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FARMACOLOGIA BÁSICA Biodisponibilidade → Biodisponilidade - é a quantidade ou concentração do medicamento que chega ao sangue de forma inalterada após sua administração. Os fármacos que são administrada via venosa, tem 100% de biodisponibilidade. → Através do estudo da biodisponibilidade, podemos determinar a quantidade que é absorvida a partir de uma determinada fórmula farmacêutica, é importante para se saber a velocidade de absorção e quanto tempo o fármaco permanece no organismo, e isso determina as respostas farmacológicas e as tóxicas. → Biofase, é a presença de quantidades ideias do fármaco no seu local de ação. É importante: → Determinar a quantidade do fármaco a ser administrada e intervalo de tempo (posologia). → Determinar a forma farmacêutica (veículo sólido, líquido…). → Adequar a dose em pacientes portadores de insuficiência principalmente hepática e renal (animal tem dificuldade de metabolizar o fármaco para ser excretado, e o rim é o principal órgão excretor e o fármaco pode ficar acumulado no organismo, podendo ter um efeito tóxico). → Diferente entre espécies animais (monogástricos X poligástricos). Bioequivalência É considerado quando dois medicamentos possuem a mesma disponibilidade, mesmo princípio ativo, mesma dose, mesma via e na mesma espécie animal. → Concentração máxima (Cmáx), é a mais elevada no compartimento intravascular após a administração oral do medicamento. → Tempo máximo, depende da velocidade de absorção do medicamento, tempo do pico de Cmáx, que é p tempo que ocorra o pico de Cmáx. → ASC, representa a quantidade do fármaco que foi absorvida após a administração. De dose única de um medicamento, quanto maior a curva, maior o tempo de exposição do fármaco no animal. → Distribuição → Após a distribuição ele fica livre no sangue, é distribuído nos tecidos para produzir sua ação terapêutica, uma vez que ele chega ao sangue, ele também pode se ligar as proteínas plasmáticas. E esse fármaco ligado, tem uma ligação fraca, porque se não ele não iria se desligar da proteína para ele virar um fármaco livre. Após chegar no sangue, ele pode ir para tecidos e ocorre o sequestro do fármaco por esses tecidos. → O fármaco pode chegar até o sangue por difusão simples ou por poros e fenestrações até o espaço intercelular e se liga aos receptores farmacológicas. → Quanto mais vascularizado, maior a velocidade e maior a concentração do fármaco nesse tecido. Os tecidos do compartimento central, possuem maior vascularização e tem maior concentração de fármaco num menor tempo. Já os tecidos do compartimento periférico, possuem menor vascularização e uma menor concentração do fármaco. Fatores que interferem na distribuição: → Lipossolubilidade - medicamentos lipossolúveis são melhor distribuídos nos tecidos, porém se ele for muito solúvel, eles podem ficar sequestrados no tecido adiposo. A Lipossolubilidade melhora a distribuição. → Grau de ligação às proteínas plasmáticas - quanto maior o grau, menor a distribuição do fármaco para os tecidos, porque ele fica mais tempo ligado nessa proteína. → Grau de ligação às proteínas teciduais - Quanto maior o graus de ligação do fármaco as proteínas teciduais, maior será a distribuição do fármaco para os tecidos, isso garante que ele se desligue dos tecidos e vá para o sangue. → Barreiras fisiológicas - dificulta a distribuição de fármacos. Diferença de concentração de diferentes tecidos: → Depende da afinidade medicamentosa → Existencia de transporte especializado Volume de água dos compartimentos: → Líquido extracelular → Líquido intersticial e linfa → Líquido intracelular → Líquido transcelular Compartimentos (o que determina é o pH): → Substancia livre →Substancia na forma ligada → Na forma molecular → Na forma ionica Equilíbrio: → Barreiras teciduais → Ligações do fármaco → Ionização → Solubilidade Ligação de medicamento a proteínas plasmáticas → Medicação livre, vai direto para a o sangue e vai para o seu sítio de ação. → Medicação ligada a proteína, funciona como uma reserva circulante, esses fármacos são chamados de classe 1 (mais de 50% de afinidade pelas proteínas plasmáticas) ou classe 2 (menos de 50% de afinidade pelas proteínas plasmáticas). → Os fármacos competem pelo sítio de ligação nas proteínas plasmáticas podendo potencializar a ação do fármaco, ganha quem tem maior afinidade ou está em maior concentração. E o que ganha, desloca o que está ligado que se torna um fármaco livre. → O anti-inflamatório compete com o anticoagulante, e ele desloca o anticoagulante, aumentando a biodisponibilidade do anticoagulante, aumentando o risco de hemorragias. → Hipoproteinemia - pode interferir com a biodisponibilidade do fármaco, pois ela estará aumentada, aumentando a chance de efeitos tóxicos. Acúmulo e estoque de medicações → Lipossolubilidade → Iodo, acumula na tireóide. → O que determina, são as características dos medicamentos e a afinidade pelos tecidos. → Tetraciclinas - animais em crescimento, se acumulam nos ossos e dentes. → Cloroquina, pode se acumular na retina (tem afinidade com a queratina). → Amiodarona é usada