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Semiologia da Pele

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Semiologia da PeleSemiologia da Pele
pele
barreira circundante (isola o meio interno
e externo);
proteção contra perdas, lesões externas,
químicas, físicas ou microbiológicas;
produção de estruturas queratinizadas,
também chamadas de anexos, como
pelos, unhas e a camada córnea;
controle da temperatura, por meio da
pelagem, do suprimento sanguíneo e de
glândulas sudoríparas;
reserva de água, eletrólitos, vitaminas,
gordura, carboidratos e proteínas;
flexibilidade, elasticidade e sensibilidade,
permitindo que os animais realizem
diferentes movimentos;
imunorregulação, pela qual ela é capaz de
controlar infecções (imunidade celular e
humoral) ou inibir o desenvolvimento de
neoplasias;
➳ a pele é o maior órgão do organismo
animal e trata-se da barreira anatômica e
fisiológica entre o organismo e o meio
ambiente, promovendo proteção contra
lesões físicas, químicas e microbiológicas;
➳ a pele e os pelos variam demasiadamente
entre as diferentes espécies e raças animais;
mas, no geral, a espessura da pele decresce
ventralmente, é mais espessa nas regiões
cervical dorsal, torácica dorsal, cefálica e base
da cauda, sendo mais delgada nas regiões das
orelhas, axilar, inguinal e perianal;
➳ justamente por estar exposto ao meio
ambiente, o tegumento sofre várias agressões.
Além disso, esse sistema pode, ainda,
apresentar-se alterado quando outros órgãos
são acometidos, o que o faz receber o título de
"espelho do organismo";
➳ as funções da pele inúmeras, como por
exemplo:
Material produzido por Hellycláudia Maria da S. Chaves. É proibido a sua distribuição para terceiros sem autorização.
pigmentação (melanina), que auxilia na
proteção contra a radiação solar;
secreção de glândulas (sebáceas e
sudoríparas);
produção de vitamina D que, para que
possa ser utilizada pelo organismo,
necessita de ativação cutânea;
percepção ao calor, frio, dor e tato (função
sensitiva).
➳ anatomicamente, a pele é composta por
três camadas de tecido: epiderme (superior),
derme (intermediária) e hipoderme
(profunda). 
epiderme
camada basal: separa a epiderme da
derme. ela é composta de queratinócitos
(em constante mitose) e melanócitos;
camada espinhosa: é composta pelas
células filhas do estrato basal. Nas regiões
dos coxins, no plano nasal e nas junções
mucocutâneas esta camada é espessa,
podendo apresentar até 20 camadas de
células;
camada granular: é caracterizada por
células com núcleos repletos de grânulos,
com função de queratinização e barreira
protetora;
camada clara: é uma camada
queeratinizada de células mortas;
camada córnea: é a camada mais externa,
➳ a epiderme é composta por múltiplas
camadas celulares de queratinócitos em
diferentes estágios de diferenciação. Além dos
queratinócitos, também são encontrados
melanócitos (produtores de melanina), células
de Langerhans e células de Merkel;
➳ a epiderme é dividida em camadas
denominadas a partir da derme para o meio
externo:
Material produzido por Hellycláudia Maria da S. Chaves. É proibido a sua distribuição para terceiros sem autorização.
completamente queratinizada e que está
em constantemente renovação
(descamação).
derme
➳ a derme é a camada de tecido conjuntivo,
abaixo da epiderme, no qual estão imersos os
anexos cutâneos, vasos sanguíneos, linfáticos
e nervos;
➳ ela é formada por material insolúvel
(colágeno e elastina), que protege a pele de
forças provocadas por tensão, e substância
solúvel (mucopolissacarídios), que protege a
pele de forças compressivas;
➳ a derme também está envolvida na
regulação do crescimento e na proliferação
celular e, nos animais, pode ser dividida em
superficial e profunda.
hipoderme
➳ a hipoderme, também chamada de tecido
celular subcutâneo ou panículo adiposo, é a
camada mais profunda da pele e, geralmente,
a mais fina;
➳ funcionalmente, a hipoderme serve
depósito nutritivo de reserva, participa do
isolamento térmico e na proteção mecânica
do organismo às pressões e aos traumatismos
externos, e facilita o deslizamento da pele em
relação às estruturas subjacentes.
exame da pele
➳ o exame da pele, assim como o dos demais
sistemas, é realizado seguindo a sequência:
identificação, anamnese, exame físico e
exames complementares.
