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LESÕES PERCURSORAS DO CÂNCER DE COLO UTERINO AULA 2 – GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA III As lesões precursoras do câncer do colo do útero (LPCCU) são entendidas como alterações cervicais pré-malignas, que constituem uma série de modificações no epitélio original e, quando não tratadas, podem evoluir para o câncer cervical. São benignas. A infecção persistente, provocada por um ou mais dos tipos oncogênicos de Papilomavírus humano (HPV), é uma causa necessária da neoplasia cervical, porém, a maioria das alterações cervicais causadas pela infecção do HPV tem pouca probabilidade de progredir. Porque causa necessária? Porque tem aproximadamente 3% de ca de colo que não são causadas por HPV. 97% dos tumores de colo uterino contêm DNA do HPV. Embora muitos tipos de HPV tenham sido associados com neoplasias anogenitais, os tipos 16, 18, 31, 35, 39,45, 51, 52, 56 e 58 causam a maioria dos tumores invasivos. Aproximadamente 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos subtipos 16, 18 ou ambos Por dentro, temos umas células glandulares e pelo lado de fora em contato com a vagina temos o epitélio escamoso (varias camadas). O vírus entra, quando a mulher está na menacme, o epitélio glandular sai um pouco para fora e entra em contato com a vagina. O tecido fica entumecido, colo fica cheio de progesterona. Chamamos de ectopia – o epitélio glandular em contato com a vagina. Esse epitélio sofre uma metaplasia porque sofre um contato com a acidez da vagina. O epitélio que era glandular começa a se transformar em escamoso. Como tem essa transformação, tem mitose. As células que fazem mais mitoses são células basais. O vírus gosta mais de células basais. É onde ele entra no DNA e se replica. Algumas, depende do estilo de vida, da imunidade, das doenças previas conseguem eliminar o vírus. E também depende do vírus que tem alguns subtipos mais oncogenicos. Em quanto tempo mais ou menos que essas células podem sofrer alteração e ficar com a neoplasia intraepitelial de baixo grau que acomete aproximadamente 1/3 de todo epitélio, principalmente o metaplasico é de aproximadamente de 1 a 2 anos. por isso o preventivo é anual. E mesmo que tenha alteração no NIC 1 a depender da idade da paciente, foi visto que essas pacientes conseguem eliminar esse vírus e normalizar as células. Por exemplo se deu alteração de baixo grau em uma mulher de 20 anos, não precisa fazer nada. Depois de 3 anos se repetir, provavelmente já vai ser eliminado. Ao longo dos anos, se a paciente não conseguir eliminar e reparar os danos causado desse 1/3, pode aumentar e acometer 2/3 do epitélio. E ai temos a lesão epitelial de alto grau que é o NIC 2. Quando acomete quase todo ou todo o epitélio, pelas anormalidades achadas, é a lesão de alto grau. E quando rompe a camada basal e tenha anormalidade das células chamamos de câncer micro invasor. Leva 10+ anos entre as primeiras alterações e o câncer. FATORES DE RISCO O fator de risco mais importante para o desenvolvimento deste câncer é a presença do vírus HPV (Papilomavírus Humano) com seus subtipos oncogênicos. É o principal. Pacientes imunossuprimidas usando drogas imunossupressoras também apresentam risco aumentado. Tabagismo ou mesmo exposição ao ambiente do tabaco. Porque dificulta a reparação do DNA dessas células. Início precoce de atividade sexual (< 16 anos), um alto número de parceiros sexuais ao longo da vida e história de verrugas genitais. Meninas que começam a vida sexual precocemente porque são mais expostas. HPV E VACINAÇÃO A vacina contra o HPV é eficiente na prevenção do câncer do colo do útero. No Brasil, o Ministério da Saúde implementou, no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. Ela cobre 4 sorotipos: 2 benignos e 2 malignos. Porque fazer para benigno? O benigno não causa neoplasia intraepitelial nem de baixo nem alto grau, ele causa verruga genital. Se a paciente tem verruga vaginal, possivelmente ela não vai ter alteração do colo. Agora, os de alto risco que cobrem a vacina pode ter o codiloma mas é mais raro. Ele já causa uma alteração do colo. Mas podem a longo prazo causar lesões. Em janeiro de 2017, os meninos de 12 a 13 anos também começaram a receber a vacina. A faixa etária será ampliada e até 2020, a vacina estará disponível para meninos de 9 a 13 anos. Essa vacina protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. Do privado tem para os subtipos para os de alto risco que é 31 e 45. