Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ferramentas de Controle da Qualidade Diagnóstico, formação de equipe eDiagnóstico, formação de equipe eDiagnóstico, formação de equipe e treinamentostreinamentostreinamentos Controle Higiênico e Sanitário identificar e avaliar os perigos potenciais (biológicos, químicos e físicos); caracterizar os PCC (Pontos Críticos de Controle); verificar os limites críticos e monitorar os PCC; estabelecer as medidas preventivas e as ações corretivas; estabelecer, revisar e conservar os registros dos controles; atuar na verificação do sistema. Para que a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) apresente êxito, é necessário que todos os colaboradores estejam conscientes e comprometidos com o programa. Sendo assim, a segurança do alimento produzido, deixa de ser responsabilidade de apenas um departamento e passa a ser obrigação de todos. Formação da equipe multidisciplinar: A equipe multidisciplinar precisa ter apoio de um líder, que deverá participar ativamente da elaboração do plano APPCC, e estar preparada para: pré-requisitos (BPF, PPHO ou POP); compreensão dos conceitos de perigo, severidade e risco; aplicação de ações preventivas e corretivas; metodologia do APPCC; preenchimento adequado dos formulários e planilhas de monitoração; tarefas operacionais inerentes ao processamento; calibração e manutenção de instrumentos. Treinamento da equipe multidisciplinar: O treinamento deve ser conduzido sempre que for necessário, buscando reforçar o envolvimento, a responsabilidade e a capacitação profissional no que diz respeito a: As equipes multidisciplinares são criadas com o objetivo de melhorar a comunicação e criar um time realmente focado em uma atividade, ao invés de uma determinada função. Ferramentas de Controle da Qualidade A implementação das Boas Práticas de Fabricação (BPF), demais procedimentos internos, são consideradas indispensáveis, mas não são suficientes, para o controle das doenças, de origem alimentar. Ainda permanece a possibilidade de perigos, mesmo que os procedimentos higiênicos tenham sido aplicados. Diante de tudo isso, é justificável a implantação do APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) por meio do emprego de metodologia em todas as etapas da cadeia produtiva de alimentos, incluindo, no processo, produção primária, processamento, transporte, comercialização, até o consumo em restaurantes ou residências Histórico A empresa norte-americana Pillsbury Company iniciou a aplicação do APPCC para produção de alimentos devido à cooperação, na década de 1960, entre a NASA, Natick Laboratories of the U.S. Army e U.S. Air Force Space Laboratory Project Group, no contexto do início dos voos espaciais tripulados. Uma das aplicações desse sistema foi exatamente para o desenvolvimento de alimentos para o programa espacial dos Estados Unidos. Esse programa buscava 100% de garantia contra a contaminação por micro-organismos patogênicos e vírus, toxinas e riscos químicos e físicos que poderiam causar doenças ou ferimentos nos astronautas. O programa estabeleceu testes para o produto final, objetivando a segurança dos alimentos, além de promover um sistema preventivo para a produção segura de alimentos, com aplicação universal. Etapas na APPCCEtapas na APPCCEtapas na APPCC Controle Higiênico e Sanitário Ferramentas de Controle da Qualidade Etapas na APPCCEtapas na APPCCEtapas na APPCC Controle Higiênico e Sanitário Microrganismos são capazes de se reproduzir. Virulência e infectividade dos micro-organismos, dependendo da sua interação com o hospedeiro e com o ambiente, podem sofrer mudança. Material genético pode ser transferido entre os micro-organismos, levando à transferência de características como resistência a antibióticos e fatores de virulência. Micro-organismos podem ser disseminados por meio de transmissão do tipo secundária e terciária. Sintomas clínicos podem surgir muito tempo depois da exposição aos micro-organismos. Em geral, a APPCC tem sido amplamente recomendado por órgãos de fiscalização e utilizado em toda cadeia produtiva de alimentos, por ter como filosofia a prevenção, a racionalidade e a especificidade para o controle dos riscos que um alimento pode oferecer, principalmente no que diz respeito à qualidade sanitária. Existem distintos fatores que devem ser considerados na caracterização de perigo, os quais estão relacionados