Buscar

autismo_e_tecnologia_2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AUTISMO E TECNOLOGIA: 
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE 
APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
TEA: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO 
ADEQUADO
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
TEA: DO DIAGNÓSTI-
CO AO TRATAMENTO 
ADEQUADO
.02
2.1 DSM-5: CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
No final da Etapa 1 do nosso curso, abordamos sobre o diagnóstico 
do TEA e ponderamos que, apesar dos avanços da medicina o diagnóstico, 
ainda é considerado essencialmente clínico e deverá seguir os critérios 
estabelecidos pelo DSM-5. É sobre esse DSM que falaremos agora.
O DSM-5 (Figura 1) foi oficialmente publicado no dia 18 de maio de 
2013 e é a última edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos 
Mentais da Associação Psiquiátrica Americana. O número 5 da sigla é usado 
para indicar que já foram feitas cinco revisões. Foram doze anos de estudos, 
revisões e pesquisas, ressalta Araújo e Neto (2014).
 “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. O que 
esse ditado popular tem a ver com a Etapa 2 do nosso curso? 
Convidamos você a descobrir!
Organização
Ana Clarisse 
Alencar Barbosa
Marcelo Martins
Valéria Becher Trentin
Reitor da 
UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitora do EAD
Prof.ª Francieli Stano 
Torres
Edição Gráfi ca 
e Revisão
UNIASSELVI
Autoras
Luciana 
Fonfoka
Karen Sartori
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FIGURA 1 – MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE 
TRANSTORNOS MENTAIS (DSM-5)
FONTE: <https://www.estantevirtual.com.br /livros/american-
psychiatric>. Acesso em: 20 jun. 2021.
O objetivo foi de “garantir que a nova classificação, com a inclusão, 
reformulação e exclusão de diagnósticos, fornecesse uma fonte segura e 
cientificamente embasada para aplicação em pesquisa e na prática clínica” 
(ARAÚJO; NETO, 2014, p. 70). 
O DSM-5 está em acordo com a classificação internacional de doenças 
e com a OMS, de forma que os critérios do DSM-5 definem transtornos 
identificados pela denominação diagnóstica e pela codificação alfanumérica 
da CID-10 na pesquisa diagnóstica do TEA (CAMPOS, 2019).
O CID-10 é o critério adotado no Brasil pelo Sistema Único de Saúde 
(SUS). Ele abrange todas as doenças, incluindo os transtornos mentais, e 
foi elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). CID-10 significa 
“Classificação Internacional de Doenças”, e o número 10 indica a versão, ou 
seja, já foram realizadas 10 atualizações e revisões desse código (ARAÚJO; 
NETO (2014). 
Você sabia que os critérios diagnósticos do DSM-5 são os
 mais usados pelos médicos? Vamos conhecer?! (Quadro 1).
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FIGURA 1 – MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS (DSM-5)
FONTE: <https://www.estantevirtual.com.br /livros/american-psychiatric>. Acesso em: 20 
jun. 2021.
Os sintomas dos critérios A e B, listados no Quadro 1, deverão estar 
presentes nos primeiros anos de idade, sendo possível, com experiência e 
responsabilidade, fazer o diagnóstico por volta dos 18 meses de idade. À 
medida que o tempo vai passando, os itens C e D começam a manifestar-se. 
Lembrando que a avaliação clínica deve incluir a história desde o pré-natal 
até a idade atual do paciente (CAMPOS, 2019).
Conforme Campos (2019), o modelo do DSM-5 difere do anterior, o 
DSM-4 por abandonar a tríade clássica que contempla o atraso da linguagem 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
e inclui os sintomas em dois domínios, sendo o primeiro relativo ao déficit 
de comunicação social e o segundo a comportamentos e interesses restritos 
e repetitivos (Figura 2). 
FIGURA 2 – OS DOIS DOMÍNIOS DO DSM-5
FONTE: As autoras
Importante ressaltar que a apresentação dos sintomas vai depender da 
fase do desenvolvimento, do “perfil” da criança e da gravidade do quadro 
(MOTTA, 2020).
O DSM-5 destaca ainda, que algumas pessoas com TEA podem apresentar 
comorbidades¹ com deficiência intelectual, com alguma condição médica ou 
genética, com transtornos do desenvolvimento, mental ou comportamental 
(DSM-5, 2014).
2.2 NÍVEIS DE GRAVIDADE: IMPORTANTE PARA DIRECIONAR O 
TRATAMENTO
Desde a publicação do DSM-5 o Transtorno do Espectro Autista foi 
categorizado em três níveis diferentes. Ao identificar o diagnóstico de TEA 
de uma pessoa como Nível 1 (leve), 2 (moderado) ou 3 (severo), a gravidade 
dos sintomas e o nível de suporte necessário para as atividades cotidianas, 
ficam mais claros (Quadro 2) (NEUROSABER, 2020a). 
_________________
¹Conforme o Dicionário Português On-line (2021), comorbidade é a condição da pessoa que apresenta 
ao mesmo tempo mais de uma doença.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
NÍVEL DE 
GRAVIDADE
COMUNICAÇÃO SOCIAL
COMPORTAMENTOS REPETITIVOS E 
RESTRITOS
Nível 1 (LEVE) 
“Necessidade de 
pouco apoio”.
Na ausência de apoio, déficits 
na comunicação social causam 
prejuízos notáveis. Difi culdade para 
iniciar interações sociais e exemplos 
claros de respostas atípicas ou 
sem sucesso a aberturas sociais 
dos outros. Pode aparentar pouco 
interesse por interações sociais.
Inflexibilidade de comportamento 
causa interferência significativa no 
funcionamento em um ou mais 
contextos. Difi culdade em trocar de 
atividade. Problemas para organização 
e planejamento são obstáculos à 
independência.
Nível 2 
(MODERADO) 
“Necessidade 
de apoio 
substancial”.
Défi cits graves nas habilidades de 
comunicação social verbal e não 
verbal, prejuízos sociais aparentes 
mesmo na presença de apoio, 
limitação em dar início a interações 
sociais e resposta reduzida ou 
anormal a aberturas sociais que 
partem dos outros.
Inflexibilidade do comportamento, 
difi culdade de lidar com a mudança 
ou outros comportamentos restritos/
repetitivos aparecem com frequência 
suficiente para serem óbvios ao 
observador casual e interferem no 
funcionamento em uma variedade de 
contextos. Sofrimento/difi culdade para 
mudar o foco ou as ações.
Nível 3 
(SEVERO) 
“Necessidade 
de apoio muito 
substancial”.
Défi cits graves nas habilidades de 
comunicação social verbal e não 
verbal causam prejuízos graves de 
funcionamento, limitação em iniciar 
interações sociais e resposta mínima 
a aberturas sociais que partem de 
outros.
Inflexibilidade de comportamento, 
extrema difi culdade em lidar com a 
mudança ou outros comportamentos 
rest r i tos/repet i t i vos inter ferem 
acentuadamente no funcionamento 
em todas as esferas. Grande sofrimento/
difi culdade para mudar o foco ou as 
ações.
QUADRO 2 – NÍVEIS DE GRAVIDADE NO TEA DE ACORDO COM O DSM-5
FONTE: Adaptado de Fofonka (2021 apud SOUZA, 2016)
Quer saber mais sobre os 
níveis de gravidade no TEA 
d e a c o rd o c o m o D S M -
5? Então, assista a Andrea 
We r n e r , f u n d a d o r a d o 
B log e Inst i tuto Lagarta 
Vira Pupa. O l ink é esse: 
https://www.youtube.com/
watch?v=Q50bsachA14.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Podemos então resumir a classificação dos níveis de gravidade no 
autismo da seguinte forma: as pessoas que estão no nível 1 do TEA (autismo 
leve) precisam de pouco suporte. As que estão no nível 2 (autismo moderado) 
precisam de mais apoio para determinadas atividades. Já aquelas que estão 
no nível 3 (autismo severo) precisam de muito suporte para realizar atividades 
do cotidiano, sendo, portanto, o nível mais grave.
Muito importante ressaltar que todos os níveis precisam de tratamento, 
inclusive o leve, pois, muitos pais ao ouvirem que se trata de TEA, nível 1 
(leve) pensam que não será necessário fazer alguma intervenção e mais 
tarde acabam percebendo que se enganaram, que deveriam ter iniciado o 
tratamento logo que perceberam os sinais. 