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada, deverão realizar o exame preventivo, pois a vacina não protege contra todos os subtipos oncogênicos do HPV. Quando administrada na população de meninas que ainda não iniciaram a atividade sexual, a eficácia na prevenção de neoplasias intraepiteliais cervicais situa-se entre 93% e 100%. HPV – PAPILOMA VÍRUS Dentre as Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) de origem viral, a infecção pelo HPV é a mais prevalente em todo o mundo. Estima-se que 75% da população terá contato com o HPV em algum momento de sua vida. A rotina é a repetição do exame Papanicolau a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com um intervalo de um ano. Então, realizou um ano, deu normal, no próximo faz de novo, deu normal, só faz depois de 3 anos. A prevalência de HPV é maior em adolescentes e adultos jovens (20% antes dos 25 anos de idade), com um pico da infecção por volta dos 20 a 22 anos, decrescendo com o aumento da idade (10% aos 35 anos de idade). Porém não tem a lesão intra epitelial porque os organismos delas conseguem eliminar o virus. Mas se ficar se expondo, uma hora tem um erro no DNA e evolui para neoplasia. A infecção decresce com o aumento da idade, o comportamento sexual muda. No entanto atualmente há um aumento da prevalência da infecção pelo HPV em mulheres acima dos 50 anos de idade. justamente porque o padrão sexual da sociedade dos últimos anos, para mulheres nessa faixa etária está mudando. É preconizado pelo Ministério da Saúde o exame citopatológico em mulheres de 25 a 64 anos com vida sexual ativa. Há um pequeno número de casos nos quais a infecção persiste e, especialmente, é causada por um subtipo viral oncogênico, pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras (lesão intraepitelial escamosa de alto grau e adenocarcinoma in situ), cuja identificação e tratamento adequado possibilita a prevenção da progressão para o câncer cervical invasivo. Esse é o objetivo do rastreio, identificar as lesões nessa fase inicial e poder tratar. 2° imagem: linha branca tênue – área de metaplasia. A área vermelha é epitélio glandular exposto na vagina. – infectado pelo HPV. O epitélio escamoso vai entrando para expor a camada glandular que só tem uma camada. É mais comum a lesão na junção escamo-glandular. Jogamos o acido acético 3-5% e fica aceto branco – linha branca que é um sinal que há presença de lesão epitelial de baixo grau. Se houver progressão, 3° imagem. A região aceto branco já está distante da junção escamo colunar. O epitélio já avançou. Melhor região pra biopsia. Quando vira câncer, 4° imagem. É um brocotomo que não conseguimos mais reconhecer nada. Nesse caso se fizermos preventivo, pode ser que dê negativo. Porque não pegamos células, pegamos necrose. Quando já está nesse nível já pode ir direto para colposcopia para fazer biopsia. POLÍTICAS PÚBLICAS Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero O método de rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil é o exame citopatológico (exame de Papanicolaou), que deve ser oferecido às mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividadesexual. Depois de um ano após relação sexual já faz preventivo. Segundo a OMS, a incidência câncer do câncer de colo do útero aumenta nas mulheres entre 30 e 39 anos de idade. No entanto antes dos 25 anos prevalecem as infecções por HPV e as lesões de baixo grau. Serviços de Referência para o diagnóstico e tratamento de lesões precursoras do câncer do colo do útero (SRC) A portaria nº 189 de 31 de janeiro de 2014 - Institui o Serviço de Referência para Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer do Colo do útero e SRC), o Serviço de Referência para Diagnóstico de Câncer de Mama (SDM) e os respectivos incentivos financeiros de custeio e de investimento