PIM V LOGíSTICA NOTA 10

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM 
LOGÍSTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR V 
Noroeste Comércio de Produtos Náuticos Ltda 
 
 
 
 
Fernando Lopes de Freitas – RA: 2174177 
Ana Paula de Jesus Silva – RA: 2166566 
Karina Lemes Silva – RA: 2170987 
Marcelo Júnio Batista de Sousa – RA: 2178191 
Tatiane da Conceição Pereira dos Santos – RA: 2174426 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2022 
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UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM 
LOGÍSTICA 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR V 
Noroeste Comércio de Produtos Náuticos Ltda 
 
 
 
Trabalho Interdisciplinar do Projeto Integrado 
Multidisciplinar, apresentado como exigência parcial para 
conclusão do 1º Bimestre do Curso Superior de 
Logística, da Universidade Paulista – UNIP EaD, sob a 
Coordenação ..... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2022 
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RESUMO 
 
O Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM V para o Curso Superior de 
Tecnologia em Logística tem como objetivo elaborar um projeto em formato de 
pesquisa acadêmica, com o propósito de propiciar condições à ampliação do 
conhecimento e ao desenvolvimento prático de uma série de conceitos 
teóricos, a partir da integração multidisciplinar, com foco em uma organização, 
no caso a Noroeste Comércio de Produtos Náuticos Ltda. A metodologia do 
trabalho é qualitativa e descritiva, podendo ser classificada como uma pesquisa 
bibliográfica sobre o tema. O aspecto qualitativo da pesquisa se relaciona com 
a análise da empresa escolhida como objeto de estudo deste trabalho, visando 
identificar os conceitos que se relacionam à logística, a gestão, estoque, 
armazenagem e desempenho organizacional da mesma. As frentes de análise, 
ou seja, as disciplinas do PIM V são: Estratégia de Distribuição, Matemática 
Financeira e Logística Integrada, bem como a apresentação do estudo de caso, 
a Descrição da Organização e os Aspectos Práticos das Disciplinas. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Logística; Distribuição; Integração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ABSTRACT 
 
The Integrated Multidisciplinary Project - PIM V for the Higher Course of 
Technology in Logistics aims to develop a project in an academic research 
format, with the purpose of providing conditions for the expansion of knowledge 
and the practical development of a series of theoretical concepts, from of 
multidisciplinary integration, focusing on one organization, in this case Noroeste 
Comércio de Produtos Náuticos Ltda. The methodology of the work is 
qualitative and descriptive, and can be classified as a bibliographic research on 
the subject. The qualitative aspect of the research is related to the analysis of 
the company chosen as the object of study of this work, aiming to identify the 
concepts that relate to logistics, management, stock, storage and organizational 
performance of the same. The analysis fronts, that is, the disciplines of the PIM 
V are: Distribution Strategy, Financial Mathematics and Integrated Logistics, as 
well as the presentation of the case study, the Description of the Organization 
and the Practical Aspects of the Disciplines. 
 
Keywords: Logistics; Distribution; Integration. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO 06 
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO 08 
2.1 Estratégia de Distribuição 08 
2.2 Matemática Financeira 09 
2.3 Logística Integrada 13 
3 ESTUDO DE CASO 17 
3.1 Descrição da Organização 17 
3.2 Estratégia de Distribuição 18 
3.3 Matemática Financeira 18 
3.4 Logística Integrada 19 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 21 
 REFERENCIAS 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 INTRODUÇÃO 
 