Segundo o Doutor Brites (2019, s .p. ) , do Instituto Neurosaber, o 
acompanhamento de uma criança grau 1 é fundamental para o processo 
de desenvolvimento de habilidades, cuja “evolução tende a resultar em uma 
autonomia maior do pequenofrente aos desafios que surgirem na pré-
adolescência, juventude e fase adulta”.
2.3 COMPORTAMENTOS INAPROPRIADOS: RÍGIDOS E 
DISRUPTIVO
As pessoas dentro do espectro apresentam um pensamento rígido, com 
dificuldade para lidar com mudanças de rotina, por menor que seja.
Conforme os critérios de diagnóstico do DSM-5 (2014), os autistas tendem 
a insistir nas mesmas coisas, uma inflexibilidade para a mudança de rotinas 
ou padrões ritualizados de comportamento verbal ou não verbal, podendo 
levar a um sofrimento extremo em relação a pequenas mudanças. Também 
podem apresentar dificuldades com transições, símbolos sociais como a 
saudação; alguns têm uma necessidade de fazer o mesmo caminho, outros 
apresentam uma restrição alimentar querendo ingerir os mesmos alimentos 
diariamente. De forma geral, as pessoas com TEA apresentam um padrão 
rígido de pensamento.
Cabe sa l ientar que nem todos aut istas apresentam as mesmas 
características, uns mais, outros menos, pois, como já vimos na Etapa 1 do 
nosso curso, cada autista é único.
Com relação ao comportamento das pessoas com TEA uma das 
principais queixas apresentadas pelos pais e seus educadores é a emissão 
de comportamentos disruptivos , por não saberem como lidar nessas 
situações (ESPÍNDOLA, 2018).
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Você sabe o que significa comportamento disruptivo?
É sobre eles que vamos conversar agora.
Conforme a psicóloga Carolina Espíndola (2018), o que chamamos de 
comportamentos disruptivos são as respostas indesejadas emitidas pelos 
autistas, como as birras (ao se jogar no chão, gritar, chorar), agressões aos 
outros, autolesivos (ao bater a cabeça, se morder), estereotipias (respostas 
repet i t ivas com função autoest imulatór ia) , entre tantas outras . Tais 
comportamentos inapropriados podem atrapalhar a aprendizagem, a interação 
social, o bem-estar e a saúde dos autistas. 
Os comportamentos disruptivos geralmente aparecem diante de 
situações em que o indivíduo tenta ganhar atenção social, se esquivar ou fugir 
de determinada demanda, ter acesso a algum item reforçador ou também 
para escapar de estimulação indesejada (como barulho, por exemplo).
Quando essas respostas, com diferentes funções, são emitidas e reforçadas, 
ou seja, quando as crianças conseguem aquilo que querem após a emissão 
de tais respostas, há grande probabilidade dessa criança voltar a se comportar 
da mesma maneira no futuro, em situações parecidas com as que foram 
anteriormente reforçadas (ESPÍNDULA, 2018, s.p.).
É muito importante saber identificar esses comportamentos, saber 
quando é uma birra, uma busca por atenção ou uma fuga de demanda para 
saber qual atitude tomar, ou seja, como fazer a gestão de tal comportamento 
inapropriado para que ele reduza e desapareça. Se a gestão não for feita 
de uma forma consistente e por todos que convivem com o autista esses 
comportamentos voltam.
Para entender o comportamento de uma criança autista é necessário 
fazer uma análise de quais são as situações (antecedente, ou seja, o que 
aconteceu antes do comportamento inapropriado) em que a criança emite 
a resposta de ficar agitada e não prestar atenção na aula, por exemplo, e que 
consequências seguem a essa resposta (BORBA; BARROS, 2018).
Para Silva e Mulick (2009), analisar o comportamento é identificar os 
estímulos aos quais as respostas estão relacionadas. Além de identificar os 
estímulos, ou seja, o que estava acontecendo antes do comportamento 
inapropriado, também é necessário entender sua função. 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Se, diante de uma situação (estímulo discriminativo), faz-se algo (resposta) 
e o resultado é positivo (consequências), provavelmente voltaremos a fazer 
isso novamente. Se as consequências forem negativas tenderemos a não 
repetir a resposta. Existem assim três elementos básicos e indispensáveis para 
compreensão e modificação do comportamento: qual o estímulo antecedente, 
qual a resposta e qual o estímulo consequente (BORBA; BARROS, 2018, p. 11).
Quais as consequências dos comportamentos inapropriados?
A psicóloga Mayra Gaiato (2020a, s.p.) alerta sobre os riscos e prejuízos 
dos comportamentos inapropriados: 
Quando a criança é pequena, esses comportamentos podem até parecer 
inocentes, mas se nã o forem moldados, nã o passarã o com um “passe de 
má gica” [ . . . ] . Quando associados ao AUTISMO, esses comportamentos 
podem sofrer RISCOS e PREJUÍ ZOS maiores, como: IMPOSSIBILITAR A FALA: 
Se a crianç a vê com esses comportamentos uma forma funcional de obter 
o que quer, nã o buscará outras formas de se comunicar. DIMINUIR QI: Os 
comportamentos inapropriados sã o BARREIRAS de APRENDIZAGEM, porque 
a crianç a é poupada, é menos exigida, é nivelada “por baixo” e assim perde 
uma sé rie de oportunidades, ficando com um atraso em relaç ã o à s crianç as 
da mesma idade. 
Como l idar com comportamentos inapropr iados e 
disruptivos? 
Thiago Lopes (2020) do Instituto Farol traz algumas dicas. 
Só ler o QR Code a seguir:
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=j2shv_gjBb8>. Acesso em: 21 jun. 2021.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Então, o que deve ser feito quando as crianças 
apresentam comportamentos inapropriados?
Além das dicas do psicólogo Thiago Lopes que vimos anteriormente, a 
psicóloga Espíndula (2018) apresenta algumas orientações:
O primeiro passo é realizar uma análise funcional de cada comportamento 
indesejado emitido pela criança, identif icando os antecedentes e as 
consequências reforçadoras que mantêm tais respostas. Após será possível 
identificar a função dessas respostas, se é pela busca de atenção, fugir de 
demanda, controle... 
A partir da identificação da função do comportamento é necessário 
fazer um planejamento de gestão de modo a alterar respostas indesejadas, 
como, por exemplo: 
• Ignorar os comportamentos disruptivos da criança que recebe atenção 
(protegendo-a de comportamentos que o coloquem em r isco ou 
machuquem outras pessoas);
• Manter a demanda até que a criança consiga finalizá-la quando a função 
for fuga/esquiva de demanda (manipulando reforçadores);
• Fazendo um treino de comunicação alternativa para a criança que não 
consegue vocalizar de maneira adequada o que deseja, ajudando-a nesse 
caso, a ser compreendida de maneira mais funcional (ESPÍNDULA, 2018, 
s.p.).
Além do objetivo de alterar as respostas indesejadas, de intervenções 
direcionadas às consequências, é fundamental também trabalhar na prevenção 
de tais respostas, modificando o ambiente que pode alterar a probabilidade 
da ocorrência de comportamentos inapropriados.
PICO DE EXTINÇÃO: Já ouviu falar nessa expressão?
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
É muito importante os pais, cuidadores, professores, responsáveis estarem 
atentos ao Pico de Extinção, pois, antes da extinção do comportamento 
inapropriado, terá um período de piora para depois melhorar (GAIATO, 2020a). 
Isso significa que, antes de um comportamento inapropriado ser extinto, 
haverá uma piora no quadro chamado de “pico de extinção”.
Por exemplo, uma criança que cutuca sua irmã sem obter resposta poderá 
cutucá-la várias vezes, depois tentar bater-lhe, pôr a língua para fora, xingá-
la – usando todo seu repertório para provocá-la. Como a irmã continua 
ignorando a provocação, a criança intensifica o seu comportamento. Isso é 
parte do “pico”; SE RESPONDER NESTE PONTO, TERÁ REFORÇADO TODOS 
OS ESFORÇOS DA IRMÃ e garantido que esta fará isso novamente. Por outro 
lado, se, por mais difícil que possa ser, ela a ignorar, em algum momento ela 
se cansará, irá embora, e aceitará que este procedimento não funciona com 
sua irmã. Estará menos disposta a tentar o mesmo no futuro. Ainda que possa 
levar algumas vezes para que ela o perceba, isso acontecerá. Esta é a parte 
da “extinção” (LEAR, 2004, p. 12).
Por isso é necessárioque você permaneça seguindo o manejo apropriado, 
que não ceda às “birras” e nem desista! Fica a dica!