para a sua implantação. Centros Qualificadores de Ginecologistas para Assistência Secundária às Mulheres com Lesão Intraepitelial do Colo do Útero. Projeto iniciado em 2008, tem como objetivo de apoiar a ações de capacitação profissional de médicos na atenção secundária à saúde, de forma regionalizada, possibilitando a implantação de serviços de referência para o diagnóstico e tratamento de lesões precursoras a nível ambulatorial. Aperfeiçoamento da Gestão das Ações de Detecção Precoce Apoio técnico ao planejamento e à avaliação das ações de detecção precoce do câncer nos estados. INFECÇÕES ASSOCIADAS AO HPV Hoje, a associação entre infecção pelo HPV e câncer de colo, vulva e vagina, além de suas respectivas lesões pré- invasoras, é aceita por todos, de modo que se pode afirmar que não existe câncer de colo do útero sem que haja uma infecção por HPV para iniciar o processo de oncogênese. Os seguintes tipos estão mais associados ao câncer de colo uterino: HPV 16 (causa 53,5% dos casos), HPV 18 (17,2%) e HPV 45 (6,7%). Em conjunto, HPV 16 e 18 causam 70% dos casos de condilomas genitais. NEOPLASIAS INTRAEPITELIAL CERVICAL (NIC) O processo de malignização do colo uterino passa por um continuum de estágios pré-malignos denominados neoplasia intraepitelial cervical (NIC) até chegar à forma invasora. As lesões pré-malignas são divididas em NIC I, II e III, de acordo com a gravidade e espessura do epitélio acometido pelas células displásicas. NIC I é considerada NIC de baixo grau, e NIC II e III, de alto grau. Neoplasia Intraepitelial Cervical Grau I (NIC I) – Baixo Grau (anormalidades do epitélio no 1/3 proximal da membrana) - a desordenação ocorre nas camadas mais basais do epitélio estratificado. Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau II (NIC II) – Alto Grau - a desordenação avança 2/3 proximais da membrana. Neoplasia Intra-epitelial Cervical Grau III (NIC III) – Alto Grau - o desarranjo é observado em todas as camadas, sem romper a membrana basal. Obs: LSIL (Lesão Intraepitelial escamosa de baixo grau) ou HSIL (Lesão Intraepitelial escamosa de alto grau). FATORES DE RISCO Vários fatores têm sido associados ao risco de progressão de NIC I: → Infecção por determinados subtipos de HPV, como 16 e 18 (HPVs de alto risco); → Persistência da lesão; → Tamanho da lesão; → Tabagismo; → Imunodeficiência; → Coinfecções genitais por Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs); → Idade; idade mais avançada menos chance da mulher conseguir reparo do DNA. → Uso de anticoncepcionais orais. É controversio. Nenhum fator isolado é determinante para o tratamento da lesão. DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO PELO HPV MÉTODOS INDIRETOS: Os métodos indiretos não detectam a presença do HPV e sim alterações estruturais no epitélio sugestivas da infecção pelo vírus. Avaliação clínica: a inspeção da genitália externa pode ser realizada com uma fonte de luz clara em busca de lesões condilomatosas. As infecções do colo uterino podem ser acompanhadas por lesões condilomatosas externas. O que mais causa condilomas são os benignos e os malignos causam alteração do colo do útero e muitas vezes nem tem condilomas. Citologia: a infeção pelo HPV causa alterações celulares no colo uterino que podem ser diagnosticadas por meio da citologia de Papanicolau. Principal método como identificação indireta. Inspeção com ácido acético e lugol: lesões cervicais podem ser realçadas com a aplicação de ácido acético 3 a 5%, que torna a região de lesão branca (acetobranca, decorrente da maior presença de proteínas do que o epitélio normal). Processos inflamatórios e metaplásicos também podem provocar aparência acetobranca, causando interpretação equivocada. Também chamada de colposcopia. Nem todas mulheres vão fazer a colposcopia e as que vão primeiro usamos o acido acético. Ela faz com que a lesão do HPV fique acetobranca. Qualquer processo inflamatório, mataplasico ou neoplásico pode ficar mais acetobranco. Só que quando tem alteração pelo HPV fica um monto mais. Colposcopia: considerando-se que a infecção pelo HPV é multicêntrica (pode dar na vagina, vulva, regiao perianal), a colposcopia