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APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 1 APG 13 – O passo falso do Fenômeno 1) ENTENDER A ANATOMOFISIOLOGIA DO MEMBRO INFERIOR (OSSOS, ARTICULAÇÕES E MÚSCULOS) ❖ CINTURA PÉLVICA OU CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR → Os ossos do quadril direito e esquerdo em conjunto com o sacro, que faz parte da coluna vertebral, formam a cintura pélvica (pelve), também chamada de CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR. → O quadril é formado por três ossos primários unidos por articulações, que são o ísquio, o ílio e o púbis. ➢ ARTICULAÇÕES DO QUADRIL → Além das articulações que unem os ossos primários do quadril, a qual o torna um osso único, ou seja, não há movimento entre suas partes, o quadril possui as seguintes articulações: sacroilíacas, coxofemoral (articulação do quadril) e a sínfise púbica. → A ARTICULAÇÃO SACROILÍACA é uma articulação sinovial especial por possuir mobilidade limitada, consequência de seu papel na transmissão do peso da maior parte do corpo para os ossos do quadril, principalmente através dos ligamentos sacroilíacos interrósseos. → Muitas vezes o movimento da articulação sacroilíaca é limitado a leves movimentos de deslizamento e rotação pelo entrelaçamento dos ossos que se articulam e os ligamentos sacroilíacos. Além dos ligamentos sacroilíacos interrósseos, esta articulação é composta pelos ligamentos sacroilíacos anteriores e posteriores. → A SÍNFISE PÚBICA é o disco interpúbico fibrocartilagíneo, que une anteriormente os ossos do quadril, sendo geralmente mais largo em mulheres. Anteriormente, essa articulação é reforçada pelos músculos reto e oblíquo externo do abdome. → A ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL, também chamada de articulação do quadril, é SINOVIAL DO TIPO ESFEROIDE e fica entre a cabeça do fêmur e o acetábulo. → Depois da articulação do ombro (glenoumeral), é a mais móvel do corpo, realizando papel semelhante à glenoumeral. → A coxofemoral é composta por quatro ligamentos: iliofemoral, pubofemoral, isquiofemoral (externos) e o ligamento da cabeça do fêmur (interno): ✓ O ligamento isquiofemoral é mais fraco dos três ligamentos externos, enquanto o ligamento iliofemoral é o mais forte, o qual atua impedindo a hiperextensão da articulação do quadril durante a postura ereta. ✓ Já o ligamento pubofemoral é responsável por impedir a abdução excessiva do quadril, sendo tensionado durante a abdução e extensão dessa articulação. ✓ O ligamento da cabeça do fêmur é basicamente uma prega sinovial que conduz um vaso sanguíneo, ou seja, é importante na nutrição sanguínea dessa região, sendo assim um ligamento fraco e com pouca importância no fortalecimento da articulação do quadril. APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 2 ➢ MÚSCULOS ANTERIOR, MEDIAIS E LATERAIS DA PELVE → ILIOPSOAS: é uma composição de dois músculos intimamente relacionados (o ilíaco e o psoas maior), cujas fibras passam sob o ligamento inguinal e se inserem no fêmur via um tendão comum. → MÚSCULO ÍLIACO: músculo lateral, plano e em forma de leque. ✓ Origina-se na fossa ilíaca, asa do sacro, insere-se no troncânter menor do fêmur via tendão do iliopsoas; e tem a ação de flexionar a coxa e tronco (como no arqueamento do tronco). → MÚSCULO PSOAS MAIOR: músculo medial, longo e espesso do par muscular. ✓ Origina-se nos processos transversos, corpos e discos das vertebras lombares e T12, insere-se no troncânter menor do fêmur via tendão do iliopsoas; e tem a mesma ação do ilíaco e também promove a flexão lateral da coluna vertebral (importante músculo postural). → MÚSCULO TENSOR DA FÁSCIA LATA: confinado entre as camadas de fáscia na face lateral da coxa, associado funcionalmente com os rotadores mediais e flexores da coxa. ✓ Origina-se anteriormente na crista ilíaca e espinha ilíaca anterossuperior, insere-se no trato iliotibial; e tem a ação de estabilizar o tronco na coxa, enrijecendo o trato iliotibial, além de flexionar, abduzir e girar medialmente a coxa. ➢ MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA → Os músculos da região glútea são organizados em camadas superficial