As terapias baseadas em ABA (Applied Behavior Analysis) e DENVER, por 
exemplo, ajudam a diminuir a frequência e a intensidade dos comportamentos 
inapropriados e disruptivos, sempre com o objetivo de criar novos repertórios 
comportamentais para auxiliar o melhor desenvolvimento no TEA (GAIATO, 
2020b). Mais adiante vamos conhecer esses dois modelos de intervenção 
precoce.
2.3.1 A tendência à repetição e as estereotipias
Estereotipias englobam diversos comportamentos motores ou verbais 
repetidos e podem possuir múltiplas funções. As causas também são diversas, 
pois, um autista pode produzir estereotipias quando está hiperexcitada, ociosa, 
ansiosa ou desregulada sensorialmente (INSTITUTO FAROL, 2020).
As estereotipias podem ser de dois tipos (BORBA; BARROS, 2018) (Quadro 3): 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
QUADRO 3 – TIPOS DE ESTEREOTIPIAS
FONTE: As autoras
E a ecolalia? Será que também é uma estereotipia vocal?
É importante ressaltar que a ecolalia é um comportamento verbal não 
estereotipado, embora seja uma forma de imitação verbal. Portanto, ecolalia e 
estereotipia verbal não são a mesma coisa. Todavia, ambas são características 
frequentes no TEA e se trabalhados adequadamente podem ser uma ponte 
importante na intervenção (TECHKNOWLEDGE, 2018).
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
A Fonoaudióloga e Pedagoga Cândice Moreschi (2020) explica e 
diferencia com muita propriedade a ecolalia da estereotipia vocal, vamos 
assistir? Só entrar no seu canal do YouTube: https://www.youtube.com/
watch?v=265Es8mvL_4.
E, para finalizar o tópico sobre as estereotipias, é importante considerar 
que embora as estereotipias causem estranheza para quem assiste tais 
comportamentos repetitivos têm como objetivo a autorregulação, a busca 
sensorial. Segundo NeuroConecta (2018), a estereotipia pode ajudar a aliviar a 
tensão de um ambiente excessivamente estimulante, pois, possibilita desfocar 
dos estímulos externos e se concentrar em si, trazendo uma sensação de 
satisfação interna.
Quando as estereotipias interferem nos processos de desenvolvimento 
e aprendizagem, afetando a capacidade de comunicação e socialização, 
uma intervenção terapêutica pode ser recomendada. Identificar quando as 
repetições se tornam barreiras à realização das atividades diárias é o primeiro 
passo para melhorar a condição da criança, reduzindo ou eliminando os 
comportamentos estereotipados e reabilitando-a por meio da introdução de 
tratamentos, que incluem desde a Análise do comportamento aplicada (ABA) 
até medicamentos (NEUROCONECTA, 2018, s.p.).
Lembram do Marcos Petry? Conhecemos ele na Etapa 1 do 
nosso curso. Ele fala no seu canal “Diário de um Autista” 
sobre as estereotipias agressivas. Vamos assistir? O link está 
a seguir da imagem:
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=JViDAnOC84k>. Acesso em: 22 jun. 2021.
O tratamento para as estereotipias que causam problemas ao autista 
passam pela busca de entender os gatilhos e modificar o significado das 
estereotipias. O médico, psicólogo ou outro especialista irá planejar as terapias 
adequadas para o perfil do autista.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
O objetivo das intervenções não deve ser de acabar com os movimentos 
repetitivos, mas sim de transformar a estereotipia em ações com uma finalidade 
ou função social (AUTISMO E REALIDADE, 2019).
Também é importante apostar no aumento de repertório de outros 
comportamentos adequados e br incadeiras , pois , com o tempo, os 
comportamentos repetitivos tendem a reduzir.
Até as pessoas neurotípicas (que não são autistas) podem apresentar 
estereotipias, como roer unhas e balançar as pernas. A única diferença é que 
os neurotípicos costumam ter um maior controle destes comportamentos 
(AUTISMO E REALIDADE, 2019).
Você já ouviu falar no Princípio de Premack?! 
Vamos entender?
O Princípio de Premack é muito usado no manejo de comportamentos 
de interesses restritos no TEA, essa técnica sugere que, se uma pessoa quer 
realizar uma determinada atividade, ela terá que realizar uma atividade menos 
desejável para obter a atividade aquela mais desejável (Quadro 4). Com isso, 
as atividades podem ser reforçadoras, tornando-se um ótimo potencial para 
ajudar nas terapias.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FONTE: As autoras
QUADRO 4 – O QUE DIZ O PRINCÍPIO DE PREMACK
Se você parar para pensar um pouquinho vai ver que o Princípio de 
Premack é usado o tempo todo com crianças, autistas ou não. Quer ver?
Muitos pais dizem às crianças que estas só vão comer a sobremesa após 
a refeição. Ou, só vão comer batata frita após comer a salada. Primeiro o 
banho, depois pode jantar. Outro exemplo comum: primeiro termina o tema 
de casa, depois pode brincar. Essa é uma tendência dos cuidadores, motivo 
que levou o princípio a receber o nome de “regra da avó”. 
2.4 QUANTOS SENTIDOS NÓS TEMOS? 
Brincar para a criança é fundamental.
Perfeito para seu desenvolvimento global.
Hiporreativa ou hiper-reativa, tanto faz,
Criança precisa de amor e muita paz (FOFONKA, 2021).
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Quantos sentidos nós humanos temos? A maioria das pessoas aprende 
na escola que temos 5 sentidos: tato, olfato, paladar, visão e audição. E, você, 
o que aprendeu sobre a quantidade e tipos de sentidos? 
Pois bem, na verdade, temos o dobro. O ser humano, conforme Kwant 
(2016), apresenta dez sentidos, pasmem, mas é verdade! Vejamos quais são 
eles (Figura 4): 
FONTE: As autoras
FIGURA 4 – OS 10 SENTIDOS DO SISTEMA SENSORIAL HUMANO
Kwant (2016) explica que além dos cinco sentidos popularmente 
conhecidos: visão, audição, tato, olfato e paladar, também temos: 
• O vestibular: relacionado ao equilíbrio tendo sua origem na audição.
• O da propriocepção: relacionado com a postura; à contração muscular, 
realizar atividades sem olhar para o que se está fazendo; sentir o peso dos 
objetos; ter sensação de “controle” sobre o próprio corpo.
• O da interocepção: sensações interiores de fome, sede, sono, bexiga cheia, 
batimentos cardíacos e cansaço.
• O da nocicepção: relacionado à sensação de dor.
• O de termo-cepção: registro de temperatura, ou seja, de frio, quente, calor.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Nosso sistema sensorial é fantástico, não é verdade? Quer saber mais? 
Então dá uma olhadinha nesse vídeo, basta ler o QR Code:
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=TnR2BYGw5jA>. Acesso em: 22 jun. 2021.
Agora, reflita: todos vemos, ouvimos ou sentimos da mesma forma? 
Certamente, você irá responder que não, o que está correto. E você já parou 
para pensar que se tivermos alterações no sistema sensorial estas podem 
interferir na forma como interpretamos e reagimos ao que vemos, ouvimos 
ou tocamos? Vamos entender?!
2.4.1 Entenda o Transtorno do processamento sensorial no TEA
O Transtorno do Processamento Sensorial (TPS) antes era chamado de 
Transtorno de Integração Sensorial. Ele define distúrbios na capacidade de 
processamento e integração de estímulos. É um problema neurofisiológico 
em que as sensações são recebidas e interpretadas de forma diferente, 
produzindo respostas também diferentes, principalmente nos indivíduos 
com TEA (INSTITUTO NEUROSABER, 2020a). Ou seja, as pessoas com esse 
transtorno podem reagir de forma excessiva ou insuficiente à entrada das 
sensações.
Conforme o DSM-V foram descritos três principais padrões sensoriais no 
TEA: hiporreatividade (sentem as sensações de menos: aparente indiferença 
à dor, temperatura, sons, texturas específicas, cheiros, adoram luzes ou 
movimento...), hiper-reatividade (que sentem demais: podendo ser a luz 
intensa, barulho alto entre outros) e busca sensorial (POSAR; VISCONTI, 2018).
As alteraçõessensoriais causadas pelo transtorno de processamento 
sensorial afetam o comportamento das crianças com TEA, levando a 
comportamentos restritivos e repetitivos, impactando diretamente a sua rotina.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
A partir desse contexto é muito importante que a família, os professores 
e os profissionais que acompanham as crianças com TEA fiquem atentos aos 
sinais de ansiedade, já que muitos autistas têm dificuldade para explicar o 
que está incomodando. 
