Buscar

APG 14 - O PASSO FALSO DO FENÔMENO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 1 
APG 13 – O passo falso do Fenômeno 
1) ENTENDER A ANATOMOFISIOLOGIA DO MEMBRO INFERIOR 
(OSSOS, ARTICULAÇÕES E MÚSCULOS) 
❖ CINTURA PÉLVICA OU CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR 
→ Os ossos do quadril direito e esquerdo em conjunto com o 
sacro, que faz parte da coluna vertebral, formam a cintura 
pélvica (pelve), também chamada de CÍNGULO DO MEMBRO 
INFERIOR. 
→ O quadril é formado por três ossos primários unidos por 
articulações, que são o ísquio, o ílio e o púbis. 
 
➢ ARTICULAÇÕES DO QUADRIL 
→ Além das articulações que unem os ossos primários do quadril, 
a qual o torna um osso único, ou seja, não há movimento entre 
suas partes, o quadril possui as seguintes articulações: 
sacroilíacas, coxofemoral (articulação do quadril) e a sínfise 
púbica. 
→ A ARTICULAÇÃO SACROILÍACA é uma articulação sinovial 
especial por possuir mobilidade limitada, consequência de seu 
papel na transmissão do peso da maior parte do corpo para 
os ossos do quadril, principalmente através dos ligamentos 
sacroilíacos interrósseos. 
→ Muitas vezes o movimento da articulação sacroilíaca é limitado 
a leves movimentos de deslizamento e rotação pelo 
entrelaçamento dos ossos que se articulam e os ligamentos 
sacroilíacos. Além dos ligamentos sacroilíacos interrósseos, 
esta articulação é composta pelos ligamentos sacroilíacos 
anteriores e posteriores. 
→ A SÍNFISE PÚBICA é o disco interpúbico fibrocartilagíneo, que 
une anteriormente os ossos do quadril, sendo geralmente mais 
largo em mulheres. Anteriormente, essa articulação é 
reforçada pelos músculos reto e oblíquo externo do abdome. 
→ A ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL, também chamada de 
articulação do quadril, é SINOVIAL DO TIPO ESFEROIDE e fica 
entre a cabeça do fêmur e o acetábulo. 
→ Depois da articulação do ombro (glenoumeral), é a mais móvel 
do corpo, realizando papel semelhante à glenoumeral. 
→ A coxofemoral é composta por quatro ligamentos: iliofemoral, 
pubofemoral, isquiofemoral (externos) e o ligamento da 
cabeça do fêmur (interno): 
✓ O ligamento isquiofemoral é mais fraco dos três 
ligamentos externos, enquanto o ligamento iliofemoral é o 
mais forte, o qual atua impedindo a hiperextensão da 
articulação do quadril durante a postura ereta. 
✓ Já o ligamento pubofemoral é responsável por impedir a 
abdução excessiva do quadril, sendo tensionado durante 
a abdução e extensão dessa articulação. 
✓ O ligamento da cabeça do fêmur é basicamente uma 
prega sinovial que conduz um vaso sanguíneo, ou seja, é 
importante na nutrição sanguínea dessa região, sendo 
assim um ligamento fraco e com pouca importância no 
fortalecimento da articulação do quadril. 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 2 
➢ MÚSCULOS ANTERIOR, MEDIAIS E LATERAIS DA PELVE 
→ ILIOPSOAS: é uma composição de dois músculos intimamente 
relacionados (o ilíaco e o psoas maior), cujas fibras passam 
sob o ligamento inguinal e se inserem no fêmur via um tendão 
comum. 
→ MÚSCULO ÍLIACO: músculo lateral, plano e em forma de leque. 
✓ Origina-se na fossa ilíaca, asa do sacro, insere-se no 
troncânter menor do fêmur via tendão do iliopsoas; e 
tem a ação de flexionar a coxa e tronco (como no 
arqueamento do tronco). 
→ MÚSCULO PSOAS MAIOR: músculo medial, longo e espesso do 
par muscular. 
✓ Origina-se nos processos transversos, corpos e discos 
das vertebras lombares e T12, insere-se no troncânter 
menor do fêmur via tendão do iliopsoas; e tem a mesma 
ação do ilíaco e também promove a flexão lateral da 
coluna vertebral (importante músculo postural). 
