AVA - Psicologia Comportamental

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Psicologia Comportamental
Nessa disciplina você verá os pressupostos ontológicos e epistemológicos do
Behaviorismo Radical e o modelo conceitual e aplicado da Análise do
Comportamento para a compreensão do comportamento humano e da cultura.
Os objetivos gerais são:
Análise dos princípios filosóficos e modelo conceitual da Psicologia
Comportamental e seus desafios contemporâneos.
Avaliação dos fenômenos comportamentais em diferentes contextos.
Identificar e analisar funcionalmente necessidades de natureza psicológica. 
Saber usar o conhecimento científico necessário à atuação profissional.
Objetivos específicos:
Tais competências serão desenvolvidas a partir das seguintes habilidades:
Analisar, descrever e interpretar relações funcionais entre contextos
ambientais e comportamentos.
Descrever, analisar e interpretar manifestações verbais e não verbais como
fontes primárias de acesso a estados subjetivos.
Ler e interpretar comunicações científicas e relatórios na área da Psicologia.
Identificar pressupostos filosóficos do behaviorismo radical e as implicações
para o desenvolvimento e atuação em psicologia comportamental.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BAUM, W. M. Compreender o behaviorismo: comportamento, cultura e
evolução. 3. ed. - Porto Alegre: ARTMED, 2019.
SIDMAN, M. Coerção e suas implicações.Campinas: Editora Livro Pleno, 2003.
SKINNER, B. F.Sobre o Behaviorismo.São Paulo: Cultrix e Editora da Universidade
de São Paulo, 1995.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
CATANIA, A. C. Aprendizagem: Comportamento, Linguagem e Cognição.Porto
Alegre: Artmed, 1999.
SÉRIO, A. P.; ANDERY, M. A.; GIÓIA, P. S.; MICHELETTO, N. Controle de estímulos
e comportamento operante: uma nova introdução.São Paulo: Editora Educ, 2002.
SKINNER, B. F.Ciência e Comportamento Humano.São Paulo: Martins Fontes,
2000.
SKINNER, B. F. O Comportamento Verbal. São Paulo: Cultrix/ EDUSP, (1957),
1974.
TODOROV, J. C. A Psicologia como Estudo de Interações. Brasília: Instituto
Walden4, 2012 
ARTIGOS DE PERIÓDICOS e BANCOS DE DADOS NA INTERNET:
LOPES, C. E. Uma proposta de definição de comportamento no behaviorismo
radical. Rev. bras.ter. comport. cogn. Disponível em: <http://pepsic.bvs-
psi.org.br/scielo.php?script=
sci_arttext&pid=S151755452008000100002&lng=pt&nrm=iso>. 
MATOS, M.A. (2001). Comportamento governado por regras. Revista Brasileira de
Terapia Comportamental e Cognitiva,3(2), 51-66 (2001) Disponível
em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
55452001000200007
PASSOS, Maria de Lourdes Rodrigues da Fonseca. A análise funcional do
comportamento verbal em Verbal Behavior (1957) de B. F. Skinner. Rev. bras. ter.
comport. cogn., São Paulo , v. 5, n. 2, p. 195-213, dez. 2003 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
55452003000200009&lng=pt&nrm=iso>.
SAMPAIO, Angelo Augusto Silva. Skinner: sobre ciência e comportamento
humano. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 25, n. 3, p. 370-383, set. 2005 . 
Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1414-98932005000300004&lng=pt&nrm=iso>.
SERIO, T. M. A. P. O behaviorismo radical e a psicologia como ciência. Rev.
bras.ter. comport. cogn.[online]. dez. 2005, vol.7, no.2, p.247-262. Disponível
em: <http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
55452005000200009&lng=pt&nrm=iso>. 
SKINNER, B. F. Seleção por consequências.RevistaBrasileira de Terapia
Comportamental e Cognitiva.Belo Horizonte, v. 9, n. 1, 2007. Disponível em:
<http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?
script=sciarttext&pid=S1517554520070001000 10&lng=pt&nrm=iso>
VARGAS, Ernst A.. O Comportamento Verbal de B. F. Skinner: uma
introdução. Rev. bras. ter. comport. cogn., São Paulo , v. 9, n. 2, p. 153-
174, dez. 2007 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
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http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=%20sci_arttext&pid=S151755452008000100002&lng=pt&nrm=iso
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452001000200007
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452003000200009&lng=pt&nrm=iso
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932005000300004&lng=pt&nrm=iso
http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452005000200009&lng=pt&nrm=iso
http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sciarttext&pid=S1517554520070001000%2010&lng=pt&nrm=iso
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452007000200002&lng=pt&nrm=iso
Dentre as várias propostas de entendimento do que seja a psicologia (seu objeto,
seus métodos e seu papel na sociedade contemporânea), encontra-se a que
chamamos de behaviorismo radical. B. F. Skinner (1904-1990) é
reconhecido como o principal autor desta abordagem teórica da
psicologia. Quando Skinner inicia seus estudos em psicologia, outras propostas de
entendimento desta área já estavam em discussão e a apresentação dos aspectos
que caracterizavam seu entendimento da psicologia foi feita a partir da
contraposição com essas outras propostas então em vigor.
Posições filosóficas dominantes na Psicologia para explicação do
comportamento:
Causalidade mecanicista: Relações entre eventos imediatamente antecedentes
(vistos como as causas) e o comportamento (visto como o efeito) foram mais
facilmente identificáveis e, posteriormente, manipuláveis.
A natureza atribuída aos fenômenos envolvidos na privacidade (subjetividade) é
pautada no Mentalismo, que entende que os eventos privados são de natureza
diferente dos demais fenômenos, não são de natureza física, são de natureza
mental ou psíquica.
De acordo com Skinner, o Mentalismo tem como foco os eventos privados e pouca
atenção aos eventos públicos; enquanto o Behaviorismo metodológico (principal
representante é Watson) tem como foco os eventos públicos e pouca atenção aos
eventos privados, sendo que o Behaviorismo Radical restabelece um certo tipo de
equilíbrio. 
Características fundamentais do Behaviorismo Radical:
Considera possível estudo de eventos privados: o que é sentido ou
introspectivamente observado não é nenhum mundo imaterial da mente ou
consciência; é o próprio corpo do observador. Os Eventos privados são
definidos como produtos colaterais da história genética e ambiental da
pessoa. 
O comportamento (qualquer que seja ele, público ou privado) é a interação
entre o organismo e o ambiente; sendo que o comportamento atual é uma
interaçã e é ao mesmo tempo produto de interações anteriores (é histórico).
Behaviorista: considera que os fenômenos da subjetividade são da mesma
natureza que os demais fenômenos que constituem o homem: são
fenômenos físicos, materiais.
Objeto de estudo: comportamento dos organismos vivos (humanos e outros).
Método de estudo: método das ciências naturais; método experimental.
O modelo de causalidade, de explicação do comportamento é o de Seleção
por Consequências. 
O modelo de Seleção por consequências é baseado na Teoria da seleção
natural: a teoria é utilizada aqui como um referencial para falar do
comportamento. Ignorá-la é ficar à margem da tendência atual do
desenvolvimento científico, dada a sua grande aceitação.
O comportamento, de acordo com Skinner, é produto de três histórias:
Filogênese (história evolutiva da espécie); Ontogênese (história de vida do
indivíduo); Cultura (ambiente socialmente evoluído). 
Filogênese (história evolutiva) e explicação histórica: são explicações alternativas
ao mentalismo, apesar de atípicas entre as ciências por serem não mecanicistas .
 
 
 
Exercício comentado
 
Leia a afirmação e a justificativa e assinale a alternativa correta.
 
Entende-se que os organismos, como espécies, têm suas características definidas
ao longo da história evolutiva.
Porque
Quem se adapta ao ambiente são os organismos, assim, os indivíduos que se
esforçam mais conseguem sobreviver.
 
a) A afirmação é falsa e a justificativa é verdadeira.
b) A afirmaçãoe a justificativa são verdadeiras.
c) A afirmação e a justificativa são verdadeiras, mas a justificativa não é correta
para essa afirmação.
d) A afirmação é verdadeira e a justificativa é falsa.
e) A afirmação e a justificativas são falsas.
 
Resposta: d
A justificativa é falsa, pois a seleção é ambiental e os indivíduos esforçados não
necessariamente conseguem sobreviver, pois isso irá depender mais de suas
características físicas do que comportamentais.
A Psicologia como Ciência do Comportamento
 
Para o Behaviorismo Radical, é condição básica do ser humano que ele
interaja com a natureza, com outros homens, o que significa dizer que ele
aja sobre a natureza, sobre os outros homens e sofra os efeitos dessa sua
ação: isto é determinação, isto é controle. Em primeiro lugar, porque ele
age sobre, e, ao fazê-lo, produz mudanças. Em segundo lugar, porque a
esperança do Behaviorismo Radical é que, através da descrição desses
processos de interação, através da produção de conhecimento científico,
nós possamos criteriosamente escolher e produzir as condições que nos
controlarão: o homem pode se tomar sujeito de seu próprio destino
(About Behaviorism, 1974, p.277). E fará isso agindo sobre o mundo,
produzindo o mundo que o produzirá enquanto organismo, enquanto
pessoa e enquanto self. Fundamentalmente, é por causa dessa esperança
que o Behaviorismo Radical tem feito críticas sistemáticas à prática de se
buscar as causas do comportamento no interior do indivíduo. Procurar os
determinantes dentro do homem, buscar explicações mentalistas,
contentar-se com a indicação das chamadas causas internas nos afasta de
atuar sobre o mundo (Sério, TMAP, 2005).
Bibliografia Básica:
 
SERIO, T. M. A. P. Por que sou behaviorista radical? Sobre Comportamento e
Cognição. Aspectos teóricos, metodológicos e de formação em Análise do
Comportamento e Terapia Cognitivista. Org. Roberto Alves Banaco. Santo André,
SP: ESETec Editores Associados, 2001. Vol. 1, p. 68-75.
 
