Buscar

PCR no afogamento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PCR no afogamento 
Crianças menores de 5 anos respondem por 
aproximadamente 40% das mortes por afogamento. 
Epidemiologia 
Fatores de risco 
 Idade: Taxas de afogamento são mais altas em 
crianças menores que 5 anos (42%) e, a seguir, 
no grupo entre 15-19 anos (29%) 
 Sexo: Vítimas masculinas predominam em 
todas as idades totalizando 74% das mortes 
 Relação homens: mulheres aumenta de 2:1 
 Doenças associadas - Epilepsia: risco 4 a 13 
vezes maior de afogamento 
Local de afogamento: 
 Mais de 50% dos lactentes sofrem submersão 
em banheiras 
 Crianças menores que 5 anos, o afogamento é 
comum em baldes, vasos sanitários, lavadoras, 
pias e piscinas residenciais 
 Crianças mais velhas e adolescentes: até 70% 
ocorrem em locais com água abertos como 
lagos, rios, tanques 
 Mais de 50% associados ao uso de 
álcool/drogas 
Fisiopatologia 
 A maioria das vítimas pediátricas afoga-se 
silenciosamente 
 Crianças pequenas podem lutar apenas 10-20 s 
antes que ocorra o evento final de submersão 
 Ocorrendo a submersão, todos os órgãos e 
tecidos estão em risco de hipóxia 
 A gravidade da lesão depende da duração da 
exposição ao mecanismo de lesão. 
 Em um país com extenso litoral como o Brasil, a 
ocorrência de afogamento é frequente e de 
grande interesse médico. 
 Vítima de afogamento pode demandar desde 
suporte ventilatório apenas até RCP no local 
da ocorrência. 
 Neste cenário, ainda que as diretrizes mais 
atuais de RCP enfatizem o início da abordagem 
pela compressão torácica, para a situação 
especial de afogamento, deve se iniciar pela 
sequência ABC. 
A Vias Aéreas 
manobra da inclinação da cabeça e elevação 
do queixo 
manobra de elevação do ângulo da 
mandíbula. 
B- Ventilações 
C- Compressões torácicas 
 Convém lembrar que o paciente afogado é 
sempre potencialmente traumatizado, mas 
realizar rotineiramente cuidados da 
imobilização cervical, sem que haja evidência 
de potencial trauma ou lesão cervical não é 
procedimento recomendado de rotina. 
 Considerando a ventilação como ponto 
primordial da abordagem inicial ao 
afogamento, ela deve ser iniciada o mais 
rápido possível, preferencialmente, na própria 
água. 
 Atenção especial se deve ter, também, com 
aplicação do DEA (utilizando o tórax seco). 
O processo de afogamento 
 Quando uma pessoa que está em apuros e não 
pode mais manter as vias aéreas livre de 
líquido, a água que entra na boca é 
voluntariamente cuspida ou engolida. 
 A resposta consciente imediata é tentar 
segurar a respiração, mas esta tem a duração 
de não mais do que um minuto. 
 Quando então a vontade de respirar é 
demasiadamente forte, certa quantidade de 
água é aspirada para as vias aéreas e a tosse 
ocorre como uma resposta reflexa. 
 Se a pessoa não é resgatada, a aspiração de 
água continua e torna mais difícil a troca e 
obtenção do oxigênio reduzindo-o no sangue, 
o que leva rapidamente à perda de consciência 
e parada na respiração e em mais alguns 
segundos a poucos minutos a parada cardíaca. 
 Portanto, quanto antes houver o resgate 
menor será a gravidade do caso. A aspiração 
de água salgada e água doce causam graus 
similares do lesão no afogamento, não tendo 
importância nos sinais, sintomas, gravidade ou 
no tratamento do afogado. 
 