tanto aos micro-organismos quanto aos hospedeiros humanos. Em relação aos micro- organismos contaminantes, segue abaixo os fatores mais importantes de acordo com o Códex Alimentarius (2006) Micro-organismos podem persistir em determinados indivíduos, levando à excreção contínua e ao risco constante de disseminação da infecção. Baixas doses de determinados micro-organismos podem causar efeitos ríspidos. Atributos de um alimento podem alterar a patogenicidade de alguns micro-organismos, como o alto teor de gordura de um veículo alimentar. n. 1.428/93: estabelecimentos que processam e prestam serviços no setor alimentício e a Vigilância Sanitária deveriam adotar, em caráter obrigatório, o sistema APPCC. n. 46/1998 (emitida pelo MAPA): instituiu o mesmo sistema para ser implantado gradativamente nas indústrias alimentícias com origem animal, sob regime do Serviço de Inspeção Federal (SIF). No Brasil, seguindo as recomendações do Códex Alimentarius, o Ministério da Saúde (MS) emitiu, no início dos anos 1990, a Portaria: A CNI (Confederação Nacional da Indústria), o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em concordância com as ações do MAPA, desenvolveram e executam o Projeto APPCC e BPF, buscando difundir o sistema para o setor produtivo de alimentos e empresarial. As instituições ainda propiciam a formação de consultores especializados no sistema e Ferramentas de Controle da Qualidade Etapas na APPCCEtapas na APPCCEtapas na APPCC Controle Higiênico e Sanitário A CNI (Confederação Nacional da Indústria), o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em concordância com as ações do MAPA, desenvolveram e executam o Projeto APPCC e BPF, Com o objetivo de difundir o sistema para o setor produtivo de alimentos e empresarial. As instituições ainda propiciam formação de consultores especializados no sistema e o treinamento de técnicos das empresas que aderirem ao projeto. Resumindo: O programa APPCC é uma abordagem científica e sistemática elaborada para prevenir a ocorrência de problemas, buscando assegurar que os controles sejam aplicados em determinadas etapas no setor alimentício. Vale ressaltar que todo o programa é capaz de adaptar-se às mudanças, como os progressos do desenho de equipamentos ou em procedimentos de elaboração ou inovações tecnológicas. Conceitos de APPCCConceitos de APPCCConceitos de APPCC produção da matéria-prima indústria e pontos de distribuição (atacado) venda (varejo) A APPCC, do inglês Hazard Analysis and Critical Control Point (HACCP), conceitua-se como um sistema de gestão de segurança alimentar. O sistema atua na análise de diversas etapas do setor alimentício, desde: buscando analisar os perigos (físicos, químicos e microbiológicos) potenciais à saúde dos consumidores, determinando sempre as medidas preventivas para controlar os perigos por meio da identificação dos pontos críticos de controle. Sua concepção original apresentava o sistema como uma estratégia de asseguramento da qualidade dos alimentos (preventiva) relacionada ao controle de todos os tipos e causas de contaminação, sobrevivência e crescimento de micro-organismos no meio. O sistema APPCC abrange toda a cadeia de produção e comercialização de alimentos e é considerado mais eficiente que os programas tradicionais de garantia de qualidade, que se baseiam, apenas, em testes do produto final e nos processos. Além dos conceitos de APPCC, é interessante conhecer algumas definições a que estão associadas as suas diversas etapas, conformevocê confere Ferramentas de Controle da Qualidade Controle Higiênico e Sanitário Conceitos de APPCCConceitos de APPCCConceitos de APPCC Alimento seguro: não apresenta riscos ao consumidor; Análise de perigos: identificação e avaliação de potenciais perigos, que apresentem riscos à saúde do consumidor; Árvore decisória: diagrama que representa a sequência de questões para determinação dos Pontos Críticos de Controle (PCC); Critérios: Requisitos que orientam a tomada de decisão de cada PCC. Parâmetros empregados: tempo, temperatura, pH, teor de sal, ensaios microbiológicos, avaliação sensorial, outros; Desvios: falhas e não atendimento aos limites críticos; Limite crítico: valor estabelecido, que não pode ser excedido no controle do ponto crítico. quando o limite não é atendido, significa que o alimento não apresenta garantia de segurança; Limite de segurança: valor próximo ao limite crítico. adotado