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1 PATOLOGIA Daryane Raupp – UNISC – ATM 2026.2 Patologia: Estudo da doença páthos – sofrimento, doença Logos – estudo Os distúrbios celulares surgem a partir de alterações moleculares (genes, proteínas e outros) que influenciam a sobrevivência e o comportamento das células. - As causas das doenças - Mecanismo que as produzem - Alterações morfológicas - Alterações funcionais Saúde: “Estado do indivíduo cujas funções orgânicas, físicas e mentais se acham em situação normal; estado do que é sadio ou são”. Doença: “Falta ou perturbação da saúde; moléstia, mal, enfermidade”. Novo Dicionário da Língua Portuguesa Aurélio Buarque de Holanda Ferreira Aguda: Alterações que irão ocorrer rapidamente (Infarto agudo do miocárdio) Crônica: Evolução de longa duração (hipertensão) O estresse ou estímulos nocivos irão fazer com que as células do nosso corpo/órgão afetado se modifiquem para tentar preservar sua viabilidade e sua função. A ADAPTAÇÃO É UM MECANISMO DE SOBREVIVÊNCIA. “Praticamente todas as formas de doenças começam com alterações moleculares ou estruturais nas células. O conceito da base celular de doenças foi originalmente apresentado no século XIX por Rudolf Virchow, considerado como o pai da patologia moderna.” – Bases patológicas das doenças, Robbins ADAPTAÇÕES CELULARES AO ESTRESSE: São alterações reversíveis no tamanho, no número, no fenótipo, na atividade metabólica ou na função das células em resposta a alterações em seu ambiente Hipertrofia: A hipertrofia refere-se ao aumento do tamanho das células que resulta no aumento do tamanho do órgão afetado. Lembrando que é somente um aumento da célula devido à síntese e a incorporação de novos componentes estruturais intracelulares Causa: Demanda aumentada, aumento nutricional, indução de hormônios... Fisiológica – Fisiculturista e útero na gravidez Patológica - Miocárdio de HAS (hipertensão arterial sistêmica) e obesidade Hiperplasia: É o aumento de tamanho de um órgão causado pelo aumento do número de células desse órgão. Geralmente aparece junto com a 2 PATOLOGIA Daryane Raupp – UNISC – ATM 2026.2 hipertrofia (no ex acima, o útero gravídico também apresenta hiperplasia) Causas fisiológicas: -Hiperplasia hormonal: proliferação do epitélio glandular da mama na puberdade e gravidez, útero gravídico - Hiperplasia compensatória: hiperplasia hepática após hepatectomia parcial Causas patológicas: - Hiperplasia hormonal: hiperplasia de endométrio, tireoide, próstata A hiperplasia é característica de algumas infecções virais, como por exemplo o papilomavirus, que causa verrugas cutâneas e várias lesões – vírus interfere com as proteínas do hospedeiro e regulam a proliferação celular Atrofia: É a diminuição do tamanho de um órgão que já tenha atingido seu pleno desenvolvimento, causada pela diminuição de tamanho ou do número de células deste órgão Causas fisiológicas: Algumas estruturas embrionárias como notocorda, diminuição do útero após a gravidez... Causas patológicas podem variar: - Atrofia de desuso: redução da carga de trabalho, como por exemplo ao quebrar um braço e mantê- lo engessado por um certo período, há atrofia da musculo esquelético da região, volta com atividade motora é restaurada. Quando este período é longo, as fibras musculares diminuem em número devido à apoptose. - Atrofia por denervação: Perda de inervação e consequente atrofia dos músculos que eram inervados. - Atrofia por isquemia: Redução do suprimento sanguíneo para um tecido em consequência de doença oclusiva arterial que se desenvolve lentamente resulta em atrofia do tecido. - Nutrição inadequada: Marasmo - Perda de estimulação endócrina: Pós menopausa No início há diminuição das células e das organelas, o que reduz a atividade metabólica. No musculo atrófico há menos mitocôndrias. Metaplasia: É uma alteração reversível na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo celular. Representa uma resposta adaptativa em que um tipo de célula sensível a um determinado estímulo nocivo é substituído por outro tipo de célula que é mais capaz de suportar o ambiente adverso. A metaplasia mais comum é a colunar para a escamosa como ocorre no trato respiratório em resposta à uma irritação crônica. No fumante ocorre substituição para a escamosa. “Além disso, as influências que predispõem à metaplasia, se persistentes, podem iniciar a transformação maligna no epitélio metaplásico.” Esôfago de barret: Epitélio escamoso do esôfago é substituído pelo epitélio colunar sob influência do ácido gástrico no refluxo. A metaplasia normalmente é induzida por alteração na via de diferenciação de células-tronco do tecido. Hipertrofia e hiperplasia no útero 3 PATOLOGIA Daryane Raupp – UNISC – ATM 2026.2 Morte celular: a lesão celular ocorre quando as células são estressadas tão excessivamente que não são mais capazes de se adaptar ou quando são expostas a agentes lesivos ou são prejudicadas por anomalias