permite que não só o colo uterino seja examinado (colposcopia), mas também a vagina (vaginoscopia), a vulva (vulvoscopia) e o ânus (anoscopia). A colposcopia não é um exame definitivo, as lesões devem ser biopsiadas para diagnóstico histológico, portanto, a colposcopia permite a identificação da área de alteração mais significativa. Fazemos a colposcopia, veja a área candidata a biopsia e faz a biopsia. Não é exame de rotina. Não é rastreamento. Quem vai ser candidata a colposcopia? As pacientes que tem neoplasia intraepitelial. Depende da idade, qual tipo de lesão. Várias acetobranco de vários graus. Histologia: permite que sejam identificadas alterações morfológicas do epitélio (acantose, paraqueratose, hiperqueratose e coilocitose, além de alterações na relação núcleo/citoplasma decorrente de displasia), sendo o padrão-ouro para diagnóstico das lesões causadas pelo HPV. MÉTODOS DIRETOS Os métodos diretos permitem identificar que o DNA viral está presente no sítio da infecção. Como assim? Fazemos a coleta do material vaginal e manda para analise, e na análise vê se tem o DNA do HPV. Não é indicado para todos os casos. Captura híbrida 2: esse é um teste que permite que o DNA viral seja marcado por meio de reação de quimioluminescência e detectado in vitro por coletas swab cervical. O teste detecta 13 tipos de HPV de alto risco e 5 tipos de baixo risco. O teste não informa qual tipo de HPV foi detectado e sim se algum tipo de HPV do grupo foi identificado. Só informa se foi detectado algo de alto risco. É um teste que não tem tanta significância porque já que 75% da população tem o vírus, não tem o porquê ficar fazendo a captura de todo mundo. É mais importante fazer o preventivo porque é ele que identifica a diferenciação das células. PCR (reação em cadeia da polimerase): esse teste, permite detectar que pequenas quantidades de HPV DNA sejam detectadas, informando que tipo específico de HPV foi identificado. Identifica o subtipo. Métodos sorológicos: Os métodos sorológicos permitem identificar se existe produção de anticorpos contra a infecção pelo HPV. Entretanto, como o HPV não causa viremia, não há resposta imune adequada, e o teste é inadequado para uso clínico. Não são bons porque não invadem, não atravessam a barreira e cai no sangue não é formado anticorpo. Devido a alta prevalência de HPV na população geral, a testagem indiscriminada como rotina para HPV não é recomendada, pois teríamos um grande percentual de mulheres HPV-positivo. Estas poderiam nunca desenvolver qualquer tipo de lesão cervical, ocasionando falsa doença e impacto psicossocial negativo. TESTAGEM PARA HPV Segundo a American Society for Colposcopy and Cervical Pathology, a testagem para HPV pode ser utilizada em situações especiais: Pacientes com exame citopatológico com ASC-US (atipias celulares em células escamosas de significado indeterminado) – em caso de teste positivo, a paciente deve ser seguida em intervalos menores ou encaminhada para colposcopia. Quando fazemos o preventivo e tem ASC-US,se for uma mulher menos de 30 anos, faz o preventivo anual. Se for mais que 30 anos, ela faz a cada 6 meses. Se isso insiste, pode ser feito a pesquisa de captura hibrida. Se tem um tipo maligno, encaminha para a colposcopia. O SUS não cobre a coleta hibrida. Se tiver duas consecutivas com ASC-US, já indica colposcopia. Pacientes com mais de 30 anos de idade – em caso de dois testes negativos e citologias negativas, ela pode ter o rastreamento a cada três anos; em caso de teste positivo, deve ser encaminhada para colposcopia. Pacientes que trataram lesões de alto grau – Um teste positivo poderia ser um preditor importante para recidivas. Nesses casos um novo tratamento não deve ser feita baseada apenas em testes de biologia molecular, mas definida por citologia e histologia. Como assim? A paciente foi lá e tratou a lesão de alto grau, repetiu o exame com 6 meses, deu normal, se não tiver confiando, faz a coleta hibrida. A coleta hibrida deu alto grau, se ela já tratou só está ali. É muito pouco provável que esse vírus cause lesão intraepitelial novamente. Porque já fez a retirada da zona de transformação para o tto da