e profunda. ❖ CAMADA SUPERFICIAL → MÚSCULO GLÚTEO MÁXIMO: Maior e mais superficial dos músculos glúteos; forma o volume da massa dos glúteos; os fascículos são espessos; um local de injeção intramuscular (região dorso glútea); sobrejacente ao grande nervo isquiático; cobre o túber isquiático apenas quando a pessoa está em pé; quando sentada, move-se superiormente, expondo o túber isquiático sob a pele. ✓ Origina-se no ílio dorsalmente, sacro e cóccix, insere-se na tuberosidade glútea do fêmur e trato iliotibial; e tem a ação de estender a perna, rodar lateralmente e abduzir a coxa. → MÚSCULO GLÚTEO MÉDIO: músculo espesso coberto em grande parte pelo glúteo máximo; local importante para injeções intramusculares (região ventro glútea); considerado mais seguro que o dorso glúteo porque há menos chance de lesionar o nervo isquiático ✓ Origina-se entre as linhas glúteas anterior e posterior na face lateral do ílio, insere-se por tendão curto lateral ao troncânter maior do fêmur; e tem a ação de abduzir e rodar medialmente a coxa. → MÚSCULO GLÚTEO MÍNIMO: menor e mais profundo dos músculos glúteos. ✓ Origina-se entre as linhas glúteas anterior e posterior na face lateral do ílio, insere-se na margem anterior do trocânter maior do fêmur; e tem a ação de abduzir e rodar medialmente a coxa. ❖ CAMADA PROFUNDA → MÚSCULO PRIFORME: músculo piramidal localizado posteriormente em relação à articulação do quadril. Inferior ao glúteo mínimo; sai da pelve via incisura isquiática maior. ✓ Origina-se na superfície anterolateral do sacro (incisura isquiática maior do lado oposto), insere-se na margem superior do trocânter maior do fêmur; e tem a ação de rodar lateralmente a coxa estendida e estabilizar a articulação do quadril. → MÚSCULO OBTURADOR EXTERNO: músculo triangular plano e profundo na superfície medial superior da coxa. ✓ Origina-se na superfície externa da membrana obturatória face externa do púbis e ísquio e margens do forame obturado, insere-se por um tendão na fossa trancatérica do fêmur posteriormente; e tem a ação de rodar lateralmente a coxa estendida e estabilizar a articulação do quadril. → MÚSCULO OBTURADOR INTERNO: circunda o forame obturado no interior da pelve; sai da pelve via incisura isquiatica menor e faz uma curva aguda para se inserir no fêmur. ✓ Origina-se na superfície interna da membrana obturatória, incisura isquiática maior e margens do forame obturado, insere-se no trocânter maior à frente do piriforme; e tem a ação de rodar lateralmente a coxa estendida e estabilizar a articulação do quadril. → MÚSCULO GÊMEO SUPERIOR E INFERIOR: dois músculos pequenos com inserções e ações comuns; considerados como partes extrapelvicas do obturador interno. (os 3 juntos formam o tríceps do quadril) ✓ Origina-se na espinha isquiática (superior); túber isquiático (inferior), insere-se no trocânter maior do fêmur; e tem a ação de rodar lateralmente a coxa estendida e estabilizar a articulação do quadril. APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 3 → MÚSCULO QUADRADO FEMORAL: músculo curto e espesso; o mais inferior dos músculos rotadores laterais; estende-se lateralmente a partir da pelve. ✓ Origina-se no túber isquiático, insere-se na crista intertrocantérica do fêmur; e tem a ação de rodar lateralmente a coxa estendida e estabilizar a articulação do quadril. ❖ COXA → As coxas são compostas basicamente pelo fêmur e pelos músculos anteriores, posteriores e mediais das coxas. Além disso, essa região também compreende uma parte da articulação do joelho e consequentemente a patela, osso que protege essa articulação. → FÊMUR: cabeça, colo, troncanteres,côndilos e epicôndilos e ângulo de inclinação → PATELA: ápice, base, face articular, face anterior, tendão do quadríceps e ligamento da patela. ➢ ARTICULAÇÕES DO JOELHO → A articulação do joelho é a maior e mais superficial articulação do corpo, classificada como sinovial do tipo cilíndrica. Esta articulação é relativamente fraca mecanicamente, devido à incongruência de suas faces articulares. A posição ereta e estendida é a mais estável da articulação, pois as faces articulares ficam em maior contato. → O músculo mais importante na estabilidade do