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Fragilidade no Idoso e Síndrome da imobilização - Fragilidade: Perda funcional comprometida que causa vulnerabilidade fisiológica, resultando em capacidade reduzida do organismo de resistir aos estressores - ↑idoso ↑risco de fragilidade - perda de funcionalidade, dependência, hospitalização, quedas, alto risco de complicações clínicas, doenças e mortalidade Fragilidade : - Em 1980- um idoso dependente era um idoso frágil - Teoria professora Linda Fried : desregulação neuroendócrina + disfunção imunológico + sarcopenia - Sarcopenia (perda da massa magra + ↓ função): alterações relacionadas a idade, interações endócrinas, doenças neurodegenerativas, desuso, nutrição inadequada/ má absorção, caquexia - Sarc-F (0-2 pts): força (carregar um peso de 5kg), assistência para caminhar, levantar de uma cadeira, subir escadas, número de quedas no último ano → >4 pontos é possibilidade de sarcopenia - No Brasil, o sarc-f não é eficiente, deve ser associado a medida da circunferência da panturrilha (<31 cm) - Pode ser reversível ou atenuada por intervenções. Outros critérios diagnósticos de fragilidade: - escala FRAIL: fadiga, resistência diminuída (1 lance de escada), deambulação (capacidade de andar 1 quarteirão), comorbidades (>5), perda de peso (>5%) - escala SOF (2 critérios frágil): perda >5% em 2 anos, incapacidade de levantar e sentar em uma cadeira 5x sem utilizar as mãos, “você se sente cheio de energia?” (não) - Avaliar fatores de risco: déficit de cognição, depressão, dor, polifarmácia e polipatologias - fatores predisponentes da fragilidade: inapetência, sarcopenia, imobilidade, desequilíbrio, depressão, déficit cognitivo - Fatores desencadeantes: doença aguda, dor, depressão, polipatologias, polifarmácias, hospitalização e cirurgia Manejo/ prevenção: - Exercícios aeróbicos 150 min/sem - Exercício físico resistido - Aumentar ingesta proteica >1,2 g/kg/dia. Doenças crônicas 1,2-1,5 g/ kg/ dia (Exceto DRC classe 4) - Suplementos (+ atv física): leucina (2,5 g/dia), b-hidroxi-b-metilbutirato (HMB) (2g/ dia), vit D (800-1000 UI/dia), ácidos graxos poli-insaturados ômega 3: 2-3 g/dia - Anabolizante: suplementação de testosterona em idosos frágeis com hipogonadismo (def desse hormônio) - Limitação de todos os mov articulares, mudança postural associada com def cognitiva moderada a grave associada com contraturas - Perda da funcionalidade → incapacidade ou fragilidade Síndrome de Imobilização: - (2 critérios maiores): déficit cognitivo moderado a grave e múltiplas contraturas - (2 critérios menores): sofrimento cutâneo (úlcera de pressão), disfagia, incontinência (fecal ou urinária) ou afasia - Síndrome de imobilização e fragilidade devido à perda funcional e incapacidade - Taxa de perda a partir do 5° dia 10-15% de força muscular/sem - Perdas mais rápidas: (músculos antigravitacionais) quadríceps, flexores da coluna e musculatura plantar - Hipercalcemia - Contraturas: flexores do quadril, joelho, cotovelo, punho e dedos, rotadores de quadril e ombros - Pele: lesões mais comuns são dermatites nas dobras de pele e amoniacal (fraldas), equimoses, micose e úlceras de pressão - Fatores relacionados a úlceras de pressão: perda de imobilidade, estado nutricional precário e pele fragilizada - Locais mais comuns de úlcera de pressão: maior proeminências ósseas (sacro, calcâneo, occipício, cotovelos e joelhos) - Mudança de posição/ decúbito (a cada 2 horas) e hidratação da pele como profilaxia 1-Eritema persistente e pele intacta- pré-úlcera 2- Perda parcial da pele, apresentando-se como abrasão, bolha ou ferida superficial 3- Perda total da pele, com lesão ou necrose no subcutâneo 4- Perda total da pele com extensa destruição, necrose do tecido ou lesão em músculo, ossos ou estruturas de sustentação - Gastrointestinais: inapetência (devido inatividade, trânsito intestinal lento, metabolismo basal diminuído), disfagia (com risco de aspiração), e impactação fecal (frequente e agravada pela desidratação) - Sistema nervoso: agitação, irritabilidade, desorientação temporoespacial, diminuição da concentração, depressão e ansiedade. Delirium -Respiratório: ↓capacidade respiratória máxima, ↓ capacidade vital e volume-minuto. Diminuição dos mov do diafragma, perda de musculatura torácica, diminuição do clearance mucociliar (tosse torna-se ineficaz). Alto risco de broncopneumonia - Cardiovascular: ↑ risco de TEP, TVP, hipotensão ortostática (diminuição dos barorreceptores), isquemia arterial aguda (evitar quadril e joelhos fletidos com ângulo <20°) - Tratamento multidisciplinar com ações preventivas e de reabilitação, como adaptação do ambiente, além da intensificação dos cuidados paliativos (conforto do paciente e da família)
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