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FACULDADES SANTO AGOSTINHO Curso de Graduação em Direito Sociologia II DIREITO E CONTROLE SOCIAL Professor Gilson Cássio de Oliveira Santos O controle é o conjunto das sanções positivas e negativas a que uma sociedade recorre para assegurar a conformidade das condutas aos modelos estabelecidos (Guy Rocher, 1971, p.96). Sanção constitui nas motivações que objetivam a adequação do comportamento do indivíduo, impulsionando-o a efetivar o desejo que tem de obter aprovação e/ou evitar reprovação de seus semelhantes, de receber recompensas que a sociedade oferece e evitar os castigos que ela pode aplicar (LAKATOS; MARCONI, 1999, p.234). Sanção positiva Mecanismos sociais que possuem função de reforçar a socialização, a interiorização das normas e valores sociais, através do sentimento de prazer proporcionado aos que atuam de maneira socialmente aprovada (LAKATOS; MARCONI, 1999, p.234). Penas por intermédio das quais o grupo reage contra elementos que atuam em contradição com as normas estabelecidas pelos diferentes códigos (LAKATOS; MARCONI, 1999, p.233) . Sanção negativa Códigos e sanções Grupos (base social) Códigos Sanções específicas 1- Associações constituídas em grande escala O Estado a) Código penal b) Código civil Constrangimento físico através de: a) multas, prisão, morte. b) indenização de prejuízos e restituição. A igreja Código religioso Excomunhão, penitência, perda de prerrogativas, temor a cólera da divindade. As organizações profissionais Código profissional Expulsão (perda da condição de membro), perda do direito de exercer a profissão. 2- Associações constituídas em pequena escala A família Código familiar Castigo dado pelos pais, exclusão da herança (deserção), perda de preferência. O clube Normas e regulamentos Perda da condição de membros, perda de privilégios O bando (gang) ou a quadrilha Código dos marginais Morte e outras formas de violência 3- A comunidade O costume, a moda, as convenções, a etiqueta Ostracismo social, perda de reputação, o ridículo. 4- As relações sociais em geral O código moral O sentimento de culpabilidade ou degradação. CONTROLE SOCIAL usos costumes instituições Leis sanções Dispositivos Sociais Integração social dos indivíduos Estabelecimento da ordem Preservação da estrutura social Objetivos Valores Imposição das vontades dos líderes Imposição das vontades da classe dominante Consenso grupal Controle informal -Usos -Costumes -Opinião pública Controle formal Lei O direito (legal) encontra-se coligado com noções morais e mesmo com usos. (p. 237) Sociedades segmentárias Preceitos religiosos Preceitos morais = Sociedades modernas Concepções religiosas Normas morais Influência Normas com necessidades técnicas -Recolhimento de impostos -Posse em cargo político -Contratos de trabalho Normas que associam-se a práticas usuais -Conduzir veículos pela direita -Usar roupas http://www.mundodasdicas.net/wp-content/uploads/2010/04/roupas-de-inverno-masculinas.jpg Manifestações do fenômeno jurídico NORMA CONDUTA Conduta normada Conduta normante “A norma tem como genetriz a conduta social (quase sempre)” (p. 237). “Entre conduta e norma há causalidade, ou causalidade circular” (p. 237). “O juiz ou intérprete da norma deve indagar os pressupostos ocultos de cada norma, as razões sociais de cada prescrição, a base social que ampara a ordem jurídica, o fim a que ele se propõe para poder ter noção verdadeira do direito” (p. 237) “O sistema do direito, vigente num povo e em certo momento, se apóia sobre um fenômeno de poder social. Sob o sistema jurídico positivo há, como seu fundamento, um fato de poder, uma realidade social que, na resultante de suas forças, faz nascer efetivamente esse sistema de direito: o fato constituinte e o poder constituinte” (p.238) http://www.treslagoas.ms.gov.br/noticias/fotos/capa/1113.jpg “A norma jurídica quase sempre é um instrumento institucionalizado de controle social” (p. 238) “Se o direito nasce da conduta social, só se institucionaliza quando alicerçado no poder da instituição máxima, em opinião pública e em estereótipos favoráveis” (Idem). “O direito embora se baseie nos sentimentos morais e seja influenciado pelas disposições institucionais de uma sociedade, provoca, pela precisão de suas regras e sanções, um grau de certeza no comportamento humano, que não pode ser alcançado através de outros tipos de controle social” (p.238). “O bom comportamento do cidadão mais exemplar deve muito à existência da política” (RUSSEL, Bertrand apud CASTRO, p. 238) “A norma jurídica é a formalização de controle, que dispõe também da força coativa” (CASTRO, p. 238) “À medida que se desenvolve historicamente, a sociedade passa por processo de racionalização” (p. 238). “A par do crescimento quantitativo de membros o domínio dos mores vai perdendo a prevalência para o domínio do jus (...) (idem). MORES JUSGrau de domínio Dimensão histórica Funções do direito Função conservadora: Manter a continuidade social “As pessoas que desfrutam de uma posição privilegiada, procuram conservá-las e se convertem em sustentáculos da ordem existente mediante a defesa dos direitos que lhes confere o sistema em vigor” (p. 239) Função inovadora: “A função inovadora junge-se mais as condições político- econômica do que a fenômenos de natureza sociocultural. A inspiração das inovações encontra-se nas transformações econômicas e no progresso técnico. Liga-se diretamente ao domínio técnico, subsidiariamente ao domínio dos folkways e, raramente, ou quase nunca, ao domínio dos mores” (p.240) Liberdade e responsabilidade Questões do querer e do agir “(...) a pessoa é formada para orientar o querer e o agir através da conscientização da vida no contexto de valores, modelos, padrões e normas sociais” (p.240) “As restrições a liberdade objetivam tornar possível a convivência dos indivíduos e a coexistência de interesses particulares e coletivos” (idem). “O equilíbrio entre os direitos individuais encontra-se na estruturação do direito objetivo” (p.240) “O direito, fenômeno social é [...] passível de mudanças” (P.240) Desse modo: Com o progresso vertiginoso no campo das técnicas de comunicação, e devido ao fato dos grupos sociais importarem de outros, não apenas informações e experiências, mas também problemas faz nascer o questionamento a que é submetido o direito (p. 241). FIM!!! gilson.santos@unimontes.br
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