joelho é o quadríceps femoral. → A articulação do joelho formada por três articulações: ✓ Duas femorotibiais (lateral e medial): entre os côndilos laterais e mediais do fêmur e da tíbia. ✓ Uma femoropatelar: entre o fêmur e a tíbia. → A cápsula articular do joelho é fortalecida por: ✓ Ligamentos extracapsulares: que são o ligamento da patela, ligamentos colaterais fibular e tibial, ligamento oblíquo e liga- mento poplíteo arqueado. ▪ O ligamento da patela é importante para o alinhamento da patela com a face articular patelar do fêmur. O posicionamento oblíquo do fêmur e a linha da tração do quadríceps femoral em relação ao eixo do tendão patelar e da tíbia favorece o DESLOCAMENTO LATERAL DA PATELA. ▪ Os ligamentos colaterais são tensionados na extensão completa do joelho, contribuindo para a estabilidade na posição de pé. Durante a flexão, eles se tornam cada vez mais frouxos, permitindo e limitando a rotação do joelho, ou seja, funcionam como ligamento de contenção. ✓ Ligamentos intracapsulares: que são os ligamentos cruzados e meniscos, que ficam entre as faces articulares. ▪ Os ligamentos cruzados cruzam-se dentro da cápsula articular, fora da cavidade sinovial. Esses ligamentos evitam rotação extrema do joelho, jogadores de futebol tendem a lesar o ligamento cruzado anterior. ✓ O ligamento cruzado anterior limita a rolagem POSTERIOR do fêmur sobre o platô tibial durante a flexão, convertendo este movimento em rotação. Além disso, impede o deslocamento posterior do fêmur sobre a tíbia e a hiperextensão da articulação do joelho. ✓ O ligamento cruzado posterior é o mais forte dos dois, limita a rolagem ANTERIOR do fêmur sobre o platô tibial durante a extensão, também convertendo em rotação, além de impedir o rolamento anterior do fêmur sobre a tíbia e evitar a hiperextensão do joelho. Com o joelho fletido com sustentação de peso, esse ligamento é o principal estabilizador do fêmur. ▪ A ruptura do ligamento cruzado anterior pode causar deslizamento anterior da tíbia livre sob o fêmur fixado, conhecido como sinal da gaveta anterior, enquanto as rupturas do ligamento cruzado posterior permitem que a tíbia deslize posteriormente sob o fêmur fixado, conhecido como sinal da gaveta posterior. ✓ Os meniscos, por sua vez, são lâminas de fibrocartilagem no formato de meia-lua, sendo importantes na absorção de choques. O menisco medial é menos móvel sobre o platô tibial do que o menisco lateral, que é menor. APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 4 ➢ MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO ANTERIOR DA COXA → MÚSCULO SARTÓRIO: músculo superficial em forma de fira que segue obliquamente pela superfície anterior da coxa até o joelho. Músculo mais longo do corpo, cruza as articulações do quadril e do joelho. ✓ Origina-se na espinha ilíaca anterossuperior, insere-se proximal e medialmente na tíbia; e tem a ação flexionar, abduzir e girar lateralmente a coxa; flexiona a perna (fraco) como em um chute no futebol e ajuda a produzir a posição de pernas cruzadas (posição de lótus). → MÚSCULO RETO FEMORAL: músculo superficial do compartimento anterior da coxa, onde se posiciona em linha reta. É a cabeça mais longa e única do grupo do quadríceps a cruzar a articulação do quadril. É extremamente e forte, mas pouco resistente! ✓ Origina-se na espinha ilíaca anteroinferior e margem superior do acetábulo, insere-se na patela e tuberosidade da tíbia via ligamento patelar; e tem a ação de estender a perna e flexionar a coxa. → MÚSCULO VASTO LATERAL: maior cabeça do grupo quadríceps femoral, forma a face lateral da coxa. Um local comum de injeção intramuscular. ✓ Origina-se no trocânter maior, linha intertrocantérica, linha áspera, insere-se na tuberosidade da tíbia via ligamento patelar; e tem a ação de estender a perna e estabilizar o joelho. → MÚSCULO VASTO MEDIAL: forma a face inferomedial da coxa. Quadríceps* ✓ Origina-se na linha áspera, supracondilar medial, insere- se na tuberosidade da tíbia via ligamento patelar; e tema ação de estender a perna, as fibras inferiores estabilizam a perna. → MÚSCULO VASTO INTERMÉDIO: fica embaixo do reto femoral: situado entre o vasto lateral e o vasto medial da