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Aparelho genital feminino Anamnese Ciclo menstrual e tipo menstrual: Idade da menarca. Duração do fluxo. Intervalo entre as menstruações. Exemplo: idade/duração/intervalo 12/03/28. Ou seja, menarca aos 12 anos, 3 dias de duração e intervalo de 28 dias a cada ciclo. Data da última menstruação (DUM). Sexarca. Medida anticonceptiva. GxPyAz. Antecedentes pessoais patológicos: Doenças infectocontagiosas (tuberculosa, IST, etc). Doenças crônicas (HAS, DM, etc). Doenças ginecológicas anteriores. Tratamentos especializados: radioterapia, hormonioterapia, cauterizações, curetagens, antibioticoterapia, etc. História familiar: Doenças crônicas. Endocrinopatia. Doenças genéticas ou hereditárias. SINAIS E SINTOMAS Hemorragias, distúrbios menstruais, dor, tumoração, leucorreia, prurido, distúrbios sexuais e alterações de pelos. HEMORRAGIAS Sangramento que não se origina do ciclo menstrual. DISTÚRBIOS MENSTRUAIS Menstruação normal: Ciclo: 21 a 35 dias. (28 dias). Duração: 2 a 8 dias. (7 dias). Volume: 20 a 80 ml. Sangramento uterino intenso: volume >80 ml ou duração >7 dias. Polimenorreia: intervalos < 21 dias. Oligomenorreia: intervalos > 35 dias. Amenorreia: ausência e menstruação > 3 ciclos. Hipermenorreia: duração da menstruação > 8 dias. Hipomenorreia: duração da menstruação < 2 dias. Menorragia: perda de grande volume de sangue. Metrorragia: sangramento não obedece ao ritmo do ciclo menstrual. Dismenorreia: conjunto de sintomas associados a menstruação. LEUCORREIA Leucorreia fisiológica: (estímulo estrogênico). Secreção das glândulas endocervicais. Descamação vaginal. Leucorreia patológica: (prurido, ardência e odor fétido). Flora mista com germes inespecíficos ou “sépticos”. Germes específicos: Trichomonas vaginalis. Candida albicans. Gonococcus. Haemophilus vaginalis (Gardnerella vaginalis). Chlamydia trachomatis. DISTÚRBIOS SEXUAIS Dispareunia: (distúrbios dolorosos do coito). Dispareunia inicial ou externa: vulvites, ulcerações, colpites... Dispareunia terminal ou interna: lesões traumáticas, infecções e lesões tróficas (atrofia vaginal). Disfunção sexual (frigidez): impossibilidade alcançar o orgasmo. Primária (início da atividade sexual) ou secundária (ao longo da atividade sexual). Obrigatória ou circunstancial (seletiva com referência ao parceiro). ALTERAÇÕES DOS PÊLOS Hirsutismo: crescimento excessivo de pelos no buço, face, lobos das orelhas, triângulo púbico, tronco ou membros. Desequilíbrios hormonais (aumento da produção de andrógenos). Causas: ovários policísticos e medicações. PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS NAS MAMAS Nódulo mamário: Localização, crescimento, modificação em relação ao ciclo menstrual, consistência, mobilidade e sensibilidade. Mastalgia: Periodicidade e a relação com movimentos do tórax. Secreção papilar ou derrame papilar: Galactorreia. Espontânea, recorrente ou intermitente. Uni ou bilateral. Relação com ciclo menstrual, gestação, aborto ou lactação. Antecedente de amenorreia, traumatismo, uso de medicamentos. EXAME DAS MAMAS Ponto de referência: aréola. Divisão dos quadrantes: Quadrante superior interno (QSI). Quadrante superior externo (QSE). Quadrante inferior interno (QII). Quadrante inferior externo (QIE). Passos: Inspeção estática, Inspeção dinâmica, Palpação dos linfonodos, Palpação mamária e expressão papilar. INSPEÇÃO ESTÁTICA Paciente sentada, avaliar: Pele, volume, contorno, forma, simetria, pigmentação e papila. Presença de abaulamento ou retrações. Circulação venosa e presença/ausência de sinais flogísticos. Obs: mamilos extras, linha mamária. Retração da papila recente: sinal de alerta para câncer. INSPEÇÃO DINÁMICA Paciente com os membros elevados acima da cabeça. PALPAÇÃO das mamas Paciente deitada com as mãos atrás da cabeça e braços bem abertos, avaliar: Áreas de condensação. Nódulos ou massas: limites, consistência, mobilidade, fixação das estruturas circunjacentes, diâmetro e rigidez da papila. Técnica de Bloodgood: Exame circular em todos os quadrantes. Sentido horário e centrípeto, com as polpas digitais. Observar a saída de secreções e suas características: (Expressão papilar). Leitosa, aquosa, purulenta ou sanguinolenta. Palpação dos linfonodos Palpação de linfonodos axilares, supraclaviculares e infraclaviculares. Apoiar o braço da paciente no seu. EXAME GINECOLÓGICO Posição ginecológico: Posição Litotômica ou Talha. Decúbito dorsal + flexão do quadril e joelho a 90º + exposição perineal. Elevar o dorso a 30-45º para o conforto da paciente. EXAME DA VULVA E PERÍNEO Inspeção estática: Pilificação: depende do nível de estrogênio. Glândulas de Bartholin: ficam há 4-8 horas (lubrificação vaginal). Hímen: integridade e morfologia (anular, fimbriada, cribriforme ou imperfurado). Períneo: (espaço entre a fúrcula vaginal e ânus) avaliar se há ruptura (pós-parto), lesões, infecção, inflamação, etc. EXAME DA GENITÁLIA Inspeção estática da vulva: Implantação dos pelos, fenda vulvar, umidade, secreções, hiperemia. Ulcerações, distrofias, neoplasias, dermatopatias e malformações. Inspeção estática do períneo: Verificar integridade e cicatrizes. Inspeção estática do ânus: Presença de hemorroidas, plicomas, fissuras, prolapso da mucosa ou malformações. Inspeção Dinâmica: Para avaliar distopia genital (prolapso) que é devido a fraqueza das estruturas do assoalho pélvico. Cistocele (prolapso da bexiga). Retocele (prolapso da parede posterior do reto). Uretrocele (prolapso da uretra). Manobra de Valsalva: Tossir ou soprar o dorso da mão. EXAME ESPECULAR Utiliza-se o Espéculo de Collins. Insere o espéculo em um ângulo de 45º (desviar do meato uretral) + abertura após rotação completa. Inspeção da parede vaginal: Trofismo (ação estrogênica): Menacme: parede vaginal rugosa e úmida. Pós menopausa: parede vaginal lisas e secas. Secreção vaginal: Fisiológica: clara, cristalina e límpida. Anormal: volume, cor (esverdeado, amarelo, acinzentado, branco) ou odor. Ph normal < 4,5. (Ph acima disso, aumenta a chance de infecção). Avaliar o fundo do saco vaginal: abaulamento (massa, coleção abdominal, etc). Avaliar colo do útero: localização, morfologia, tamanho, aspecto do orifício. Papanicolau: citologia oncoparasitária. TOQUE BIMANUAL Para avaliar colo do útero, anexos e fundo de saco posterior. Descrição: Dedos indicador e médio da mão dominante: Mão no abdome: varredura dos órgãos pélvicos. Comprimir a parede abdominal =aproximar do toque vaginal. Avaliar posição, tamanho, forma, simetria, mobilidade e consistência do colo e corpo do útero. TOQUE VAGINAL Unidigital. Expressão da uretra, palpação das glândulas vestibulares e palpação das paredes vaginais. Fundo de saco e colo do útero. Avaliar: elasticidade, capacidade, extensão, superfície, irregularidades, sensibilidade e temperatura. PATOLOGIA DOS ÓRGAOS GENITAIS FEMININOS INFECÇÕES Dividem-se em infecções alta e infecções baixas. Usa-se o limite entre elas o orifício interno do colo uterino. Infecções baixas: vulvovaginites e as cervicites. Infecções altas (DIP): endometrites e as anexites. VULVITE Eritema, bolha, pústula, furúnculose, abscessos sebáceos, etc. Causas: penetração de microrganismos nos folículos pilosos e nas glândulas sudoríparas. Sintomas: Dor, sangramento, odor desagradável e prurido. 