Identificação (resenha):
identificação etária: existem determina-
das doenças que ocorrem exclusivamente
ou muito mais frequentemente em
determinadas idades;
identificação sexual: existem certos
quadros dermatológicos relacionados com
a identificação sexual, como exemplo as
dermatopatias associadas a neoplasias
testiculares em machos e as neoplasias
ovarianas em fêmeas;
identificação racial: dentro de uma
mesma espécie, existe a predisposição de
determinadas raças a tipos específicos de
dermatopatias;
coloração do pelame: há dermatopatias
diretamente relacionadas com a coloração
do pelame dos animais. Como exemplo a
fotossensibilização em gado de coloração
clara ou branca e a maior incidência de
melanoma em equinos de coloração
tordilha.
Anamnese:
queixa principal (tempo de evolução?
início do quadro? tratamentos efetuados?
consequências dos tratamentos
efetuados?);
determinar os antecedentes do animal,
tanto os recentes como os distantes;
determinar o início do quadro e tempo
de evolução, para avaliar o decurso
evolutivo da afecção;
obter a história dermatológica do
animal, como: localização primária da
lesão, aspecto, velocidade de progressão,
grau de prurido contágio, sazonalidade,
relação com a dieta e fatores ambientais.
Exame físico:
➳ os meios semiológicos que podemos utilizar
no exame físico da pele são: palpação, olfação,
inspeção direta e inspeção indireta;
➳ a palpação é utilizada para que sejam
determinados aspectos de sensibilidade das
lesões, volume, espessura, elasticidade,
temperatura, consistência e características
como umidade e untuosidade (se está
gordurosa) da pele;
➳ vale destacar que a elasticidade da pele
pode ser utilizada para a determinação do
grau de hidratação ou desidratação
apresentado pelo animal;
➳ a olfação serve como grande auxílio
diagnóstico na identificação de alguns
quadros específicos, como as miíases;
➳ a inspeção direta é o principal meio para a
elaboração do diagnóstico. Ela deve ser
realizada em um ambiente iluminado por luz
branca ou natural, onde o primeiro contato
visual deve ser feito a uma certa distância do
animal, para que se verifiquem, além da
distribuição, a gravidade do quadro e todas as
regiões anatômicas acometidas;
➳ a distância também é ideal para que se
evidenciem os pelos e as falhas no
recobrimento piloso, mas, para que possam
ser consideradas patológicas, deve-se atentar
às características da espécie e da raça em
questão;
➳ dessa forma, o principal foco da inspeção
direta é a observação detalhada das lesões
cutâneas, sua caracterização e sua
classificação sob diferentes aspectos;
➳ a inspeção indireta é composta, quase na
sua totalidade, por exames subsidiários. De
uma maneira geral, são considerados exames
complementares ao exame físico,
indispensáveis no diagnóstico definitivo das
dermatopatias. 
Material produzido por Hellycláudia Maria da S. Chaves. É proibido a sua distribuição para terceiros sem autorização.
classificações das lesões
quanto a distribuição, configuração,
topografia, profundidade e morfologia.
Quanto à distribuição:
localizada: de uma a cinco lesões
cutâneas individualizadas;
disseminada: mais de cinco lesões
cutâneas individualizadas;
generalizada: acometimento difuso de
mais de 60% da superfície corporal do
animal;
universal: comprometimento total da
superfície corporal do animal.
➳ quanto à distribuição, as lesões podem ser
classificadas em localizadas, disseminadas e
generalizadas:
Quanto à topografia:
➳ quanto à topografia, a classificação é feita
de uma lesão em relação a outra. Dessa
forma, elas classificam-se em simétricas ou
assimétricas, encontrando particular
importância nos quadros hormonais que, em
geral são representados por perdas de pelos
simétricas.
