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Persecução Penal

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19 Isabele Espairani - DPP 
 
 
 
Persecução penal é a soma da atividade 
investigatória promovida pela Polícia 
Judiciária com a ação penal promovida pelo 
Ministério Público. 
Polícia judiciária: Art.144, §§1º e 4º CF 
incubem à polícia civil e a federal (delegados 
de carreira), respectivamente. A polícia 
judiciária compreende as atividades de auxílio 
ao Poder Judiciário no cumprimento de suas 
ordens. Exemplo: Execução de mandados de 
busca, cumprimento de ordens de prisão e a 
condução de testemunhas. 
É ela que dá suporte ao judiciário. 
Polícia Investigativa: Aquela que investiga, 
apura se houve crime e qual foi o seu autor. 
Atribuição relacionada à colheita de provas da 
infração penal em todos os seus aspectos 
(autoria, materialidade delitiva, ilicitude etc.). 
Realizada rotineiramente pela polícia civil e 
federal, e ordinariamente por outros órgãos, 
como o MP, por exemplo. 
Lei nº 12.830/13, art. 2º. As funções de polícia 
judiciária e a apuração de infrações penais 
exercidas pelo delegado de polícia são de 
natureza jurídica, essenciais e exclusivas de 
Estado. 
Polícia Federal como polícia investigativa na 
hipótese do seguinte artigo por interesse da 
União. Art. 109 CF. Aos juízes federais 
compete processar e julgar: IV - os crimes 
políticos e as infrações penais praticadas em 
detrimento de bens, serviços ou interesse da 
União ou de suas entidades autárquicas ou 
empresas públicas, excluídas as 
contravenções e ressalvada a competência da 
Justiça Militar e da Justiça Eleitoral. 
Lei 10.446/02 infrações de repercussão 
interestadual ou internacional que exigem 
repressão uniforme. O artigo 1º apresenta a 
lista exemplificativa de infrações penais. 
 
 
 
 
 
 Art. 148 e 159 impelido por motivação 
política ou praticado em razão da função 
pública exercida pela vítima; 
 Formação de cartel art. 4º 8.137/90; 
 Furto, roubo ou receptação de cargas, 
bens e valores, transportadas em 
operação interestadual ou internacional 
quando praticadas por quadrilha ou bando 
em mais de em Estado da Federação; 
 Falsificação, corrupção, adulteração ou 
alteração de produto destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais; 
 Furto, roubo ou dano contra instituições 
financeiras, incluindo agências ou caixas 
eletrônicos, quando praticadas por 
associação criminosa em mais de um 
Estado da Federação; 
 Quaisquer crimes praticados por meio da 
rede mundial de computadores que 
difundam conteúdo misógino-ódio ou 
aversão às mulheres. 
 Outros casos, desde que autorizada a 
investigação ou determinada pelo 
Ministério da Justiça (parágrafo único). 
Funções exclusivas da polícia federal e civil 
unicamente de polícia judiciária, mas não as 
de investigação criminal que podem ser 
exercidas por outros órgãos. 
Art. 144 CF. A segurança pública, dever do 
Estado, direito e responsabilidade de todos, é 
exercida para a preservação da ordem pública 
e da incolumidade das pessoas e do 
patrimônio, através dos seguintes órgãos: § 
1º A polícia federal, instituída por lei como 
órgão permanente, organizado e mantido pela 
União e estruturado em carreira, destina-se a: 
IV - exercer, com exclusividade, as funções de 
polícia judiciária da União. 
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados 
de polícia de carreira, incumbem, ressalvada 
a competência da União, as funções de polícia 
judiciária e a apuração de infrações penais, 
exceto as militares. 
Persecução Penal 
 