como medida de segurança; Medida de controle: ação utilizada para prevenir e/ou eliminar perigo à segurança do consumidor; Monitoração: sequência planejada de verificações para assegurar que um PCC esteja em controle, identificando possíveis desvios de limite crítico. Além dos conceitos de APPCC, é interessante conhecer algumas definições a que estão associadas as suas diversas etapas: Perigo: possibilidade de contaminação inaceitável que pode causar danos à saúde do consumidor; Perigo de natureza biológica: micro- organismos patogênicos; Perigo de natureza física: fragmentos (metal, vidro, madeira, pedra) que podem cortar a boca, quebrar dentes, causar choques ou perfurar o trato gastrointestinal; Perigo de natureza química: pesticidas, produtos de limpeza, antibióticos, metais pesados, tintas, óleos lubrificantes; Perigo significativo: perigo de ocorrência possível e/ou com potencial para resultar risco inaceitável; Ponto Crítico de Controle: medida de controle pode ser aplicada e um perigo pode ser eliminado, reduzido ou prevenido; Risco: estimativa de possibilidade de ocorrência de um perigo ou ocorrência de vários perigos. riscos são classificados por grau: alto, moderado, baixo e desprezível; Severidade: magnitude do perigo ou grau de consequência. classificada em: alto, médio ou baixo; Verificação: uso de métodos adicionais àqueles empregados no monitoramento. é diferente do monitoramento, pois não permite a tomada imediata de ações corretivas. Ferramentas de Controle da Qualidade Controle Higiênico e Sanitário Objetivos de APPCCObjetivos de APPCCObjetivos de APPCC oferecer ferramentas com objetivo de minimização dos perigos de contaminação dos alimentos; oferecer alimento seguro aos consumidores; sensibilizar os funcionários do estabelecimento sobre as práticas determinadas no APPCC; ampliar a capacitação e conscientização dos funcionários do setor de manipulação dos alimentos. Para conseguir atingir os objetivos da APPCC, é necessário o emprego de conhecimentos técnicos, da legislação e, principalmente, conscientização de todos os envolvidos na produção de alimentos até a obtenção do produto, de modo a minimizar os riscos de danos à saúde do consumidor. Desta forma, os principais objetivos são os listados a seguir: De maneira geral, pode-se afirmar que a implementação das Boas Práticas permite a prevenção, a redução e o controle de alguns perigos aliados ao APPCC. Entretanto, somente a partir da implantação do sistema APPCC é que são identificados os pontos críticos de controle de um determinado perigo, para os quais são estabelecidos limites críticos, monitorização e verificação, registrando-se os procedimentos a fim de subsidiar possíveis ações corretivas. Autorização da administração da empresa: programa deve ser autorizado pela Diretoria e precisa ser publicado em murais para conhecimento de todos colaboradores; Equipe multidisciplinar: pessoas da empresa em setores, funções e formações profissionais diferentes; Verificação das condições da empresa: necessário aplicar um checklist para identificar as principais não conformidades, sempre admitindo as Boas Práticas de Fabricação (BPF) que são implantadas como pré-requisito ao Programa de Qualidade; Descrição do produto: pesquisar e testar em laboratório a descrição dos produtos com suas características (organolépticas, sensoriais, composições química e física); Elaboração do diagrama de fluxo de verificação in loco: determinar os possíveis perigos em função das condições de infraestrutura, da capacidade dos colaboradores e das condições dos equipamentos; Capacitação: realizada de forma periódica, buscando atingir a totalidade dos colaboradores em níveis diferentes de aprofundamento. Entretanto, todos precisam conhecer o APPCC e suas diretrizes, ajudando na implantação e manutenção do programa. A implantação precisa seguir etapas, buscando o sucesso na fase de “certificação” e, consequentemente, na obtenção de um produto seguro para o consumidor. Implantação de APPCCImplantação de APPCCImplantação de APPCC Ferramentas de Controle da Qualidade Quais são os ingredientes que fazem parte da formulação? Qual o perfil microbiológico das matérias-primas? São usados conservantes? Quais? Qual o pH? Qual o valor da atividade da água (Aa)? Quais são as técnicas de conservação utilizadas (pasteurização, esterilização, desidratação, refrigeração, congelamento, fermentação etc.)