→ MÚSCULO TENSOR DA FÁSCIA LATA: confinado entre as 
camadas de fáscia na face lateral da coxa, associado 
funcionalmente com os rotadores mediais e flexores da coxa. 
✓ Origina-se anteriormente na crista ilíaca e espinha ilíaca 
anterossuperior, insere-se no trato iliotibial; e tem a ação 
de estabilizar o tronco na coxa, enrijecendo o trato 
iliotibial, além de flexionar, abduzir e girar medialmente a 
coxa. 
➢ MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA 
→ Os músculos da região glútea são organizados em camadas 
superficial e profunda. 
❖ CAMADA SUPERFICIAL 
→ MÚSCULO GLÚTEO MÁXIMO: Maior e mais superficial dos 
músculos glúteos; forma o volume da massa dos glúteos; os 
fascículos são espessos; um local de injeção intramuscular 
(região dorso glútea); sobrejacente ao grande nervo isquiático; 
cobre o túber isquiático apenas quando a pessoa está em pé; 
quando sentada, move-se superiormente, expondo o túber 
isquiático sob a pele. 
✓ Origina-se no ílio dorsalmente, sacro e cóccix, insere-se 
na tuberosidade glútea do fêmur e trato iliotibial; e tem 
a ação de estender a perna, rodar lateralmente e 
abduzir a coxa. 
→ MÚSCULO GLÚTEO MÉDIO: músculo espesso coberto em 
grande parte pelo glúteo máximo; local importante para 
injeções intramusculares (região ventro glútea); considerado 
mais seguro que o dorso glúteo porque há menos chance de 
lesionar o nervo isquiático 
✓ Origina-se entre as linhas glúteas anterior e posterior na 
face lateral do ílio, insere-se por tendão curto lateral ao 
troncânter maior do fêmur; e tem a ação de abduzir e 
rodar medialmente a coxa. 
→ MÚSCULO GLÚTEO MÍNIMO: menor e mais profundo dos 
músculos glúteos. 
✓ Origina-se entre as linhas glúteas anterior e posterior na 
face lateral do ílio, insere-se na margem anterior do 
trocânter maior do fêmur; e tem a ação de abduzir e 
rodar medialmente a coxa. 
❖ CAMADA PROFUNDA 
→ MÚSCULO PRIFORME: músculo piramidal localizado 
posteriormente em relação à articulação do quadril. Inferior 
ao glúteo mínimo; sai da pelve via incisura isquiática maior. 
✓ Origina-se na superfície anterolateral do sacro (incisura 
isquiática maior do lado oposto), insere-se na margem 
superior do trocânter maior do fêmur; e tem a ação de 
rodar lateralmente a coxa estendida e estabilizar a 
articulação do quadril. 
→ MÚSCULO OBTURADOR EXTERNO: músculo triangular plano e 
profundo na superfície medial superior da coxa. 
✓ Origina-se na superfície externa da membrana 
obturatória face externa do púbis e ísquio e margens do 
forame obturado, insere-se por um tendão na fossa 
trancatérica do fêmur posteriormente; e tem a ação de 
rodar lateralmente a coxa estendida e estabilizar a 
articulação do quadril. 
→ MÚSCULO OBTURADOR INTERNO: circunda o forame 
obturado no interior da pelve; sai da pelve via incisura 
isquiatica menor e faz uma curva aguda para se inserir no 
fêmur. 
✓ Origina-se na superfície interna da membrana 
obturatória, incisura isquiática maior e margens do 
forame obturado, insere-se no trocânter maior à frente 
do piriforme; e tem a ação de rodar lateralmente a coxa 
estendida e estabilizar a articulação do quadril. 
→ MÚSCULO GÊMEO SUPERIOR E INFERIOR: dois músculos 
pequenos com inserções e ações comuns; considerados como 
partes extrapelvicas do obturador interno. (os 3 juntos 
formam o tríceps do quadril) 
✓ Origina-se na espinha isquiática (superior); túber 
isquiático (inferior), insere-se no trocânter maior do 
fêmur; e tem a ação de rodar lateralmente a coxa 
estendida e estabilizar a articulação do quadril. 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 3 
→ MÚSCULO QUADRADO FEMORAL: músculo curto e espesso; o 
mais inferior dos músculos rotadores laterais; estende-se 
lateralmente a partir da pelve. 