A palavra logística vem do francês loger, que significa contenção.Ao 
contrário de outros autores que pensam ser grego, logos significa os detalhes 
das operações de processamento, mas não há uma data clara para o 
surgimento da logística. Vários autores acreditam que algumas técnicas foram 
utilizadas na guerra, como o exército de Alexandre o Grande, que estava 
organizado e tinha todos os suprimentos necessários. Outra guerra muito 
influente foi a Segunda Guerra Mundial, porque foi quando a logística surgiu 
como ciência, porque a guerra exige uma atitude rápida que deve ficar no lugar 
certo pelo tempo que for necessário. 
O conceito de logística pode ser entendido como a aquisição, manuseio, 
transporte, distribuição e controle efetivo da mercadoria disponível. A logística 
é responsável por todas as atividades de movimentação e armazenamento das 
mercadorias, promovendo o fluxo desde o ponto de compra até o ponto final, 
além de haver um fluxo de informações para fazer a mercadoria correr e 
fornecer aos clientes níveis de serviço suficientes a um determinado custo. 
A logística é dividida em dois tipos de atividades, atividades primárias, 
como transporte, gerenciamento de estoque e processamento de pedidos, e 
atividades secundárias, como armazenamento e manuseio de suprimentos e 
embalagens. A logística com o transporte como principal componente é vista 
como a última linha de defesa da empresa para redução de custos. 
No Brasil, as atividades de logística são recentes, seu surgimento está 
relacionado à competitividade, a entrada de novas empresas multinacionais 
trouxe consigo o conceito de qualidade relacionado ao conceito de logística. 
Quando se presta atenção à necessidade de coordenar o fluxo de 
produtos e informações para garantir que os materiais sejam entregues no 
lugar certo na cadeia de abastecimento de logística no prazo e com o menor 
custo, a principal função do sistema de logística agora é integrar todos 
atividades logísticas, uma integração que é considerada um fator competitivo, 
pois além de reduzir o tempo de entrega, também pode reduzir os custos de 
estoque, distribuição e armazenamento. 
7 
 
Os três fatores que contribuem para a logística internacional são: a 
globalização, o fim das barreiras geográficas e o surgimento de diversos 
concorrentes, que permitem à empresa atender a este novo mercado e 
estabelecer normas para evitar longos prazos de entrega; a demanda do 
consumidor exige que as empresas tenham Diferenças Competitivas, como ter 
o menor preço, prazos de pagamento mais longos e menor tempo de entrega, 
porque quanto maior o número de produtos fornecidos, maiores são as 
necessidades do cliente; na competição, o crescimento contínuo produziu 
inovação na cadeia de logística de abastecimento e as necessidades de 
soluções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 REFERÊNCIAL TEÓRICO 
 
 
2.1 Estratégia de Distribuição 
 
A estratégia logística inclui o planejamento e a formulação de ações 
estratégicas, sem uma forte capacidade logística, essas ações são 
impossíveis, sendo a logística considerada uma grande vantagem competitiva. 
Acredito que a estratégia de logística é importante porque se um produto ou 
serviço não está disponível na hora e local que o cliente deseja consumir, ele 
não tem valor. 
Para tomar decisões sobre o embarque, a empresa precisa analisar 
vários fatores, incluindo as necessidades do cliente: tempo de espera, 
condições de carregamento e transporte, a fim de selecionar a melhor 
estratégia logística para cada cliente, ou seja, táticas e estratégias de combate. 
Atualmente, as empresas precisam formular estratégias para conquistar 
e reter seus clientes. Devido à globalização, novas competições continuam 
surgindo. Elas precisam ajudar as empresas a manter a lucratividade e a 
mudança para se manterem ativas e se destacarem. A diferenciação objetiva é 
necessária para melhorar a qualidade de serviços logísticos., Para garantir uma 
vantagem sobre as empresas concorrentes. 
Parte do foco da estratégia logística é como a empresa decide sobre o 
transporte e armazenamento de mercadorias.No Brasil, os custos logísticos 
são pelo menos o dobro dos países desenvolvidos, então nossa estrutura não 
é a mais vantajosa e precisa ser melhorada. 
Existe um problema de gerenciamento de fluxo. Para a empresa, o ideal 
é não ter um grande estoque em seu galpão. Isso se deve principalmente ao 
perigo oculto de incêndio, que causará toda a perda de mercadoria, e é 
acompanhada de perda de capital, risco de expiração, isso Pode haver duas 
situações. Em primeiro lugar, se a empresa controlar o estoque, ela vai 
perceber que está prestes a expirar e vai tentar vendê-lo a um custo menor. em 
si, mas é um dos menores, porém, se a empresa não organizar o estoque, ela 
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só perceberá o material quando ele realmente expirar, por isso precisa ser 
descartado, o que por sua vez acarretará em prejuízo monetário. 
A estratégia logística garante que o cliente final fique totalmente 
satisfeito com o produto nas condições exigidas dentro do prazo estipulado, e a 
empresa fornecedora busca garantir o lucro necessário através de uma 
excelente estratégia para permanecer no mercado sem causar prejuízos. 
 
