuição 
reversível da massa óssea, retardo no retorno da fertilidade e amenorreia. 
Contraindicação: 
• Neoplasia ou doença hepática em atividade; 
• Câncer de mama; 
• Gestantes; 
• Sangramento uterino a esclarecer. 
IMPLANTES 
O implante de progestagênio disponível em escala global é comercializado como Implanon. Consiste em um bastão 
subdérmico único revestido por um polímero de etileno vinil acetato contendo 68 mg de etonogestrel. 
Mecanismo de ação: O hormônio é liberado de maneira contínua agindo através do bloqueio da ovulação, aumento da 
viscosidade do muco cervical e atrofia endometrial, impedindo a fecundação. 
Modo de uso: O local de escolha para implantação do bastão é na face interna do braço ao longo do sulco do bíceps a 
uma distância de 6 a 8 cm da prega antecubital. A inserção é rapidamente realizada com dispositivo específico após 
aplicação de anestesia local. Após a inserção, deve ser confirmada a presença palpável do implante pelo médico e 
paciente. O efeito contraceptivo se inicia oito horas após a inserção e dura por até três anos. A retirada do implante pode 
ser realizada ambulatorialmente, em virtude da sua localização superficial, sendo realizada uma pequena incisão para 
retirada do bastão. 
 
Contraindicação: 
• Neoplasia ou doença hepática em atividade; 
• Câncer de mama atual ou prévio; 
• Gestantes; 
• Sangramento uterino a esclarecer. 
As pacientes devem ser orientadas sobre a possibilidade de sangramento irregular persistente, que não afeta a eficácia 
contraceptiva, porém pode ser incômodo! 
SISTEMA TRANSDÉRMICO (ADESIVO) 
O sistema transdérmico (Evra) é um adesivo que consiste em uma camada interna formada por matriz com liberação 
diária de 203 microgramas de norelgestromina e 33,9 microgramas de etinilestradiol, e uma camada externa 
impermeável. 
Modo de uso: O primeiro adesivo é colocado por convenção no primeiro dia do ciclo, sendo trocado uma vez por semana. 
Ao final da terceira semana é feita uma pausa de sete dias para que ocorra a menstruação e então reiniciado novo ciclo. 
• A aplicação deve ser realizada no abdome inferior, região superior do dorso, nádegas ou região inferior do 
segmento proximal do antebraço. Não deve ser aplicado nas mamas. 
Efeitos colaterais mais frequentes: 
• Náusea; 
• Aumento do tamanho das mamas (ductos e gordura); 
• Retenção de líquidos; 
• Ganho de peso rápido e cíclico; 
• Complicações tromboembólicas. 
Contraindicações: 
• Tabagistas com 35 anos ou mais; 
• Presença de múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular → idade avançada, tabagismo, diabetes e 
hipertensão arterial; 
• Hipertensão arterial sistêmica; 
• Cardiopatia isquêmica; 
• Cardiopatia valvular ou arritmia complicada (hipertensão pulmonar, fibrilação arterial, endocardite bacteriana 
pregressa); 
• Enxaqueca com sinais neurológicos focais ou sem sinais em mulheres com 35 anos ou mais; 
• Câncer de mama prévio ou atual; 
• Lactante com menos de seis meses pós-parto ou não-lactante com menos de 21 dias pós-parto; 
• Trombose venosa profunda ou embolia pulmonar prévias ou atuais; 
• Patologias reumatológicas (lúpus eritematoso sistêmico); 
• Hepatopatias graves; 
• Trombofilias; 
• Neoplasias. 
O método tem maior taxa de falha em pacientes com 90 kg ou mais! 
 
 
ANÉIS VAGINAIS LIBERADORES DE HORMÔNIOS 
O anel vaginal (NuvaRing) é um contraceptivo hormonal não oral com liberação contínua diária de 15 microgramas de 
etinilestradiol e 120 microgramas de etonogestrel. Consiste em um anel flexível de polímero que deve ser inserido navagina. Uma vantagem do método é a ausência do efeito de primeira passagem pelo fígado, apresentando menor impacto 
metabólico. 
A incidência de casos de colapso endometrial é baixa, bem como queixa por parte dos homens durante a relação sexual. 
O método apresenta baixa incidência de sangramento de escape, com bom controle do ciclo menstrual. Apesar de 
existirem relatos de aumento na lubrificação vaginal, não há evidência de aumento de infecções vaginais e leucorreia. 
Mecanismo de ação: Atua suprimindo a ovulação. 
Modo de uso: Deve ser inserido pela mulher inicialmente em um dos cinco primeiros dias da menstruação e removido 
após três semanas. O novo anel deve ser inserido após pausa de uma semana para que haja sangramento menstrual. 
ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA 
Utilização de medicamentos ou dispositivos após uma relação desprotegida. 
Método de Yuzpe: Consiste na ingestão de comprimidos de anticoncepcionais hormonais orais combinados com 
etinilestradiol e progestagênio. 
A dose de etinilestradiol ideal é de 200 microgramas, sendo dividida em duas doses com intervalo de 12/12 horas. Por 
exemplo, se a pílula contém 50 microgramas, deve-se utilizar dois comprimidos de 12/12 horas. 
A eficácia varia de acordo com o intervalo entre a relação sexual desprotegida e o uso da medicação: 
• Usado até 24 horas → 98%; 
• 25-48 horas → 95,9%; 
• 49-72 horas → 95,3%. 
Efeitos colaterais mais comuns: náuseas, vômitos, vertigem, cefaleia, mastalgia, diarreia, irregularidade menstrual e dor 
abdominal. 
Progestágenos: Levonorgestrel isolado (dose única de 1,5 mg) é a forma mais utilizada para contracepção de 
emergência, devido a maior efetividade, ausência de efeitos colaterais do estrógeno e ausência de interação com 
medicamentos antirretrovirais. 
Mecanismo de ação: 
• Utilizado na primeira fase do ciclo menstrual → impede a ovulação; 
• Utilizado na segunda fase do ciclo → atua principalmente pelo espessamento do muco cervical. 
Atualmente, não há registros de que tenha efeitos teratogênicos, de que interfira na implantação ou de que altere o 
endométrio.

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