✓ Origina-se no túber isquiático, insere-se na crista 
intertrocantérica do fêmur; e tem a ação de rodar 
lateralmente a coxa estendida e estabilizar a articulação 
do quadril. 
❖ COXA 
→ As coxas são compostas basicamente pelo fêmur e pelos 
músculos anteriores, posteriores e mediais das coxas. Além 
disso, essa região também compreende uma parte da 
articulação do joelho e consequentemente a patela, osso que 
protege essa articulação. 
→ FÊMUR: cabeça, colo, troncanteres,côndilos e epicôndilos e 
ângulo de inclinação 
→ PATELA: ápice, base, face articular, face anterior, tendão do 
quadríceps e ligamento da patela. 
 
➢ ARTICULAÇÕES DO JOELHO 
→ A articulação do joelho é a maior e mais superficial articulação 
do corpo, classificada como sinovial do tipo cilíndrica. Esta 
articulação é relativamente fraca mecanicamente, devido à 
incongruência de suas faces articulares. A posição ereta e 
estendida é a mais estável da articulação, pois as faces 
articulares ficam em maior contato. 
→ O músculo mais importante na estabilidade do joelho é o 
quadríceps femoral. 
→ A articulação do joelho formada por três articulações: 
✓ Duas femorotibiais (lateral e medial): entre os côndilos 
laterais e mediais do fêmur e da tíbia. 
✓ Uma femoropatelar: entre o fêmur e a tíbia. 
→ A cápsula articular do joelho é fortalecida por: 
✓ Ligamentos extracapsulares: que são o ligamento da patela, 
ligamentos colaterais fibular e tibial, ligamento oblíquo e liga-
mento poplíteo arqueado. 
▪ O ligamento da patela é importante para o alinhamento 
da patela com a face articular patelar do fêmur. O 
posicionamento oblíquo do fêmur e a linha da tração do 
quadríceps femoral em relação ao eixo do tendão patelar 
e da tíbia favorece o DESLOCAMENTO LATERAL DA 
PATELA. 
▪ Os ligamentos colaterais são tensionados na extensão 
completa do joelho, contribuindo para a estabilidade na 
posição de pé. Durante a flexão, eles se tornam cada vez 
mais frouxos, permitindo e limitando a rotação do joelho, 
ou seja, funcionam como ligamento de contenção. 
✓ Ligamentos intracapsulares: que são os ligamentos cruzados 
e meniscos, que ficam entre as faces articulares. 
▪ Os ligamentos cruzados cruzam-se dentro da cápsula 
articular, fora da cavidade sinovial. Esses ligamentos 
evitam rotação extrema do joelho, jogadores de futebol 
tendem a lesar o ligamento cruzado anterior. 
✓ O ligamento cruzado anterior limita a rolagem POSTERIOR 
do fêmur sobre o platô tibial durante a flexão, 
convertendo este movimento em rotação. Além disso, 
impede o deslocamento posterior do fêmur sobre a tíbia 
e a hiperextensão da articulação do joelho. 
✓ O ligamento cruzado posterior é o mais forte dos dois, 
limita a rolagem ANTERIOR do fêmur sobre o platô tibial 
durante a extensão, também convertendo em rotação, 
além de impedir o rolamento anterior do fêmur sobre a 
tíbia e evitar a hiperextensão do joelho. Com o joelho 
fletido com sustentação de peso, esse ligamento é o 
principal estabilizador do fêmur. 
▪ A ruptura do ligamento cruzado anterior pode causar 
deslizamento anterior da tíbia livre sob o fêmur fixado, 
conhecido como sinal da gaveta anterior, enquanto as 
rupturas do ligamento cruzado posterior permitem que 
a tíbia deslize posteriormente sob o fêmur fixado, 
conhecido como sinal da gaveta posterior. 