coxa, anteriormente. Quadríceps* ✓ Origina-se na parte proximal da diáfise femoral, insere- se na tuberosidade da tíbia via ligamento patelar; e tem a ação de estender a perna. APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 5 ➢ MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO MEDIAL DA COXA → MÚSCULO PECTÍNEO: músculo curto e plano. ✓ Origina-se na linha pectínea do púbis (e ramo superior), insere-se no trocânter menor até a linha áspera na face posterior do fêmur; e tem a ação de aduzir, flexionar e girar medialmente a coxa. → MÚSCULO GRÁCIL: músculo longo, fino e superficial da coxa medialmente. ✓ Origina-se no ramo inferior e corpo do púbis e ramo isquiático adjacente, insere-se na face medial da tíbia, imediatamente inferior ao seu côndilo medial; e tem a ação de aduzir, flexionar e girar medialmente a perna, especialmente durante a marcha. → MÚSCULO ADUTOR LONGO: sobrejacente ao adutor magno, mais anterior dos músculos adutores. ✓ Origina-se no púbis, próximo à sínfise púbica, insere-se na linha áspera; e tem a ação de aduzir, flexionar e girar medialmente a coxa. → MÚSCULO ADUTOR CURTO: em contato com o músculo obturador externo; sobreposto pelo adutor longo e pelo pectíneo. ✓ Origina-se corpo e ramo inferior do púbis, insere-se na linha áspera do fêmur acima do adutor longo; e tem a ação de aduzir e girar medialmente a coxa. → MÚSCULO ADUTOR MAGNO: um músculo triangular com uma inserção ampla; é um músculo composto, com uma ação parcialmente de adutor e parcialmente de extensor. ✓ Origina-se nos ramos do ísquio e do púbis e túber isquiático, insere-se na linha áspera do fêmur, linha supracondilar medial e tubérculo do adutor no fêmur; e tem a ação de: a parte anterior aduz, roda medialmente e flexiona a coxa; a parte posterior é sinergista dos músculos do compartimento posterior na extensão da coxa. ➢ MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO POSTERIOR DA COXA → MÚSCULO BÍCEPS FEMORAL: músculo mais lateral do grupo; origem a partir de duas cabeças. ✓ Origina-se no túber isquiático (cabeça longa); linha áspera, linha supracondilar lateral e diáfise do fêmur proximalmente (cabeça curta), insere-se no tendão comum de trajeto inferior e lateral (formando a margem lateral da fossa poplítea), inserindo-se na cabeça da fíbula e no côndilo lateral da tíbia; e tem a ação de estender a coxa e flexionar a perna; rodar lateralmente a perna quando o joelho estiver semiflexionado. → MÚSCULO SEMITENDÍNEO: situado medialmente em relação ao bíceps femoral; seu tendão longo e delgado começa aproximadamente a dois terços do caminho da coxa. ✓ Origina-se no túber isquiático, insere-se na face medial da diáfise da tíbia superiormente; e tem a ação de estender a coxa e flexionar a perna; e rodar medialmente a perna. → MÚSCULO SEMIMEMBRANÁCEO: mais profundo que o semitendíneo. ✓ Origina-se no túber isquiático, insere-se no côndilo medial da tíbia através do ligamento poplíteo oblíquo do joelho até o côndilo lateral do fêmur; e tem a ação de estendera coxa e flexionar a perna; e rodar medialmente a perna. ❖ PERNA → Os ossos que formam a perna são a tíbia e a fíbula. ✓ TÍBIA: é o principal osso que suporta peso na parte inferior da perna. É o segundo maior osso do corpo e serve de local para fixação distal do ligamento da patela, que se insere na tuberosidade da tíbia. ✓ A porção proximal do osso, o platô tibial, forma a superfície inferior da articulação do joelho. Este platô é formado por duas faces articulares, uma medial (côncava) e uma lateral (convexa), as quais se articulam com os côndilos do fêmur. APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 6 ✓ Separando o côndilo medial do lateral está a eminência intercondilar, uma importante proeminência óssea que ancora a inserção do ligamento cruzado anterior. ✓ A diáfise tibial preenche a distância até a tíbia distal, que contribui com a superfície articular superior da articulação do tornozelo na articulação tibiotalar, bem como com o maléolo medial. ✓ Outro marco ósseo importante é a tuberosidade tibial, que fica vários centímetros abaixo da linha articular e do polo patelar inferior, e serve como local de fixação para o tendão patelar. ✓ Uma forte estrutura fibrosa, a membrana interóssea, conecta a tíbia e a fíbula ao longo do comprimento dos dois ossos. Proximalmente, essa estrutura é reforçada por fortes ligamentos anterior e posterior e forma uma articulação sinovial conhecida como ARTICULAÇÃO TIBIOFIBULAR PROXIMAL. Distalmente, a membrana interóssea e três ligamentos, os ligamentos tibiofibular anterior, posterior e transverso, estabilizam a articulação superior do tornozelo. ✓ FÍBULA: sua principal função é de fixação muscular. Ela é fixada pela sindesmose tibiofibular na tíbia, cujas fibras são organizadas para resistir à tração descendente final da fíbula. ✓ A sindesmose tibiofibular inclui a membrana interóssea. ✓ A fíbula possui cabeça na sua parte proximal, a qual possui um ápice. Há ainda o colo e o corpo. ✓ A extremidade distal é composta pelo maléolo lateral, que compõe a articulação talocrural. ➢ MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO ANTERIOR DA PERNA → MÚSCULO TIBIAL ANTERIOR: músculo superficial da perna anteriormente; segue em paralelo com a margem anterior da tíbia. ✓ Origina-se no côndilo lateral da tíbia e dois terços superiores da diáfise da tíbia; membrana interóssea, insere-se por tendão na superfície inferior do osso cuneiforme medial e do primeiro metatársico; e tem a ação agonista na flexão dorsal; inverte o pé; ajuda a sustentar a parte medial do arco longitudinal do pé. → MÚSCULO EXTENSOR LONGO DOS DEDOS: músculo unipeniforme na superfície anterolateral da perna; lateral ao músculo tibial anterior. ✓ Origina-se no côndilo lateral da tíbia; três quartos proximais da fíbula; membrana interóssea, insere-se nas falanges média e distal dos dedos 2º-5º via expansão extensora; e tem a ação agonista na extensão dos dedos do pé, age principalmente nas articulações metatarsofalângicas; flexão dorsal do pé. APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 7 → MÚSCULO FIBULAR TERCEIRO: músculo pequeno geralmente contínuo à parte distal do extensor longo dos dedos, e em algumas pessoas não está presente. ✓ Origina-se na face anterior distal da fíbula e membrana interóssea, insere-se com o tendão na base do 5º metatarso; e tem a ação de flexão dorsal e eversão do pé. → MÚSCULO EXTENSOR DO HÁLUX: profundo ao extensor longo dos dedos e ao tibial anterior, origem estreita. ✓ Origina-se anteriormente na diáfise da fíbula e membrana interóssea, insere-se na falange distal do hálux; e tem a ação de estender o hálux e flexão dorsal do pé. ➢ MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO LATERAL DA PERNA → MÚSCULO FIBULAR LONGO: músculo lateral superficial; sobrejacente à fíbula. ✓ Origina-se na cabeça e face superior e lateral da diáfise da fíbula lateralmente, insere-se pelo tendão longo que se curva sob o pé até o 1º metatarsal e o osso cuneiforme medial; e tem a ação de flexão plantar e eversão do pé. → MÚSCULO FIBULAR CURTO: o menor músculo; profundo ao fibular longo; confinado em uma bainha comum. ✓ Origina-se distalmente, na diáfise da fíbula, insere-se pelo tendão que passa posteriormente ao maléolo lateral, na extremidade proximal do 5º metatarso; e tem a ação de flexão plantar e eversão do pé. ➢ MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO POSTERIOR DA PERNA ❖ CAMADA SUPERFICIAL: → MÚSCULO GASTROCNÊMIOS: par de músculos superficiais; dois ventres proeminentes que formam a saliência curva proximal à panturrilha. ✓ Origina-se por duas cabeças a partir dos côndilos medial e lateral do fêmur, insere-se posteriormente no calcâneo através do tendão calcâneo (tendão de Aquiles); e tem a ação de flexão do pé, quando a perna é estendida; já que também cruzam a articulação do joelho, eles podem flexionar a perna quando o pé é flexionado dorsalmente. → MÚSCULO SÓLEO: músculo da panturrilha amplo e plano, profundo aos gastrocnêmios. ✓ Ampla origem cônica na tíbia posteriormente, fíbula e membrana interóssea, insere-se posteriormente no calcâneo através do tendão calcâneo (tendão de Aquiles); e tem a ação de flexão plantar do pé; importante músculo locomotor e postural durante a marcha, corrida e dança. → MÚSCULO PLANTAR: geralmente um músculo pequeno e fraco, mas com tamanho e alcance