 
 
 
Manifestações clínicas e tratamento 
 Evolução clínica é determinada: 
 Circunstâncias do incidente 
 Duração da submersão 
 Velocidade de salvamento 
 Eficácia de forças ressuscitativas 
 Tratamento inicial: 
 Tratamento pré-hospitalar coordenado e 
experiente obedecendo ao ABC de 
ressuscitação de emergência 
 Tratamento subsequente 
 No setor de emergência e UTI 
 Envolve estratégias avançadas de suporte de 
vida 
 Tratamento de disfunção de múltiplos órgãos 
 O cérebro é extremamente sensível à lesão 
hipóxico-isquêmica - Lesões irreversíveis em 3-
5 min 
 Maior causa de morbi-mortalidade a longo 
prazo 
 Pulmão: 
 Lesão endotelial , Aumenta permeabilidade 
vascular - Alveolite 
 Disfunção miocárdica: 
 Hipotensão arterial, Débito cardíaco diminuído, 
Choque 
 Arritmias e IAM também podem ocorrer – 
descarga adrenérgica 
 Rins: 
 Necrose tubular aguda ou necrose cortical: 
complicações comuns em grandes eventos 
hipóxico-isquêmicos 
 Lesão endotelial vascular: 
 Hemólise e trombocitopenia 
Aspiração e lesão pulmonar 
 Ocorre na grande maioria das vítimas 
 Geralmente aspiram pequena quantidade 
 A quantidade e composição do material 
aspirado podem afetar a evolução clínica do 
paciente: 
 Conteúdo gástrico, água salina, organismos 
patogênicos, substâncias tóxicas podem lesar o 
pulmão ou causar obstrução de via aérea 
 Aspirações volumosas aumentam a 
probabilidade de disfunção pulmonar grave - 
Pneumonias 
 Lesão gastrintestinal 
 A violação de barreiras protetoras mucosas 
normais predispõe a vítima a bacteremia e 
sepse 
 Hipotermia 
 Contato prolongado da superfície corporal com 
água fria 
 Aspiração ou deglutição de grandes 
quantidades de líquido muito frio 
 E quedas adicionais de temperatura após 
remoção da água : ar frio, roupas molhadas, 
hipóxia 
Tratamento 
 Insuficiência Respiratória 
 Intubação endotraqueal e ventilação mecânica 
podem ser necessárias 
 Insuficiência Cardíaca 
 Adequação de volume intravascular: reposição 
de volume e, se necessário, uso de drogas 
vasoativas 
 Lesão Cerebral 
 Busca prevenção da progressão da lesão 
hipóxico-isquêmica 
 Manter a normotermia 
 Garantir ótima oferta de O2 cerebral 
 Manter Ht acima de 30% 
 Ofertar glicose e calorias para 
restabelecimento de metabolismo celular 
normal 
 Prevenir convulsões principalmente nos 
pacientes com lesões cerebrais graves 
 Controle da PIC não melhora evolução, porém, 
deve-se realizar hiperventilação leve, sedação, 
balanço hídrico rigoroso, elevação de 
cabeceira. 
Se você for o afogado 
 Mantenha a calma – a maioria das pessoas 
morre por conta do desgaste muscular 
desnecessário na luta contra a correnteza. 
• Mantenha-se apenas flutuando e acene por socorro. 
Só grite se realmente alguém puder lhe ouvir, caso 
contrário você estará se cansando e acelerando o 
afogamento. Acenar por socorro geralmente é menos 
desgastante e produz maior efeito. 
• No mar, uma boa forma de se salvar é nadar ou 
deixar se levar para o alto mar, fora do alcance da 
arrebentação e a favor da correnteza, acenar por 
socorro e aguardar. Ou se você avistar um banco de 
areia, tentar alcançá-lo. 
• Em rios ou enchentes, procure manter os pés à frente 
da cabeça, usando as mãos e os braços para dar 
flutuação. 
ABORDAGEM DA VÍTIMA 
 1. Utilizar a técnica e equipamentos 
apropriados para realizar o salvamento. 
 2. Se houver necessidade de virar a vítima que 
estiver em decúbito ventral dentro d’água, 
manter a cabeça dela linhada com o corpo, 
colocar uma de suas mãos no meio das costas 
da vítima, e a outra no peito, apoiando com os 
antebraços sua cabeça. 
 3. Tomar cuidado com a região cervical ao 
manusear vítimas de afogamento, uma vez que 
uma das principais causas de lesão cervical são 
os acidentes em meio líquido ( mergulho com 
choques em obstáculos, etc. ) 
 4. Aplicar o colar 
cervical e a prancha 
longa para removê-la da 
água. 
 5. Se possível iniciar a 
ventilação artificial, ainda no interior da água 
 