✓ Os meniscos, por sua vez, são lâminas de fibrocartilagem 
no formato de meia-lua, sendo importantes na absorção 
de choques. O menisco medial é menos móvel sobre o 
platô tibial do que o menisco lateral, que é menor. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 4 
 
➢ MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO ANTERIOR DA COXA 
→ MÚSCULO SARTÓRIO: músculo superficial em forma de fira 
que segue obliquamente pela superfície anterior da coxa até 
o joelho. Músculo mais longo do corpo, cruza as articulações 
do quadril e do joelho. 
✓ Origina-se na espinha ilíaca anterossuperior, insere-se 
proximal e medialmente na tíbia; e tem a ação flexionar, 
abduzir e girar lateralmente a coxa; flexiona a perna 
(fraco) como em um chute no futebol e ajuda a produzir 
a posição de pernas cruzadas (posição de lótus). 
→ MÚSCULO RETO FEMORAL: músculo superficial do 
compartimento anterior da coxa, onde se posiciona em linha 
reta. É a cabeça mais longa e única do grupo do quadríceps a 
cruzar a articulação do quadril. É extremamente e forte, mas 
pouco resistente! 
✓ Origina-se na espinha ilíaca anteroinferior e margem 
superior do acetábulo, insere-se na patela e 
tuberosidade da tíbia via ligamento patelar; e tem a ação 
de estender a perna e flexionar a coxa. 
→ MÚSCULO VASTO LATERAL: maior cabeça do grupo 
quadríceps femoral, forma a face lateral da coxa. Um local 
comum de injeção intramuscular. 
✓ Origina-se no trocânter maior, linha intertrocantérica, 
linha áspera, insere-se na tuberosidade da tíbia via 
ligamento patelar; e tem a ação de estender a perna e 
estabilizar o joelho. 
→ MÚSCULO VASTO MEDIAL: forma a face inferomedial da coxa. 
Quadríceps* 
✓ Origina-se na linha áspera, supracondilar medial, insere-
se na tuberosidade da tíbia via ligamento patelar; e tema 
ação de estender a perna, as fibras inferiores 
estabilizam a perna. 
→ MÚSCULO VASTO INTERMÉDIO: fica embaixo do reto femoral: 
situado entre o vasto lateral e o vasto medial da coxa, 
anteriormente. Quadríceps* 
✓ Origina-se na parte proximal da diáfise femoral, insere-
se na tuberosidade da tíbia via ligamento patelar; e tem 
a ação de estender a perna. 
 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 5 
➢ MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO MEDIAL DA COXA 
→ MÚSCULO PECTÍNEO: músculo curto e plano. 
✓ Origina-se na linha pectínea do púbis (e ramo superior), 
insere-se no trocânter menor até a linha áspera na face 
posterior do fêmur; e tem a ação de aduzir, flexionar e 
girar medialmente a coxa. 
→ MÚSCULO GRÁCIL: músculo longo, fino e superficial da coxa 
medialmente. 
✓ Origina-se no ramo inferior e corpo do púbis e ramo 
isquiático adjacente, insere-se na face medial da tíbia, 
imediatamente inferior ao seu côndilo medial; e tem a 
ação de aduzir, flexionar e girar medialmente a perna, 
especialmente durante a marcha. 
→ MÚSCULO ADUTOR LONGO: sobrejacente ao adutor magno, 
mais anterior dos músculos adutores. 
✓ Origina-se no púbis, próximo à sínfise púbica, insere-se 
na linha áspera; e tem a ação de aduzir, flexionar e girar 
medialmente a coxa. 
→ MÚSCULO ADUTOR CURTO: em contato com o músculo 
obturador externo; sobreposto pelo adutor longo e pelo 
pectíneo. 
✓ Origina-se corpo e ramo inferior do púbis, insere-se na 
linha áspera do fêmur acima do adutor longo; e tem a 
ação de aduzir e girar medialmente a coxa. 
→ MÚSCULO ADUTOR MAGNO: um músculo triangular com uma 
inserção ampla; é um músculo composto, com uma ação 
parcialmente de adutor e parcialmente de extensor. 
✓ Origina-se nos ramos do ísquio e do púbis e túber 
isquiático, insere-se na linha áspera do fêmur, linha 
supracondilar medial e tubérculo do adutor no fêmur; e 
tem a ação de: a parte anterior aduz, roda medialmente 
e flexiona a coxa; a parte posterior é sinergista dos 
músculos do compartimento posterior na extensão da 
coxa. 