Acredita-se que 90% das crianças com autistas têm comprometimento 
do Sistema de Processamento Sensorial (AUTISTÓLOGO, 2020), mas não é 
patognomônico de TEA.
Como é feito o diagnóstico do Transtorno do processamento 
sensorial no TEA?
Patognomônico: termo, usado na medicina, que significa característica 
de uma doença específica.
FONTE: <https://www.dicio.com.br/patognomonico/>. Acesso em: 22 
fev. 2021. 
O Diagnóstico do TPS é feito com os pais/cuidadores onde eles descrevem 
como é o comportamento, as angústias, as dificuldades e os medos da criança. 
Na consulta, o médico ou o terapeuta ocupacional (especialista em integração 
sensorial) fazem uma avaliação com o auxílio de questionários, testes das 
habilidades de processamento sensorial e de observações clínicas.
A partir dessas informações o médico identifica qual ou quais das 
categorias o autista está inserido:
Transtorno de Modulação Sensorial: em que há dificuldade para regular grau, 
intensidade e natureza das respostas aos estímulos sofridos;
Transtorno de Discriminação Sensorial: caracterizado por um gasto de 
energia maior para interpretar a qualidade (diferenças e semelhanças) de 
cada estímulo;Transtornos Motores com Base Sensorial: a criança apresenta 
dificuldade para absorver as informações do próprio corpo e a reagir de 
maneira condizente ao ambiente, como acontece com o distúrbio postural e 
com a Dispraxia (relacionada à idealização, criação, modificação e execução 
de ações) (ARKY, 2020 apud INSTITUTO NEUROSABER, 2020b, s.p.).
Através dessa classificação é possível observar alguns sinais de alerta de 
desordem no processamento sensorial do TEA (Quadro 5). Fiquem atentos!
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FONTE: Adaptado de EstouAutista 2020
QUADRO 5 – SINAIS DE DESORDEM NO TRANSTORNO SENSORIAL DE 
PROCESSAMENTO NO TEA
E quais são formas de tratamento do transtorno sensorial 
no autismo?
Como sabemos, cada autista é único. Portanto, cada caso deverá receber 
um tratamento específico à sua necessidade. A Terapia de Integração Sensorial 
é um método bastante usado por Terapeutas Ocupacionais, principalmente 
para criar estímulos apropriados em crianças com autismo, mas não apenas 
para eles, pois atende também crianças com déficit de atenção ou outras 
disfunções neurológicas.
O método terapêutico é baseado no sistema Ayres Sensory Integration 
(ASI) (FREEDOM, 2021). O sistema Ayres Sensory Integration (ASI) foi 
desenvolvido pela terapeuta ocupacional e neurocientista Jean Ayres no 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
final dos anos 1950 e início dos anos 1960, baseada em uma revisão da 
literatura envolvendo: desenvolvimento, neurobiologia, psicologia, educação 
e experiência clínica (MULTISENSORIAL, 2021a). 
Ayres buscou uma maior compreensão sobre a relação entre as sensações 
corporais, os mecanismos cerebrais e a aprendizagem e definiu integração 
sensorial como:
O processo neurológico que organiza as sensações do próprio corpo e 
do ambiente de forma a ser possível a geração de respostas adaptativas 
adequadas, a partir do uso eficiente do corpo no ambiente (AYRES, 1972 apud
FREEDOM, 2021, s.p.).
Ayres explica que a aprendizagem pode ser compreendida de forma 
global, incluindo não somente o desenvolvimento cognitivo, as aquisições de 
conceitos, ou as aprendizagens escolares, mas também as várias dimensões 
do comportamento adaptativo, todos eles dependentes do funcionamento 
adequado do processamento sensorial (MULTISENSORIAL, 2021a).
Conforme Multisensorial (2021b), na teoria descrita por Ayres o cérebro 
da criança até os sete anos é visto como uma “máquina de processamento 
sensorial”. Suas ações são respostas motoras às sensações que vivencia. Esse 
processo é fundamental para desenvolver uma base sólida que servirá de 
alicerce para funções cerebrais cognitivas e sociais refinadas. A integração 
sensorial que acontece quando a criança se movimenta, fala e brinca é o que 
dá suporte para a leitura, escrita e comportamento adequado.
Quer saber mais sobre o Transtorno de Processamento 
Sensorial?
A fisioterapeuta Thaís Cardoso (2020), que também é mãe de autista traz 
informações muito interessantes sobre esse transtorno com algumas dicas 
de brincadeiras e atividades fáceis para serem realizadas em casa ou na 
escola. Sim, não é apenas a Terapeuta Ocupacional que pode trabalhar com 
o processamento (integração) sensorial, outros profissionais e os próprios 
pais, familiares, professores também podem. Vamos assistir?
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=jObg_MgwUMY>. Acesso em: 22 jun. 2020.
Uma outra dica muito bacana é a Cartilha de Orientações de Brincadeiras 
para Famílias com Crianças com TEA organizada pela Associação Brasileira 
De Integração Sensorial – ABIS (2020a). Não dá para deixar de conferir! 
Só ler o QR Code a seguir: 
FONTE: Adaptado de Cartilha de Brincadeiras para TEA (ABIS, 2020b)
2.5 TIPOS DE TRATAMENTO: DE OLHO NA EVIDÊNCIA CIENTÍFICA
Os tratamentos para o TEA sempre devem considerar as necessidades 
individuais de cada autista. Assim como cada autista é único, as terapias serão 
pensadas de acordo com o seu perfil. O tratamento é individualizado.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
E, principalmente, o tratamento deverá ser iniciado de forma precoce, 
ainda como bebê, já que os estudos comprovam que quanto mais cedo se 
iniciar, as chances de evolução serão bem melhores. Verificado o atraso no 
desenvolvimento o ideal é já iniciar a intervenção, mesmo sem diagnóstico 
para aproveitar a plasticidade neural. Mesmo porque estimular nunca é demais! 
Outro ponto importante é que a escolha da terapia ideal deve ser baseada 
em estudos científicos, com evidência científica robusta. Os mais utilizados 
são os tratamentos baseados na linha comportamental, com terapias baseadas 
nos princípios comportamentais para o tratamento da criança com autismo.
Segundo o jornal o Globo (2020), uma das pesquisas mais recentes sobre 
diagnóstico do transtorno do espectro autista demonstra que quando os 
tratamentos para o autismo se iniciam em crianças de 3 anos, a melhora 
chega a ser de 80%. O mesmo estudo compara os resultados de pacientes 
que iniciam o tratamento ainda antes, ou seja, com menos de 3 anos, nesses 
casos, o percentual de melhora chega a alcançar 90% (AUTISMO EM DIA, 
2020, s.p.).
Outro aspecto relevante em relação ao tratamento do TEA é a intensidade 
e a frequência das terapias. No Brasil, as crianças realizam uma média de 2 a 
8 horas semanais de intervenção. Porém, a eficácia e eficiência das terapias 
é que essas ocorram entre 20 a 40 horas semanais, determinadas a partir da 
necessidade individual de cada um (FREIRE, 2020).
Existem diversas abordagens possíveis de intervenção para crianças/
pessoas com TEA que buscam a reciprocidade, o contato social, a interação 
com as pessoas, a autonomia, a independência na realização de tarefas, que 
consigam aprender e desenvolver todo o seu potencial de forma agradável 
e motivada.
Reciprocidade significa dar e receber, por isso, é uma condição 
essencial para a qualidade das relações entre as pessoas.
FONTE: <https://www.significados.com.br/reciprocidade>. Acesso em: 
22 jun. 2021.
Apresentaremos aqui os programas de intervenção (terapias) mais 
utilizados que se baseiam na Psicologia do Comportamento,ou seja, que tem 
como o principal objeto de estudo o comportamento das pessoas no TEA.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
2.5.1 Análise Aplicada do Comportamento (ABA) 
As intervenções baseadas na Análise Aplicada do Comportamento 
(ABA) (na sigla em inglês, Applied Behavior Analysis) ajudam a ampliar a 
capacidade de comunicação de pessoas com Transtorno do Espectro Autista, 
ajudando-as a se relacionar melhor com as pessoas e com o ambiente. As 
intervenções derivam dos princípios do comportamento e possuem como 
objetivo aprimorar comportamentos socialmente relevantes.
Este tratamento busca ensinar à criança habilidades que ela não possui, 
introduzindo esta habilidade por etapas, em um esquema individualizado e 
associado à alguma instrução. Sempre que a criança atende a expectativa é 
recompensada com algo que ela gosta muito. Assim o aprendizado torna-se 
agradável para a criança ensinando a identificar diferentes estímulos (MELLO, 
2007).