SERIO, T. M. A. P. O behaviorismo radical e a psicologia como ciência. Revista
Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva [online]. dez. 2005, vol.7, no.2, 
p.247-262.
 
Exercício Comentado
 
Muitas vezes, utilizamos palavras como intenção, propósito, vontade, e outras,
para explicar a relação do comportamento e suas consequências, o que Skinner
chamou de mentalismo. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa
correta:
 I. A vontade não entraria nesses termos mentalistas, é um caso
especial, pois toda pessoa tem direito as escolhas sem que seja influenciada
pelo ambiente ou pela genética.
 II. Algumas vezes, o uso da palavra intenção indica efeitos. Nestes
casos, conseguimos identificar as consequências que mantém a ação, por
isso é desnecessário tal explicação.
 III. A vontade e/ou sentimentos muitas vezes, são vistos como
causas dos comportamentos, porém na visão do comportamentalista, há um
contrasenso, pois estaremos aceitando como explicação aquilo que precisa
ser explicado.
 
São corretas as afirmações:
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) II e III
 
Resposta: e
 
II ) está correta. O termo intenção é mentalista, por isso não pode ser causa. O
que mantém um comportamento é a consequência, assim devemos encontrar as
respostas buscando diretamente as consequências e não em termos que
obscurecem, não explicam.
III) está correta, pois quando atribuimos status causal a algo interno, não
reconhecemos que eles são ou condições corporais, orgânicas, para
comportamentos, ou comportamentos encobertos e como tais, são produtos da
história da espécie e da história do indivíduo dentro de uma cultura.
Exercício 1:
Um aluno está comendo um lanche durante o intervalo de aula. Ao ser questionado sobre porquê está
comendo o lanche, dentre as respostas abaixo, a que pode ser considerada uma resposta não mentalista é
a seguinte:
A)
Porque eu gosto deste lanche.
B)
Porque senti um impulso para comer.
C)
Porque estou com fome.
D)
Porque estou sem me alimentar desde a hora do almoço.
E)
Porque eu quis.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 2:
Estímulos ambientais presentes nas relações reforçadoras positivas e nas punitivas negativas são
geralmente chamados de _____________. Estímulos ambientais presentes nas relações reforçadoras
negativas e nas punitivas positivas são geralmente chamados de ___________. 
 