➢ MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO POSTERIOR DA COXA 
→ MÚSCULO BÍCEPS FEMORAL: músculo mais lateral do grupo; 
origem a partir de duas cabeças. 
✓ Origina-se no túber isquiático (cabeça longa); linha áspera, 
linha supracondilar lateral e diáfise do fêmur 
proximalmente (cabeça curta), insere-se no tendão 
comum de trajeto inferior e lateral (formando a margem 
lateral da fossa poplítea), inserindo-se na cabeça da 
fíbula e no côndilo lateral da tíbia; e tem a ação de 
estender a coxa e flexionar a perna; rodar lateralmente 
a perna quando o joelho estiver semiflexionado. 
→ MÚSCULO SEMITENDÍNEO: situado medialmente em relação ao 
bíceps femoral; seu tendão longo e delgado começa 
aproximadamente a dois terços do caminho da coxa. 
✓ Origina-se no túber isquiático, insere-se na face medial 
da diáfise da tíbia superiormente; e tem a ação de 
estender a coxa e flexionar a perna; e rodar 
medialmente a perna. 
→ MÚSCULO SEMIMEMBRANÁCEO: mais profundo que o 
semitendíneo. 
✓ Origina-se no túber isquiático, insere-se no côndilo medial 
da tíbia através do ligamento poplíteo oblíquo do joelho 
até o côndilo lateral do fêmur; e tem a ação de estendera coxa e flexionar a perna; e rodar medialmente a perna. 
 
❖ PERNA 
→ Os ossos que formam a perna são a tíbia e a fíbula. 
✓ TÍBIA: é o principal osso que suporta peso na parte inferior 
da perna. É o segundo maior osso do corpo e serve de local 
para fixação distal do ligamento da patela, que se insere na 
tuberosidade da tíbia. 
✓ A porção proximal do osso, o platô tibial, forma a superfície 
inferior da articulação do joelho. Este platô é formado por 
duas faces articulares, uma medial (côncava) e uma lateral 
(convexa), as quais se articulam com os côndilos do fêmur. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 6 
✓ Separando o côndilo medial do lateral está a eminência 
intercondilar, uma importante proeminência óssea que ancora 
a inserção do ligamento cruzado anterior. 
✓ A diáfise tibial preenche a distância até a tíbia distal, que 
contribui com a superfície articular superior da articulação do 
tornozelo na articulação tibiotalar, bem como com o maléolo 
medial. 
✓ Outro marco ósseo importante é a tuberosidade tibial, que 
fica vários centímetros abaixo da linha articular e do polo 
patelar inferior, e serve como local de fixação para o tendão 
patelar. 
✓ Uma forte estrutura fibrosa, a membrana interóssea, 
conecta a tíbia e a fíbula ao longo do comprimento dos dois 
ossos. Proximalmente, essa estrutura é reforçada por fortes 
ligamentos anterior e posterior e forma uma articulação 
sinovial conhecida como ARTICULAÇÃO TIBIOFIBULAR 
PROXIMAL. Distalmente, a membrana interóssea e três 
ligamentos, os ligamentos tibiofibular anterior, posterior e 
transverso, estabilizam a articulação superior do tornozelo. 
✓ FÍBULA: sua principal função é de fixação muscular. Ela é 
fixada pela sindesmose tibiofibular na tíbia, cujas fibras são 
organizadas para resistir à tração descendente final da fíbula. 
✓ A sindesmose tibiofibular inclui a membrana interóssea. 
 
✓ A fíbula possui cabeça na sua parte proximal, a qual possui 
um ápice. Há ainda o colo e o corpo. 
✓ A extremidade distal é composta pelo maléolo lateral, que 
compõe a articulação talocrural. 
 
➢ MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO ANTERIOR DA PERNA 
→ MÚSCULO TIBIAL ANTERIOR: músculo superficial da perna 
anteriormente; segue em paralelo com a margem anterior da 
tíbia. 