20 Isabele Espairani - DPP 
Outras autoridades também podem realizar 
atos de investigação criminal. 
 Art. 4 CPP. A polícia judiciária será 
exercida pelas autoridades policiais no 
território de suas respectivas 
circunscrições e terá por fim a apuração 
das infrações penais e da sua autoria. 
 O procurador geral da justiça é quem 
preside o inquérito policial quando o 
promotor de justiça estiver sendo 
investigado. 
Art. 41, da LONMP, parágrafo único. Quando 
no curso de investigação, houver indício da 
prática de infração penal por parte de membro 
do Ministério Público, a autoridade policial, 
civil ou militar remeterá, imediatamente, sob 
pena de responsabilidade, os respectivos 
autos ao Procurador-Geral de Justiça, a quem 
competirá dar prosseguimento à apuração. 
O delegado de polícia também não pode 
investigar juiz de direito (art. 33 da LONMP). 
 Em diversos MP estaduais há promotorias 
especializadas destinadas a investigação 
criminal visando o combate a crimes 
especiais. 
 Inquérito civil é presidido pelo MP e 
objetiva a reunir elementos de propositura 
da ação civil pública. Pode embasar ação 
penal. 
Lei n° 7.347.85, art. 8º, § 1º. O Ministério 
Público poderá instaurar, sob sua 
presidência, inquérito civil, ou requisitar, 
de qualquer organismo público ou 
particular, certidões, informações, exames 
ou perícias, no prazo que assinalar, o qual 
não poderá ser inferior a 10 (dez) dias 
úteis. 
 As comissões parlamentares de inquérito 
têm poderes de investigação próprio das 
autoridades judiciais, respeitada a reserva 
de jurisdição. 
Art. 58, §3º CF. As comissões 
parlamentares de inquérito, que terão 
poderes de investigação próprios das 
autoridades judiciais, além de outros 
previstos nos regimentos das respectivas 
Casas, serão criadas pela Câmara dos 
Deputados e pelo Senado Federal, em 
conjunto ou separadamente, mediante 
requerimento de um terço de seus 
membros, para a apuração de fato 
determinado e por prazo certo, sendo suas 
conclusões, se for o caso, encaminhadas 
ao Ministério Público, para que promova a 
responsabilidade civil ou criminal dos 
infratores. 
 O postulado de reserva constitucional de 
jurisdição importa em submeter, à esfera 
única de decisão dos magistrados, a 
prática de determinados atos cuja 
realização, por efeito de explícita 
determinação constante do próprio texto 
da CF. Exemplo: Art. 5º, XII CF. é inviolável 
o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e 
das comunicações telefônicas, salvo, no 
último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer 
para fins de investigação criminal ou 
instrução processual penal. 
Tudo aquilo que é reserva de jurisdição a 
CPI não pode fazer, devendo pedir 
autorização do Poder Judiciário. Exemplo: 
Sigilo bancário, sigilo fiscal etc. 
Polícias Estaduais: atribuição residual, a 
sobra fica sempre com a polícia estadual. 
Notitia criminis é o conhecimento espontâneo 
ou provocado pela autoridade policial de um 
fato aparentemente criminoso. 
COGNIÇÃO IMEDIATA: quando a autoridade 
toma conhecimento do fato infringente por 
meios de suas atividades rotineiras. 
COGNIÇÃO MEDIATA: quando a autoridade 
toma conhecimento do fato através de 
requerimento da vítima ou de quem possa 
representá-la, requisição da Autoridade 
Judiciária ou Ministério Público ou mediante 
representação. 
COGNIÇÃO COERCITIVA: no caso da prisão 
em flagrante (autor do fato é apresentado 
junto com a notícia do crime. 
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as 
autorida- des policiais e seus agentes deverão 
prender quem quer que seja encontrado em 
flagrante delito. 
Art. 310. Quando o Juiz verificar pelo auto de 
prisão em flagrante que o agente praticou o 
 
21 Isabele Espairani - DPP 
fato, nas condições do art. 19, I, II e III, do 
Código Penal, poderá, depois de ouvir o 
Ministério Público, conceder ao réu liberdade 
provisória, mediante termo de 
comparecimento a todos os atos do processo, 
sob pena de revogação. 
O conhecimento do crime ocorre formalmente 
quando a administração pública se mostra 
presente para a população em sua estrutura 
física. A polícia federal e civil recebem a 
população e documentam a partir de um 
boletim de ocorrência. Nele é especificado o 
tipo de ocorrência (por exemplo um furto), a 
data, hora, o local, o suposto autor, as 
supostas testemunhas e outras informações. 
Em seguida será necessário o exercíciode 
peritos para analisarem e comprovarem o 
crime. O escrivão realizará um resumo sobre 
a ocorrência, ainda no boletim. Esse 
documento dará suporte para um possível 
inquérito. 
Requerimento para que a autoridade 
desencadeie o processo. Pode ser realizado 
pela vítima ou por terceiro. incondicionada, a 
A representação ocorre quando a vítima leva 
a notícia criminis formalmente, autorizando o 
delegado. Art. 171, §5º. 
Além do conhecimento do crime por ofício, há 
a possibilidade do conhecimento 
informalmente ao escutar a vítima, ler em 
notícias etc. 
Inquérito Policial: Procedimento policial 
destinado a reunir os elementos necessários 
a apuração da prática de uma infração penal 
e de sua autoria. 
Ele pode ser excluído quando o MP receber 
outros procedimentos equivalentes e que não 
precise mais que a polícia investigue. 
Destinatário imediato: ministério público ou 
excepcionalmente o ofendido, no caso de 
ação penal privada. Que vai usar aquele 
inquérito para provar para o juiz que ouve 
crime, para sustentar uma acusação. 
Destinatário Mediato: Juiz, que nele pode 
também encontrar elementos para julgar e 
fundamentar a sente4nça. Ex: laudos, 
interceptação telefônica... 
Finalidade do inquérito policial: art. 4º e 12º do 
CPP – apuração da existência de infração 
penal e respectiva autoria, a fim de que o 
titular da ação penal disponha de elementos 
que o autorizem a promovê-la. 
Sua finalidade é apurar a existência de uma 
infração penal e sua autoria. 
Finalidade geral: o inquérito como 
instrumento para apurar o fato criminoso. 
Finalidade específica ou imediata: Servir de 
base para denúncia ou queixa. 
Dispensabilidade: o inquérito policial é peça 
meramente informativa. Se o Promotor 
receber de qualquer pessoa informações 
consubstanciadas em provas da prática 
delitiva e autoria não necessitará do inquérito 
policial – artigo 27 do CPP – 39, § 5º CPP. – 
46, 1º CPP. 
O conhecimento do crime ocorre formalmente 
quando a administração pública se mostra 
presente para a população em sua estrutura 
física. A polícia federal e civil recebem a 
população e documentam a partir de um 
boletim de ocorrência. Nele é especificado o 
tipo de ocorrência (por exemplo um furto), a 
data, hora, o local, o suposto autor, as 
supostas testemunhas e outras informações. 
Em seguida será necessário o exercício de 
peritos para analisarem e comprovarem o 
crime. O escrivão realizará um resumo sobre 
a ocorrência, ainda no boletim. Esse 
documento dará suporte para um possível 
inquérito. 
Além do conhecimento do crime por ofício, há 
a possibilidade do conhecimento 
informalmente ao escutar a vítima, ler em 
notícias etc. 
Natureza jurídica: nitidamente 
administrativa. 
Autoridade judicial não pode arquivar 
inquérito, somente o Juiz ter capacidade para 
isso. 
 