 
2.2 Matemática Financeira 
 
Para que haja o aproveitamento efetivo de recursos é preciso que o 
quadro de funcionários passe a ser melhor analisado, em busca de descobrir a 
existência de funcionários sobrecarregados, bem como também aqueles que 
não estejam produzindo o esperado. Iniciando um processo de melhora do 
ambiente de trabalho, das condições e motivações, bem como a exclusão de 
funcionários que não se encaixem mais com o perfil da empresa. 
Dentro dos setores operantes das organizações o resultado final que 
será apresentado ao cliente depende inteiramente das ações realizadas pelos 
funcionários durante a produção dos produtos ou a prestação de serviços. 
Sendo assim, a gestão de pessoas é fundamental para que os resultados 
apresentados sejam satisfatórios. 
A gestão de custos depende totalmente da gestão efetiva de recursos, 
isso porque caso haja um aproveitamento completo dos recursos disponíveis, 
os custos são reduzidos e excessos não prejudicam mais o orçamento final de 
uma organização ou de qualquer outro empreendimento. Para que haja 
compreensão do que são os recursos sustentáveis é preciso que se defina o 
que são os recursos naturais. O autor Brito (2006, p. 72), define que: “recursos 
são elementos de que o homem se vale para satisfazer suas necessidades. Os 
recursos naturais são aqueles que se originam sem qualquer intervenção 
humana”. É possível ainda fazer distinções quanto à definição de recursos 
naturais próprios de um Estado, os compartilháveis entre Estados e os que são 
patrimônio comum da humanidade. 
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As empresas que são consideradas sustentáveis e agem de tal forma 
precisam adotar algumas medidas dentro de seus ambientes de produção, 
esse conjunto de medidas pode ser chamado de Gestão de Recursos Naturais. 
A (GRN) é o conjunto de ações destinadas a regular o uso, o controle e a 
proteção dos recursos naturais. Sua necessidade emergiu nos debates 
científico e político, principalmente nas décadas de 1960 e 1970, acerca do 
interesse e da preocupação de movimentos ambientalistas, regulamentações, 
organizações não-governamentais, organizações internacionais, dentre outros, 
quanto às questões ambientais e ao uso desordenado e devastador dos 
recursos naturais (CARVALHO et al. 2013, p. 13). 
Essas medidas de utilização sustentável de recursos naturais são 
variadas, porém entre as principais está o uso de fontes de energia renovável 
como a eólica e solar, suavizar, controlar e racionalizar a extração de recursos 
minerais, reciclagem de lixo dentro e fora das dependências da empresa, 
adotar sistemas de reutilização de água e realizar o reflorestamento de regiões 
verdes desmatadas (FORTI, 2014, p. 16). 
Aligleri (2009) inicia sua reflexão partindo do principio de que não existe 
evolução humana sem que se faça uso dos recursos presentes na natureza, 
esse é um fato que justifica o aproveitamento desses recursos e ao mesmo 
tempo demonstra a importância da sustentabilidade. 
A consolidação do capitalismo e o aumento do consumo fez com que a 
exploração de recursos naturais aumentasse muito em um curto período de 
tempo. Passamos a utilizar os recursos naturais sem ao menos nos 
preocuparmos em fornecer a base para que a natureza se reconstruísse, 
muitos anos se passaram até que a mesma desse os primeiros sinais de 
esgotamento (ALIGLERI, 2009). 
Outro ponto importante a ser abordado é que um comportamento de 
consumo inconsciente e acelerado tende a produzir grandes quantidades de 
lixo. Ceretta e Froemming (2011) explicam que o sentido de lixo foi alterado ao 
longo desses anos, deixando de significar algo que não serve mais para 
absolutamente nada e passando a ser tudo aquilo que já foi utilizado. Sendo 
11 
 