Quanto à profundidade:
➳ as lesões podem ser classificadas em
superficiais e profundas. Geralmente, os
quadros mais brandossão superficiais, e os
mais graves, profundos.
Quanto à morfologia:
alterações de cor;
formações sólidas;
coleções líquidas;
alterações de espessura;
perdas e reparações teciduais. 
➳ considerando-se os aspectos morfológicos,
as lesões cutâneas podem ser agrupadas em
cinco grupos distintos:
alterações de cor
➳ coloração avermelhada da pele decorrente 
Eritema:
➳ as lesões de pele podem ser classificadas
Material produzido por Hellycláudia Maria da S. Chaves. É proibido a sua distribuição para terceiros sem autorização.
de vasodilatação. O eritema volta à coloração
normal quando submetido à digitopressão ou
à vitropressão;
➳ em geral, ele ocorre em dermatopatias
inflamatórias, estando frequentemente
associado a quadros pruriginosos;
cianose: eritema arroxeado, por congestão
passiva ou venosa, com diminuição da
temperatura;
enantema: eritema de mucosa;
exantema: eritema disseminado, agudo e
efêmero;
eritrodermia: eritema crônico, geralmente
acompanhado de descamação.
➳ o eritema pode ainda ser classificado
quanto a tonalidade da cor, temperatura,
localização, extensão e evolução:
Púrpura:
petéquia: púrpura de até 1 cm de
diâmetro;
quimose: púrpura maior que 1 cm de
diâmetro;
víbice: púrpura linear.
➳ coloração avermelhada da pele decorrente
de extravasamento de hemácias na derme;
➳ a púrpura não volta à coloração normal
quando submetida a digitopressão ou
vitropressão. Não há diferença morfológica
entre púrpura e eritema; ambos são iguais, a
diferença é observada apenas na vitropressão;
➳ ela ocorre ou por ruptura traumática de
pequenos vasos ou por coagulopatias,
podendo ser classificada como:
Telangiectasia:
➳ evidenciação dos vasos cutâneos através da
pele, decorrente do seu adelgaçamento;
➳ indica atrofia cutânea e ocorre
frequentemente em casos de
hiperadrenocorticismo e cicatrização atrófica.
Hipopigmentação:
➳ a hipopigmentação, também chamada de
hipocromia, consiste na diminuição do
pigmento melânico.
Acromia:
➳ ausência do pigmento melânico, também
denominada leucodermia;
➳ tanto a hipocromia quanto a acromia
indicam perda do pigmento por lesão dos
melanócitos, ou imunidade contra os
melanócitos, como nas dermatopatias
autoimunes e no vitiligo.
Hiperpigmentação:
➳ a hiperpigmentação, também chamada de
hipercromia, consiste no aumento de pigmen-
Material produzido por Hellycláudia Maria da S. Chaves. É proibido a sua distribuição para terceiros sem autorização.
to de qualquer natureza na pele
(hemossiderina, pigmentos biliares, caroteno e
tatuagem);
➳ quando decorrente do aumento de
melanina, o termo mais apropriado é
melanodermia, que se apresenta com
diferentes tonalidades de castanho como
claro, escuro, azul-acastanhado e preto.
Pápula:
➳ lesão sólida circunscrita, elevada, que pode
medir até 1cm de diâmetro.
formações sólidas
Placa:
➳ área elevada da pele com mais de 2cm de
diâmetro, geralmente pelo coalescimento de
pápulas.
Nódulo:
➳ lesão sólida circunscrita, saliente ou não, de
1 a 3cm de diâmetro.
Tumor:
➳ lesão sólida circunscrita, também chamada
de nodosidade, saliente ou não, de mais de
3cm de diâmetro;
➳ o termo tumor deve ser utilizado
preferencialmente para neoplasias.
Goma:
➳ nódulo ou nodosidade que sofre depressão
ou ulceração na região central e elimina
material necrótico.
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Coleções líquidas
Vegetação:
➳ lesão sólida, exofítica (cresce distanciando-
se da superfície da pele), avermelhada e
brilhante, que pode ocorrer pelo aumento da
camada espinhosa.