Assinale a alternativa que reúne elementos para preencher corretamente as lacunas do texto acima:
A)
estímulos reforçadores / estímulos aversivos
B)
estímulos aversivos / estímulos reforçadores
C)
estímulos positivos / estímulos negativos
D)
estímulos negativos / estímulos positivos
E)
recompensas / estímulos punitivos
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 3:
Os comportamentos humanos, multideterminados, resultam de
A)
contingências filogenéticas.
B)
contingências filogenéticas e culturais.
C)
contingências filogenéticas, ontogenéticas e culturais.
D)
uma condição filogenética que se sobrepõe à ontogenética.
E)
contingências sociais que se sobrepõem às contingências ontogenéticas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 4:
Paulo, 25 anos, deixou de sair com os amigos, ir a festas e reclama estar sem ânimo para nada e não
sentir mais prazer na vida. 
Tendo em vista a visão do behaviorismo radical, assinale a afirmativa que indica uma hipótese para a
queixa de Paulo:
A)
O desânimo é a causa de Paulo não querer mais sair com os amigos ou ir a festas.
B)
A baixa interação social e pessoal pode estar sendo afetada por fatores neurobiológicos que contribuem
para a alteração do humor e da motivação.
C)
Possivelmente Paulo teme que algo possa lhe acontecer ao sair com os amigos. Tem ideias catastróficas
sobre o futuro e por isso evita sair de casa.
D)
Possivelmente Paulo tem sentimento de inferioridade em relação aos amigos e esse sentimento tem
contribuído para sua desmotivação e falta de prazer na vida.
E)
Nesse caso, precisamos de mais dados para conhecer as causas da desmotivação. Por isso não podemos
levantar nenhuma hipótese sobre o caso.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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Exercício 5:
“Como compreender o comportamento humano? Quais aspectos podem ser apontados como causas de
um comportamento?”. Considerando que Skinner defende a existência de três níveis de causalidade do
comportamento - filogênese, ontogênese e cultural - que, em maior ou menor medida, sempre atuam na
ocorrência ou não de determinados comportamentos, analise as afirmativas a seguir:
I Filogênese refere-se à ideia de que determinadas características fisiológicas e traços comportamentais
são determinados pela evolução da espécie. 
II Cultura refere-se a práticas que induzem o indivíduo a se comportar de determinadas maneiras para se
adaptar ao ambiente social. 
III Para Skinner a ontogênese refere-se à interação direta com o meio durante a vida do organismo, ou
seja, a aprendizagem por experiências individuais com o meio.
Está incorreto somente o afirmado em
A)
I e II.
B)
II e III.
C)
I.
D)
II.
E)
III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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Exercício 6:
A afirmação de que os behavioristas radicais negam a existência de sentimentos, sensações ou ideias
precisa ser melhor esclarecida. Isso porque
I costuma haver confusão entre o behaviorismo radical e o behaviorismo metodológico, que desconsidera
os acontecimentos privados por não haver um acordo público possível acerca de sua validade. 
II o behaviorismo radical adota uma linha que não nega a possibilidade da auto-observação ou do
autoconhecimento: apenas questiona a natureza daquilo queé sentido ou observado. 
III o behaviorismo radical aceita a introspeção como forma de acessar aquilo que é privado, como os
sentimentos, contrariando o behaviorismo metodológico. 
IV o behaviorismo radical considera os eventos privados; não os considera inobserváveis.
Está incorreto somente o afirmado em
A)
I e II.
B)
I, II e IV.
C)
IV.
D)
II e III.
E)
III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Exercício 7:
Leia atentamente o texto a seguir:
Algumas vezes damos a impressão de encarar o comportamento humano como espontâneo e
responsável. Em outras ocasiões, reconhecemos que a determinação interior não é, afinal, completa; que
o indivíduo não é de ser levado sempre em conta. Não tem sido possível rejeitar as provas, que pouco a
pouco vão se acumulando, de que as circunstâncias além do indivíduo são importantes. Algumas vezes
desculpamos uma pessoa ao apontar as “circunstâncias atenuantes”. Já não culpamos os sem instrução
por sua ignorância, nem chamamos de preguiçoso o desempregado. Também não responsabilizamos
totalmente os menores por sua delinquência. [...] Os insanos já há muito tempo foram livrados de qualquer
responsabilidade por sua condição, e os tipos de comportamento neurótico e psicótico aos quais agora
aplicamos estas atenuantes estão se multiplicando. SKINNER, B. F. Ciência e comportamento humano. São Paulo:
Martins Fontes, 2003, p. 22. 
Neste trecho, Skinner está descrevendo a visão do Behaviorismo Radical em relação à causalidade e
explicação do comportamento como
A)
este considera em suas práticas, tanto a filosofia da natureza humana, como a determinação ambiental do
comportamento.
B)
este trata dos membros tidos como excluídos da sociedade: doentes mentais, minorias e criminosos.
C)
este faz julgamentos e promove punições.
D)
injustiças sociais produzidas pela natureza humana que evoluíram em um ambiente inóspito e selvagem.
E)
o psicólogo coleta informações para determinar se um indivíduo é considerado imputável, que tem
responsabilidade por seus atos.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 8:
Muitas vezes utilizamos palavras como intenção, propósito, vontade, livre arbítrio e outras, para explicar o
comportamento humano. Tais explicações são consideradas mentalistas por Skinner. 
Acerca do mentalismo, considere as afirmativas a seguir:
I A Psicologia como ciência da mente foi questionada por Skinner ao longo de toda a sua trajetória. Para
ele, a origem da mente não pode ser estudada a partir de mudanças em qualquer traço evolutivo. 
II Termos mentalistas como vontade ou intenção são termos utilizados para explicar comportamentos,
porém não cumprem com essa função, pois as explicações estariam na mente do indivíduo e não em sua
relação com o ambiente. 
III Para Skinner esses termos podem ser usados quando se trata de comportamentos privados, porém não
quando se trata de comportamentos públicos. 
IV A crença na intencionalidade é produto do ambiente cultural, não científico, e tão arraigada na nossa
linguagem, que não mais a questionamos.
Está incorreto somente o afirmado em
A)
I.
B)
IV.
C)
I e III.
D)
II, III e IV.
E)
III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Exercício 9:
O gráfico e o texto a seguir representam (ontogeneticamente) a seleção de comportamentos por suas
consequências:O gráfico e o texto a seguir representam (ontogeneticamente) a seleção de
comportamentos por suas consequências:
A aprendizagem operante resulta de determinada relação entre um estímulo e uma atividade. BAUM, W.
M. Compreender o behaviorismo: comportamento, cultura e evolução. Porto Alegre: ARTMED, 2006, p. 81.
A aprendizagem operante envolve dois tipos de consequência: reforçadores e punidores. Considere a
seguir as definições de Reforçadores Positivos e Negativos e Punidores Positivos e Negativos:
I Reforçador Positivo: adiciona ou produz um estímulo como consequência de um comportamento,
aumentando sua frequência. 
II Reforçador Negativo: elimina ou retira um estímulo aversivo como consequência de um comportamento,
aumentando sua frequência. 
III Punidor Positivo: estímulo aversivo que, retirado após a resposta, ocasiona uma probabilidade de
diminuição da frequência desse comportamento. 
IV Punidor negativo: comportamento que elimina ou retira consequências reforçadoras. Espera-se que
esse comportamento diminua em frequência.
Está incorreto somente o afirmado em
A)
I.
B)
II e III.
C)
III e IV.
D)
III. 
E)
I, II e III
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 10:
Leia atentamente o texto a seguir.
O behaviorismo radical é considerado base da ciência chamada análise do comportamento. Quando
surgiu, trouxe à psicologia algumas ideias bastantes diversas das apresentadas pelas teorias psicológicas
anteriores, levando a novas formas de análise das situações cotidianas. 
Tomando por base o referencial do behaviorismo radical, vejamos o diálogo estabelecido entre uma moça
e o mecânico responsável pelo conserto de seu carro. Observemos como ela se comporta para evitar que
o marido note que ela bateu o carro.
Moça - por favor, será que o conserto poderia ser bem rápido? Quero levá-lo para a garagem antes que
meu marido chegue em casa. 
Mecânico - Vou tentar, mas não garanto!
A explicação para o comportamento da moça se dá
I em função da história por ela vivida anteriormente com o marido. 
II por causa do medo de que ele veja o estrago no carro. 
III devido às consequências aversivas de haver batido o carro.
Está(ão) coerente(s) com os pressupostos do behaviorismo radical as alternativas
A)
I e III.
B)
II.
C)
II e III.
D)
I.
E)
III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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O mundo dentro da pele
Objetivo: como resolver o acesso a privacidade (mundo dentro da pele). Como a
privacidade pode ser observada e descrita. O relato de sentimentos e
comportamentos. Como identificar as causas do camportamento a partir de
relatos de sentimentos. Conceito de autoconhecimento. 
Para o Behaviorismo Radical, o mundo público (eventos que mais de uma pessoa
pode ter acesso) e o mundo privado (acessíveis apenas para o próprio
indivíduo) têm a mesma natureza, apenas a maneira de acessá-los será diferente.
Para Skinner, o problema de acesso ao mundo dentro da pele, ou privacidade,
pode ser em parte resolvido quando as pessoas falam/descrevem seus eventos
privados.
É a partir da existência de uma comunidade verbal que as pessoas passam a
falar de si mesmas e podem falar de aspectos aos quais apenas elas têm acesso,
incluindo aí seu mundo privado. O comportamento verbal depende da mediação
de outras pessoas, e essas pessoas constituem a comunidade verbal a qual o
indivíduo pertence. Em certa medida, soluciona o problema da privacidade,
porém, a comunidade não faz isso com precisão (descrever os estados do próprio
corpo) porque não dispõe das informações necessárias para poder elogiar ou
corrigir.
Existem maneiras para a comunidade verbal ensinar a discriminar eventos
privados. Quando ela tem condições públicas correlacionadas para descrever as
condições privadas do outro, ou buscando condições que produzem sentimentos
semelhantes ao que sentimos, ou pode também observar respostas públicas do
indivíduo que estão relacionadas ao que ele sente.
Para o Behaviorismo Radical de B. F. Skinner, autoconhecimento é definido como
estar consciente de si mesmo, mas para alcança-lo a cultura em que o indivíduo
está inserido tem participação fundamental. Com ela o sujeito aprende a
descrever o comportamento e, posteriormente, seu “mundo interno”.
Neste sentido, o Autoconhecimento para o Behaviorismo Radical é de origem
social, pois uma pessoa que se "tornouconsciente de si mesma" por meio de
perguntas que lhe foram feitas está em melhor posição de prever e controlar seu
próprio comportamento.
A Análise do comportamento não discute a utilidade prática dos relatos acerca
do mundo privado (sentido e observado introspectivamente). Eles são PISTAS:
1) para o comportamento passado e as condições que o afetaram, 
2) para o comportamento atual e as condições que o afetam, e 
3) para as condições relacionadas com o comportamento futuro. 
Ainda assim, ao ensinar o autoconhecimento, comunidade verbal não consegue
solucionar completamente problema da privacidade, pois o mundo privado não é
claramente observado ou conhecido. 
Exercício Comentado:
Eventos privados são aqueles que são observáveis pelo próprio sujeito que os
apresenta. Assinale a alternativa Correta quanto a esses eventos:
a) Sentimentos são comportamentos privados e, por isso não são aceitos pelos
comportamentalistas por não serem observáveis diretamente.
b) Para o analista do comportamento, a objetividade é fundamental, por isso
não se aceita estudar eventos não objetivos, tais como as emoções.
c) Os comportamentalistas entendem que os sentimentos são determinantes do
comportamento, uma vez que eles antecedem os comportamentos públicos.
d) Os sentimentos não são subprodutos das contingências de reforçamento e
sim da história genética de cada ser.
e) Há confusão entre o sentimento ser responsável pelo comportamento, uma
vez que por vezes ele ocorre enquanto nos comportamos publicamente.
Resposta correta: e
Muitas vezes, os sentimentos aparecem conjuntamente, ou em alguns casos um
pouco antes dos comportamentos públicos, e por isso as causas são atribuídas a
eles e não aos eventos ambientais consequentes, como deveria.
Bibliografia Básica:
SKINNER, B.F. Sobre o behaviorismo. São Paulo: Cultrix e Editora da Universidade
de São Paulo, 1995.
Exercício 1:
Os eventos privados têm sido tema de muitas discussões entre os analistas do comportamento, uma vez
que são relevantes para a compreensão do comportamento humano. 
Segundo essa ótica, podemos afirmar corretamente que 
A)
sentimentos são comportamentos privados e, por isso, não são aceitos na visão do behaviorista radical por
não serem observáveis.
B)
para o analista do comportamento a objetividade é fundamental e, por isso, não é aceitável estudar
eventos não objetivos, como as emoções, por exemplo.
C)
sentimentos são determinantes do comportamento.
D)
sentimentos não são subprodutos das contingências de reforçamento e sim da história genética.
E)
há confusão relativa à noção de que o sentimento é responsável pela explicação do comportamento, uma
vez que ele ocorre enquanto nos comportamos.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 2:
(Provão, 2003 - adaptado) Emoções são experiências complexas, para a compreensão das quais estão
envolvidos aspectos biológicos, cognitivos, perceptuais, culturais. 
Sobre emoção, é correto afirmar que 
A)
algumas expressões faciais de emoção tal como ira, tristeza, felicidade, entre outras, são consideradas
básicas e, portanto, o seu reconhecimento se dá apenas intraculturalmente.
B)
expressões de emoção podem favorecer a comunicação entre as pessoas desde que seus aspectos
culturais anulem seus aspectos biológicos.
C)
uma possibilidade de aprendermos a identificar as nossas próprias emoções é observar as manifestações
de emoção no outro.
D)
a existência de palavras culturalmente determinadas para designar um estado emocional particular atesta
a independência entre processos cognitivos e emocionais.
E)
especificidades culturais nas expressões de emoção demonstram a existência de mecanismos fisiológicos
transculturais.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 3:
Muitas crianças se comportam diferentemente em casa e na escola. Algumas mães acham isto
incompreensível e se perguntam: “Como meu filho poderia agir tão diferente assim?” 
Segundo analistas do comportamento, esse fato poderá ser melhor explicado se considerarmos 
A)
que a criança pode estar se sentindo insegura na escola.
B)
as motivações da criança ao longo de sua história de reforço e punição.
C)
a ausência de controle ambiental em um desses dois ambientes.
D)
a existência de diferentes contingências no ambiente familiar e no escolar.
E)
a ausência de estímulos discriminativos em ambas as situações.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 4:
Leia atentamente o texto a seguir:
É comum ouvir pessoas, incluindo psicólogos de diversas abordagens, afirmarem categoricamente que “o
que mais importa” é o que tem “dentro” de um indivíduo, numa alusão à subjetividade, intimidade,
privacidade, sentimentos etc. Um psicólogo behaviorista radical, no entanto, vai discordar dessa afirmação
e dizer que o mais importante não é aquilo que está “dentro” da pessoa, mas sim o que determina o que
está “dentro”. É o ambiente que determina o comportamento, seja ele privado ou não. E por ambiente
entende-se o que é externo ao comportamento a ser analisado. 
Acerca disso, podemos afirmar que
A)
um behaviorista radical não aceita o estudo das emoções ou daquilo que se encontra sob a pele, uma vez
que o objeto de estudo de uma ciência deve ser acessível pela observação.
B)
a concepção skinneriana não exclui o mundo dentro da pele de cada um, apenas não lhe atribui status
causal e nem dimensão metafísica.
C)
como o comportamento é compreendido como uma interação entre o organismo e o ambiente, o ambiente
nunca pode ser externo ao comportamento que será analisado.
D)
enfatizar o papel do ambiente na determinação do comportamento humano implica afirmar que o
organismo reage passivamente ao mundo tal como um ser autômato ou um robô.
E)
não é o ambiente que determina o comportamento, mas sim as crenças que desenvolvemos sobre os fatos
que ocorrem ao nosso redor.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 5:
Ao conceituar autoconhecimento, Skinner considera que
A)
as descrições de eventos privados são muito precisas por serem treinadas e estimuladas pela comunidade
verbal para propiciar o autoconhecimento do indivíduo.
B)
o autoconhecimento pode ser um caminho para o autocontrole, pois facilita para cada pessoa alterar
variáveis ambientais que controlam o próprio comportamento.
C)
tomando por base somente a participação da pessoa em determinado grupo social que fale o mesmo
idioma e compartilhe elementos culturais comuns (comunidade verbal) não é possível conhecer seu mundo
privado.
D)
a mera participação em uma comunidade verbal não é suficiente para que um indivíduo aprenda, desde
criança, a discriminar eventos de seu mundo privado: é preciso que ele aprenda, também, a discriminar
eventos mentais.
E)
o autoconhecimento de cada um dos membros de uma comunidade verbal não é importante para ela, pois,
a partir de descrições de eventos privados não é possível prever com precisão certos comportamentos
futuros.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Controle coercitivo
Objetivos: compreender o controle aversivo e seus efeitos principais, entender a
necessidade de estudo do comportamento para propor alternativas à coerção.
 Análise do comportamento: desenvolveu métodos para formular e responder a
questões importantes sobre a conduta humana. Reforço positivo é marca da
análise do comportamento. Existem demonstrações em laboratório e fora dele que
justificam o uso do reforçamento positivo ao invés da coerção.
É urgente a necessidade de se disseminar esta informação, pois infelizmente
verifica-se que a maioria das relações sociais está pautada pelo uso de coerção.
Principais controlescomportamentais existentes:
1. Reforçamento positivo = não coercitivo;
2. Reforçamento negativo = coercitivo;
3. Punição positiva e negativa = coercitivos.
Exercício comentado
Reforçamento positivo é definido a partir da relação entre uma consequência de
seu comportamento apresentada ao organismo e a manutenção ou o aumento da
frequência do comportamento que produziu a consequência em questão.
Então,
 Podemos entender que se um detento ficar na solitária e depois de bom
comportamento retornar ao convívio social no presídio, isso é um exemplo de
reforçamento positivo não coercitivo.
 
a) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira.
b) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa.
c) As duas afirmações são falsas.
d) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da
primeira.
e) As duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa
correta da primeira.
 
Resposta: b
Apesar de ser fato que o bom comportamento levou ao convívio social (a
apresentação de uma estimulação reforçadora), o exemplo não é de reforço
positivo, pois o convívio social é algo próprio do ambiente de um presídio e o
detento perdeu esse convívio como punição por algum comportamento anterior.
Logo, é um exemplo de coerção (no caso, uma punição negativa).
 
A punição funciona? 
Ela é utilizada em grande parte das sociedades pelas agências de controle
(família, escola, governo, religão) para mudar o comportamento das pessoas. A
coerção também é amplamente empregada nas relações sociais como forma de
mudar e/ou eliminar comportamentos uns dos outros. 
Porém, é a melhor forma de controle? Justiça significa punição? (É uma ameaça
para manter as pessoas na linha?). São tópicos complexos. 
Oferecem respostas: a filosofia, a moral, as religiões, as emoções, a política e a
ciência. (Com dados controlados e com fatos, ou seja, com estudos científicos
e não com opiniões).
A cultura tem a suposição de que punir mau comportamento ensina bom
comportamento, porém, os efeitos colaterais se mostram mais importantes que os
“principais” na punição.
Punição, em geral, precisa de um agente punidor e por condicionamento reflexo o
agente punidor se transforma em um punidor condicionado. Este é o primeiro
efeito colateral da punição, pois, de acordo com Sidman, qualquer um que use
muito choque, torna-se ele mesmo um choque. 
Efeito colateral da punição, ela “contamina”, transforma o que está próximo em
estímulo aversivo. Produz diminuição de comportamento (fica quieto) e estimula
contracontrole.
 Transforma ambientes inteiros em estímulos aversivos: família, escola, sociedade,
países, culturas, é o efeito “tóxico” da punição.
Exercício comentado
São exemplos de estímulos aversivos condicionados:
I . Os soldados do exército em culturas que foram invadidas como o Iraque, o
Afeganistão, etc.
II. Professores que se utilizam de punição com seus alunos.
III. Choque, veneno e objetos pontiagudos.
São corretas as afirmações:
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) I e III
 
Resposta: d
O item III apresenta estímulos que são aversivos incondicionados, ou seja, que
não é necessário aprendizado prévio para responder a eles.
 
Fuga e esquiva
Objetivos: compreensão do processo de fuga e esquiva no contexto da coerção.
Identificar os problemas sociais e individuais relacionados ao comportamento de
fuga e esquiva.
Reforçamento negativo gera fuga, então o estímulo que gerou a fuga pode ser
utilizado como punição.
Reforçamento negativo e punição são os mesmos eventos funcionando de maneira
diferente. (Em um círculo vicioso). 
Reforçamento negativo em geral pune o evento anterior a ele e o punidor gera
fuga como efeito colateral. 
 
Esquiva: não se espera pela punição para fugir, em geral, existe um sinal de
punição, antecipatório, e o organismo responde a esse sinal.
Causas no passado e presente (não no futuro) . Não é o futuro que causa a
esquiva e sim a história passada de reforçamento.
Esquiva como produto secundário da fuga: geralmente, primeiro se aprende a
fugir para depois se esquivar.
“Mistérios” da esquiva: não se observa o contexto aversivo, assim, ao observar o
comportamento de esquiva o observador pode ter a tendência de procurar as
causas dentro do organismo ou da mente.
 
Rotas de fuga: Sidman identificou algumas rotas típicas para fugas em nossa
cultura:
Desligando-se: o indivíduo se desliga do problema como uma forma de fuga.
 Efeito de curto prazo apenas. O problema não se resolve.
 Crises emocionais: uma outra forma é através de crises emocionais. Problemas
de saúde geram afastamentos de responsabilidades diversas. Após a recuperação
o indivíduo retorna ao ambiente coercitivo e o problema não se resolve. 
 Deixe o “Zé” fazer isso: delegar responsabilidades, tomadas de decisões etc.
Ocorre com frequência em todos os processos produtivos e sociais. Diversos
departamentos e hierarquias são criados como forma de “passar o problema” para
outra pessoa. Quando os problemas não são resolvidos, quem leva a culpa é o
“Zé”.
 Não fazer nada: se não é emergencial (as consequências são atrasadas) então,
não faça nada, deixe para depois. Mas nós vamos sobreviver? Estamos jogando
para o futuro o problema de hoje e o mesmo não para de crescer. O aquecimento
global é um exemplo típico desta rota de fuga.
Desistindo: quando as outras rotas já não funcionam mais, uma última forma é
desistir. Da escola, do trabalho, dos relacionamentos pessoais etc. É um grave
problema para o indivíduo e para sociedade. Uma última desistência é em relação
a vida (suicídio).
Exercício comentado
A reincidência criminal é um problema comum no Brasil. Grande parte de ex-
presidiários voltam a cometer crimes no Brasil.
Isto ocorre porque
O sistema judiciário não pune com rigor os crimes cometidos em nosso país.
Com base na leitura dessas frases, é CORRETO afirmar que:
a) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. 
b) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. 
c) As duas afirmações são falsas. 
d) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da
primeira. 
e) As duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa
correta da primeira.
 
Resposta: b
Embora muitos afirmem que punir crimes com o maior rigor diminui a
criminalidade, o fato é que a falta de opções de atividades não criminosas que
produzam reforçamento positivo conta muito mais para a ocorrência da
criminalidade e de sua reincidência. Isto é um fato e não um ponto para o debate.
Endurecer as punições poderá também diminuir sensivelmente a criminalidade,
mas produzirá outros efeitos colaterais, além de reforçar contra-controle por parte
dos criminosos. O problema maior não será resolvido, pelo contrário, irá
aumentar.
 
Esquiva
Esquiva: não se espera pela punição para fugir.
Causas no passado e presente (não no futuro) . A esquiva é como produto
secundário da fuga, depois de fugir aprende a se esquivar (evitar).
“Mistérios” da esquiva: não se observa o contexto aversivo (pois este é evitado).
Assim, muitos explicam a esquiva através de conceitos mentalistas.
 
Mitos das causas da esquiva
Expectativas como causas? Expectativas são produtos da experiência, também
foram ensinadas na história de reforçamento.
 Medo e ansiedade? Sentimentos acompanham as contingências. Nós damos
enfoque a eles. Eles não são causam e sim são efeitos colaterais. Sentimentos são
sentidos como coisas “grandes”, enquanto os estímulos parecem “pequenos” aos
nossos olhos. 
 Qual a solução? Identificar as contingências, observar as relações entre: 
Depressão – dois sofrimentos: 
Esquiva (de tudo) e sofrimentos internos. 
Farmacologia: ação apenas sobre “sentimentos”.
Terapia: identificar choques e reforços que mantêm a depressão. 
Esquiva “útil”: sobrevivência.
Esquiva “sem sinal de aviso”: laboratório (choques não sinalizados, postergar
choques). Patologias? Falta de contato com a realidade? Alguns pensam que sim.
 