✓ Origina-se no côndilo lateral da tíbia e dois terços 
superiores da diáfise da tíbia; membrana interóssea, 
insere-se por tendão na superfície inferior do osso 
cuneiforme medial e do primeiro metatársico; e tem a 
ação agonista na flexão dorsal; inverte o pé; ajuda a 
sustentar a parte medial do arco longitudinal do pé. 
→ MÚSCULO EXTENSOR LONGO DOS DEDOS: músculo 
unipeniforme na superfície anterolateral da perna; lateral ao 
músculo tibial anterior. 
✓ Origina-se no côndilo lateral da tíbia; três quartos 
proximais da fíbula; membrana interóssea, insere-se nas 
falanges média e distal dos dedos 2º-5º via expansão 
extensora; e tem a ação agonista na extensão dos dedos 
do pé, age principalmente nas articulações 
metatarsofalângicas; flexão dorsal do pé. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 7 
→ MÚSCULO FIBULAR TERCEIRO: músculo pequeno geralmente 
contínuo à parte distal do extensor longo dos dedos, e em 
algumas pessoas não está presente. 
✓ Origina-se na face anterior distal da fíbula e membrana 
interóssea, insere-se com o tendão na base do 5º 
metatarso; e tem a ação de flexão dorsal e eversão do 
pé. 
→ MÚSCULO EXTENSOR DO HÁLUX: profundo ao extensor longo 
dos dedos e ao tibial anterior, origem estreita. 
✓ Origina-se anteriormente na diáfise da fíbula e 
membrana interóssea, insere-se na falange distal do 
hálux; e tem a ação de estender o hálux e flexão dorsal 
do pé. 
 
➢ MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO LATERAL DA PERNA 
→ MÚSCULO FIBULAR LONGO: músculo lateral superficial; 
sobrejacente à fíbula. 
✓ Origina-se na cabeça e face superior e lateral da diáfise 
da fíbula lateralmente, insere-se pelo tendão longo que 
se curva sob o pé até o 1º metatarsal e o osso 
cuneiforme medial; e tem a ação de flexão plantar e 
eversão do pé. 
→ MÚSCULO FIBULAR CURTO: o menor músculo; profundo ao 
fibular longo; confinado em uma bainha comum. 
✓ Origina-se distalmente, na diáfise da fíbula, insere-se 
pelo tendão que passa posteriormente ao maléolo lateral, 
na extremidade proximal do 5º metatarso; e tem a ação 
de flexão plantar e eversão do pé. 
➢ MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO POSTERIOR DA PERNA 
❖ CAMADA SUPERFICIAL: 
→ MÚSCULO GASTROCNÊMIOS: par de músculos superficiais; 
dois ventres proeminentes que formam a saliência curva 
proximal à panturrilha. 
✓ Origina-se por duas cabeças a partir dos côndilos medial 
e lateral do fêmur, insere-se posteriormente no 
calcâneo através do tendão calcâneo (tendão de Aquiles); 
e tem a ação de flexão do pé, quando a perna é 
estendida; já que também cruzam a articulação do joelho, 
eles podem flexionar a perna quando o pé é flexionado 
dorsalmente. 
→ MÚSCULO SÓLEO: músculo da panturrilha amplo e plano, 
profundo aos gastrocnêmios. 
✓ Ampla origem cônica na tíbia posteriormente, fíbula e 
membrana interóssea, insere-se posteriormente no 
calcâneo através do tendão calcâneo (tendão de Aquiles); 
e tem a ação de flexão plantar do pé; importante 
músculo locomotor e postural durante a marcha, corrida 
e dança. 
→ MÚSCULO PLANTAR: geralmente um músculo pequeno e 
fraco, mas com tamanho e alcance variáveis. Pode estar 
ausente em algumas pessoas. 
✓ Origina-se no fêmur posteriormente, acima do côndilo 
medial, insere-se por um tendão fino e longo no calcâneo 
ou no tendão calcâneo; e tem a ação de ajudar na flexão 
da perna e na flexão plantar do pé. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 8 
➢ MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO POSTERIOR DA PERNA 
❖ CAMADA PROFUNDA: 
→ MÚSCULO POPLÍTEO: Músculo fino e triangular 
posteriormente no joelho; dirige-se inferior e medialmente 
para a face posterior da tíbia. 