assim, não apenas as quantidades de lixo aumentaram, mas também 
aumentou a lista de coisas que são consideradas lixo. 
O lixo é um verdadeiro problema ambiental, isso porque produz uma 
série de poluentes para o ar, deixa o solo infectado e pode chegar a poluir até 
mesmo os rios e mares. O Brasil é um dos países do mundo que não possuem 
espaço útil e nem um sistema de coleta e armazenamento de lixo adequado 
para o tamanho da demanda que dispõem, sendo esse um dos pontos que 
mais afetam a natureza (CERETTA; FROEMMING, 2011). 
Careon (2001) afirma que os resultados da utilização dos recursos 
naturais para atender a demanda da produção acelerada do meio corporativo 
vão além do desmatamento e da poluição de rios. A real problemática está no 
fato de que essas ações muitas vezes são irreversíveis, isso porque muitas das 
ferramentas e métodos utilizados para fazer essa retirada de matéria-prima 
fazem com que a natureza seja incapaz de se refazer. Mais do que tirar árvores 
e retirar minérios, as ações humanas fazem com que esse solo se torne infértil, 
bem como acontece com a poluição nos rios que causam a morte de espécies 
marinhas inteiras por durarem centenas de anos. 
Sendo assim, é possível concluir que os benefícios da adoção de um 
sistema consciente de utilização de recursos naturais podem ser definidos pela 
não degradação do meio ambiente, mantendo possível a reconstrução natural 
desse meio. Porém, essas são medidas que só podem ser aplicadas quando 
se alterarem as ideologias de consumo da sociedade em geral. Por isso, é tão 
importante investir em conscientização ambiental, não só em empresas, mas 
também dentro das escolas e faculdades. 
A água é considerada um recurso utilizado por todas as organizações e 
o fato de seu uso ser indispensável, faz com que a mesma seja considera um 
recurso básico. Logo, existem diversas formas de fazer o reaproveitamento da 
mesma, em busca de aproveitar melhor os recursos e também ajudar o meio 
ambiente. Bem como também ocorre com processos de reciclagem que podem 
ser adotados nas empresas, como a reutilização de produtos que iriam para o 
lixo através da ressignificação dos mesmos. 
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Em um momento inicial, é preciso que se compreendam as diferenças 
entre o reuso e o reaproveitamento da água, que existem mesmo que o 
objetivo final de ambos os processos sejam apenas um: reutilizar a água e 
evitar desperdícios e atrasar o esgotamento dos recursos hídricos (SILVA, 
2012). 
Em linhas gerais, Silva; Santana (2014), nos explica que o 
reaproveitamento da água está mais associado as águas pluviais, ou seja, a 
água da chuva. Logo, o reaproveitamento da água se trata da coleta, 
armazenamento e reutilização da água da chuva. Essa água da chuva pode ser 
considerada um desperdício, visto que apesar de não poder ser utilizada para 
fins nobres, tem muitas utilidades operacionais como lavar carros, calçadas, 
limpar objetos do quintal, dentre outras coisas. 
Enquanto isso, o reuso da água se aplica a todos os recursos hídricos 
que já foram utilizados parafins nobres como banho, lavar louça, lavar 
alimentos, dentre outras ações. O reuso da água consiste em coletar a mesma 
e utiliza-la para outras funções que não exigem uma água tão pura, como dar 
descarga, molhar a grama e as plantas, dentre outras ações (SILVA; 
SANTANA, 2014). 
Ambas as ações, o reuso e o reaproveitamento da água, são iniciativas 
sustentáveis e contribuem muito para o não esgotamento dos recursos hídricos 
disponíveis no planeta Terra. Podem ser executadas em ambientes familiares 
ou demais instituições de convivência social como lojas, escolas, organizações, 
e outros. 
Já a reciclagem de materiais se aplica a uma infinidade de iniciativas 
como a reutilização de papeis que iriam ser jogados no lixo para se tornarem 
blocos de anotações, ressignificação de objetos que já foram utilizados, mas 
que ainda podem ter serventia como plásticos, embalagens, dentre outros. 
Silva & Quelhas (2006) alegam que apesar de essas mudanças 
causarem impactos relativamente pequenos em curto prazo, possuem 
potencial para alterar o fechamento financeiro das organizações em longo 
prazo, como anualmente, por exemplo. Sendo um conjunto de iniciativas 
extremamente válidas, de baixa investimento e rentabilidade constante. 
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Para que compreendemos a importância de uma gestão de recursos 
efetivas para a gestão de custos de uma empresa, precisamos ter em mente 
que tudo que for utilizado durante a produção ou a prestação de serviços é um 
custo para a empresa. Desde o papel para anotações, até a água utilizada na 
empresa. Logo, quando há uma otimização do gasto desses recursos ocorre 
uma diminuição direta nos custos das empresas, resultando em uma melhora 
significativa no faturamento e na gestão de custos organizacionais. 
 