 
Exercício comentado
Emum experimento, um rato passa a receber um suave choque toda vez que
pressiona a barra para receber alimento. No primeiro choque ele para de se
comportar, assustado, mas depois:
a) Retorna à atividade anterior mesmo que se aumente o choque.
b) Retorna à atividade anterior, mas se aumentar o choque ele para
definitivamente.
c) Retorna à atividade anterior, mas com menor frequência de respostas.
d) Não retorna à atividade anterior e morre de fome.
e) Não retorna à atividade anterior e tenta fugir da gaiola, morrendo de cansaço.
Resposta: a
O organismo volta a responder da mesma maneira que antes, pois está privado de
comida, mesmo que se aumente a intensidade do choque, o organismo tende a se
acostumar, a não ser que o choque seja muito forte a ponto de matar o organismo
se ele continuar a se comportar da mesma forma.
 
Bibliografia: SIDMAN, M. Coerção e suas implicações. Campinas: Livro pleno,
2003. Cap. 4, 5, 6, 7 e 8.
 
 
Exercício 1:
Quando uma resposta previne a ocorrência do comportamento punido, o terapeuta pode compreender que
o comportamento punido foi reprimido. A repressão pode ser compreendida como uma resposta de
..................................., que é ............................................ com o comportamento punido. 
Assinale a alternativa que reúne elementos para preencher corretamente as lacunas do texto acima:
A)
esquiva / incompatível
B)
esquiva / compatível
C)
fuga / incompatível
D)
fuga / antagônico.
E)
contracontrole / antagônico
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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Exercício 2:
Fernando está cansado de levar broncas de sua mãe quando ela chega em casa e vê seu quarto
desarrumado. Então, ao chegar da escola faz grande bagunça, mas arruma tudo antes que ela chegue. 
A situação descrita é um caso de
A)
comportamento de esquiva, pois ao arrumar o quarto, este comportamento é reforçado pois evita o
 estímulo aversivo condicionado.
B)
comportamento reforçado positivamente pois, ao arrumar o quarto antes que a mãe chegue, o livra de
levar a bronca.
C)
reflexo incondicionado, pois, todos nós, dada a nossa história filogenética, estamos preparados para
identificar o perigo e responder a ele.
D)
comportamento de fuga, pois, arrumando o quarto, Fernando elimina o estímulo aversivo incondicionado.
E)
reflexo condicionado, uma vez que a chegada da mãe, associada à bronca, elicia respostas fisiológicas
próprias do medo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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Exercício 3:
Quais os efeitos da punição sobre o comportamento? Sidman argumenta que diferentemente do
reforçamento, definido pelo aumento da probabilidade futura de repetição de ações que o produziram, a
punição não é definida como o oposto de reforçamento. 
Acerca disso, pode-se afirmar que
I a punição ensina mais o que não fazer do que o que fazer. 
II a punição é um mal necessário mesmo tendo efeitos colaterais. É um procedimento aceitável por seus
efeitos no comportamento. 
III é errado reforçar crianças por bom comportamento: elas devem se comportar bem por ser essa a
maneira correta e, caso contrário, devem aprender que todo mau comportamento será punido.
Está correto somente o afirmado em
A)
I.
B)
II.
C)
III.
D)
I e II.
E)
II e III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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Exercício 4:
A esquiva é um dos efeitos colaterais da punição. 
Podemos afirmar que 
A)
as punições controlam o comportamento do indivíduo reforçado negativamente, mesmo que os estímulos
aversivos não estejam presentes porque respostas aprendidas de modo negativo perduram.
B)
ensinar estabelecendo contingências de esquiva pode gerar comportamentos supersticiosos,
principalmente, se a esquiva for bem sucedida.
C)
a esquiva é uma resposta aprendida rapidamente por estar sob contingências coercitivas.
D)
a esquiva, produto inevitável da coerção, pode gerar prejuízos porque o indivíduo não enfrenta a realidade.
Em outras palavras, ela é uma resposta desadaptativa.
E)
o comportamento de fuga é mais adaptativo à punição do que a esquiva, pois o sujeito consegue se livrar
mais rapidamente do estímulo aversivo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 5:
Alguns comportamentos descritos abaixo correspondem a efeitos colaterais da punição e são
considerados rotas de fuga:
I A desistência, como o suicídio, é um exemplo de fuga que muitos aprendem em suas histórias de vida
recheadas de coerção. Agora não mais se desligam, desistem da sociedade, da família, da religião ou da
própria vida. Todos esses exemplos têm em comum o fato de serem mantidos por reforçamento negativo. 
II "Deixar o outro fazer" também pode ser considerada uma estratégia para se livrar das demandas menos
agradáveis, das responsabilidades, da culpa por algo não dar certo. 
III "Fugir de resolver problemas" pode ser compreendido como uma maneira de se livrar da insegurança ou
do sentimento de incapacidade. Tais sentimentos negativos são responsáveis pela fuga.
Está incorreto somente o afirmado em
A)
II e III.
B)
I.
C)
II.
D)
III.
E)
I e III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 6:
A respeito do conceito de controle aversivo, considere as afirmativas a seguir:
I Quando apresentamos um evento reforçador em competição direta com um punidor moderado, o sujeito
deixa de apresentar o comportamento. 
II Um evento que começa neutro pode tornar-se reforçador ou punidor em função de nossa experiência
com ele. 
III Punir um ladrão prendendo-o, não altera necessariamente seu comportamento de roubar. 
IV As pessoas que usam punição não se tornam punidores condicionados, já que apenas as
consequências aversivas em si possuem o poder de diminuir a probabilidade de ocorrência do
comportamento. 
V Reforço negativo aumenta a probabilidade do comportamento emitido voltar a ocorrer. Dessa forma, ele
é vantajoso para o sujeito. 
Está correto somente o afirmado em
A)
I, II e III.
B)
II, III e V.
C)
II e III.
D)
III, IV e V.
E)
IV e V.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 7:
Fuga e esquiva são maneiras que encontramos para nos proteger diante da ameaça de punição. 
A esse respeito:
I Punição e reforço negativo geram um círculo vicioso: a punição estabelece o potencial para a ocorrência
do reforço negativo. 
II Fuga e esquiva trazem problemas a curto prazo, apenas a punição efetiva traz efeitos colaterais de longo
prazo. 
III Um ambiente do qual fugimos punirá qualquer ação que nos coloque de novo em contato com ele. 
Está incorreto somente o afirmado em
A)
II.
B)
I e II.
C)
I.
D)
II e III.
E)
III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 8:
Acerca do uso da punição como forma de controle do comportamento, considere as afirmativas a seguir: 
I Uma das razões pelas quais o uso da punição é tão comum em nossa sociedade talvez esteja no fato de
que o comportamento de punir é imediatamente reforçado. 
II Sempre que possível, a punição positiva deve ser utilizada no lugar do reforço negativo, pois a punição
tem como objetivo eliminar ou suprimir um comportamento e o reforçamento aumentará a probabilidade de
novas ocorrências do comportamento. 
III O uso da punição é bastante comum em nossa sociedade porque, ao contrário de contingências de
reforço negativo, não se observa efeitos colaterais no comportamento de quem é punido.
Está correto somente o afirmado em
A)
II e III.
B)
I e II.
C)
III.
D)
II.
E)
I.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentáriosExercício 9:
Muitos comportamentos emitidos por nós são mantidos por reforçamento negativo e não positivo. Fazemos
algo, não porque nos trará benefícios, mas porque nos impede ou nos livra de algum malefício. 
Acerca das relações mantidas por reforçamento negativo, é correto afirmar que
A)
se uma pessoa fala algo e recebe uma crítica, deixará de se expor em situações futuras. Este é exemplo
de fuga.
B)
se após receber uma crítica uma pessoa fala ainda mais para enfrentar o estímulo aversivo, ela está
apresentando um comportamento de fuga do estímulo aversivo.
C)
pegar um bebê no colo para ele parar de chorar é um exemplo de reforço positivo, porque aumentará a
frequência da resposta em situação futura.
D)
fechar a janela porque há muito barulho, é um exemplo de fuga, porque elimina-se o estímulo aversivo (o
barulho).
E)
quando o tempo está nublado, levar um guarda-chuva para não se molhar é um exemplo de fuga, um
controle não coercitivo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 10:
Leia o texto apresentado a seguir:
Maria conheceu Juca em um bar e de lá pra cá não se afastaram mais. Certo dia, Juca descobriu por meio
de uma rede social que Maria tinha um namorado que morava em outra cidade e que eles namoravam já a
4 anos. Juca se sentiu traído (I), sentiu muita raiva de Maria (II) e, por isso, se afastou sem dar satisfação
alguma (III). 
Tendo em vista os princípios da análise do comportamento, assinale a alternativa que descreve,
respectivamente, os três comportamentos de Juca:
A)
Reforço negativo, emoção negativa, fuga.
B)
Reforçamento negativo, comportamento respondente e extinção.
C)
Punição positiva, resposta condicionada, fuga.
D)
Punição positiva, comportamento respondente, esquiva.
E)
Reforço positivo, operante condicionado, esquiva.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 11:
Em relação ao conceito de controle comportamental discutido por Sidman (2009), considere as afirmativas
a seguir: 
I O controle coercitivo está, geralmente, presente em todas as esferas de nossas vidas. 
II Reforço positivo é uma forma de controle coercitivo. 
III Reforçamento negativo é uma forma de controle coercitivo. 
IV Apenas a punição, positiva e negativa, é controle coercitivo, enquanto o reforço, positivo e negativo, é
controle não-coercitivo.
Está correto somente o afirmado em 
A)
I e II.
B)
I e III.
C)
III e IV.
D)
II e IV.
E)
I, II e IV.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 12:
Leia o texto apresentado a seguir:
João adora tomar sorvete. É um menino muito inteligente, porém bastante indisciplinado. Na escola esse
comportamento tem causado a ele uma série de problemas, principalmente nas provas de matemática, nas
quais tem tirado notas muito baixas. Joana, sua mãe, tem pensado muito no que poderia fazer para mudar
essa situação e fazer com que João estude e tire boas notas nas provas. Sua primeira atitude foi impedir
que o filho passeie durante a semana e permitir que passeie apenas nos finais de semana. Ela gostaria de
adotar ainda outras atitudes. 
Considere, em cada uma das possibilidades imaginadas por Joana, o tipo de relação entre respostas e
consequências (Reforço Positivo, Reforço Negativo, Punição Positiva ou Punição Negativa):
1) Dizer a João que se ele tirar mais uma nota vermelha nas provas de matemática, levará umas
palmadas. 
2) Dizer a João que se ele tirar boas notas nas provas de matemática, ela comprará um sundae duplo
inteirinho para ele. 
3) Dizer a João que se ele tirar mais uma nota vermelha nas provas de matemática, ficará sem sair de
casa nos finais de semana. 
4) Dizer a João que se ele tirar boas notas nas provas de matemática, não precisará mais ficar de
castigo.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A)
1) Punição Positiva, 2) Reforço Positivo, 3) Punição negativa, 4) Reforço Negativo.
B)
1) Reforço Negativo, 2) Punição Positiva, 3) Punição Negativa, 4) Reforço Positivo.
C)
1)Punição Negativa, 2) Reforço Negativo, 3) Reforço Positivo, 4) Punição Positiva.
D)
1) Reforço Positivo, 2)Reforço Negativo, 3) Punição Positiva, 4) Punição Negativa.
E)
1) Punição Negativa, 2) Reforço Positivo, 3) Punição Positiva, 4) Reforço Negativo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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Alternativas ao uso da Coerção
 
