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Rinossinusites | Resumos de Otorrinolaringologia

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Valentina G. 
 
RINOSSINUSITES 
INTRODUÇÃO 
CLASSIFICAÇÃO: 
Aguda: até 4 semanas 
Subaguda: 4 a 12 semanas 
Crônica: mais de 12 semanas, sem intervalo de melhora. 
Recidivante: muitos episódios com intervalos de melhora 
 
ETIOLOGIA: 
· Alterações anatômicas → são os que geralmente precisam de cirurgia. 
· Processos infecciosos de VAS* 
· Processos Alérgicos* 
*Responsáveis pelo aumento da prevalencia de rinossinusite ao longo dos últimos anos, em especial em relação à 
Urbanização das populações. 
PODE EXISTIR MAIS DE UM FATOR NO MESMO INDIVÍDUO. 
 
FISIOPATOLOGIA NORMAL DA MUCOSA: 
· Patência dos óstios 
· Batimento ciliar organizado 
· Muco (camadas mucoide/aquosa) 
· Ig na camada aquosa 
 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM NA INCIDÊNCIA DA RINOSSINUSITE AGUDA: 
· Imunidade do hospedeiro 
· Virulência do agente 
· Fatores ambientais → principalmente os que induzem a atividade alérgica, pois alterações alérgicas 
podem diminuir batimento ciliar, aumentar a quantidade de secreção 
· Colonização da nasofaringe por bactérias patogênicas → forma-se um biofilme de recontaminação 
dos seios paranasais 
· Barotrauma → mergulhadores e pilotos de avião 
· Intubação nasal → nestes pacientes já se faz antibiótico profilático. 
· Tamponamento nasal 
· Obstrução nasal de causas variadas 
 
ALTERAÇÕES ANATÔMICAS: 
· Desvio septal → diminuição do fluxo aéreo 
· Alterações de concha média 
Hipertrofia 
Bolhosa 
Curvatura paradoxal 
· Processo unciforme medializado 
· Cisto/edema de mucosa na região ostial 
· Mucopiocele 
Obstrução do 
óstio
Hipóxia por 
queda a 
aeração
↓ da atividade 
mucociliar
Estagnação 
de secreção
↓ do pH e da 
oxigenação
Proliferação 
de bactérias
Bactérias se 
tornam 
patogênicas
 
 
Valentina G. 
· Pólipos 
QUALQUER TIPO DE OBSTRUÇÃO QUE ATRAPALHE A VENTILAÇÃO DO SEIO PARANASAL PREDISPÕE 
À RINOSSINUSITE. 
 
 
Desvio septal para a direita. 
Hipotrofia da concha nasal inferior direita 
Hipertrofia da concha nasal esquerda → 
hipertrofia vicariante, ocorre para ocupar o 
espaço amplo. 
Sinusite à direita → provavelmente decorrente 
da má ventilação à direita. 
Sempre que se faz a correção do septo nasal, 
deve-se fazer a adequação das conchas 
nasais (neste exemplo à direita) → 
Turbinoplastia inferior 
 
Conchas médias com curvatura paradoxal: 
a curvatura da concha média se apresenta 
para o lado oposto ao esperado, reduzindo o 
espaço do meato médio, o que reduz a 
ventilação dos seios da face. 
Sinusite malar, etmoidal e do recesso frontal. 
 
 
ALTERAÇÕES SISTÊMICAS QUE PODEM CURSAR COM RINOSSINUSITE 
CRÔNICA: 
· Processos alérgicos → diminuição do batimento ciliar e aumento da secreção 
· Asma (intolerância à AAS / polipose nasossinusal) → Tríade de Samter. Pacientes com alta 
recidiva da polipose e refratariedade ao tratamento da Asma 
· Imunodepressão (DM / HIV / pós-transplante) 
· Fibrose cística → alteração da constituição do muco 
· Alteração ciliar → Síndrome de Kartagener: não há batimento ciliar; Síndrome de Yang: batimento 
desorganizado dos cílios. 
· DRGE 
 
BACTERIOLOGIA: 
AGUDA: 
Bacteriana: 
· Streptococcus pneumoniae 
· Haemophilus influenzae 
 
 
Valentina G. 
· Moxarella catarrallis 
Viral: 
· RVH 
· VSR 
CRÔNICA: 
Bacteriana: 
· Staphylococcus aureus 
· Streptococcus pneumoniae 
· Haemophilus influenzae 
· Anaeróbios 
· Pseudomonas aeruginosa (HIV) 
Fúngica: 
· Aspergillus 
 
DIAGNÓSTICO: 
História clínica → Quase sempre é o bastante para fechar o diagnóstico. 
· Obstrução nasal 
· Rinorreia → Em criança, rinorreia unilateral é suspeita de corpo estranho. 
· Cefaleia 
· Dor / peso na face 
· Dor na arcada dentária superior 
· Tosse sea 
· Resfriado há mais de 10 dias 
· Hiposmia 
· Halitose 
· Febre (agudização) 
DIFÍCIL DETERMINAR QUANDO A RINOSSINUSITE VIRAL SE TORNA BACTERIANA. SUSPEITA-SE 
QUANDO SINTOMAS PERSISTEM POR MAIS DE 10 DIAS OU PIORAM APÓS O 5º DIA. 
Principais sintomas: obstrução nasal, congestão, rinorreia, espirros, febre, mal-estar, astenia. 
 