? Quais as condições para distribuição e uso? O produto deve ser mantido em temperatura ambiente, congelado, sob refrigeração ou aquecido? A embalagem é adequada para manter a estabilidade do produto? Qual o tempo de vida de prateleira pretendido? Considerar os prazos para distribuição, armazenamento/exposição e em poder do consumidor; Quais são as falhas que podem ocorrer durante a comercialização ou nas mãos do consumidor? O produto será consumido por uma população sensível (crianças, idosos ou pessoas enfermas)? Controle Higiênico e Sanitário Em relação aos princípios do APPCC, estes representam um fluxo de decisões para a implantação do programa, requerendo uma coerência entre si, visto que o tipo do perigo tem relação com a determinação dos Pontos Críticos de Controle (PCC). Abaixo são apresentados os 7 princípios para implantação do APPCC: Para determinação dos Pontos Críticos (PC) e dos PCC, é preciso utilizar um diagrama decisório (árvore de decisão) com perguntas básicas para orientar a análise. O diagrama decisório, recomendado pelo Códex Alimentarius, inclusive, deve ser flexível para adequação ao tipo de operação a analisar. Nesse sentido, para orientar o trabalho, todo o processo deve ser examinado e várias perguntas podem ser feitas em relação ao produto. Em relação ao registro, podemos citar como exemplos: descrição da equipe; responsabilidades individuais; tipo de produto; fluxograma de processo; análise de perigos; limites críticos; procedimentos de monitoração; ações corretivas nos PCC; registros e procedimentos de verificação; treinamento de funcionários. Implantação de APPCCImplantação de APPCCImplantação de APPCC Ferramentas de Controle da Qualidade Controle Higiênico e Sanitário elaboração de cronograma de revisão do APPCC; revisão dos registros de monitoração; revisão dos limites críticos; calibração de instrumentos de medição de variáveis críticas. a ISO 9000 atua como suporte para a implementação da APPCC, juntos, são fundamentais para promover o sucesso da indústria de alimentos, pois suas recomendações se complementam; empregada no controle e monitoramento dos aspectos críticos para a qualidade. a APPCC é utilizada para identificar os PCCs. auditoria: pode ocorrer de forma interna ou externa. fundamental ter uma equipe na empresa preparada para a sua implantação, auditoria e fiscalização. plano resumo: fornecer uma visão geral dos 7 princípios do sistema e apresentar, resumidamente, um formulário único. Em relação à verificação (Princípio 7) podemos citar alguns exemplos: Qual a diferença entre ISO e APPCC? o APPCC apresenta várias etapas de planejamento e os 7 princípios da implantaçãodo sistema. Entretanto, para realizar a avaliação da implantação, é necessário verificar o pós-implantação: Implantação de APPCCImplantação de APPCCImplantação de APPCC Planilhas de controlePlanilhas de controlePlanilhas de controle O uso de planilhas para controle de pontos e perigos é considerada essencial e importante, pois, ao controlar os possíveis perigos, o produto ou alimento produzido, ao final do processo, oferece garantia de qualidade e de segurança à saúde daqueles que irão consumi-lo. Identificação dos perigos e determinação do PCC Os primeiros princípios asseguram a base do processo do APPCC, a partir da definição do tipo de perigo. Na identificação dos perigos, o Princípio 1 é considerado o 1º passo. Pode ser difundido como o início da dificuldade que a equipe responsável pelo sistema APPCC encontra, visto que exige um conhecimento em áreas específicas e científicas, assim como conhecimento de toda empresa – por isso a ênfase na importância de uma equipe multidisciplinar. Quando é realizado um bom planejamento, com uma boa equipe, atende-se o 1º princípio (identificação dos perigos e riscos). Ferramentas de Controle da Qualidade Controle Higiênico e Sanitário Planilhas de controlePlanilhas de controlePlanilhas de controle Baixo ou improvável: a ocorrência depende de falhas múltiplas nos sistemas de redução ou eliminação; Médio ou provável: possibilidade de ocorrência, embora haja barreira para a redução ou eliminação. Alto ou esperado: é possível a ocorrência e não há barreira para redução ou eliminação. Severidade baixa: perigo à integridade econômica do produto: variações de peso (apenas saúde), problemas de embalagens e transporte do produto; Severidade média: perigo à perda da qualidade: não