lesão de alto grau. As imunossuprimidas devemos avaliar mais de perto. Acompanhar citologia. EXAME PAPANICOLAU O exame de Papanicolau ou exame citológico do colo uterino ainda é o método mais utilizado no Brasil e no mundo para rastreamento do câncer do colo do útero e suas lesões precursoras. Tem como objetivo detectar células negativas ou positivas para neoplasia intraepitelial ou malignidade na ectocervice e endocervice de mulheres com colo aparentemente normal. CONDUTA O prognostico quando tem câncer na glandular é pior. Sempre vai para colposcopia. TRATAMENTO Não existe tratamento destinado à eliminação da infecção pelo HPV, e sim tratamentos ablativos/ excisionais das células/tecidos que estão infectados pelo vírus que estão com NIC de alto grau. Existe consenso que as NICs de alto grau devem ser tratadas. Entretanto, as NICs de baixo grau podem ter conduta expectante. Na maioria das vezes, as pacientes acabam recebendo tratamento para lesões que iriam involuir espontaneamente, ocasionando desconforto, ansiedade e custos desnecessários para os programas de rastreamento, principalmente em países em desenvolvimento, onde a incidência da doença é maior, e os recursos menores. Em casos em que ocorre o tratamento de lesões de alto grau, ainda assim há possibilidade de existir a infeção pelo HPV, mesmo que lesões não sejam mais evidentes após a terapia; nesses casos, também espera-se que ocorra eliminação espontânea do HPV. O tratamento apropriado das lesões precursoras (lesões intraepiteliais escamosas de alto grau na citologia, neoplasias intraepiteliais cervicais 2 e 3 na histologia e adenocarcinoma in situ) é meta prioritária para a redução da incidência e mortalidade pelo câncer do colo uterino. As diretrizes brasileiras recomendam, após confirmação colposcópica ou histológica, o tratamento excisional das lesões intraepiteliais escamosas de alto grau, por meio de exérese da zona de transformação (EZT) por eletrocirurgia. CONIZAÇÃO: É um procedimento cirúrgico no qual um FRAGMENTO em formato de cone é retirado do colo uterino para a realização de uma biópsia e/ou tratamento. Depende da profundidade do acometimento. Tirar a zona de transformação. É utilizada com CAF – alta frequência. Com bisturi não é muito mais realizada. Quando a colposcopia é satisfatória, com achado anormal compatível com a citologia, restrito à ectocérvice ou até o primeiro centímetro do canal endocervical, o procedimento deve ser realizado ambulatorialmente, nas unidades de nível de atendimento secundário, permitindo o tratamento imediato das lesões - prática chamada “Ver e Tratar”. O objetivo desta estratégia é facilitar o acesso das mulheres ao tratamento, diminuindo a ansiedade, as possibilidades de perdas no seguimento e os custos da assistência3. No caso de colposcopia insatisfatória, ou quando a lesão ultrapassa o primeiro centímetro do canal, o tratamento indicado é a conização, realizada preferencialmente por técnica eletrocirúrgica. PREVENÇÃO Status imunológico: a persistência ou eliminação espontânea da infeção pelo HPV, além da resposta aos tratamentos, dependem do status imunológico da paciente. Mulheres imunocomprometidas eliminam menos espontaneamente o HPV. Essas mulheres ainda respondem menos aos tratamentos, com maior risco de recidivas. Estilo de vida saudável: um estilo de vida saudável, sem tabagismo, com prática de exercícios e alimentação adequada, pode ser um fator promotor para a eliminação da infeção pelo HPV e deve ser recomendado a todas as pacientes. Uso de preservativo: a prevenção da infecção ou reinfeção pelo HPV com o uso de preservativo é limitada, pois costumeiramente trata-se de uma infeção genital (e não limitada ao pênis). O HPV é a única IST que o preservativo não previne efetivamente, já a infecção pode ocorrer através do contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal. fatores de risco hpv e vacinação hpv – papiloma vírus políticas públicas infecções associadas ao hpv neoplasias intraepitelial cervical (nic) diagnóstico de infecção pelo hpv testagem para hpv exame papanicolau conduta tratamento prevenção
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