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Profa. Tamara De Carli tamidecarli@gmail.com Venenos (anterior a teoria dos germes) Veneno (latim) = vírus Século XIX ( Pasteur) Vírus: agentes causadores de todas infecções Final do século XIX Vírus filtraveís Bacteriófagos (Vírus de bacterias) Agentes infecciosos, causadores de doenças humanas, animais e plantas. Infecções beningas - Gripes - Verrugas Sintomas severos - AIDS - Cancer - Poliomielite Ferramentas fundamentais Genoma pequeno - Fácil manuseio - Maquinaria simples - Vetores de genes - Terapia gênica Parasitas intracelulares - Extracelulares: partícula submicroscópica – vírion ou partícula viral - Intracelulares: vírus Menores agentes infecciosos que existem (18- 30nm) Organização simples - Ácido nucleico (DNA ou RNA) - Capsídeo: cápsula proteica - Membrana lipoproteica (envelope ou envoltório) Incapazes de crescimento em meio artificial Parasitas obrigatórios (maquinaria celular- reprodução) Portador da informação genética Células em geral: informação contida no DNA Vírus: - RNA:Fita simples - DNA: Fita dupla dsDNA - Empregam diretamente a maquinaria celular Transcrição Replicação Reparo - Genomas grandes - Herpes vírus, Varíola e HPV - Genes próprios – síntese de nucleotídeos e polimerases ssDNA Não permitem que lesões sejam reparadas - instabilidade Genoma pequeno – Parvovírus (cães, lobos, raposas) Contém e sintetizam enzimas próprias para processamento Ex. RNA transcriptase e replicases Fitas simples e duplas dsRNA - Rotavírus - Enzima com funções transcriptase e replicase ssRNA – HIV, Raiva e Influenzae - Traduzidos diretamente nos ribossomos Proteção do genoma Formado por proteínas Simetria dos vírus (ex helicoidal e icosaédrico) GENOMA + CAPSÍDEO = NUCLEOCAPSÍDEO Formado de subunidades idênticas = protômeros Capsômeros Corpo composto de várias partes Cauda acoplada a cabeça poliédrica Estruturas complexas de membranas que envolvem o capsídeo Bicamada lipídica e proteínas (glico) Membrana lipídica = célula do hospedeiro Proteínas = próprios vírus Eter sensíveis (perdem infectividade) Glicoproteínas – antígenos virais Inertes fora das células (não realizam processos metabólicos) Grande importância nos processos infecciosos Ex. - retrovírus: contém transcriptase reversa (replicação) Bacteri[ofagos: Enzimas (lisozima) auxiliando na entrada na célula Icosaédrica – Pirconavírus (poliomielite e herpes vírus) Helicoidal - Influenza e Raiva Complexa - Bacteriófago Alguns agentes infecciosos possuem características gerais dos vírus Estruturas mais simples - Virióides: moléculas pequenas, SsRNA,sem forma de capsídeo - Dependente das funções celulares para replicação - Ex. doenças em plantas - Prions (proteína infecciosa): sem ácido nucleico - Ex. Doenças neurodegenerativas fatais As características da infecção viral vão depender do tipo de célula atacada Funções dos genomas virais: a) Alterar a estrutura e/ou a função da célula b) Promover a replicação do genoma viral c) Promover a formação de partículas virais Processo de infecção (ciclo lítico): - 5 fases Adsorção Penetração Síntese de componentes virais Maturação Liberação Importância de forças eletrostáticas pH: grupos amino e carboxil ionizados Destruição seletiva dos grupos – impede absorção Contato inicial célula-vírus - Ligação do vírus é específica Ligação a receptores da célula (mudança ao longo do tempo) Entrada na célula de parte ou todo material genômico viral 4 mecanismos básicos - Vírus envelopados ≠ Vírus não -envelopados Bacteriófagos: através da barreira da parede celular Mediada por receptor – entrada de estruturas proteicas relativamente grandes Processo semelhante a fagocitose Após ligação ao receptor são englobados pela MP – interior de vesículas Mecanismos PH (in)dependente Vírus envelopados Envelope viral + membrana celular Nucleocapsídeo para dentro da célula OBS: proteínas de fusão ativadas quando ocorre a ligação A partícula viral inteira é translocada através da membrana citoplasmática Processo raro Não bem definido Produção de novas partículas virais Multiplicação: - Replicação do ácido nucleico viral - Produção de capsídeos para conter o NA Proteínas estruturais e não estruturais União das proteínas e o ácido nucleico = partícula viral madura Vírus com envelope: união do capsídeo e do ácido nucleíco + enveolpe Limite da quantidade de vírus por célula - Morte celular - Cessar de suprir os fatores de multiplicação Disseminação viral (célula a célula) Rompimento celular Liberação das partículas virais e outros componentes OBS: bacteriófagos: lisozimas Acúmulo em vesículas ou cisternas Vírus envelopados: - Proteínas específicas na superfície das membranas - Na expulsão ocorre o envelopamento Brotamento OBS: alguns vírus se multiplicam no núcleo (Herpes vírus) – envelope (membrana nuclear) Número de partículas virais liberadas Varia com o tipo de vírus, tipo de célula e condições de crescimento Adsorção do vírus Penetração do seu genoma Conversão da célula hospedeira em uma fábrica produtora de fagos Produção do ácido nucléico e proteínas do fago Montagem e liberação de partículas do fago maduros Adsorção Entrada do genoma Síntese de mRNA do fago para formar uma proteína repressora Inserção do DNA fágico no cromossomo bacteriano Replicação do pró-fago como parte do cromossomo bacteriano http://www.youtube.com/watch?v=VfrpUR3Z B0I http://www.youtube.com/watch?v=KyI8cu- nzRc&playnext=1&list=PL882BF6C72E03458 A&feature=results_main Patogênese viral: Processo pelo qual os vírus produzem doenças no hospedeiro Vírus: patogênico quando pode infectar e causar infecção no hospedeiro Virulência: severidade dependente da cepa Fatores que afetam a virulência - Dose do vírus - Rota de entrada - Idade - Sexo - Estado imune e espécie do hospedeiro - Transmissão do vírus ao hospedeiro • Horizontal : entre dois hospedeiros Direta:hospedeiro infectado Indireta: objetos contaminados • Vertical: transmitida a progênie (congênita) Ex. HIV, herpes vírus Várias fases: - Contágio: transmissão horizontal e vertical - Penetração do vírus no hospedeiro - Replicação primária - Disseminação - Tropismo celular e tecidual - Replicação secundária - Dano celular e tecidual Portas de entrada: - Pele - Trato respiratório - Trato gastrointestina - Trato genito urinário - Conjuntiva Lesões locais ou não Infecção localizada ou não Penetração – multiplicação nas células de entrada Determina se a infecção é localizada ou sistêmica - Localizadas: células adjacentes e não atravessam a camada de cél. Epiteliais - Sistêmicas: disseminação pela corrente sanguínea, linfática e neuronal Viremia: presença de vírus na corrente sanguinea Inoculação direta ou passiva: - Mordidas de artrópodes - Agulhas contaminadas - Transfusão de sangue Após entrada na corrente sangüínea os vírus se disseminam po via hematogênica •Presença de vírus no sangue = viremia •Vírus livres no soro ou dentro de linfócitos. •Os vírus passam do epitéliopara o sangue via sistema linfático. Viremia - Ativa -produzida pela replicação do vírus - Passiva-causada pela injeção de vírus na corrente sangüínea. Figuras: A-Multiplicação viral (viremia) e resposta imune por anticorpos B-Viremia e disseminação para oórgãos alvo Destruição de células infectadas e alterações fisiológicas - induzida pelo vírus, imuno- mediada e apoptose Período de incubação: momento em que o agente penetra no hospedeiro até o aparecimento dos primeiros sintomas (variação de tempo) Ex. poliomielite - 10 a 20 dias; raiva - >20 dias Período prodrômico: o indivíduo apresenta sintomas clínicos inespecíficos, antes do aparecimento da doença Aguda: - localizadas, - sistêmicas ou - Inaparentes * Vírus é produzido e eliminado Sintomática Assintomática Depende da dose infectante Reação do hospedeiro Persistente - Crônica • caracterizada por destruição celular • vírus persiste por um longo período de tempo (idade) Ex. hepatite B e C, rubéola - Latente: • O agente etiológico não é detectável de forma contínua • Não ocorre replicação viral Ex. herpes (gânglios sensoriais), varicela zoster Infecção de evolução lenta - Doença de localização nervosa com longo período de incubação e cuja evolução leva a morte Devido ao uso da maquinaria das células do hospedeiro, os vírus tornam-se difíceis de serem eliminados. As mais eficientes soluções médicas para as doenças virais são, até agora, as vacinas para prevenir as infecções, e drogas que tratam os sintomas das infecções virais. Os pacientes freqüentemente pedem antibióticos, que são inúteis contra os vírus, e seu abuso contra infecções virais é uma das causas de resistência antibiótica em bactérias. Diz-se, às vezes, que a ação prudente é começar com um tratamento de antibióticos enquanto espera-se pelos resultados dos exames para determinar se os sintomas dos pacientes são causados por uma infecção por vírus ou bactérias.
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