 
2.3 Logística Integrada 
 
Um sistema logístico eficiente faz com que uma região geográfica utilize 
suas vantagens para utilizar o melhor modal de transporte. 
O Brasil possui um território de 8,5111,965km2 de extensão, o que 
equivale a 47,7% do continente sul-americano, onde as fronteiras somadas 
equivalem a 15,179km (Novaes, 2016). 
Algumas características geográficas limitam o país, como por exemplo, 
os pontos mais elevados, o Planalto das Guianas e a Serra Imeri, que dificulta 
a movimentação terrestre; a Floresta Amazônica, que liga o Brasil ao Peru, 
Bolívia, Venezuela, Colômbia e Equador e apesar de possuir 24,000km de vias 
navegáveis, não é possível chegar às principais cidades e centros comerciais. 
A geografia aponta uma vocação marítima brasileira. 
A menos de 200 km da costa tem-se 85% da população e 83% de todas 
as receitas. A bacia da Amazônia é a maior do mundo e é a mais importante no 
Brasil para a movimentação de cargas, o que representa mais de 25 milhões 
de toneladas transportadas anualmente. Apesar de geograficamente o modal 
ser favorecido nessa região, ela não é desenvolvida economicamente pela falta 
de produtores e consumidores relevantes. Uma solução para isso seria o uso 
navegação de cabotagem, que é o transporte aquaviário, marítimo sem afastar-
se da costa (NOVAES, 2016). 
Matriz de transporte são os meios de circulação utilizado para o 
transporte de produtos e pessoas. Um dos fatores de crescimento econômico 
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de um país está relacionado com a facilidade de deslocamento urbano e o 
escoamento da produção de suprimentos para que elas cheguem aos locais de 
consumo. E por conta desse fator é relevante entender as relações entre os 
diferentes modais, principalmente, no mais utilizado: o rodoviário. No Brasil 
existem cinco meios de transporte de cargas: rodoviário, aéreo, ferroviário, 
aquaviário e dutoviário. 
O modal aéreo tem crescido com o surgimento de novas companias 
aereas, já que é um dos mais seguro,e é o mais adequado para o transporte de 
suprimentos com o valor elevado, além, de ser o modal mais eficiente em 
relação ao prazo de entrega. 
O modal ferroviario possui como vantagem a economia de combustível 
por tonelada movimentada, menos mão de obra necessaria para movimentar 
uma quantidade grande de mercadoria, além de diminuir o número de 
caminhões nas rodovias já saturadas (COELHO, 2011). 
O modal aquaviário permite o deslocamento de cargas maiores e em 
grande quantidade, porém,com um custo menor em comparação com o aereo 
e o terreste. É o modal mais indicado para deslocamento inter-continental 
(COELHO, 2011). 
O modal dutoviário é indicado para o transporte de suprimentos 
perigosas, como por exemplo, petróleo e seus derivados, além de reduzir a 
possibilidade de perdas e avarias de suprimentos. Assim como o ferroviário, a 
mão de obra necessária é pequena (COELHO, 2011). 
A matriz de transporte no Brasil é na maioria rodoviária, representando 
aproximadamente 96,2% da matriz de transporte de passageiros e 61,8 da 
matriz de transporte de cargas (COSTA, 2015). 
Fazendo uma comparação entre a matriz de transporte brasileira com a 
de outros países é possível perceber diferenças consideráveis, o que interfere 
na distribuição da produção de cada país, afetando o preço, o tornando 
competitivo ou não (COSTA, 2015). 
A problemática na América Latina está relacionada à falta de conexão 
entre os sistemas de transporte. Países com dimensões continentais, 
principalmente o Brasil, gastam energia e suas divisas com compra de petróleo 
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porque preferem o modal rodoviário. Já a matriz Norte-Americana não passa 
pelo mesmo problema já que consolidou os diversos modais para a integração 
econômica do país. 
A construção da Rodovia Presidente Dutra, em 1926, que até 1940 era a 
única via pavimentada no país, permitiu que o transporte rodoviário brasileiro 