Se você for o socorrista – cuidado para não se tornar a 
vítima 
 Decida o local por onde irá atingir ou ficar mais 
próximo da vítima. 
• Tente realizar o socorro sem entrar na água 
 Se a vítima se encontra a menos de 4 m 
(piscina, lagos, rios), estenda um cabo, galho, 
cabo de vassoura para a vítima. Se estiver a 
uma curta distância, ofereça sempre o pé ao 
invés da mão para ajudá-la – é mais seguro. 
 Se a vítima se encontra entre 4 e 10 m (rios, 
encostas, canais), atire uma boia (garrafa de 2 
litros fechada, tampa de isopor, bola), ou 
amare-a a uma corda e atire a vítima 
segurando na extremidade oposta. Deixe primeiro que a vítima se agarre ao objeto 
e fique segura. Só então a puxe para a área 
seca. 
 Se for em rio ou enchentes, a corda poderá ser 
utilizada de duas formas: Cruzada de uma 
margem a outra obliquamente, de forma que a 
vítima ao atingi-la será arrastada pela corrente 
à margem mais distante; 
Se você decidiu entrar na água para socorrer 
 Avise a alguém que você tentará salvar a vítima 
e que chame socorro profissional. 
 Leve consigo sempre que possível algum 
material de flutuação (prancha, bóia, ou 
outros). 
 Retire roupas e sapatos que possam pesar na 
água e dificultar seu deslocamento. É válida a 
tentativa de se fazer das calças um flutuador, 
porém isto costuma não funcionar se for sua 
primeira vez. 
 Entre na água sempre mantendo a visão na 
vítima. 
 Pare a 2 m antes da vítima e lhe entregue o 
material de flutuação. Sempre mantenha o 
material de flutuação entre você e a vítima. 
 Nunca permita que a vítima chegue muito 
perto, de forma que possa lhe agarrar. 
Entretanto, caso isto ocorra, afunde com a 
vítima que ela lhe soltará. 
 Deixe que a vítima se acalme, antes de chegar 
muito perto. 
 Se você não estiver confiante em sua natação, 
peça a vítima que flutue e acene pedindo 
ajuda. Não tente rebocá-la até a borda da 
piscina ou areia, pois isto poderá gastar suas 
últimas energias. 
 As pessoas precisam ficar calmas, o pânico 
pode afetar o seu desenvolvimento na água, 
portanto quando for resgatar alguém, procure 
manter a calma. 
 Durante o socorro, mantenha-se calmo e, 
acima de tudo, não exponha você ou a vítima 
a riscos desnecessários. 
Prevenção 
 “A melhor esperança de ‘cura’ do afogamento 
e suas consequências reside na prevenção” 
 Pediatra: papel crucial na prevenção 
 Educar pais sobre risco de artefatos comuns: 
banheiras, baldes, vaso sanitário e máquina de 
lavar 
 Piscinas residenciais devem ser foco de esforço 
preventivo: 
 Cercas de isolamento apropriadas podem 
prevenir até 80% do afogamento de crianças 
pequenas 
 Capas de piscina 
 Atentar sobre necessidade de supervisão de 
um adulto 24 horas 
 Treinamento da população quanto a RCP básica 
 Natação: 
 Adolescentes: 
 Atentar sobre o uso de álcool e drogas

Outros materiais