para tratar arritmias e tem afinidade ao fígado e pulmões e em altas concentrações podem levar a hepatite e fibrose intersticial. → Importante para o cálculo da dose para obtenção do medicamento livre para ter o efeito terapêutico desejado e o mínimo ou sem efeitos adversos. → Doses repetidas, não pode ultrapassar a saturabilidade desses depósitos, a concentração do medicamento livre no plasma pode aumentar rapidamente, levando a efeitos tóxicos de natureza grave. Meia vida de eliminação → Tempo necessário para que a concentração plasmática de um fármaco caia pela metade. → É calculada a partir após uma única dose (IV). → Tempo necessário para a eliminação, chamado t washout. → Freqüência da dose. → Tempo necessário para alcançar o equilíbrio. → Quanto tempo que leva para a concentração de determinado medicamento alcançar o equilíbrio, Concentração plasmática para o efeito terapêutico, chamado de steady state Biotrasnformação ou metabolismo do fármaco → São mecanismos enzimáticos complexos que tem como objetivo, inativar compostos endógenos ativos e eliminar substâncias estranhas ao organismo. → Objetivo - tornar o fármaco mais polar, principalmente nos compostos hidrossolúveis, o que vai possibilitar uma melhor excreção. → Pró-Fármacos - é um fármaco inativo e o metabolismo pelo fígado vai torna-lo ativo. Ou ele tem uma atividade baixa e o fígado potencializa sua atividade. → Fármaco - sofrem metabolismo para que se tornem hidrossolúveis. → Pró- fármaco é uma estratégia da indústria farmacêutica para melhorar características desfavoráveis de algumas moléculas que possam impedir a aplicada das mesmas. → O processo de produção destes é chamado de latenciação e tem a finalidade de produzir moléculas que se caracterizam por serem inativas no momento em que são administradas. → A latenciação pode fazer como que fatores como baixa biodisponibilidade, falta de seletividade, instabilidade e toxicidade elevada sejam superados Ex: Prednisona que tem como composto ativo a prednisolona → Função primordial - adição de carga aos fármacos muito lipossolúveis (difíceis de serem eliminados pelos rins) → Nem todo fármaco precisa ser biotransformados para ser eliminado. → Biotrasnformação corre no fígado e ele é um mecanismo enzimático para favorecer a eliminação. → Ela é realizada em duas fases: 1. Ele pode ser eliminado depois que ele esta no sangue, mais a maior parte passa pela fase 1 de metabolismo que passa pelo fígado. Então ele é alterado em suas estrutura química e forma o primeiro metabólico, que pode ter ação principalmente os pró- fármacos, ele pode ser inativado, pode ter atividade metabólica que pode ser igual, maior ou menor que o fármaco original ou pode originar um metabólico tóxico.Então esse 1 metabólico já pode ser eliminado pois já é mais solúvel, caso ele permanece no sangue, ele vai passar novamente pelo fígado e sofrer a fase 2 de metabolismo, onde o metabólico é totalmente inativo e muito hidrossolúvel. Ou seja, a finalidade dele é a excreção. 2. Na fase 1 pode ocorrer, oxidação, hidroxilação, desalquilação, desaminarão ou hidrólise. → A biotrasnformação ocorre no fígado, onde existem hemoproteínas que são uma grande família de enzimas relacionadas as CYP. → CYP, podem agir sobre o mesmo fármaco, são sensíveis aos inibidores aos agente inibidores e indutores ( esse agente inibidor, inibe a ação da enzima, ou seja, que ela metabolize o fármaco, já o indutor aumenta a atividade da enzima). Reações de fase 1 → Ocorrem no sistema microssomal hepático, são elas que fazem a oxidação, redução e hidrólise. → Os metabólitos, podem ser mais ativos, menos ativos, inativos ou tóxicos. Reações de fase 2 → São anabólicas, porque a molécula da substancia química vai ser conjugada a outras moléculas para que ocorra a inativação. → Os agentes conjugantes são: - Ác. Glicuronico - Radicais sulfatos - Acetatos - Aminoácidos → Tudo isso para ficarem mais lipossolúveis e facilitar a excreção. → Outro tipo de conjunção é com a glutationa, que exerce o papel extremamente importante na proteção dos hepatócitos e de outras células contra lesões tóxicas. E os produtos desta conjugação são normalmente os ácidos mercaptúricos. → Os felinos tem deficiência na enzima glicuronil transferase. A baixa concentração dessa enzima gera deficiência na conjugação do ácido glicuronico, por isso muitos fármacos apresentam meia vida prolongada nos felinos. Fatores que interferem no metabolismo → Doenças: - Hepatopatias podem interferir na absorção dos medicamentos → Espécie animal - Animais com pouca quantidade de enzimas, como os felinos que tem deficiência nas enzimas glicuronil transferase. - Nos caninos, tem dificuldade das reações de conjugação ao ácido acético. Os suínos tem dificuldade das reações de conjugação ao sulfato. → Inibidores de EMH - Aqueles que impedem que a enzima metabolize outros fármacos → Indutores de EMH - aumentam a atividade metabólica das enzimas, então elas metabolizam mais rápido outros fármacos → Deficiencia enzimática - Pode ocorrer de um animal de forma individual ter deficiência na enzima.
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