se iniciasse, e isso permaneceu até a década de 50, poucas rodovias e com o 
estado precário. 
Ao assumir a presidência, Juscelino Kubitcheck adotou uma política 
desenvolvimentista, e com isso, começou diversos investimentos na 
infraestrutura brasileira, começando pela construção de Brasília, em seguida, 
trouxe a indústria automobilística, e construiu diversas estradas, o que 
fomentou a demanda para o transporte rodoviário, que passou a ser 
considerado uma modernidade, deixando de lado o transporte ferroviário. 
Para conseguir os recursos para essas novas rodovias, o presidente 
criou o Fundo Rodoviário Nacional, formado pela arrecadação do Imposto 
Único sobre Combustíveis e Lubrificantes, o que financiou o modal rodoviário 
por quatro décadas. Outros impostos foram adicionados ao longo dos anos, a 
Taxa Rodoviária Única, e o imposto sobre o Transporte de Passageiros e 
Cargas. 
Como a construção de rodovias demanda menor custo de implantação 
por quilometro, e possui um prazo menor de maturação em relação à malha 
ferroviária, justifica a sua rápida expansão, o que fez com que surgisse 
diversas empresas transportadoras e até mesmo de profissionais autônomos, 
com caminhões próprios (SANTOS, 2014). 
A quantidade de malha rodoviária pavimentada no Brasil ainda é muito 
pequena. São aproximadamente 25 km de rodovia pavimentadas para cada 
1.000 km² de área, o que corresponde a apenas 12,3% da extensão rodoviária 
nacional, já nos Estados Unidos são 438,1 km por 1.000 km² de área. Em 2016 
a Confederação Nacional de Transportes (CNT) constatou que as rodovias 
pavimentadas no Nordeste estão presentes 30,8% do território, no Sudeste 
19,3%, no Sul 18,5%, no centro-oeste 17,6% e no Norte 13,7% (ROCHA, 
2015). 
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A situação das estradas que estão pavimentadas é péssima, e em vez 
de melhorar, só piora. Em 2011 foi realizado a 16ª da CNT, que ressaltou que 
57,4% da malha pesquisada foi classificada como regular, ruim ou péssima 
devido a problemas de sinalização, pavimentação ou geometria da via, e esses 
fatores geram maiores custos com combustível e manutenção dos veículos. Já 
em 2012, a 27ª pesquisa constatou que esse número oscilou, já que 62,7% e 
apenas as rodovias administradas pela iniciativa privada apresentamótimas 
condições (ROCHA, 2015). 
Em 2012 o governo federal anunciou a ampliação do programa de 
concessão de rodovias federais brasileiras, que previa uma licitação em nove 
trechos rodoviários, com o investimento próximo a R$42 bilhões com obras 
para duplicar e para manutenção, porém, até em 2013 apenas um dos trechos 
foi licitado: a BR-050. O governo tem realizado parcerias com empresas 
privadas, porém, essas empresas dependem do tempo de retorno e de taxas 
competitivas para financiamentos, o que dificulta muito a participação e a 
escolha das empresas vencedora dos leilões (MICHELE, 2015). 
O país ocupa a 111º posição no ranking de competividade global do 
Fórum Econômico Mundial no quesito de qualidade da infraestrutura 
rodoviárias. O fato de as rodovias estarem nessa situação impacta diretamente 
no cliente final, já que isso aumenta os custos operacionais e no preço do 
produto. 
Apesar de possuir uma malha rodoviária de baixa qualidade, as rodovias 
brasileiras respondem por 60% de tudo o que é transportado no Brasil, índice 
alto em comparação com países de grande extensão continental, como por 
exemplo, os Estados Unidos, no qual a participação nas estradas representa 
26% das cargas transportadas, e na Austrália somente 24%. (MICHELE, 2015) 
Outro problema relacionado à malha rodoviária é o crescimento da frota 
de veículos no país, que nos últimos 10 anos cresceu 110,4% enquanto a 
extensão da rodovia cresceu apenar 11,7%. Além de sofrer com o roubo de 
cargas, em São Paulo por exemplo, onde 50% das cargas transportadas 
transitam na região aumentou 20% entre 2013 e 2014. 
 