Objetivos 
Compreender a principal metodologia da análise do comportamento para
intervenção. 
Define-se reforçador positivo como um evento que, quando apresentado
imediatamente após um comportamento, faz com que este aumente em
frequência.
Quando um operante é seguido por reforçador, este operante se fortalece.
 
Método para intervenção baseada em reforçamento positivo
 
1. Selecionar o comportamento a ser fortalecido 
Deve-se especificar uma classe de comportamento e, posteriormente especificar
os comportamentos que fazem parte desta classe.
 
2. Escolher reforçadores
É importante selecionar estímulos que são reforçadores eficazes para o indivíduo
com o qual será feita a intervenção. Também é fundamental a escolha por
reforçadores positivos (estímulos adicionados após a resposta) e não de
reforçadores negativos. Os reforçadores positivos podem ser divididos em
categorias: consumíveis, atividades, manipuláveis, privilégios e sociais. Talvez
seja necessário fazer um levantamento ou avaliação para determinar quais
reforçadores utilizar.
 
3. Operações motivacionais
Saciação e privação são exemplos de operações motivacionais. É preciso
considerar essas variáveis no planejamento da intervenção.
 
4. Dimensão do reforçador
O tamanho, quantidade ou magnitude do reforçador deve ser avaliado para que
tenha efeito eficaz sobre a resposta.
 
5. Instruções
Utilize as regras. É importante que instruções sejam fornecidas ao indivíduo sobre
o funcionamento da intervenção para acelerar o processo de aprendizagem.
 
6. Contiguidade do reforçador
Para o máximo de eficácia, o reforçador deve ser liberado imediatamente após a
emissão da resposta. Caso não seja possível liberar o reforçador imediatamente,
deve-se programar eventos intermediários que sinalizam o reforçador.
 
7. Reforço contingente versus não contingente
Para que o programa de intervenção funcione, o reforço deve ser sempre
contingente ao comportamento-alvo. Reforços não contingentes não produzirão o
efeito desejado.
 
8. Término do programa e reforçamento natural
É importante avaliar, ao término do programa, a manutenção do comportamento-
alvo através de reforçamento natural. Espera-se que o comportamento-alvo fique
mantido sob reforçamento natural.
 
Exercício comentado
 
O desenvolvimento de programas de intervenção baseado em reforçamento
positivo pode ser equivalente a uma proposta de suborno.
PORQUE
Tais programas se utilizam de reforçadores arbitrários ou programados que devem
ser utilizados com cautela.
Com base na leitura dessas frases, é CORRETO afirmar que: 
A) a primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. 
B) a primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. 
C) as duas afirmações são falsas. 
D) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da
primeira. 
E) as duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa
correta da primeira
 
Resposta: a
A utilização de reforçamento arbitrário não se equivale a suborno ou “troca”. Uma
intervenção baseada em psicologia comportamental deve seguir normas éticas e
focar no desenvolvimento e melhora de qualidade de vida do cliente e não em
mudanças que sejam úteis a terceiros em prejuízo do cliente. Um suborno
geralmente é útil para aquele que ofereceu o suborno, além de ser ilegal e
antiético.
 
Ciladas do reforçamento positivo
Efeitosindesejados
 
O efeito do reforçamento positivo ocorre independentemente do planejamento ou
da consciência do processo. Assim, é possível que diversos comportamentos
inadequados sejam reforçados de maneira positiva sem que os envolvidos tenham
conhecimento ou percepção do que está ocorrendo.
Uma criança retraída poderá atrair atenção de adultos quando se isola. O adulto
acredita que tem que “tirar” a criança daquele estado. Na verdade, pode estar
reforçando o comportamento de retrair-se. Deveria reforçar quando a criança
apresenta algum tipo de comportamento de interação social.
 
Outras ciladas
As principais ciladas são o uso de reforçadores não diretamente continentes ao
comportamento e explicações simplistas sobre o reforçamento positivo, em geral
nominando reforçadores atrasados e não especificando os reforçadores ou eventos
que ocorrem imediatamente após a emissão da resposta.
 
Diretrizes para a aplicação eficaz do reforçamento positivo:
§ seleção de comportamentos específicos e que possam ficar sob controle de
reforçamento natural;
§ uso de reforçadores disponíveis, diversificados e que possam ser
apresentados imediatamente após a emissão da resposta;
§ uso de reforços sociais e de regras;
§ no desligamento do programa, gradualmente deixe de fornecer os reforços
arbitrários e introduza reforçamento social;
§ observe se existem reforços naturais que possam manter o comportamento;
§ faça avaliações periódicas para verificar a manutenção do comportamento
depois do término do programa.
 
Alternativas ao uso da coerção
•Maioria dos problemas na sociedade em geral são intrinsecamente complexos.
•Sabemos o que a coerção faz: hora de examinar o que mais poderia ser utilizado.
•Sugestões não salvarão o mundo, mas pequenos começos podem modelar nosso próprio
comportamento em novas direções.
•Jus�ficamos a coerção em nome da educação, civilização, moralidade e defesa própria. Mas, não precisamos
punir para evitar ou impedir as pessoas de agirem mal.
•Alcançar mesmo fim com reforçadores posi�vos, sem produzir efeitos indesejáveis da coerção.
•Princípio norteador:
–REFORÇAMENTO POSITIVO FUNCIONA E A COERCÃO É PERIGOSA!
Exercício comentado
Um estudante universitário estudou durante 3 horas para uma prova que ocorreu
no dia seguinte. Dois dias depois descobriu que tirou 10. A melhor especificação
do que foi a consequência reforçadora é:
 
I. A nota 10 que tirou na prova.
II. Provável diminuição de ansiedade depois que terminou de estudar. 
III. Ter pensado na possibilidade de ir bem na prova quando terminou de estudar.
 
São corretas as afirmações:
A) I
B) II
C) III
D) I e III
E) II e III
 
Resposta: e
Embora a nota 10 seja o último elo da cadeia de comportamentos, o que reforçou
o comportamento de estudar é o que ocorreu imediatamente depois da emissão
da resposta, no caso, diminuição da ansiedade (reforço negativo) e ter pensado
na possibilidade de ir bem na prova (reforço positivo).
 
Bibliografia Básica:
SIDMAN, M. (2003). Coerção e suas implicações. Campinas, SP: Editorial Psy. Capítulo 16. 
 
 
 
 
 
 
 
 
II) Áreas de Aplicação da Análise do Comportamento
 
Lista de áreas nas quais a modificação do comportamento tem base sólida e um
futuro promissor.
Pais e filhos: práticas de educação, linguagem, comportamentos problemáticos
etc.
Educação: da pré-escola à universidade: desenvolvimento do sistema
personalizado de ensino (PSI) com e sem uso de computador.
Problemas de desenvolvimento atípico: autismo e esquizofrenia.
 