atendimento às especificações do produto; Severidade alta: perigo à saúde do consumidor seja por via microbiológica, matérias estranhas, resíduos orgânicos e inorgânicos. Pode levar à morte. Já o risco, referencia à probabilidade de o perigo acontecer numa análise em todas as etapas da produção, podendo se iniciar desde a obtenção da matéria-prima até a distribuição do produto elaborado. Os riscos podem ser classificados em: Em relação à severidade, é relacionada com a gravidade que o perigo apresenta em relação aos seus efeitos prejudiciais à saúde do colaborador. Satisfatório: risco é baixo e a severidade são baixas e médias; e risco médio com severidade baixa; Menor: risco é médio e severidade são médias; e risco baixo e severidade alta; Maior: risco é médio com severidade alta; e risco alto com severidade baixa e média; Crítico: risco alto com severidade alta. Já a significância do perigo exige uma associação entre a classificação da severidade com dados do risco que um perigo pode ocorrer. Classificada em 4 níveis: A classificação sobre a significância do perigo corrobora a ideia de que, nos casos de “crítico” e “maior”, consideram-se perigos significativos, e a situação de “menor” irá depender das condições da empresa e de outros perigos já identificados, geralmente admitimos como perigo para a produção. Por fim, em caso de “satisfatório”, não é admitido perigo algum, mas é necessário registrá-lo para que, na próxima avaliação do APPCC, seja analisado o seu controle. Ferramentas de Controle da Qualidade Controle Higiênico e Sanitário Planilhas de controlePlanilhas de controlePlanilhas de controle PC: ocorre quando o perigo é controlado pelas medidas preventivas, sendo considerado qualquer ponto que controle o perigo. exemplo: o excesso de cloro na superfície de manipulação do alimento, controlado por boas práticas de fabricação. PCC: é identificado quando o perigo pode ser controlado naquela etapa e não em momento posterior. O fluxograma é uma ferramenta que deverá ser aplicada em cada etapa do processo para definir um PCC. Ressalta-se que o PC tem o papel de alertar um ponto de destaque, mas não representa local ou processo de estudo e controle maior. Porém, dependendo das condições, um PC pode se tornar um PCC com o tempo. Quando ocorrem o Ponto de Controle (PC) e o Ponto Crítico de Controle (PCC)? A árvore de decisão, demonstra os cuidados e o conhecimento do processo para tomada de decisão. Outro fator em destaque é que o PCC predomina quando a etapa ou processo é o último para realizar o controle do perigo. Ferramentas de Controle da Qualidade Bactérias: Salmonella sp, Staphylococcus aureus, Bacillus, Escherichia coli, Bacillus cereus. Fungos: Podemos citar Aspergillus flavus, que pode ser transmitido por cereais, amendoim, grãos de café, tabaco e presunto curado. Parasitas: Vale lembrar da Giardia e da Taenia. Para o caso da Giardia, a forma mais comum de contaminação se dá quando o indivíduo ingere carne crua ou malpassada contaminada e algumas folhosas contaminados. Os perigos químicos se referem a substâncias que ocasionam danos à saúde do consumidor. Geralmente, estão presentes naturalmente nos alimentos (micotoxinas, histamina, ciquatoxina), podem ser originados de matéria-prima (metais pesados, resíduos de agrotóxicos, antibióticos) ou adição de produtos químicos (conservantes, nitrosaminas, agentes de limpeza). *quando o perigo químico é originado na própria matéria-prima, esse fato implica em dificuldade no seu controle. Portanto, não existe possibilidade de eliminá-los quando se encontram no interior do produto. Controle Higiênico e Sanitário Classificação dos tipos de perigosClassificação dos tipos de perigosClassificação dos tipos de perigos Os perigos físicos são relacionados quando uma partícula provoca danos físicos (cortes, quebra de dentes, perfurações). Material presente em produtos de origem animal (ossos e espinhas) são também perigos físicos. Antes de preencher o quadro, é necessário descrever o diagrama de fluxo de produção. É necessário um controle rigoroso na recepção de material (embalagem) e no envasamento ou embalamento. Os perigos microbiológicos são os que envolvem os micro-organismos patogênicos, assim como a produção das toxinas. Alguns micro-organismos podem apresentar benefícios na produção de alimentos, como por exemplo os Bacillus na produção de iogurte. Em relação ao perigo do