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HIV AIDS

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HIV/AIDS 
• Vírus 
o Retrovírus: RNA fita simples 
o HIV-1: Brasil e mundo 
o HIV-2: África 
o Enzimas replicativas 
o Envelope lipoproteico – ajuda o HIV penetrar nas nossas células 
• HIV é o vírus e AIDS é a doença que a pessoa desenvolve por estar infectada pelo vírus, a síndrome da 
imunodeficiência adquirida é o conjunto de consequências que surgem por conta da infecção do HIV no 
corpo humano 
 
PATOGÊNESE: 
• Principal alvo viral: linfócito TCD4+ (Toda vez que o seu organismo é invadido por um patógeno, esse 
“bicho” tem que ser apresentado ao maestro do sistema imune que é o linfócito do tipo TCD4+). Sem ele o 
organismo não consegue reconhecer e nem responder as infecções 
• No HIV o vírus sequestra e mata o maestro do sistema imune (TCD4+), conforme o tempo passa, a pessoa 
que tem o vírus desenvolve doenças que jamais teria se não fosse a presença do vírus, desenvolve infecções 
e neoplasias. 
• AIDS: infecções e neoplasias oportunistas. 
 
• O HIV está se aproximando do linfócito TCD4+, a missão final do vírus é produzir cópias de si próprio, o final 
dessa história vai ser o linfócito liberando várias partículas virais. 
• A primeira coisa que acontece é que o HIV encosta o seu envoltório lipoproteico na superfície da célula, em 
seguida a célula puxa o vírus para o citoplasma liberando a célula de identidade do HIV e suas enzimas 
replicativas. Para que o vírus produza cópias de si mesmo ele precisa de todo o maquinário bioquímico da 
célula, só que tem um problema, o RNA viral vem em uma linguagem que a nossa célula não consegue ler, 
o vírus tem uma enzima transcriptase reversa que usando o RNA do HIV produz uma molécula de DNA, em 
seguida esse DNA tem que ser costurado/ integrado ao nosso DNA celular, quem faz essa costura é uma 
enzima chamada integrase. A partir do DNA viral que está enxertado no seu genoma é produzida uma 
molécula de RNA mensageiro que pode ser lida em proteínas virais, a protease faz o processamento/ 
montagem do vírus propriamente dito. Depois disso tudo, as partículas virais começam a abandonar as 
nossas células. Quando o vírus sai das nossas células cada vírus arrasta consigo um pedacinho da 
membrana, são milhões de pedacinhos e a célula morre. 
Sempre que se avalia um pct com HIV dosa a carga viral (é o número de copias do RNA do vírus por ml de 
sangue) 
1) Quanto maior a carga viral, menor a contagem de CD4 
2) Ativação imune crônica (processo inflamatório crônico) 
Envelhecimento precoce: aterosclerose/neoplasias 
 
HISTÓRIA NATURAL: 
 
• Quando a pessoa tem o primeiro contato com o HIV, ela não conhece o vírus, então não existe resposta 
imune especifica contra o patógeno e logo depois, esse vírus se multiplica quase que sem controle, a carga 
viral sobe muito (na infecção aguda é assim que funciona). Ao mesmo tempo, como o HIV sequestra e mata 
o maestro do sistema imune, a contagem de CD4 cai em níveis bem abaixo do normal (300-350). Uma 
pessoa sem HIV tem 1000 céls CD4 por ml. 
• Existem pessoas que na fase aguda manifestam a síndrome retroviral aguda, das pessoas que se 
manifestam 70% vão ter um quadro idêntico a mononucleose infecciosa (febre alta, dor de garganta, 
linfonodos aumentados na periferia, hepatoesplenomegalia e possível rash) e essas manifestações são 
chamadas de mononucleose-like. A fase aguda é totalmente inespecífica. 
 
• Soroconversão (média 30 dias) - Se a pessoa tem algum comportamento que exponha ela a se contaminar 
com o HIV, no outro dia ela não pode fazer o teste, pois existe um espaço de tempo da entrada do 
organismo e a ativação do sistema imunológico para a produção de anticorpos, no caso do HIV são 30 dias 
em média. 
• A partir do 10º dia da infecção pelo HIV pode fazer a carga viral para diagnóstico 
• Com cerca de 30 dias, o corpo aprende a se defender do vírus, o organismo produz uma resposta específica 
contra o HIV, mas essa resposta não é perfeita, é uma resposta parcial que vai freando a replicação viral. A 
carga viral vai caindo e a contagem de CD4 sofre uma recuperação parcial – A contagem de CD4 jamais 
volta para a contagem que a pessoa tinha antes de se infectar. 
• Set-point: carga viral em equilíbrio com organismo. O vírus continua se multiplicando e a contagem de CD4 
vai caindo vagorosamente, cerca de 50 céls/ano. Nessa fase, a pessoa não sente nada, fase assintomática 
ou fase de latência clínica. Não existe latência virológica. O que pode aparecer é uma linfadenopatia 
generalizada persistente (>= 2 cadeias extrainguinais, > 3 meses) 
 
 
• Tem pessoas que assume cargas virais gigantescas, quanto maior a carga viral maior a velocidade de 
progressão da doença. 
• Fase sintomática (AIDS) acontece quando o indivíduo tem por volta de 200 céls CD4, abaixo disso, a pessoa 
começa a ter infecções e neoplasias - Em geral demora 10 anos para a pessoa chegar nessa fase, óbito 11 
anos e 4 meses em média 
 