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3 ESTUDO DE CASO 
 
 
3.1 Descrição da Organização 
 
A Noroeste Comércio de Produtos Náuticos Ltda é uma das lojas 
mais tradicionais e conceituadas do Brasil, com história que remonta à década 
de 1980. Desde então, atende clientes, adequando sua atuação aos diferentes 
ciclos da economia brasileira. Os produtos da sua loja de varejo atendem aos 
mais diversos campos de navegação, camping e pesca do mundo. 
Os clientes vêm dos mais diversos grupos, e é possível encontrá-los em 
todas as classes sociais pré-estabelecidas. A Noroeste Náutica está sempre 
atenta ao atendimento a todos os clientes, possui produtos com diversas faixas 
de preços e programas de utilidades para atender todos os interessados em 
seus produtos, proporcionando a qualidade em todos os serviços disponíveis. 
Esta loja possui dois locais de negócios, um na Asa Norte e outro no 
Lago Sul. Devido à proximidade com os lagos existentes em Brasília, essas 
duas regiões têm concentrado um grande número de clientes, fornecendo 
informações sobre os produtos fornecidos. Considerando a possibilidade de 
maximização do lucro, isso é benéfico para o negócio. 
O principal trunfo desta loja é a qualidade dos seus profissionais, bem 
formados e aptos a servir os clientes. Os profissionais estão focados em todas 
as áreas do negócio para atender da melhor forma os clientes. 
Com 32 anos de atuação em marketing, consolidou-se e credenciou-se 
no mercado de atuação. Além disso, por meio de seus negócios de longo prazo 
e extenso, a loja estabeleceu uma grande rede de profissionais no Brasil, 
possibilitando aos clientes obter ajuda da melhor maneira. 
Os clientes podem contar com a qualidade do seu trabalho, a agilidade 
de resposta e a dedicação dos profissionais para que realizem seus negócios 
da forma mais segura e rentável. 
 
 
18 
 
3.2 Estratégia de Distribuição 
 
O planejamento e a coordenação envolvem tanto atividades de 
planejamento de materiais dentro da empresa quanto aos membros do canal 
de distribuição: restrições de capacidade, necessidades logísticas, 
necessidades de produção e necessidades de suprimento. Podemos dizer que, 
o conceito de logística integrada, para os supramencionados, vai ao encontro 
do fluxo logístico da empresa em estudo, onde a logística é vista como a 
competência que vincula a empresa a seus clientes e fornecedores. 
A informação necessária para se iniciar o planejamento da produção são 
recebidas de clientes e fluem pela empresa na forma de atividades de vendas, 
previsões e pedidos e, são filtradas em planos específicos de compras e de 
produção, apresentado em duas ações inter-relacionadas: fluxo de materiais e 
fluxo de informações. 
À montante do fluxo encontra-se o plano de atuação no mercado, a 
central de cadastros (pedidos) e gestão dos materiais. A partir daí inicia-se o 
planejamento e controle da produção além do acompanhamento do processo 
logístico. A empresa Natura opera com ciclos de venda de três semanas, ou 
seja, a cada três semanas lança-se um novo mix de produtos a ser oferecido 
no mercado, através de revistas que as Consultoras apresentam ao 
consumidor final. Nesta revista são apresentados os itens de base (mais 
comuns e que sempre fazem parte do mix ofertado), os itens promocionais do 
ciclo e também os lançamentos. É válido citar que a cada novo ciclo, diferentes 
produtos da carteira de SKU´s. 
 