De acordo com Claudia Romano Pacífico (2020), doutora em ABA, 
coordenadora das intervenções baseadas em ABA do Programa de Transtornos 
do Espectro Autista (PROTEA) do Instituto de Psiquiatria da Universidade de 
São Paulo (IPq – USP) e diretora e sócia-fundadora do Centro de Intervenção 
Comportamental Gradual, em São Paulo os objetivos do ABA são dois:
O pr imeiro é ampl iar o repertór io comportamental e de conteúdos 
curriculares, de modo que a criança melhore a interação e a comunicação 
social, aprendendo a pedir, explicitar o que não quer, ler, ir ao banheiro etc. O 
segundo tem a ver com diminuir a frequência de comportamentos disruptivos 
(se bater e morder, bater e morder o outro, gritar, arremessar objetos etc.) 
(PACÍFICO, 2020, s.p.).
Importante ressaltar que ABA é a aplicação de uma ciência e não 
uma técnica ou um método. Dessa forma, seus resultados são baseados em 
evidências científicas. A Análise Comportamental Aplicada é feita de maneira 
individualizada, levando em consideração a singularidade de cada autista.
De forma simplificada podemos compreender alguns aspectos em 
relação à intervenção em ABA (GRUPO CONDUZIR, 2020, s.p.):
– A intervenção ABA não deve ser restrita a locais ou formatos específicos, 
mas deve ser fornecida nos formatos e locais que maximizam os resultados 
do tratamento para cada cliente; – Realização prévia de uma avaliação 
comportamental que descreva níveis específicos de comportamento e 
forneça informações para o subsequente estabelecimento de metas de 
tratamento; – Realização de coleta, quantificação e análises de dados diretos 
do comportamento durante o tratamento e acompanhamento para melhorar 
e manter o progresso em direção às metas estabelecidas; – A implementação 
de protocolos de forma consistente; – Uma análise do comportamento 
sob a perspectiva de sua função (condições ambientais que mantêm o 
comportamento); – Treinamento de pais, professores e outros profissionais 
que sejam importantes na vida do cliente; – Supervisão coerente com o nº 
de horas de intervenção e realizada de forma constante.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Por fim, segundo a psicóloga Gaiato (2020), os diferentes estudos 
comprovam que a maioria significativa das crianças com TEA que passaram 
por intervenções em ABA de modo intensivo, conseguiu uma melhora 
considerável.
Quer saber mais sobre a ABA? Então assista a Psicóloga 
Mayra! 
O link está abaixo da imagem do seu canal no YouTube:
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=YD-vkaTv6js>. Acesso em: 22 jun. 2020.
2.5.2 Modelo Denver de Intervenção Precoce
O Modelo Denver de Intervenção Precoce utiliza princípios da Análise do 
Comportamento Aplicada (ABA) é uma ciência do aprendizado, nos quais os 
terapeutas e os pais usam atividades lúdicas para reforçar os comportamentos 
positivos. Lopes (2020) explica que através de brincadeiras, as crianças são 
encorajadas a melhorar suas habilidades linguísticas, sociais, cognitivas, a 
reciprocidade, afeto entre outras.
No ano de 2010, o Modelo Denver de Intervenção Precoce se transformou 
em um tratamento clínico para crianças com autismo. Foram mais de 35 anos 
de pesquisa no Centro de Excelência em Autismo, na Califórnia (EUA), liderada 
pela doutora Sally Rogers e seus colaboradores. O Modelo Denver tem um 
nível de robustez científica e de demonstração de eficácia tão importante que 
foi reconhecido pela agência de saúde dos EUA, Canadá e outros países como 
sendo o tratamento de referência para o autismo e é considerado por muitos 
especialistas como melhor tratamento de autismo do mundo (LOPES, 2020).
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
O método pode ser usado em diferentes contextos, incluindo a casa da 
criança, uma clínica ou até mesmo na escola. O modelo utiliza estratégias 
naturalistas onde a criança aprende brincando. Por isso, o envolvimento dos 
pais e da família é fundamental.
Nesse contexto, para ilustrar e exemplificar como os pais podem estar 
aplicando o Modelo Denver em casa, apresentamos, a seguir, algumas dicas 
e sugestões que utilizo com meu pequeno Lucca. Vamos assistir?! Só ler o 
QR Code a seguir:
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=sX4fSfltp34>. Acesso em: 22 jun. 2021.
As atividades planejadas para a terapia ajudam a promover a interação 
social, a reciprocidade e aumentam a motivação da criança para criar novos 
contatos sociais, bem como melhorar a capacidade de aprendizagem. O objetivo 
é promover a importância das recompensas sociais e, consequentemente, 
melhorar a atenção e motivação da criança (NEUROCONECTA, 2020).
As principais características do Modelo Denver incluem (LOPES, 2020, 
s.p.):
1) A presença de uma equipe multidisciplinar, que trabalha todas as esferas 
do desenvolvimento infantil; 2) Foco no desenvolvimento das competências 
sociais e no envolvimento interpessoal; 3) Desenvolvimento fluente, recíproco 
e espontâneo de gestos, movimentos faciais e expressões, e da utilização de 
brinquedos e outros objetos; 4) Ênfase no desenvolvimento da comunicação 
verbal e não verbal; 5) Foco nos aspectos cognitivos das brincadeiras em 
rotinas de jogos interativos; 6) Fortalecimento e respeito às escolhas e 
motivações da criança; 7) Incentivo à iniciação, seguindo a crianças em suas 
motivações; 8) Adoção de um ambiente de ensino natural, favorecendo o 
desenvolvimento de competências sociais que possam ser generalizadas 
à vivência diária da criança; 9) Grande intensidade na apresentação de 
oportunidades de aprendizado à criança; 10) Reforço por parte do terapeuta 
das tentativas e do esforço da criança, seja qual for o seu nível de precisão; 
11) Parceria com os pais e demais membros da família;"
Conforme a Drª. Sally Rogers (2020), a terapia comportamental atua no 
desenvolvimento cognitivo das crianças com autismo, sendo que 90% das 
crianças que recebem o tratamento no modelo Denver se tornam verbais 
com até dois anos de tratamento (AUTISTOLOGOS, 2020). 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
O Modelo Denver centraliza os esforços exatamente no coração dos 
sintomas do autismo, ou seja, na reciprocidade social. Com o tempo o cérebro 
muda fisicamente e quimicamente, comprovado cientificamente afirma Lopes 
(2020).
Também é importante ponderar que as pessoas com TEA precisam de 
previsibilidade (antecipação dos acontecimentos) e no Modelo dever isso é 
respeitado.
A criança com autismo necessita de previsibilidade no seu dia a dia. A 
antecipação dos acontecimentos faz com que ela se sinta segura, por isso 
é tão importante uma rotina pré-estabelecida. [...] é importante estabelecer 
junto a equipe de profissionais responsáveis pela intervenção da criança uma 
rotina que possa coincidir com a realidade da família e que ao mesmo tempo 
possa dar continuidade em alguns objetivos propostos no desenvolvimento 
da criança (INSTITUTO FAROL, 2020, s.p.).
Quer saber mais sobreo Modelo Denver e sobre autismo? 
Então segue a sugestão de duas leituras muito importantes 
– livros da idealizadora do Modelo de intervenção precoce 
em questão.
*Obs.: Esses livros não estão disponíveis para download.
Além dos livros, também gostaria de sugerir o canal no YouTube do 
Instituto Farol, uma vez que o Thiago Lopes, diretor do Instituto, trabalhou 
diretamente com a Sally Rogers, ou seja, tem muito conhecimento e 
experiência em Denver.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=At0w7x4wCrM>. Acesso em: 22 
jun. 2021.
2.5.3 TEACCH (Treatment and Education of Autistic and related 
Communication Handicapped Children) 
Em português, TEACCH significa Tratamento e Educação para Autistas 
e Crianças com Déficits relacionados com a Comunicação. É um programa 
educacional e clínico desenvolvido na década de sessenta no Departamento 
de Psiquiatria da Faculdade de Medicina na Universidade da Carolina do Norte, 
nos Estados Unidos com uma prática psicopedagógica criado a partir de um 
projeto de pesquisa que buscou observar profundamente os comportamentos 
das crianças autistas em diversas situações frente a diferentes estímulos 
(RODRIGUES, 2017).
O método TEACCH, segundo Lima (2016) , ut i l iza uma aval iação 
denominada PEP-R (Perfil Psicoeducacional Revisado) para avaliar a criança 
e determinar seus pontos fortes e de maior interesse, e suas dificuldades, e, 
a partir desses pontos, montar um programa individualizado.