Clínica Analítico-Comportamental
Autogerenciamento de problemas pessoais.
Cuidados médicos e de saúde.
Gerontologia.
Análise comportamental comunitária.
Negócios, indústria e governo.
Psicologia do esporte.
 
Exercício comentado
 
Os métodos de modificação do comportamento podem ser utilizados em
indivíduos de diferentes culturas,
PORQUE
Como todos são organismos, os métodos podem ser aplicados sem nenhum tipo
de adaptação para considerar a diversidade cultural.
 
Com base na leitura dessas frases, é CORRETO afirmar que:
 
A) a primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira.
B) a primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa.
C) as duas afirmações são falsas.
D) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da
primeira.
E) as duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa
correta da primeira.
 
Resposta: b
É necessário considerar e conhecer a diversidade cultural para aplicar
procedimentos de modificação do comportamento.
 
Bibliografia básica 
MARTIN, G; PEAR, J. Modificação de comportamento: o que é e como
fazer? São Paulo: Roca, 2009. Cap 1 e 2
 
 
Exercício 1:
Leia o texto apresentado a seguir:
Márcio, 11 anos, é punido constantemente pela professora por não fazer as lições solicitadas. Em casa
isso também ocorre: Márcio é criticado e cobrado por ser preguiçoso, já que não faz as tarefas da escola e
nem algumas da casa, como arrumar seu quarto ou colocar seu prato na pia.
Acerca dessa situação e sobre a maneira mais adequada de modificar o comportamento de Márcio é
correto afirmar que
A)
essa é uma forma de controle coercitivo realizado pelos pais e professora. Neste caso, os pais deveriam
apresentar contingências mais aversivas para amenizar o problema.
B)
Márcio deveria ser submetido a contingências reforçadoras positivas, pois só assim haveria aumento da
frequência do comportamento de fazer lição de casa e de realizar tarefas estabelecidas pelos pais.
C)
a extinção é uma forma de controle. Neste caso, os pais deveriam extinguir reforçadores positivos da rotina
do filho, tais como, não assistir TV, jogar bola com amigos etc.
D)
a punição precisa ser contingente para que funcione, ou seja, as consequências devem ser apresentadas
imediatamente após as omissões de Márcio.
E)
Márcio deve passar por um programa de reabilitação comportamental, pois está apresentando sinais de
comportamento opositor.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
Assinale a afirmativa que exemplifica uma mudança comportamental produzida por meio do procedimento
de extinção operante: 
 
A)
A criança começa a emitir sons altos, imitando animais, enquanto os pais conversam. Os pais lhe dizem
que ela não deve atrapalhar os adultos.
B)
Um funcionário começa a estalar os dedos numa reunião profissional. O chefe lhe dá um cutucão por baixo
da mesa para que ele não faça isso.
C)
Uma criança briga com o irmão mais novo que está atrapalhando seu jogo e o pai retira dele o videogame
para cessar a briga.
D)
Um estudante faz uma pergunta inconveniente na sala de aula e o professor desconta meio ponto de sua
nota.
E)
Uma criança levanta o prato vazio e berra “sobremesa”. Os pais continuam conversando e ignoram o seu
pedido.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 3:
A modelagem, importante processo de aprendizagem, é um recurso de instauração de novo repertório.
Assinale a afirmativa que corresponde ao procedimento de modelagem:
A)
Para modelar é preciso planejar, definir a resposta alvo-final, descrevendo em termos de topografia,
duração, magnitude e selecionar o estímulo reforçador que será utilizado. Gradativamente as respostas
serão reforçadas diferencialmente.
B)
Nesse processo de aprendizagem é preciso esperar a resposta desejada ocorrer e não reforçar nenhuma
outra resposta. Esse processo é longo, porém eficiente.
C)
Para instaurar novo comportamento devemos ficar atentos à resposta desejada e reforçá-la
imediatamente. Simultaneamente, é preciso punir (reduzir a frequência) a resposta indesejada.
D)
Para esse processo é fundamental escolher pelo menos dois tipos de reforço: um natural e o outro
artificial, um apetitivo e o outro aversivo.
E)
Para modelar um novo comportamento, não é preciso prática nem habilidade: basta permanecer atento
paradar reforço à resposta que se pretende modificar.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 4:
Uma boa maneira de estabelecer novo repertório comportamental é usar a modelagem, estratégia muito
utilizada na prática clínica. 
Assinale a afirmativa que corresponde ao procedimento de modelagem:
A)
Uma criança tem aversão à injeção. A enfermeira lhe apresenta gradativamente o estímulo temido até que
ela aprenda a lidar com suas reações de medo.
B)
M. caiu de bicicleta e se machucou muito. Depois disso, preferiu jogar videogame e nunca mais quis andar
de bicicleta. Para que volte a andar de bicicleta, o terapeuta lhe explica a importância dessa atividade e lhe
mostra outras crianças se divertindo ao andar de bicicleta para que ele possa fazer novas associações.
C)
André quer aprender a nadar, porém não sabe como realizar isso. O terapeuta busca junto a ele as
alternativas possíveis e, ao final, conclui que o melhor a ser feito é procurar um professor de natação que
lhe ensine diferentes estilos de natação.
D)
J. quer muito ser mais sociável, porém teme conversar. O terapeuta lhe faz perguntas, aguarda ele
responder e então reforça o ato de responder. Depois pede a J. que lhe faça alguma pergunta e, em
seguida, reforça esse comportamento. Aos poucos, J. consegue perguntar e responder perguntas,
consegue estabelecer um diálogo.
E)
N. quer aprender a pintar quadros e como sua mãe é artista, o terapeuta lhe sugere que observe a mãe
pintando e repita os movimentos feitos por ela quando está pintando. Aos poucos N. aprenda essa nova
resposta.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 5:
Skinner (1953) e Sidman (2003) são claros ao recomendar que não se utilize a punição como técnica
corretiva para o comportamento porque 
 
I a punição, ao contrário do reforço, necessita de grande planejamento para ser implementada. 
II estímulos aversivos geram emoções e predisposição para fugir ou retrucar, além de ansiedades
perturbadoras. 
III a longo prazo, a punição, ao contrário do reforço, funciona com desvantagem tanto para o organismo
punido quanto para quem aplicou a punição. 
 