Questões de residência 
1. Um pct de 37 anos procurou o médico com quadro de febre, rash e linfadenopatia. Estava preocupado 
porque 15 dias antes tinha mantido relações sexuais não protegidas com uma parceira que depois 
descobriu ser portadora de HIV. Teste rápido realizado durante a consulta foi negativo. Qual o exame de 
escolha para definir se quadro se deve a síndrome retroviral aguda? 
a) Elisa anti-HIV 
b) Carga viral 
c) Western blot 
d) Imunofluoresência 
 
2. Seguindo-se a infecção primária pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), há um período de alguns 
anos caracterizado por: 
a) Latência virológica e clínica 
b) Latência clínica, apesar da replicação do HIV 
c) Latência virológica e estabilidade de linfócitos CD4+ 
d) Replicação do HIV, sem redução da contagem de linfócitos CD4+ 
 
 
AIDS: DEFINIÇÃO 
Infecção pelo HIV + CD4 < 200 cél/mm3 E/OU 
1- Fungos 
Cândida esôfago/via aérea, PCP, Histoplasmose disseminada 
2- TB extrapulmonar 
3- Vírus 
CMV (exceto fígado, baço, linfo.) JC (LEMP) 
4- Neoplasia 
CA cervical invasivo 
Kaposi 
Linfoma não-Hodgkin 
5- Parasitos 
Neurotoxo, chagas aguda 
 
DIAGNÓSTICO 
• Até 18 meses de vida não pode fazer sorologia, pois se vier positiva não tem como saber de foi a mãe ou 
se foi a criança que produziu aqueles anticorpos. Nesses casos, tem que pesquisar o vírus propriamente 
dito, o teste feito é a carga viral (HIV-RNA) – PCR. Confirmação: 2 HIV-RNA 
• > 18 meses: exames imunológicos 
o Anticorpo: Imunoensaio (IE) ou teste rápido (TR) 
o Tradicional: 2 IE 
o Situações especiais: 2 TR 
o A última etapa é realizar a contagem de partículas virais: HIV-RNA (CARGA VIRAL) 
IE ou TR (-): amostra não reagente 
IE ou TR (-) mas suspeito, repetir em 30 dias 
Testes discordantes: Western Blot ou Imunoblot (testes imunológicos mais específicos) 
 
TRATAMENTO 
Conceitos gerais 
• TARV não é emergência médica 
o Exceto: acidente ocupacional/ violência sexual 
• Uso contínuo 
• Mínimo 3 drogas 
• Indicação: Toda PVHIV 
- Zerar a transmissão sexual 
Objetivo: 
- Carga viral indetectável (< 20 cópias/ml) 
- Não transmite 
 
Inibidores da transcriptase reversa 
• Tenofovir (TDF)/ Lamivudina (3TC) / Efavirenz (EFV)/ Zidovudina (AZT) 
• “3 em 1” 
• Quase todos os esquemas têm tenofovir (TDF) e lamivudina (3TC) – Dupla dinâmica 
• Zidovudina é tóxica para a medula óssea, causa anemia grave (quase não se usa mais) 
Inibidores de integrase 
• Dolutegravir (DTG)/ Raltegravir (RAL) 
 
Inibidores da protease (NAVIR no final) 
• Atazanavir com ritonavir (ATV/r) / Lopinavir com ritonavir (LPV/r) 
• Todos eles são em dupla. 
 
Esquemas início de TARV 
Situação: Pop. Geral 
Combo: Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG) (se tiver tuberculose ou é gestante tem que 
mudar o esquema) 
Efeitos colaterais: 3TC é um remédio bem tolerado; TDF nefrotoxicidade (causa toxicidade tubular proximal nos 
rins), perda de massa óssea. DTG: cefaleia. 
Obs: o DTG é o melhor antirretroviral que temosno Brasil, pois tem uma barreira contra resistência muito grande, 
é extremamente potente e bem tolerado. É difícil o HIV se tornar resistente ao DTG 
 
Situação: TUBERCULOSE 
Quando descobre que a pessoa tem uma coinfecção HIV-tuberculose, começa a tratar primeiro a TB e depois 
começa a TARV dentro de 2 semanas 
Combo: Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Efavirenz (EFV) 
É importante realizar genotipagem, vírus sensível a efavirenz faz o “3 em 1”, mas se der vírus resistente ao efavirenz 
faz o DTG mesmo. A rifampicina interage muito com o DTG, reduz os níveis séricos de DTG. Se não puder usar o 
EFV, usa o DTG em dose dobrada. 
Efeitos colaterais: EFV – neuropsiquiátricos, rash 
EFV se toma a noite, pois dá muita sonolência 
 
Situação: GESTANTE 
Combo: Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + < 13 semanas: EFV, >= 13 semanas: DTG 
 
 
 
 
 
 
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO (PEP) 
 
Avaliar acidente 
• Tempo: até 72h (ideal: até 2h) 
• Material infectante: sangue, fluido genital, líquidos (serosa, Líquor...) 
• Acidentes de risco: percutâneos, mucosos, em pele não integra 
 
Fonte e exposto 
• Teste rápido 
o Exposto (+) ou fonte (-) não fazer profilaxia 
o Exposto (-) e fonte (+) ou desconhecida: profilaxia por 28 dias 
 
Esquemas 
• Os mesmos para tratamento 😊 
 
PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO (PrEP) 
• Uso contínuo (todos os dias) 
• Consegue reduzir o risco de HIV em até 96% 
 
Indicações 
• Homens que fazem sexo com homens (sexo anal traz mais riscos para o HIV) 
• Transexuais 
• Profissionais do sexo 
• Casais sorodiscordantes 
 
ESQUEMA 
• TDF (tenofovir) + FTC (entricitabina)

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