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Fisiologia e Fisiopatologia III Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Hemodinâmica ➡ hemodinâmica: estudo do movimento do sangue (fluxo sanguíneo); como o sangue se comporta dentro dos vasos. ➡ fluxo (F ou Q): é o deslocamento de um volume de fluido em um determinado tempo (cm³/s). • se origina no local de maior pressão e se desloca para o local de menor pressão. - portanto, fluxo unidirecional: o sangue sempre fluirá do VE (↑ P) para o AD (↓ P). • em repouso = menor fluxo; • durante exercício físico = maior fluxo. • fatores que influenciam o fluxo: - velocidade (v): distância que uma partí- cula percorre em um determinado tem- po (cm/s). - área (A): área transversal de um vaso sanguíneo ou de um grupo de vasos (cm²). Q = v . A v = Q/A ↳ quanto maior for a área transversa, me- nor será a velocidade do fluxo. • fluxo no órgão: - pode haver variações de acordo com a diferença de pressão (P de entrada - P de saída). - cada órgão vai apresentar uma resis- tência. • fluxo no sistema: - o fluxo sanguíneo será equivalente ao débito cardíaco, portanto, a resistência será a resistência de todos os vasos do sistema e a pressão será o reflexo da for- ça do VE para ejetar sangue. • tipos de fluxo: - laminar: organizado, em lâminas; apre- senta baixa energia; a porção central corre mais rapidamente que as laterais; Nr < 2000. - turbulento: desorganizado; apresenta alta energia; gera turbulência (ex.: co- ração, devido a maior diferença de pressão); Nr > 3000 Obs.: fatores que predispõe à turbulência (↑ Nr): - grandes diâmetros - altas velocidades - baixa viscosidade - irregularidade nas paredes dos vasos - transicional: pode aparecer quando há variações no sistema; neste momento, pode haver tanto fluxo laminar, quando turbulento. 2000 < Nr < 3000. • fatores clínicos que podem alterar o flu- xo: - aneurisma: ↑ diâmetro. 1 Fisiologia e Fisiopatologia III Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 - estenose valvar: ↑ velocidade. - anemia: ↓ viscosidade = ↑ Q. - irregularidade nas paredes: placa de gordura, trombo. ➡ resistência: • ato ou efeito de resistir ao fluxo, ou seja, é o “impedimento” do fluxo de seguir adiante. • o que pode causar resistência dentro do sistema circulatório? - raio: ↓ raio = ↑ resistência - comprimento: ↑ viscosidade = ↑ resis- tência - - viscosidade: ↑ viscosidade = ↑ resistên- cia R = 𝓃 . L / r • resistência em série: - tipos diferentes de vasos em série (um vaso atrás do outro). • resistência em paralelo: - mesmo tipo de vaso (mesmo calibre) em maior quantidade em paralelo. - a perda de um sistema gera sobrecarga em outros sistemas, portanto, quando uma das resistências individuais aumen- ta, ocorre o aumento da resistência total a fim de compensar a perda de vasos (ex.: amputação; bloqueio de vasos). ➡ relação entre fluxo, pressão e resistên- cia: • quando as pressões estão igualadas, não há fluxo, logo, para haver fluxo é necessário que haja diferença de pres- são (∆P) . Q = ∆P/R ↳ quanto menor for a resistência, maior será a diferença de pressão e, consequente- mente, maior será o fluxo. • raio (r): ↓ raio = ↑ resistência = ↓ fluxo. - o diâmetro das arteríolas é controlado pela liberação tônica de noradrenalina: ↑ liberação de noradrenalina = vaso- constrição = ↑ P e ↑ R e ↓ liberação de noradrenalina = vasodilatação = ↓ P e ↓ R. - exemplo: vasoconstrição (↓ r) e vasodila- tação (↑ r). • comprimento (L): ↑ comprimento = ↑ re- sistência = ↓ fluxo. - exemplo: obesidade. • viscosidade (𝓃): varia de acordo com o hematócrito, portanto, quanto maior o hematócrito, maior a viscosidade. ↑ vis- cosidade = ↑ resistência. • Lei de Poiseuille (Leis dos Fluidos): Q = π . ∆P . r⁴ / 8 . 𝓃 . L ↳ ↑ △P = ↑ Q ↳ ↑ r = ↑ Q ↳ ↑ 𝓃 = ↓ Q ↳ ↑ L = ↓ Q Referências: BERNE & LEVY, Fisiologia (2006) Fisiologia / Linda S. Costanzo; revisão técnica Carlos Al- berto Mourão Júnior. - 6. ed. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2015. 2
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