Está incorreto somente o afirmado em
A)
II e III.
B)
III.
C)
II.
D)
I.
E)
I e III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 6:
Sabe-se que uma das maneiras de controle efetivo de um comportamento é o emprego de reforços
positivos. 
Acerca disso, considere as afirmativas a seguir:
I Por serem contíguos os reforçadores são mais eficientes na manutenção de um comportamento. 
II Reforçadores artificiais não servem para controlar comportamentos. 
III É fundamental que os reforçadores sejam escolhidos em função das peculiaridades de cada caso.
Está incorreto somente o afirmado em
A)
I.
B)
II e III.
C)
III.
D)
I e II.
E)
II.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 7:
Segundo Cunha e Borloti (2005), a classe de relações comportamentais denominadas “reforçamento
positivo” parece favorecer o relato de alguns sentimentos, entre os quais o amor, o prazer, a felicidade, a
confiança, a fé e o entusiasmo, entre tantos outros. 
Acerca desse tema, considere as afirmativas seguintes:
I É falsa a ideia de que o reforçamento positivo gera sentimentos positivos, como prazer ou felicidade. Eles
apenas mantêm comportamentos. Não propiciam sentimentos. 
II O analista do comportamento deve favorecer a utilização de relações comportamentais de reforçamento
positivo, pois essas relações podem favorecer o relato de sentimentos, como os de liberdade, prazer e
felicidade. 
III O fato de coibir relações controladoras coercitivas, não significa que relações não coercitivas gerem
sentimentos como liberdade, prazer, fé etc., uma vez que seus efeitos são condicionantes e sempre
deixam rastros.
Está correto somente o afirmado em
A)
I.
B)
II.
C)
III.
D)
I e II.
E)
II e III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 8:
Para o behaviorista radical, o comportamento é determinado e deve ser compreendido como relação
comportamental. Essa compreensão favorece muito a interferência sobre ele. 
De acordo com esta perspectiva, é correto afirmar que
A)
o fato de buscar as causas do comportamento no ambiente, limita a compreensão do fenômeno. Por isso,
o psicólogo comportamental deve ir além do ambiente externo: deve procurar as causas no ambiente
privado.
B)
considerar as variáveis atuais ou passadas como responsáveis pelo que as pessoas fazem, falam, pensam
ou sentem, favorece a noção de serem os eventos privados os responsáveis pelos comportamentos das
pessoas.
C)
para a análise do comportamento, é importante analisar apenas as contingências futuras da vida de uma
pessoa, pois as contingências presentes e passadas não são relevantes para a mudança de determinado
comportamento.
D)
para a análise do comportamento, a liberdade pode aparecer como um sentimento, uma eliminação ou
uma ausência de coerção, não tendo relação com a mudança de variáveis ambientais. 
E)
para o behaviorista radical, todo comportamento é multideterminado e deve ser investigado com base em
sua história passada, presente e futura.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 9:
A extinção operante é uma alternativa à punição para reduzir a frequência de comportamentos
inadequados. Sobre esse procedimento pode-se afirmar que
A)
em alguns casos, é esperado que ao usar a extinção, o comportamento piore no começo ou que o
indivíduo fique agressivo, uma vez que está frustrado pela perda do estímulo reforçador positivo.
B)
para extinguir um comportamento inadequado basta remover um reforço positivo: a pessoa passará a se
comportar adequadamente.
C)
para que a extinção seja efetiva, é fundamental que o reforço seja retirado de modo gradativo: o indivíduo
não apresentará reações emocionais.
D)
se o comportamento que se pretende extinguir aumentar de frequência ao se estabelecer o procedimento,
deve-se interrompê-lo imediatamente, pois significa que não está funcionando.
E)
na extinção operante não se pode usar reforços positivos para outros comportamentos para evitar que o
indivíduo perca o foco no que precisa mudar.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 10:
Considere a relação a seguir: 
a) A mãe está ocupada passando roupa; b) a filha de 3 anos começa a brincar com o irmãozinho; c) a mãe
termina de passar roupa e senta para brincar com a filha e o bebê. 
Acerca desse exemplo, podemos afirmar que
I trata-se de um comportamento já ocorrido que não se manterá no futuro porque a mãe não explicou para
a filha as contingências desse comportamento. 
II trata-se de um exemplo de reforçamento positivo que aumentará a probabilidade de ocorrência do
comportamento da filha brincar com o irmão por haver recebido atenção da mãe. 
III apesar de não haver sido programado, esse comportamento da mãe poderá reforçar positivamente o
comportamento da filha de brincar com o irmão.
Está incorreto somente o afirmado em
A)
I e II.
B)
II e III.
C)
III.
D)
II.
E)
I.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 11:
Assim como ocorre com o reforçamento positivo, ao usarmos a extinção também podem ocorrer ciladas. 
Sobre os possíveis motivos da extinção não funcionar, podemos afirmar que
A)
a pessoa que terá seu comportamento reduzido não estava ciente da prática à qual seria submetida.
B)
deve-se retirar mais do que um estímulo reforçador quando a estratégia começa a falhar.C)
quando o comportamento demora a reduzir de frequência, deve-se substituir extinção por
punição leve.
D)
a pessoa que está tentando usar a extinção, acaba cedendo e liberando reforços.
E)
em alguns casos, a extinção realmente não funciona, principalmente, quando o comportamento tiver sido
aprendido há muito tempo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 12:
Sobre a modelagem, processo gradativo de aprendizagem, podemos afirmar que
I é uma ferramenta útil para a prática clínica, pois proporciona a aquisição de novas respostas e o
aprimoramento do repertório que o cliente já tem. 
II é a contingência de reforçamento diferencial, contingente às respostas específicas, responsável pela
modificação de comportamento. 
III para que ela funcione não é preciso planejamento anterior: basta extinguir as respostas disfuncionais e
reforçar as funcionais.
Está incorreto somente o afirmado em
A)
II e III.
B)
III.
C)
II.
D)
I.
E)
I e II. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Comportamento Verbal
O comportamento verbal é um tipo de comportamento operante, ele altera o
ambiente e é por ele modificado. A diferença básica entre um operante verbal e
um operante (não verbal), é que verbal é um operante cujas consequências não
guardam relações mecânicas com a resposta a que são contingentes.
O comportamento verbal é um comportamento operante que é mantido pelas
consequências, porém mediado por um ouvinte, que foi especialmente treinado
pela comunidade verbal.
Para se analisar o comportamento verbal, deve-se analisar as contingências entre
ouvinte e falante, que é chamado de episódio verbal, no qual o ouvinte atua como
estímulo discriminativo (Sd), na presença do qual as verbalizações (Respostas)
ocorrem. Além disso, é o ouvinte quem reforça o falante, após emitir a resposta
verbal.
O contexto no qual o comportamento ocorre deve ser considerado para identificar
o conceito de verbal ou não-verbal. Outro ponto é que não existe a necessidade
de elementos topográficos para sua definição.
- Tipos de operantes verbais:
 
1) Tato: são respostas verbais, vocais ou motoras controladas por Sd não verbais
e mantidas por consequências geralmente sociais quando existe correspondência
entre Sd e Resposta. Ex: nomear e/ou descrever pessoas, objetos, eventos.
2) Mando: são respostas verbais, vocais ou motoras controladas por eventos
encobertos, ligados a estados motivacionais ou afetivos e mantidos por
consequências que reduzam a privação ou eliminam estímulos aversivos. Ex:
ordens, Instruções, conselhos ou pedidos.
Exercício Comentado:
Sobre o comportamento verbal, pode-se afirmar que:
a) O falante nunca pode ser o ouvinte num episódio verbal, uma vez que ambos
tem papel diferenciados.
b) O comportamento verbal, não depende do reforço apersentado e sim, da
presença de um ouvinte.
c) O comportamento verbal é um comportamento operante, porém se difere na
forma como o reforço é apresentado, que ocorre neste caso sempre pelo
intermédio de um ouvinte.
d) Um comportamento de abrir a porta para que outra pessoa entre, é
considerado um comportamento verbal, já que há a presença de pelo menos duas
pessoas.
e) O contexto não é relevante para se diferenciar um comportamento verbal de
um não verbal.
Resposta correta: c
Um comportamento verbal se difere do não verbal, quando a consequência
depende da presença de um ouvinte, treinado pela comunidade verbal, já que não
tem acesso direto ao reforço, como ocorre no comportamento não verbal.
 
SANTOS, G. M.; SANTOS, M. R. M.; Marchezini-Cunha, V. Operantes verbais. Em:
BORGES, N. B.; CASSAS, F. A. Clínica analítico-comportamental: aspectos
teóricos e práticos. Porto Alegre: ARTMED, 2012 (p. 64 – 76).
Exercício 1:
Estudos de Skinner sobre o comportamento verbal (1957) têm sido muito relevantes para a prática do
psicólogo. 
A esse respeito, pode-se afirmar corretamente que
A)
o comportamento verbal difere do não verbal por não ser considerado um comportamento operante, já que
não é mantido por suas consequências.
B)
o comportamento verbal altera o ambiente por meio de ações mecânicas diretas, característica que o faz
diferente do comportamento não verbal.
C)
o comportamento verbal é mantido por consequências que dependem da ação mediada por outra pessoa,
à qual denominamos ouvinte.o comportamento verbal é mantido por consequências que dependem da
ação mediada por outra pessoa, à qual denominamos ouvinte.
D)
qualquer sujeito pode ser o “ouvinte” nessa relação comportamento verbal e ambiente, bastando para isso
que ele possa ouvir o que o falante está expressando.
E)
o falante nunca pode ser o ouvinte, pois cada qual tem função específica para a ocorrência do
comportamento verbal.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
No operante verbal mando, a resposta verbal ocorre sob controle de condições específicas de privação ou,
então, sob condição aversiva. 
Assinale a afirmativa que corresponde a um mando:
A)
Um cliente diz que se sente incomodado com o tom de voz do terapeuta.
B)
Um cliente pede ao terapeuta que troque o horário da próxima sessão porque terá uma reunião de
trabalho.
C)
Um cliente não sabe comunicar seu incômodo ao terapeuta.
D)
Um cliente menciona que pensamentos obsessivos têm atrapalhado seu sono.
E)
Um cliente informa ao terapeuta que deseja desistir da terapia.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 3:
Em determinada comunidade verbal, certas respostas são caracteristicamente seguidas por certas
consequências. Alguém dizer: Espere! É seguido por alguém que espera. Uma criança pequena, dizer
Doce! É caracteristicamente seguido pelo recebimento de um doce. 
Esses exemplos de comportamento verbal correspondem ao
A)
Tato.
B)
Intraverbal.
C)
Mando.
D)
Autoclítico.
E)
Ecóico.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 4:
Considere o episódio verbal a seguir:
Contexto: O ouvinte está no meio do caminho do falante 
Falante: saia da frente! 
Ouvinte: Abre caminho 
Reforço do falante: Caminho aberto 
Reforço do ouvinte: se livra da ameaça
Assinale a alternativa que indica o tipo de comportamento verbal descrito nesse episódio:
A)
Mando.
B)
Tato.
C)
Autoclítico.
D)
Textual.
E)
Ecóico.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 5:
Os comportamentos operantes podem ser classificados em verbais e não verbais. 
Acerca dos operantes verbais, pode-se afirmar corretamente que 
I é tipicamente humano e é fruto de contingências sociais. 
II é considerado um operante, pois é emitido em determinado contexto e modelado e mantido pelas
consequências. 
III altera o ambiente por meio de ações mecânicas diretas e isso o diferencia do comportamento não
verbal.
Está incorreto somente o afirmado em
A)
I e II.
B)
II e III.
C)
I.
D)
II.
E)
III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 6:
O estudo do comportamento verbal colaborou muito para o avanço da análise do comportamento. 
A esse respeito podemos afirmar corretamente que
A)
para que ele ocorra é preciso haver pelo menos duas pessoas interagindo - um falante e um ouvinte.
B)
em alguns casos, o falante pode ser o ouvinte de si mesmo, desde que treinado para tal pela comunidade
verbal.
C)
o comportamento verbal, por ser uma resposta mais elaborada, não está sujeito às mesmas leis que
regem os comportamentos não-verbais.
D)
o fato de um falante nascer com repertório inato para apresentar o comportamento verbal se deve à
evolução das espécies.
E)
o fato