tipo biológico, este envolve os agentes que apresentam particularidades, formas de sobrevivência e medidas preventivas especificas. Nesse caso, para cada agente biológico é construída uma estratégia de prevenção, controle e monitoramento do perigo. Ferramentas de Controle da Qualidade (continuação) Evolução da qualidade em 1930 e 1940, Deming se dedicou ao aperfeiçoamento e aplicação prática de suas concepções e desenvolveu uma das bases mais solidificadas e utilizadas até os dias de hoje, no que se diz respeito à “qualidade”: o conhecido ciclo PDCA ou ciclo Deming em 1951, Armand Vallin Feigenbaum, lançou o livro “Total Quality Control”, relata um sistema de qualidade total que exige implementação completa dos procedimentos em toda empresa, além da atuação apenas do setor de Gestão da Qualidade. Relaciona-se com o trabalho de todos os processos na organização e afirma que não é possível fabricar produtos de alta qualidade se a área de produção trabalha isolada. Na década de 1960, Philip Crosby desenvolveu o programa “Zero Defeito”, afirmando que os processos devem proporcionar soluções às necessidades não só dos clientes, mas também dos fornecedores, funcionários e acionistas. Controle Higiênico e Sanitário Medidas preventivasMedidas preventivasMedidas preventivas Perigo biológico: higienização, geralmente, é o básico para minimização dos riscos de contaminação e como medida preventiva, pode- se adotar o BPF. Perigo físico: é preciso realizar uma análise do tipo de material estranho. Essa tarefa exige uma rotina de procedimentos para todo lote de material. Perigo químico: pode-se escolher uma auditoria na empresa fornecedora, para atender um padrão de produção, que nos dê a matéria-prima adequada. As medidas preventivas são todos os procedimentos utilizados nas etapas de fabricação de alimentos, buscandoprevenir, reduzir a limites aceitáveis ou eliminar os perigos à saúde, perda de qualidade ou até a fraude econômica. Importância dasImportância dasImportância das certificaçõescertificaçõescertificações Evolução da qualidade em 1920, o Dr. W. Edwards Deming, ao visitar algumas empresas, verificou que estas realizavam inspeção nos produtos somente ao final do processo, buscando a identificação de erros. Na visão de Deming, aquele procedimento estava incorreto, pois era apenas uma ação corretiva e não preventiva, gerando custos maiores. Importância dasImportância dasImportância das certificaçõescertificaçõescertificações Ferramentas de Controle da Qualidade Inspeção sanitária: A Lei n. 1.283/1950 institui a obrigatoriedade da inspeção sanitária de produtos de origem animal no Brasil. conhecida como a Lei “Mãe” da inspeção. Com o Decreto n. 30.691/1952, normatiza-se a inspeção por meio do novo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA). Este regulamento consolidou um minucioso e complexo código higiênico-sanitário e tecnológico, abrangendo toda legislação relativa a carnes, aves, leite, pescado, ovos, mel e cera de abelhas. Esse regulamento foi colocado em prática pelo DIPOA por meio do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e continua em vigor, mesmo após passar por alterações. Sistema de inspeção e vigilância sanitária A inspeção sanitária dos produtos de origem animal, no Brasil, foi mencionada oficialmente pela primeira vez em 1909, com o Decreto n. 7.622/1909, que criava a Diretoria de Indústria Animal e indicava a prática de inspeção sanitária e tecnológica dos produtos de origem animal. Legislações Controle Higiênico e Sanitário Importância das certificaçõesImportância das certificaçõesImportância das certificações Vigilância sanitária: A Lei n. 9.782/1999 definiu o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e criou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em seu art. 6º, determina que a agência tem por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à Vigilância Sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionadas, bem como o controle de portos, aeroportos e de fronteiras. Dentre as principais atividades, em nível de município, a Vigilância Sanitária assume as seguintes atribuições: fiscalização para liberação de licença sanitária; ações programadas; atendimento a denúncias; investigação de surtos alimentares; coleta de alimentos; análise de projetos arquitetônicos; análise de rotulagem de alimentos produzidos no município; atividades educativas. (continuação) Legislações