Rodrigues (2017) explica que o método se baseia na adaptação do 
ambiente para facilitar a compreensão da criança em relação a seu local 
de estudo e trabalho e ao que se espera dela. Por meio da organização do 
ambiente e das tarefas de cada aluno, o TEACCH visa o desenvolvimento da 
independência do aluno.
Util iza suportes visuais e sinalizações que ajudam a criar hábitos 
saudáveis e aprender novos conceitos. Em paralelo também é usada a 
técnica PECS (Sistema de Comunicação por Troca de Figuras) que auxilia 
principalmente os pacientes não verbais. Figuras são utilizadas como forma 
principal de comunicação (AUTISMO EM DIA, 2020).
Russo (2018, s.p.) apresenta as prioridades e princípios básicos do 
TEACCH:
https://jadeautism.com/suportes-visuais/
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
• Foco na pessoa, em suas habilidades, interesses e necessidades;
• Compreensão do autismo e identifica as diferenças por meio de avaliações 
individuais; 
• Utilização de estruturas visuais para organizar o ambiente e as tarefas que 
serão ensinadas;
• Apoiar os autistas durante as atividades de lazer e sociais;
• Ensinar de forma flexível;
• Ambiente de aprendizado estruturado;
• Adaptação dos objetivos ao nível evolutivo do autista, evitando distrações 
e manter a motivação usando reforços apropriados;
• Uso de horários individualizados;
• Sequência de tarefas diárias por diferentes meios, como desenhos e 
fotografias.
• É desenvolvido para pessoas com TEA, de todas as idades e níveis de 
habilidade.
O método TEACCH tem por objetivo ajudar a criança a chegar na fase 
adulta com o máximo de autonomia possível e independência nas atividades 
diárias, no processo de aprendizagem escolar, no estudo e no trabalho, através 
de um plano de terapia de acordo com o seu perfil, bem como através de 
um ambiente organizado e sinalizado, facilitando a compreensão do autista.
Quer saber mais sobre o Método TEACCH?
O Professor e Terapeuta Ocupacional Wilson Candido dá 
várias dicas, só entrar no link do seu canal:
https://www.youtube.com/watch?v=bNo3_CNLOnA
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=bNo3_CNLOnA>. Acesso em: 22 
jun. 2021.
2.5.4 Modelo DIR (Floortime) 
O Floortime foi desenvolvido pelo psicanalista infantil Stanley Greenspan, 
é baseado nas ideias psicanalíticas. É uma metodologia mais vasta de 
intervenção chamada modelo D.I.R. (RUSSO, 2018). 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
O modelo Floortime é uma estrutura que ajuda os médicos, pais, 
familiares e professores a realizar uma avaliação abrangente para desenvolver 
um programa de intervenção sob medida para os desafios e potencialidades 
das crianças no TEA. O modelo cria uma interação entre a criança e um adulto 
através de brincadeiras, em um desenvolvimento baseado em sequências, 
sempre a partir dos interesses da criança (GRENSPAN; WIEDER, 2007).
A participação da família, dos pais é fundamental. Aos poucos vão sendo 
introduzidos problemas para a criança resolver no seu dia a dia, aumentando 
a iniciativa, a capacidade de comunicação, a troca emocional, a satisfação 
(GRENSPAN; WIEDER, 2007).
Floortime tem como objetivo construir alicerces saudáveis para as 
capacidades sociais, emocionais e intelectuais do autista. Não está preocupado 
em ensinar coisas à criança, a aprendizagem vai aparecendo naturalmente 
com o processo terapêutico (GONÇALVES, 2011).
Vamos conhecer mais sobre o Modelo Floortime?
A fonoaudióloga Adriana Fernandes traz muita informação 
importante sobre esse modelo. Só entrar no seu canal:
https://www.youtube.com/watch?v=tQ6plw5zAUE.
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=tQ6plw5zAUE>. Acesso em: 22 jun. 
2021.
2.5.5 Outras abordagens de intervenção: Voe Criança!
Além dos modelos de intervenção apresentados, existem outras 
abordagens de intervenção para auxiliar na evolução das pessoas com TEA, 
contribuindo para uma melhor qualidade de vida. Dependendo da dificuldade, 
da comorbidade, outros profissionais poderão ser necessários para auxiliar 
no desenvolvimento global do autista.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Entre as terapias complementares e multidisciplinares temos: a psiquiatria, 
a Psicologia, a Terapia Ocupacional, a Fonoaudiologia, a Fisioterapia, a 
Psicopedagogia, a Equaterapia, Musicoterapia, Hipnoterapia, Esportes, Artes, 
entre outras. Além de alguns suplementos e medicação, quando for necessário, 
conforme avaliação médica.
Essas terapias não têm uma linha formal que os caracterize no tratamento 
do autismo, e que por outro lado dependem diretamente da visão, dos objetivos 
e do bom senso de cada profissional que os aplica. Podem ajudar no tratamento 
aumentando as oportunidades de comunicação, desenvolvendo a interação 
social e proporcionando conquistas. Essas abordagens podem proporcionar 
maneiras positivas e seguras da criança com autismo a desenvolver relações 
com o ambiente onde vive (MELLO, 2005).
Importante alertar que essas terapias complementares não devem 
substituir os modelos de intervenção apresentados nessa etapa do curso, 
como ABA, Denver, entre outras. Todavia, sim, complementarem a intervenção, 
trabalharem em equipe, focando nos mesmos objetivos, mas com outra 
abordagem (LOPES, 2020).
E independente do modelo escolhido, o tratamento deve começar o 
mais cedo possível e as terapias devem ser intensas, frequentes e adaptadas 
às necessidades específicas do autista, medindo seus avanços para direcionar 
a caminhada.
 E se você gosta do assunto e quer informação segura quanto à eficácia 
dos tratamentos, segue uma dica bacana: É o Evidence-Based Practices for 
Children, Youth, and Young Adults with Autism Spectrum Disorder.
Traduzindo para o português: “práticas baseadas em evidências para 
crianças, jovens e jovens adultos com transtornos do espectro do autismo”.
É um manual assinado por universidades e órgãos governamentais dos 
Estados Unidos e que reúne pesquisas numa ampla base de dados e aponta as 
que comprovam o que é realmente tem resultados quando o assunto é autismo 
e tem uma tabela com procedimentos baseados em evidências científicas e 
outros procedimentos que ainda não conseguiram status científicos, mas são 
emergentes (NUNES; SCHMIDT, 2019). 
Segue o link do manual Práticas baseadas em evidências para crianças, 
jovens e jovens adultos com transtornos do espectro do autismo: https://
bhcoe.org/project/evidence-based-practices-for-children-youth-and-young-adults-with-autism-spectrum-disorder/.
https://cidd.unc.edu/Registry/Research/Docs/31.pdf
https://cidd.unc.edu/Registry/Research/Docs/31.pdf
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Uma outra questão que merece atenção são os custos do tratamento 
do TEA, que se estendem muitas vezes por muitos anos, podendo diminuir 
com o passar do tempo ou seguir acompanhando a vida do autista.
Percebe-se que o tratamento do autismo é dispendioso, onera muito 
o orçamento familiar, são muitos gastos com os médicos, terapeutas... e 
infelizmente a maioria dos planos de saúde não cobre as terapias para TEA 
e em se tratando do nosso Sistema Único de Saúde (SUS) a situação é mais 
crítica ainda, deixando as famílias com menos recursos financeiros de fora 
de um acompanhamento terapêutico ideal. 
Diante desse quadro precário muitas famílias estão estudando, buscando 
apoio com os médicos/fonoaudiólogos/psicólogos e especialistas que auxiliam 
nas terapias, dando orientações, suporte e supervisão para que em casa os 
pais ou outro familiar/conhecido se tornem os auxiliares terapêuticos dos seus 
filhos, aplicando o modelo terapêutico escolhido, seja ABA, Denver, TEACCH... 
com um plano elaborado para a criança de acordo com seu perfil, dificuldades 
identificadas durante as consultas médicas e através de um checklist.
E, por fim: Lembram do ditado popular que coloquei no 
início dessa nossa segunda etapa do curso?
“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.
Quando estava pensando no tratamento do TEA, enquanto mãe de autista 
e terapeuta do meu filho me veio esse ditado popular à mente, porque o 
tratamento do autista é bem assim, envolve muita repetição, alta intensidade, 
frequência, tempo de dedicação até que aquela “pedra dura” comece a furar. 