Verrucosidade:
➳ lesão sólida, exofítica, acinzentada, áspera,
dura e inelástica, que ocorre pelo aumento da
camada córnea.
Vesícula:
➳ elevação circunscrita de até 1 cm de
diâmetro, contendo líquido claro. Esse
conteúdo inicialmente claro (seroso) pode
tornar-se turvo (purulento) ou avermelhado
(hemorrágico).
Bolha:
➳ elevação circunscrita maior que 1 cm de
diâmetro, contendo líquido claro.
Pústula:
➳ elevação circunscrita de até 1 cm de
diâmetro, contendo pus.
Cisto:
➳ formação elevada ou não, constituída por
cavidade fechada envolta por um epitélio e
contendo líquido ou substância semissólida.
Abcesso:
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Hematoma:
➳ formação circunscrita de tamanho variável,
proeminente ou não, decorrente de
derramamento sanguíneo na pele ou tecidos
subjacentes. Indica traumatismo. 
Flegmão:
➳ formação circunscrita de tamanho variável,
encapsulado, proeminente ou não, contendo
líquido purulento na pele ou tecidos
subjacentes;
➳ há calor, dor e flutuação. Além de indicar
infecção por perfuração ou via hematógena. 
➳ aumento de volume de consistência
flutuante, não encapsulado, de tamanho
variável, proeminente ou não, contendo
líquido purulento na pele ou tecidos
subjacentes;
➳ há calor e dor. Clinicamente pode indicar
infecção por perfuração ou via hematógena.
Lignificação:
➳ espessamento da pele decorrente do
aumento da camada malpighiana com
acentuação dos sulcos cutâneos, dando à pele
aspecto quadriculado ou de favos de mel. 
Edema:
➳ aumento da espessura, depressível, sem
alterações de coloração, decorrente do
extravasamento de plasma na derme e/ou
hipoderme. Indica qualquer processo que
cause alterações do princípio da hipótese de
Starling, como inflamação aguda, irrigação
linfática deficiente, hipoproteinemia ou
cardiopatias. 
Esclerose:
➳ aumento da consistência da pele, que se
torna lardácea ou coriácea, não é depressível,
e o pregueamento é difícil ou impossível; pode
apresentar-se hipo ou hipercrômica,
decorrente de fibrose do colágeno. 
Cicatriz:
Material produzido por Hellycláudia Maria da S. Chaves. É proibido a sua distribuição para terceiros sem autorização.
➳ lesão de aspecto variável, saliente ou
deprimida, móvel, retrátil ou aderente. Não
apresenta estruturas foliculares nem sulcos
cutâneos, sendo decorrente de reparação de
processo destrutivo da pele. Associa atrofia,
fibrose e discromia. 
Escama:
➳ placas de células da camada córnea que se
desprendem da superfície cutânea, por
alteração da queratinização;
➳ podem ser classificadas em farinácea,
furfurácea ou micácea. Indicam queratinização
precoce ou aumento da epidermopoese,
decorrentes de fatores genéticos, processos
inflamatórios ou metabólicos. 
perdas e reparações teciduais
Escoriação:
➳ erosão linear geralmente decorrente de
lesão autotraumática pruriginosa. 
Erosão:
➳ perda superficial da epiderme ou de
camadas da epiderme.
Ulceração:
➳ perda circunscrita da epiderme e derme,
podendo atingir a hipoderme e os tecidos
subjacentes.
Crosta:
➳ concreção amarelo-clara (crosta melicérica),
esverdeada ou vermelho-escura (crosta
hemorrágica), que se forma em área de perda
tecidual, decorrente do dessecamento de
serosidade, pus ou sangue, além de restos
epiteliais. 
Fístula:
➳ canal com pertuito na pele, que drena foco
de supuração ou necrose e elimina material
purulento ou sanguinolento. Indica existência
de foco infeccioso ou corpo estranho em
tecidos subjacentes. 
Material produzido por Hellycláudia Maria da S. Chaves. É proibido a sua distribuição para terceiros sem autorização.

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