✓ Origina-se no côndilo lateral do fêmur e menisco lateral 
do joelho, insere-se na parte proximal da tíbia; e tem a 
ação de flexionar e rodar a perna medialmente para 
desbloquear o joelho em extensão total quando a flexão 
começa; com a tíbia fixa, gira lateralmente a coxa. 
→ MÚSCULO FLEXOR LONGO DOS DEDOS: Músculo longo e 
estreito dirige-se medialmente e parcialmente sobre o tibial 
posterior. 
✓ Origina-se na face posterior da tíbia, insere-se no 
tendão que passa posteriormente ao maléolo medial e se 
divide, inserindo-se nas falanges distais dos dedos 2-5; e 
tem a ação de flexão plantar e inversão do pé, flexiona 
os dedos e ajua a “prender” o pé no solo. 
→ MÚSCULO FLEXOR LONGO DO HÁLUX: Músculo bipeniforme, 
situado lateralmente ao tibial posterior. 
✓ Origina-se na parte média da diáfise da fíbula e 
membrana interóssea, insere-se no tendão que 
percorre a planta do pé até a falange distal do hálux; e 
tem a ação de flexão plantar e inversão do pé, flexiona 
o hálux em todas as articulações, músculo de “partida” 
durante a marcha. 
→ MÚSCULO TIBIAL POSTERIOR: Músculo espesso e plano 
profundamente ao sóleo, situado entre os flexores 
posteriores. 
✓ Origina-se superior e posteriormente na tíbia, fíbula e 
membrana interóssea, insere-se no tendão que passa 
posteriormente ao maléolo medial e em vários ossos 
tarsais; e tem a ação de agonista principal na inversão 
do pé; flexão plantar do pé; estabiliza a parte medial do 
arco longitudinal medial do pé. 
 
❖ PÉ 
→ O pé possui 7 ossos tarsais, 5 metatarsais e 14 falanges. 
→ O tarso é formado pelos ossos tálus, calcâneo, cuboide, 
navicular e três cuneiformes, dos quais apenas o tálus 
articula-se com os ossos da perna. Além disso, o tálus é o 
único osso tarsal que não tem fixações musculares ou 
tendíneas e maior parte de sua superfície é coberta por 
cartilagemarticular. 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 9 
→ Entre as articulações intertarsais, que ligam os ossos tarsais 
entre si, as mais importantes são articulação talocalcânea e 
a articulação transversa do tarso. 
→ Os principais movimentos dessas articulações são inversão e 
eversão do pé. As outras articulações intertarsais e as 
articulações tarsometatarsais e intermetatarsais são relati-
vamente pequenas e firmemente unidas por ligamentos, 
havendo apenas pequenos movimentos entre elas. 
→ A articulação talocalcânea anatomicamente fica entre a face 
articular calcânea posterior do tálus, sustentada pelos 
ligamentos talocalcâneos medial, lateral, posterior e 
interósseo. 
→ A articulação transversa do tarso é composta por duas 
articulações separadas alinhadas transversalmente: a parte 
talonavicular da articulação talocalcaneonavicular e articulação 
calcaneocubóidea, as quais são reforçadas pelos ligamentos 
calcaneonavicular plantar, calcaneocubóideo plantar e plantar 
longo. 
✓ O ligamento calcaneonavicular plantar sustenta a cabeça 
do tálus e tem papel importante na transferência de 
peso do tálus e na manutenção do arco longitudinal do pé. 
✓ O ligamento plantar longo também é importante para 
manter o arco longitudinal do pé, bem como o ligamento 
calcaneocubóideo plantar. 
→ Os músculos intrínsecos estão organizados em quatro 
camadas na planta do pé. Eles complementam as ações dos 
longos tendões flexores dos músculos que se estendem da 
perna até o pé. 
 
REFERÊNCIAS: 
• MOORE, L. Keith, et al. Anatomia orientada para Clínica. 
7ªed. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2014. 
• NETTER F. H. Atlas De Anatomia Humana - 7ª Ed. 2019. 
• ELAINE N. MARIEB, Patricia Brady Wilhelm e Jon Mallatt. 
Anatomia humana, 7ª ed. Pearson, 2014

Outros materiais