Ferramentas de Controle da Qualidade Funções do Codex Alimentarius A Comissão do Códex Alimentarius (CCA), estabelecida em 1961, é um organismo intergovernamental vinculado à FAO (Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) que, atualmente, possuiu 186 membros. O Códex Alimentarius é um termo latino que significa “Código Alimentar” ou “legislação alimentar”. Refere-se a uma coletânea de padrões para alimentos, código de práticas e outras recomendações apresentadas em formato padronizado. Todas as recomendações do Códex buscam a veiculação dos produtos alimentícios não representam riscos à saúde do consumidor e podem ser comercializados com segurança entre os países. De acordo com Brasil (2003), padrões de segurança alimentar são definidos no Acordo SPS (Acordo para a Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias) da OMC (Organização Mundial do Comércio), relacionados com os aditivos alimentares, medicamentos veterinários, resíduos de pesticidas, contaminantes e os códigos e manuais de Práticas de Higiene. Esses padrões são usados como referência pela OMC. A CCA também estabeleceu limites máximos de resíduos para 182 substâncias químicas de uso veterinário e em agricultura, 39 códigos de higiene referentes às Boas Práticas de Fabricação e 227 padrões Códex. Controle Higiênico e Sanitário Importância das certificaçõesImportância das certificaçõesImportância das certificações Em geral, os produtos que são obtidos a partir do processamento, somente serão comercializados quando estiverem de acordo com os padrões de identidade e qualidade (PIQ) estabelecidos pela legislação sanitária federal. Todo alimento deve ser produzido de acordo com o Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) ou Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ). Em caso de produtos sem PIQ ou RTIQ, a empresa precisa apresentar uma proposta de PIQ ou RTIQ, anexando referências internacionais, na seguinte ordem de prioridade: Códex Alimentarius, blocos econômicos, FDA/USA, legislações de outros países, ou atender às diretrizes de avaliação de risco e segurança de uso estabelecidas em Regulamento Técnico específico. Padronização e certificação de alimentos A conformidade dos produtos alimentícios às normas é regulamentada por uma vasta legislação estabelecida por órgãos normalizadores e fiscalizadores, principalmente: Ministério da Saúde, Anvisa, MAPA, Ministério de Minas e Energia, Ministério da Justiça e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Ferramentas de Controle da Qualidade Controle Higiênico e Sanitário Importância das certificaçõesImportância das certificaçõesImportância das certificações (continuação) Padronização e certificação de alimentos O Brasil, como um dos integrantes do Mercosul, obedece aos Regulamentos Técnicos Mercosul de Identidade e Qualidade dos Alimentos, assegurando um tratamento equivalente, em relação a identificação e classificação para fins de comercialização e contribuindo para preservar a saúde dos consumidores, ao eliminar barreiras técnicas não tarifárias e prevenir fraudes e práticas desleais ao comércio. A certificação é processo de 3ª parte, de verificação de conformidade da produção com normas e padrões técnicos preestabelecidos, privados ou públicos de países importadores e conhecidos como códigos de conduta. A certificação abrange todas as fases de produção, do campo ao mercado final, permitindo rastrear a cadeia produtiva e fidelização do consumidor pelas garantias de qualidade e procedência daquele produto. Certificação orgânica: tem sido mais utilizada na produção de hortaliças. As certificações aplicáveis às frutas no Brasil podem ser classificadas em três grandes grupos: orgânicas, de Boas Práticas Agrícolas (BPA) e socioambientais. Certificação socioambiental: ainda pouco aplicada no Brasil. São consideradas como nova geração de certificações de alimentos aquelas que têm como objetivo a produção sustentável que combine práticas preocupadas com o ambiente e a sociedade, além dos aspectos econômicos. A certificação de origem também pode ser aplicada a produtos de origens vegetal e animal. Diferencia o produto tanto para o produtor quanto para o consumidor e comprova a qualidade e a origem desses produtos. A opção por determinado tipo de certificação pode ser realizada de acordo com a solicitação do mercado de destino e as exigências do comprador.
Compartilhar