 
3.3 Matemática Financeira 
 
Para a elaboração do mix de cada ciclo é realizada a Gestão da 
Demanda, o planejamento e ajuste do planejamento da produção. Área 
responsável pela Gestão da Demanda deve ser responsável por prever a 
demanda, atuar como um canal de comunicação com o mercado, ter influência 
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sobre a demanda, possuir habilidade de prometer prazos e alocar e priorizar 
determinadas atividades. A esta área, porém, os principais processos tratam de 
prever as vendas, cadastrar os pedidos, prometer a data de entrega, definir e 
avaliar o nível de serviço ao cliente, planejar as necessidades e distribuir 
fisicamente os produtos aos clientes. 
Para a realização da Previsão de Vendas, há uma área específica no 
setor de Planejamento e Controle da Produção (PCP) que efetua o 
planejamento da demanda/venda dos produtos, com base em dados históricos. 
As vendas subdividem-se em vendas promocionais e não promocionais, sendo 
a primeira delas a de maior relevância para a empresa (aproximadamente 
60%). Com relação à análise mensal, para cada ciclo de vendas são 
elaborados diversos cenários, variando os produtos promocionais, sendo que 
esta análise ocorre aproximadamente 90 dias antes do período de vendas. Tal 
método contribui para a eliminação do efeito chicote, pois se reduzem os níveis 
de estoque de segurança uma vez que os planejadores possuem certo grau de 
precisão em suas previsões. 
 
 
3.4 Logística Integrada 
 
Para as vendas não promocionais não se utiliza embasamento 
estatístico, apenas faz-se uma suavização exponencial. Por exemplo, propõe-
se um desconto de 20% para o batom ‘X’ e, posteriormente, um desconto de 
15% para o mesmo produto. Observa-se a elasticidade preço-demanda, 
analisa-se o decaimento do preço para assim fazer as correlações com 
situações semelhantes e aplicar para a situação atual. 
A elaboração destes cenários é consolidada na reunião executiva onde 
se analisa a receita gerada a partir de cada cenário elaborado, juntamente com 
a receita gerada a partir dos produtos não promocionais, optando-se por um 
determinado mix de produtos. Vale salientar que, nesta reunião, também são 
decididos quais produtos devem ser mantidos ou desativados da linha de 
produção. Em decisão se dar à projeção da demanda futura, a empresa leva 
20 
 
em consideração outros fatores influentes como o custo de estoque, custo da 
falta de produtos e o aproveitamento de itens, dentre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
De acordo com a pesquisa de Transporte de Carga no Brasil – As 
Ameaças e Oportunidades para o Desenvolvimento do Brasil, realizada pela 
Coppead, mostra que ocorreu uma evolução na integração dos diferentes 
modais, porém, mesmo com todos os problemas de infraestrutura, péssimas 
condições das estradas,60% das cargas brasileiras ainda são transportadas 
pelo modal rodoviário. 
Porém, o mesmo estudo mostra que outros modais estão crescendo, 
como por exemplo, o transporte ferroviário, que cresceu 10,6%. A melhor 
utilização dos modais de transporte possibilita o escoamento da crescente 
produção para o mercado, o que torna mais barato e mais competitivo no 
mercado internacional devido à redução de custos logísticos na exportação e 
na importação de matérias primas. 
Essa integração entre os modais agrega a vantagem de cada um, 
caracterizando o nível e custo do serviço, o que permite uma entrega de porta 
em porta, com um custo baixo, atingindo um equilíbrio entre preço e serviço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERENCIAS 
 
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Reduzir Custos Logísticos: Estudo de caso em uma Empresa Alimentícia. 
 
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abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2006. 
 
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Cargas. São Paulo: Atlas, 2001. 
 
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JOURNET M., Evolution de la Logistique des Entreprises Industrielles et 
Commerciales" in: Revue Annuelle 98 des Eleves des Arts et Métiers, 
LOGISTIQUE: MAITRISE DES FLUX. Paris: Ed. Dunod, 1998. 
 
NOVAES, Antonio. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. [s.l.] : 
Elsevier Brasil, 2016. 
 
VIEIRA, A. Caraschi, J.C. Prates, G.A. “Implantação do Certificado Iso 9001 em 
uma Empresa no Setor de Papelão: Avaliando seus Impactos Organizacionais”. 
 
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