22 Isabele Espairani - DPP 
Características: escrito, oficiosidade, 
oficialidade, inquisitivo, indisponível e sigiloso. 
Escrito (formal): porque é destinado a 
fornecer elementos ao titular da ação penal, 
deve ser documentado, formalizado. 
Art. 9º CPP. Todas as peças do inquérito 
policial serão, num só processado, reduzidas 
a escrito ou datilografadas e, neste caso, 
rubricadas pela autoridade. 
Sigiloso: porque tem qualidade necessária 
para que possa a autoridade policial 
providenciar as diligências para a completa 
elucidação do fato, sem que haja empecilhos 
na colheita de informações, com ocultação ou 
destruição de provas, influência sobre 
testemunhas etc. 
Art. 20 do CPP. A autoridade assegurará no 
inquérito o sigilo necessário à elucidação do 
fato ou exigido pelo interesse da sociedade. 
Súmula vinculante 14, direito de o defensor 
(exceção do advogado) ter acesso aos 
elementos de prova, o advogado pode ter o 
acesso as provas documentadas, exceto 
interceptação telefônica. 
RMS 17691/SC -5ª Turma STJ. Negou 
provimento ao recurso que defendia que não 
é direito líquido e certo do advogado o acesso 
irrestrito a autos de inquérito policial que 
esteja sendo conduzido sob sigilo, se o 
segredo das informações é imprescindível 
para as investigações. 
O advogado tem acesso a essas informações 
desde que as diligências estejam 
documentadas no inquérito. 
Inquisitivo: porque desenvolve sem 
contraditório e sem ampla defesa. É uma 
reação defensiva do Estado, autodefesa da 
ordem jurídica violada. 
Oficiosidade: porque nos crimes de ação 
penal pública incondicionada, a autoridade 
policial deve instaurar inquérito policial 
sempre que tiver notícia da prática de um 
delito. 
Significa que os órgãos incumbidos da 
persecução penal devem agir de ofício, ou 
seja, não precisam de provocação de 
terceiros. Aplica apenas na ação penal pública 
incondicionada. 
Oficialidade: a investigação deve ser 
realizada por autoridades e integrantes dos 
quadros públicos, sendo vedada a delegação 
de atividade investigatória a particulares. 
Indisponibilidade: uma vez instaurado o 
inquérito policial, não pode a autoridade 
policial promover o seu arquivamento – art.17-
CPP. A autoridade policial não poderá mandar 
arquivar autos de inquérito. 
Outras características: sistemático, 
unidirecional e discricionário. 
Sistemático: as peças do inquérito policial 
devem seguir a uma sequência lógica para 
que se possa compreendê-lo. 
É que você compreenda essa investigação, ou 
seja, de como ela foi feita. 
Ex: ouvir a vítima e as testemunhas e em 
seguida o suspeito. 
Unidirecional: o inquérito policial deve se 
restringir à apuração do fato delituoso e sua 
autoria., sem a emissão de Juízo de Valor. 
Discricionário: a autoridade policial não está 
atrelada a nenhuma forma previamente 
determinada à apuração do fato delituoso, isto 
é, liberdade investigativa, não tem um modelo 
de investigação, cada uma é tratada conforme 
as suas características. 
Incomunicabilidade: entende parte da 
doutrina que se encontra revogado artigo 21. 
Entende parte da doutrina que se encontra 
revogado este artigo pelo artigo 136, § 3º, IV 
da CF (veda a incomunicabilidade do preso no 
estado de defesa e de sítio). 
Notitia criminis é o conhecimento espontâneo 
ou provocado pela autoridade policial de um 
fato aparentemente criminoso. 
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