variáveis. Pode estar ausente em algumas pessoas. ✓ Origina-se no fêmur posteriormente, acima do côndilo medial, insere-se por um tendão fino e longo no calcâneo ou no tendão calcâneo; e tem a ação de ajudar na flexão da perna e na flexão plantar do pé. APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 8 ➢ MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO POSTERIOR DA PERNA ❖ CAMADA PROFUNDA: → MÚSCULO POPLÍTEO: Músculo fino e triangular posteriormente no joelho; dirige-se inferior e medialmente para a face posterior da tíbia. ✓ Origina-se no côndilo lateral do fêmur e menisco lateral do joelho, insere-se na parte proximal da tíbia; e tem a ação de flexionar e rodar a perna medialmente para desbloquear o joelho em extensão total quando a flexão começa; com a tíbia fixa, gira lateralmente a coxa. → MÚSCULO FLEXOR LONGO DOS DEDOS: Músculo longo e estreito dirige-se medialmente e parcialmente sobre o tibial posterior. ✓ Origina-se na face posterior da tíbia, insere-se no tendão que passa posteriormente ao maléolo medial e se divide, inserindo-se nas falanges distais dos dedos 2-5; e tem a ação de flexão plantar e inversão do pé, flexiona os dedos e ajua a “prender” o pé no solo. → MÚSCULO FLEXOR LONGO DO HÁLUX: Músculo bipeniforme, situado lateralmente ao tibial posterior. ✓ Origina-se na parte média da diáfise da fíbula e membrana interóssea, insere-se no tendão que percorre a planta do pé até a falange distal do hálux; e tem a ação de flexão plantar e inversão do pé, flexiona o hálux em todas as articulações, músculo de “partida” durante a marcha. → MÚSCULO TIBIAL POSTERIOR: Músculo espesso e plano profundamente ao sóleo, situado entre os flexores posteriores. ✓ Origina-se superior e posteriormente na tíbia, fíbula e membrana interóssea, insere-se no tendão que passa posteriormente ao maléolo medial e em vários ossos tarsais; e tem a ação de agonista principal na inversão do pé; flexão plantar do pé; estabiliza a parte medial do arco longitudinal medial do pé. ❖ PÉ → O pé possui 7 ossos tarsais, 5 metatarsais e 14 falanges. → O tarso é formado pelos ossos tálus, calcâneo, cuboide, navicular e três cuneiformes, dos quais apenas o tálus articula-se com os ossos da perna. Além disso, o tálus é o único osso tarsal que não tem fixações musculares ou tendíneas e maior parte de sua superfície é coberta por cartilagemarticular. APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 9 → Entre as articulações intertarsais, que ligam os ossos tarsais entre si, as mais importantes são articulação talocalcânea e a articulação transversa do tarso. → Os principais movimentos dessas articulações são inversão e eversão do pé. As outras articulações intertarsais e as articulações tarsometatarsais e intermetatarsais são relati- vamente pequenas e firmemente unidas por ligamentos, havendo apenas pequenos movimentos entre elas. → A articulação talocalcânea anatomicamente fica entre a face articular calcânea posterior do tálus, sustentada pelos ligamentos talocalcâneos medial, lateral, posterior e interósseo. → A articulação transversa do tarso é composta por duas articulações separadas alinhadas transversalmente: a parte talonavicular da articulação talocalcaneonavicular e articulação calcaneocubóidea, as quais são reforçadas pelos ligamentos calcaneonavicular plantar, calcaneocubóideo plantar e plantar longo. ✓ O ligamento calcaneonavicular plantar sustenta a cabeça do tálus e tem papel importante na transferência de peso do tálus e na manutenção do arco longitudinal do pé. ✓ O ligamento plantar longo também é importante para manter o arco longitudinal do pé, bem como o ligamento calcaneocubóideo plantar. → Os músculos intrínsecos estão organizados em quatro camadas na planta do pé. Eles complementam as ações dos longos tendões flexores dos músculos que se estendem da perna até o pé. REFERÊNCIAS: • MOORE, L. Keith, et al. Anatomia orientada para Clínica. 7ªed. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2014. • NETTER F. H. Atlas De Anatomia Humana - 7ª Ed. 2019. • ELAINE N. MARIEB, Patricia Brady Wilhelm e Jon Mallatt. Anatomia humana, 7ª ed. Pearson, 2014
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