E quando vemos o resultado é maravilhoso, pequenas conquistas são muito 
comemoradas.
Entenda, a evolução no TEA normalmente é lenta, desafiadora, afinal 
é um desenvolvimento neuroatípico (desenvolvimento atípico, diferente). 
É preciso muita persistência, paciência, determinação, dedicação, estudo, 
equilíbrio emocional e amor. Acreditar no potencial do autista. Não comparar 
ele com outra criança neurotípica, mas se quiser comparar, compare com ele 
mesmo. Use os avanços da sua criança como parâmetro. Crianças com TEA 
na mesma idade e no mesmo modelo de intervenção evoluirão diferente, pois, 
são diferentes e o plano de intervenção leva em conta todas as diferenças.
Todavia, o que se pode afirmar a partir do estudo dessa etapa dois do 
nosso curso é que com intervenção precoce, intensa e de alta frequência, os 
resultados virão, acredite! O autismo não tem cura, mas a pessoa no espectro 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
pode viver de forma independente, autônoma, com interação social e feliz. É 
claro que cada caso é único e também existem as comorbidades que podem 
atrapalhar nesse processo, então uns evoluem mais rápido, outros menos.
É como diz o ditado: “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, 
insista, não desista, acredite que é possível, confie no potencial da sua criança, 
confie nos médicos, especialistas que estão com vocês nessa caminhada, 
porque sim, é possível “furar a pedra dura”, mudar comportamentos, mudar 
um cérebro que é aberrante, mudar a rota. 
Por fim, gostaria de ressaltar que não se trata de romantizar o TEA, 
mesmo porque desde o diagnóstico o transtorno vem carregado de angústia, 
ansiedade, sofrimento para o autista e para a família, mas sim de enxergar a 
felicidade e a gratidão nas pequenas conquistas do autista.
 “Tudo depende do ângulo que encaramos o TEA. Eu prefiro acreditar 
em oportunidade”. 
(Luciana Fofonka – mãe, pedagoga e auxiliar terapêutica do seu filho, 
2021).
FONTE: As autoras
FIGURA 5 – LUCCA NA REDE DURANTE TERAPIA
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ABIS. Cartilha de Orientações de Brincadeiras para Família com Crianças 
com TEA. 2020a. Disponível em: https://childmind.org/article/sensory-
processing-issues-explained/. Acesso em: 10 mar. 2021. 
ABIS. Cartilha e dicas de brincadeiras para TEA. 2020b. Disponível em: 
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/setembro/cartilha-
da-dicas-de-brincadeiras-para-familias-de-criancas-com-transtorno-do-
espectro-autista/Orientaesdebrincadeirasparafamliascomcrianascom
transtornodoESPECTROautista.pdf. Acesso em: 23 mar. 2021. 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico 
de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
Disponível em: http://www.niip.com.br/wp-content/uploads/2018/06/
Manual-Diagnosico-e-Estatistico-de-Transtornos-Mentais-DSM-5-1-pdf.pdf. 
Acesso em: 22 jun. 2021.
ARAÚJO, A. C.; LOTUFO NETO, F. A Nova Classificação Americana para 
os Transtornos Mentais – o DSM-5. Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn., 
v.16, n. 1, p. 67-82, 2014. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.
php?script=sci_abstract&pid=S1517-55452014000100007. Acesso em: 10 abr. 
2021. 
AUTISMO E REALIDADE. Estudo do CDC aponta ainda que o nº de 
meninos com autismo é quatro vezes maior que o de meninas. 2020. 
Disponível em: https://autismoerealidade.org.br/2020/05/29/novo-
documento-afirma-que-1-em-cada-54-pessoas-possui-tea/. Acesso em: 13 
fev. 2021. 
AUTISMO EM DIA. Tratamentos para autismo: 5 terapias essenciais para 
o TEA. 2020. Disponível em: https://www.autismoemdia.com.br/blog/
tratamentos-para-autismo-5-terapias-essenciais-para-o-tea/. Acesso em: 
30 mar. 2021. 
AUTISTOLOGOS. Terapia de integração sensorial. 2020. Disponível em: 
https://www.autistologos.com/copia-sensorial-6. Acesso em: 23 mar. 2021. 
AYRES, A. J. Sensory integration and the child. Los Angeles: Western 
Psychological Services, 1972.
https://childmind.org/article/sensory-processing-issues-explained/
https://childmind.org/article/sensory-processing-issues-explained/
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/setembro/cartilha-da-dicas-de-brincadeiras-para-familias-de-criancas-com-transtorno-do-espectro-autista/OrientaesdebrincadeirasparafamliascomcrianascomtranstornodoESPECTROautista.pdf
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/setembro/cartilha-da-dicas-de-brincadeiras-para-familias-de-criancas-com-transtorno-do-espectro-autista/OrientaesdebrincadeirasparafamliascomcrianascomtranstornodoESPECTROautista.pdf
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/setembro/cartilha-da-dicas-de-brincadeiras-para-familias-de-criancas-com-transtorno-do-espectro-autista/OrientaesdebrincadeirasparafamliascomcrianascomtranstornodoESPECTROautista.pdf
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/setembro/cartilha-da-dicas-de-brincadeiras-para-familias-de-criancas-com-transtorno-do-espectro-autista/OrientaesdebrincadeirasparafamliascomcrianascomtranstornodoESPECTROautista.pdf
https://autismoerealidade.org.br/2020/05/29/novo-documento-afirma-que-1-em-cada-54-pessoas-possui-tea/
https://autismoerealidade.org.br/2020/05/29/novo-documento-afirma-que-1-em-cada-54-pessoas-possui-tea/
https://www.autistologos.com/copia-sensorial-6
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
BORBA, M. M. C.; BARROS, R. S. Ele é autista: como posso ajudar 
na intervenção? Um guia para profissionais e pais com crianças 
sob intervenção analíticocomportamental ao autismo. Cartilha da 
Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental 
(ABPMC), 2018. Disponível em: http://abpmc.org.br/arquivos/
publicacoes/1521132529400bef4bf.pdf. Acesso em: 22 jun. 2021. 
BRITES, C. Quais são os principais sintomas do Autismo Leve? 2019. 
Disponível em: https://institutoneurosaber.com.br/quais-os-principais-
sintomas-do-autismo-leve/. Acesso em: 10 mar. 2021. 
CAMPOS, R. C. de. Transtorno do Espectro Autista – TEA. Sessões Clínicas 
em Rede. Atualização Técnica, abril de 2019. Disponível em: https://
www.acoesunimedbh.com.br/sessoesclinicas/wordpress/wp-content/
uploads/2019/04/Sess%C3%B5es-Cl%C3%ADnicas_Espectro-Autista_.pdf.Acesso em: 10 mar. 2021. 
ESPÍNDOLA, C. Lidando com os comportamentos disruptivos de crianças 
com autismo. 2018. Disponível em: https://www.grupoconduzir.com.br/
comportamentos-disruptivos/. Acesso em: 30 mar. 2021. 
ESTOUAUTISTA. Sinais de Desordem no Transtorno Sensorial 
de Processamento. 2020. Disponível em: https://i.pinimg.com/
originals/8f/57/0b/8f570b80604cc99384dc8a81890de010.jpg. Acesso em: 22 
jun. 2021. 
FREEDOM. 7 atividades de integração sensorial que você precisa 
conhecer. 2021. Disponível em: https://blog.freedom.ind.br/integracao-
sensorial/#:~:text=A%20Terapia%20de%20Integra%C3%A7%C3%A3o%20
Sensorial,aten%C3%A7%C3%A3o%20ou%20outras%20
disfun%C3%A7%C3%B5es%20neurol%C3%B3gicas. Acesso em: 4 mar. 2021. 
FREIRE, C. Transtorno do Espectro Autista (TEA). 2020. Disponível em: 
https://cristianofreire.com.br/transtorno-do-espectro-autista-tea/. Acesso 
em: 18 mar. 2021. 
GAIATO, M. AUTISMO REGRESSIVO. 2020a. Disponível em: https://www.
autistologos.com/regressao-e-pode-neuronal. Acesso em: 5 mar. 2021.