3 lesões associadas: lesões papulares, lesões planas e lesões granulomatosas. Lesões papulares: Cancro duro: Único, base endurecida, úlcera discretana superfície. Indolor (sífilis) (Treponema pallidum). Pode ocorrer: vulva, vagina, colo uterino e boca. Cancro mole: Lesão disseminada, base amolecida, muito doloroso. Haemophilus Ducreyi. Lesões planas: Fase tardia sifilítica ou infecção viral do Herpes hominis. Lesão plana + lesões verrucosas: Condiloma acuminado, causado pelo papilomavírus humano (HPV). Secreção purulenta, sangramento e dor. Lesões granulomatosas: Linfogranuloma venéreo: Adenite inguinal (Clamydia trachomatis). Granuloma inguinal ou donovanose: Pápula ulcerada. Comprometimento de gânglios linfáticos e gânglios inguinais. Sangramento, dor e secreção fétida. Calymmatobacterium granulomatis. SCKENITE E BARTHOLINITE O vestíbulo da vulva é a porta de entrada para os microrganismos. Infecção aguda: dor, febre e abscessos. Infecção crônica: pseudocistos (assintomáticos). VULVOVAGINITE E CERVICITE Sintomas: leucorreia, prurido, disúria, polaciúria, etc. Doença Inflamatória Pélvica: Infecção primária do colo uterino que se propaga ascendentemente para o trato genital superior (anexite, salpingite e ooforite). Sintomas gerais da DIP: Assintomático. Mal-estar, febre, calafrios, vômito, taquicardia. Disúria, dispaurenia, uretrite, dor abdomino-pélvica. Sintomas regionais: hemorragia, corrimento, disúria, tenesmo vesical. ENDOMETRIOSE Foco ectópico de endométrio: Útero. Miométrio (adenomiose ou endometriose interna). Fora do útero (endometriose externa). Focos de endometriose externa: Principalmente no ovário. Pode ocorrer também: ligamentos uterossacros, septo retouterovaginal, pulmões, região umbilical e cicatriz cirúrgica. Sintoma clássico: Dismenorreia secundária, com piora progressiva. Exame ginecológico: Útero aumentado de volume e discretamente amolecido. Neoplasias MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS Agenesia: Uterina, vaginal e malformação uterina. Evolução deficiente ou incompleta dos ductos paramesonéfricos na fase embrionária. IMPERFURAÇÃO DO HIMEN Doença congênita com diagnóstico geralmente após a menarca. Criptomenorreia: sangramento não exterioriza. Hematocolpo: acúmulo de sangue na vagina. Hematométrio: acúmulo de sangue útero. Hematossalpinge: acúmulo de sangue nas tubas uterinas. Hematoperitônio: acúmulo de sangue na cavidade peritoneal. Sintoma: dor que piora ciclicamente. PROLAPSOS GENITAIS Descolamento para baixo do útero e da vagina, geralmente acompanhados da bexiga e do reto. Os prolapsos genitais costumam ser acompanhados de lesões satélites: Cistocele (prolapso da bexiga). Uterocele (prolapso do útero). Retocele (prolapso do reto). Enterocele (prolapso do peritônio e das alças intestinais). Incontinência urinária de esforço. Alongamento hipertrófico do colo uterino. Quadro clínico: Sensação de peso e dificuldade de esvaziar o reto e a bexiga. Disúria e polaciúria.
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