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SUÍNOS - MANEJO, EXAME E EUTANÁSIA

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MONITORIA SANITÁRIA DE SUÍNOS
- constatar, qualificar e quantificar o nível sanitário de populações para determinadas doenças. 
- coleta, registro e analise de dados; disseminação das informações aos envolvidos; ação de controle. 
MONITORIAS CLÍNICAS: o exame clinico – individuo especifico ou rebanho. Índices como os de tosse, espirros, diarreia, onfalite, claudicações, etc.
APARELHO DIGESTÓRIO: analisar as fezes (normais, pastosas, cremosas, liquidas). A presença de diarreia esta normalmente associada a distúrbios eletrolíticos. Também podem ser classificadas como hemorrágicas, mucóide e melena (sangue digerido). É possível se analisar visualmente a textura mas podemos solicitar a % de matéria seca (MS) para confirmar a consistência exata que ajude ao diagnóstico (dispensável). Avaliar periodicamente quanto à gravidade (insignificante – quando não há relato; pouca – tempo entre 1 e 5 dias; muita – tempo acima de 5 dias). O lote todo é considerado com diarréia quando 20% dos animais apresentarem a alteração. 
APARELHO RESPIRATÓRIO: frequência de tosses ou espirros. As principais doenças respiratórias que acometem os suínos são rinites e pneumonias (bacterianas ou virais – diferencial a partir de exames microbiológicos). Estimar a ocorrência de rinite atrófica, influenza e de pneumonias em lotes de suínos nas fases de creche ou recria e terminação. Realizar três contagens consecutivas de um minuto cada. 
- movimentar os animais durante um minuto (tangendo para que se movimentem);
- aguardar por um minuto e realizar a contagem de tosse e espirro simultaneamente; 
- movimentar os animais e contar novamente – 2ª contagem;
- movimentar os animais e contar novamente – 3ª contagem;
Frequência (%) = média das três contagens x 100 / número de animais presentes
- tosse igual ou maior que 10%: supõe-se que os animais estejam passando por processo infeccioso (pneumonia). Mesmo que não chegue ao limite, sugere-se realizar sorologia e medidas de controle com os infectados, porem não se trata de uma infecção do rebanho.
- espirro igual ou maior que 15%: os animais podem estar desenvolvendo rinite atrófica. Diferencial para manejo sanitário (poeira, produtos de limpeza). Animais expostos que perderam função das células mucociliadas ficam mais susceptíveis a doenças respiratórias. 
SISTEMA NERVOSO: não há como diferenciar essas doenças somente baseado nos sinais clínicos. É necessário realizar anamnese aliada a exames laboratoriais. 
APARELHO GENITO-URINÁRIO: alta taxa de retorno ao cio; aumento do intervalo desmame-estro; descarga vulvar de origem patológica; prevalência de infecção urinaria superior a 16%; aumento do numero de natimortos pré e pós-parto; mumificação fetal; diminuição da taxa de parto; sinais clínicos sistêmicos. É necessário avaliar relatórios de produção da granja, para averiguar se os índices estão dentro da normalidade. Suspeitas de leptospirose, Brucelose e parvovirose em casos de abortos constantes na granja (paramentação e cuidados pois as duas primeiras são as duas primeiras são zoonose). Avaliar em óbitos (necrópsia – morte natural ou eutanásia): útero (presenca de fetos e endometriose); ovários (cistos, hemorragias); rins (presenca de cistos, hipertrofia, hipoplasia, pielonefrite, nefrite); ureter (inflamado, cálculo); bexiga (depósitos minerais, sangue, inflamação e infecção). Normalmente não são perceptíveis as alterações nos machos, sendo o mais comum a esterilidade (espermograma).
APARELHO LOCOMOTOR: avaliar artrites, abscessos e fraturas. Essas alterações podem estar associadas a manejo, genética ou exposição à patógenos locais. A olho nu, pode-se notar emagrecimento, refugarem, septicemias e óbito. Um grande problema para o sistema de criação intensivo é a osteocondrose (desgaste das cartilagens) pois os animais ficaram muito pesados para esqueletos mais frágeis (melhoramento genético). Essa condição se agrava um pouco mais quando se tem pisos irregulares na granja. As articulações mais afetas são a coxofemoral e a escápulo-umeral. O sinal clinico mais comum é a claudicação cujo grau varia de acordo com a localização e profundidade da lesão.
LESÕES CUTÂNEAS: deve-se avaliar a presenca de lesões indicativas de falhas de manejo. Normalmente o que encontramos é hiperemia e crostas por queimaduras solares; equimoses (hematoma), petéquias (pequenos pontos hemorrágicos) e cianose de extremidades. Se forem encontradas próximo ao abate, podem levar à condenação de pele e prejuízo para o produtor. 
MONITORIA LABORATORIAL: testes sorológicos, microbiólogicos, parasitológicos e histopatológicos. Deve-se ter cuidados durante a coleta de material, armazenagem e envio, bem como da escolha da metodologia adequada a ser aplicada. OBS.: considerar uso de vacinas e/ou medicações na hora de realizar a interpretação dos resultados laboratoriais.
EUTANÁSIA: método humanitário consiste em um método indolor, rápido e eficaz. O mais utilizado é o de eletrocussão. O animal deve estar bem contido. Um eletrodo fica na orelha (insensibiliza) e outro na prega da virilha (causa fibrilação e morte). Para o abate, os eletrodos são colocados nas orelhas apenas para insensibilizar e realiza-se a sangria. Após choque realizar sangria dos animais, de modo a facilitar a analise na necrópsia.

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