GAIATO, M. Birras. 2020b. Disponível em: https://www.autistologos.com/
birras-e-agressividade. Acesso em: 10 mar. 2021. 
https://institutoneurosaber.com.br/quais-os-principais-sintomas-do-autismo-leve/
https://institutoneurosaber.com.br/quais-os-principais-sintomas-do-autismo-leve/
https://www.acoesunimedbh.com.br/sessoesclinicas/wordpress/wp-content/uploads/2019/04/Sess%C3%B5es-Cl%C3%ADnicas_Espectro-Autista_.pdf
https://www.acoesunimedbh.com.br/sessoesclinicas/wordpress/wp-content/uploads/2019/04/Sess%C3%B5es-Cl%C3%ADnicas_Espectro-Autista_.pdf
https://www.acoesunimedbh.com.br/sessoesclinicas/wordpress/wp-content/uploads/2019/04/Sess%C3%B5es-Cl%C3%ADnicas_Espectro-Autista_.pdf
https://www.grupoconduzir.com.br/author/carolineespindola/
https://www.grupoconduzir.com.br/comportamentos-disruptivos/
https://www.grupoconduzir.com.br/comportamentos-disruptivos/
https://i.pinimg.com/originals/8f/57/0b/8f570b80604cc99384dc8a81890de010.jpg
https://i.pinimg.com/originals/8f/57/0b/8f570b80604cc99384dc8a81890de010.jpg
https://cristianofreire.com.br/transtorno-do-espectro-autista-tea/
https://www.autistologos.com/regressao-e-pode-neuronal
https://www.autistologos.com/regressao-e-pode-neuronal
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
GONÇALVES, P. da C. TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: 
PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO PARA PAIS EM CONTEXTO 
AMBULATORIAL. 2011. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/
bitstream/REPOSIP/330929/1/Goncalves_PriscilaDaCosta_M.pdf. Acesso em: 
22 jun. 2021. 
GRUPO CONDUZIR. ABA – Análise Comportamental Aplicada. 2020. 
Disponível em: https://www.grupoconduzir.com.br/aba-tratamento-
autismo/#:~:text=A%20An%C3%A1lise%20Comportamental%20Aplicada%20
ou,objetivo%20aprimorar%20comportamentos%20socialmente%20relevante-
s. Acesso em: 30 mar. 2021. 
INSTITUTO FAROL. Criança Autista – Mudou a rotina! E agora? 2020. 
Disponível em: https://www.institutofarol.com/post/crian%C3%A7a-autista-
mudou-a-rotina-e-agora. Acesso em: 23 mar. 2021. 
INSTITUTO NEUROSABER. Quais os níveis de intensidade no autismo? 
2020a. Disponível em: https://institutoneurosaber.com.br/quais-os-niveis-
de-intensidade-no-autismo/. Acesso em: 10 jan. 2021.
INSTITUTO NEUROSABER. TEA em meninas e mulheres – sintomas. 
2020b. Disponível em: https://institutoneurosaber.com.br/tea-em-meninas-
e-mulheres-sintomas/. Acesso em: 10 jan. 2021. 
KWANT, F. de. Autismo e o Processamento Sensorial. 2016. Disponível 
em: http://www.autimates.com/autismo-e-o-processamento-sensorial-os-
cinco-sentidos-mais/. Acesso em: 9 mar. 2021. 
LEAR, K. Ajude-nos a Aprender: Manual de Treinamento em ABA. 2. ed. 
Canadá: Comunidade Virtual Autismo no Brasil, 2004.
LIMA, F. de. Análise do instrumento perfil psicoeducacional revisado 
(PEP-R) para avaliação de crianças com autismo. Campinas: PEP-R, 2016. 
Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/321758/1/
Lima_Fernandade_M.pdf. Acesso em: 22 jun. 2021. 
LOPES, T. Modelo Denver de Intervenção Precoce. 2020. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=At0w7x4wCrM. Acesso em: 13 mar. 
2021. 
MULTISENSORIAL. Clínica Integrada. Integração sensorial e Terapia de 
Integração Social. 2021a. Disponível em: https://multisensorial.com.br/
integracao-sensorial/. Acesso em: 18 fev. 2021. 
http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330929/1/Goncalves_PriscilaDaCosta_M.pdf
http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330929/1/Goncalves_PriscilaDaCosta_M.pdf
https://www.grupoconduzir.com.br/aba-tratamento-autismo/#:~:text=A An%C3%A1lise Comportamental Aplicada ou,objetivo aprimorar comportamentos socialmente relevantes
https://www.grupoconduzir.com.br/aba-tratamento-autismo/#:~:text=A An%C3%A1lise Comportamental Aplicada ou,objetivo aprimorar comportamentos socialmente relevantes
https://www.grupoconduzir.com.br/aba-tratamento-autismo/#:~:text=A An%C3%A1lise Comportamental Aplicada ou,objetivo aprimorar comportamentos socialmente relevantes
https://www.grupoconduzir.com.br/aba-tratamento-autismo/#:~:text=A An%C3%A1lise Comportamental Aplicada ou,objetivo aprimorar comportamentos socialmente relevantes
https://institutoneurosaber.com.br/quais-os-niveis-de-intensidade-no-autismo/
https://institutoneurosaber.com.br/quais-os-niveis-de-intensidade-no-autismo/
https://institutoneurosaber.com.br/tea-em-meninas-e-mulheres-sintomas/
https://institutoneurosaber.com.br/tea-em-meninas-e-mulheres-sintomas/
http://www.autimates.com/autismo-e-o-processamento-sensorial-os-cinco-sentidos-mais/
http://www.autimates.com/autismo-e-o-processamento-sensorial-os-cinco-sentidos-mais/
https://www.youtube.com/watch?v=At0w7x4wCrM
https://multisensorial.com.br/integracao-sensorial/
https://multisensorial.com.br/integracao-sensorial/
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
NEUROCONECTA. Clínica Integrada. Modelo Denver de intervenção 
Precoce. 2021b. Disponível em: https://neuroconecta.com.br/modelo-
denver-de-intervencao-precoce/. Acesso em: 28 mar. 2021. 
NUNES, D. R. P.; SCHMIDT, C. Educação especial e autismo: das práticas 
baseadas em evidências à escola. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 49, 
n. 173, p. 84-104, jul./set. 2019. 
POSAR, A.; VISCONTI, P. Alterações sensoriais em crianças 
com transtorno do espectro do autismo. J. Pediatr. (Rio J.), 
Porto Alegre, v. 94, n. 4, pág. 342-350, 2018. Disponível em 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-
75572018000400342&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 2 abr. 2021. 
RODRIGUES, L. Autismo: método ABA ou método TEACCH? 2017. 
Disponível em: https://institutoitard.com.br/autismo-metodo-aba-ou-
metodo-teacch/. Acesso em: 1° mar. 2021. 
RUSSO, F. Os custos de camuflar o autismo. 2018. Disponível em: https://
www.spectrumnews.org/features/deep-dive/costs-camouflaging-autism/. 
Acesso em: 1° mar. 2021.
SILVA, M.; MULICK, J. A. Diagnosticando o transtorno autista: aspectos. 
Psicol. cienc., v. 29, n. 1, p. 116-131, 2009.
SOUZA, G. Níveis de gravidade no Atismo. 2016. Disponível em: http://
universopsicopedagogicogiselesouza.blogspot.com/2016/10/niveis-de-
gravidade-no-tea-segundo-dsm-v.html. Acesso em: 16 mar. 2021. 
TECHKNOWLEDGE. O que são as ecolalias e as estereotipias verbais. 
2018. Disponível em: https://tk-ead.com.br/blog/dicas/o-que-sao-as-
ecolalias-e-as-estereotipias-verbais/. Acesso em: 11 mar. 2021. 
https://neuroconecta.com.br/modelo-denver-de-intervencao-precoce/
https://neuroconecta.com.br/modelo-denver-de-intervencao-precoce/
https://institutoitard.com.br/autismo-metodo-aba-ou-metodo-teacch/
https://institutoitard.com.br/autismo-metodo-aba-ou-metodo-teacch/
https://www.spectrumnews.org/author/francinerusso/
https://www.spectrumnews.org/features/deep-dive/costs-camouflaging-autism/
https://www.spectrumnews.org/features/deep-dive/costs-camouflaging-autism/
http://universopsicopedagogicogiselesouza.blogspot.com/2016/10/niveis-de-gravidade-no-tea-segundo-dsm-v.html
http://universopsicopedagogicogiselesouza.blogspot.com/2016/10/niveis-de-gravidade-no-tea-segundo-dsm-v.htmlhttp://universopsicopedagogicogiselesouza.blogspot.com/2016/10/niveis-de-gravidade-no-tea-segundo-dsm-v.html
https://tk-ead.com.br/blog/dicas/o-que-sao-as-ecolalias-e-as-estereotipias-verbais/
https://tk-ead.com.br/blog/dicas/o-que-sao-as-ecolalias-e-as-estereotipias-verbais/

Outros materiais