EXAME FÍSICO: 
Rinoscopia anterior (pré e pós VCN tópico): 
· Mucosa hiperemiada 
· Secreção purulenta/amarelada 
· Pólipo/massa 
· Alterações anatômicas 
 
Orofaringoscopia: 
Secreção descendente 
Estado dentário ADS 
Pólipo cavum 
 
 
 
Valentina G. 
 
Sinusite Maxilar Isolada: 
Alterações patológicas dentárias 
na arcada dentária superior. 
 
Acomete apenas um dos seios 
maxilares e não há fatores 
predisponentes nas fossas nasais. 
Essa sinusite geralmente é 
resultado de uma complicação da 
ADS. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
 
Endoscopia nasal: 
· Alterações anatômicas 
· Pólipo/massa 
· Aspecto da mucosa 
· Secreção purulenta → define região 
acometida 
 
 
Raio-X: 
“Posso pedir?” Não precisa 
Se existem evidencias clínicas, não se deve pedir → Pode iniciar o tratamento sem exames de imagem 
Na dúvida, pode pedir, mas deve haver cuidado na interpretação: 
Exame radiológico mostra apenas se há secreção no interior do seio, mas não permite saber 
se há infecção. 
Observar o momento correto de realizar o exame → controle do tratamento, 30 dias depois do término do 
tto clínico. 
Criança: não confundir com expansão tardia de seios paranasais. 
 
TC de seios paranasais: 
 
 
Não tem necessidade para diagnóstico. 
Quando pedir: 
Pode ser pedido também para controle 
de tratamento → diferenciação entre uma 
Sinusite crônica e recidivante 
Quando evolui para uma complicação 
Afastar neoplasia 
Axial/coronal/sagital → avaliação 
completa e minusciosa 
Quando há indicação cirúrgica → Complementa a endoscopia nasal e é necessária ao planejamento do ato 
cirúrgico 
Deve ser solicitada fora da crise 
 
Ressonância magnética: 
Complementa a TC → RMN é boa para ver partes moles 
Neoplasia 
Complicações 
 
 
S - Septo nasal 
M - Concha média 
CI - Concha nasal Inferior 
P - Pólipo preenchendo o 
meato médio 
 
 
Valentina G. 
TRATAMENTO: 
TRATAMENTO CLÍNICO DA RINOSSUNUSITE AGUDA: 
Objetivos: 
· Controle da infecção → uso de ATB 
Antibiótico (14 dias): 
1ª escolha: Amoxicilina 
Reavaliar em 72h 
2ª escolha: Amoxicilina (dobrar a dose na criança) ou Amoxicilina + Clavulanato 
Outras opções: Cefadroxil / cefuroxima / Cefaclor / Clindamicina 
· Redução do edema → desbloquear os óstios e garantir boa ventilação 
· Facilita drenagem dos SPN 
· Manter óstio pérvio → para não haver recidiva 
Anti-inflamatório (5 a 7 dias) 
Anti-inflamatório não esteroidal 
Corticoesteroide tópico (dose dobrada) associado ou não ao corticoide sistêmico 
Anti-alérgico → evitar anti-histamínico de 2ª geração: tornam a secreção mais espessa e dificulta a 
drenagem 
Vasoconstrictor local (5 dias) → diminui o edema e mantém o óstio aberto 
Higiene nasal com solução isotônica (0,9%) → fluidifica a secreção, ativa o batimento ciliar 
Ou solução hipertônica (3%) → desidrata a mucosa e ajuda a reduzir o edema 
 
TRATAMENTO CLÍNICO DA RINOSSINUSITE CRÔNICA: 
 Antibiótico: 3 - 6 semanas (Amoxicilina / Clavulanato / Macrolídio / cefalosporina 2ª 
geração / Quinolona / Cefalosporina 3ª geração) → já parte direto da Amoxicilina + clavulanato e 
pode avançar 
 Corticoesteroide sistêmico 5 a 7 dias 
 Corticoesteroide nasal 30 - 90 dias (em caso de pólipos) 
 Solução isotônica / hipertônica tópica nasal 
 Vaso constrictor tópico 5 - 7 dias 
 Descongestionante sistêmico → Tylenol Sinus 
 Aumento da ingesta de líquidos → mais eficiente do que qualquer mucolítico. 
 Evitar anti-histamínicos 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO: 
Indicação: Sem melhora após tratamento clínico + alteração anatômica ou bloqueio de óstio 
 
FESS - Cirurgia endoscópica funcional dos seios: 
· Aumento da ventilação 
· Preservação da mucosa 
· Manutenção da atividade ciliar e clearence de secreções 
Desbloquear o óstio principal de drenagem do seio afetado, mas não mexer no seio → normaliar o 
seio paranasal, sem perder o epitélio nobre que o reveste. 
Manutenção do tratamento clínico após o cirúrgico para garantir resolução total. 
COMPLICAÇOES DA RINOSSINUSITECRÔNICA: 
Quadros graves que podem resultar de uma rinossinusite mal conduzida. 
 
· Celulite / abcesso periorbitário 
· Celulite / abcesso intraconal (amaurose) 
· Abcesso intracraniano (epidural / subdural / cerebral) 
· Trombose de seio cavernoso / veia oftálmica superior 
· Meningite 
 
 
Valentina G. 
· Osteomielite

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