intrínsecas. Elas podem ser: Lesão reversível: Nos estágios iniciais ou nas formas leves de lesão, as alterações morfológicas e funcionais são reversíveis se o estímulo nocivo for removido. Características morfológicas da lesão reversível são a tumefação celular (falência das bombas de íons dependentes) e a degeneração gordurosa (vacúolos lipídicos). Lesão irreversível: Com a persistência do dano, a lesão torna-se irreversível e, com o tempo, a célula não pode se recuperar e morre. Existem dois tipos de morte celular — necrose e apoptose. Fenômenos que caracterizam as lesões irreversíveis são: A incapacidade de reverter a disfunção mitocondrial, profundos distúrbios da membrana e destruição do DNA e proteínas. Causas de lesões celulares: Privação de oxigênio: Hipoxia – Pneumonia, anemia e envenenamento por CO Agentes químicos: Venenos – Inseticidas, álcool. Agentes infecciosos: Micróbios Reações imunológicas: Autoimunes e alergias Fatores genéticos: Down, DNA danificado Desequilíbrios nutricionais: Deficiência de vitamina, deficiência/excesso nutricional Agentes físicos: Trauma, temperatura, radiação Envelhecimento: Alteração na capacidade replicativa e de reparo Necrose: A necrose é uma forma de morte celular, na qual as membranas celulares se desintegram e as enzimas celulares extravasam e, por fim, digerem a célula. A necrose provoca uma inflamação. As enzimas responsáveis pela digestão da célula são derivadas dos lisossomos e podem ser provenientes das próprias células moribundas ou de leucócitos recrutados como parte da reação inflamatória. Padrões de necrose: Coagulativa, liquefativa, gangrenosa, caseosa e gordurosa. Coagulativa: É a forma de necrose tecidual na qual a arquitetura básica dos tecidos mortos é preservada por alguns dias. Os tecidos afetados adquirem textura firme. A necrose de coagulação é característica de infartos (áreas de necrose isquêmica) em todos os órgãos sólidos, exceto o cérebro. Liquefativa: Caracteriza-se pela consistência mole ou pelo estado líquido do tecido necrótico, devido à dissolução enzimática rápida e total do tecido. É responsável pela dissolução dos tecidos em certas infecções purulentas (bacterianas ou fúngicas). É observada no sistema nervoso central. Infarto renal: alterações anatomopatológicas. Infarto encefálico: macroscopia. 4 PATOLOGIADaryane Raupp – UNISC – ATM 2026.2 Gangrenosa: Geralmente de causa vascular no membro inferior que causa a necrose coagulativa/gangrena seca. Agora, quando uma infecção bacteriana se sobrepõe a necrose coagulativa, ela se torna liquefativa pela ação de bactérias e dos leucócitos atraídos, formando a gangrena úmida. Caseosa: É encontrada mais frequentemente em focos de infecção tuberculosa. Tem aparência friável branco-amarelada na área de necrose, envolta por uma área inflamatória nítida e a arquitetura do tecido é completamente obliterada, e os contornos celulares não podem ser distinguidos. O foco da inflamação e conhecido como granuloma. Gordurosa: Comum em infecções no pâncreas e quando há extravasamento de algum tipo de enzima para o interior do peritônio. Ácidos graxos+cálcio=áreas brancas (saponificação). Associar com pancreatite aguda! – pingo de vela Fibrinoide: é uma forma especial de necrose, visível à microscopia óptica, geralmente observada nas reações imunes, nas quais complexos de antígenos e anticorpos são depositados nas paredes das artérias. Associar com poliartrite nodosa! MECANISMOS DE LESÃO CELULAR: Depleção de ATP: As principais causas de depleção de ATP são a redução do suprimento de oxigênio e nutrientes, o dano mitocondrial e as ações de algumas toxinas (p. ex., cianeto). A depleção significativa de ATP tem amplos efeitos em muitos sistemas celulares críticos: Atividade da bomba de sódio na membrana plasmática dependente de ATP é reduzida – causa da tumefação e dilatação RE Ocorre aumento compensatório na glicólise anaeróbica – Diminuição do PH intracelular A falência na bomba de Ca2+ leva ao influxo de Ca2+ A depleção prolongada ou crescente de ATP causa o rompimento estrutural do aparelho de síntese proteica. Extensas áreas necróticas em paciente com doença vascular periférica. Tuberculose pulmonar com cavitação. Mesentério com lesões em “pingo de vela”. Poliangiite nodosa. 5 PATOLOGIA Daryane Raupp – UNISC – ATM 2026.2 Danos e disfunções mitocondriais: As mitocôndrias produzem energia de sustentação da vida, na forma de ATP, mas são também componentes críticos da lesão e morte celular. As mitocôndrias são sensíveis a vários tipos de estímulos nocivos, incluindo hipóxia, toxinas químicas e radiação. Os danos mitocondriais resultam em graves anormalidades bioquímicas: - Falha na fosforilação oxidativa levando a depleção progressiva de ATP, culminando na necrose da célula; - Fosforilação oxidativa anormal leva também à formação de espécies reativas de oxigênio; - A lesão mitocondrial frequentemente resulta na formação de um canal de alta condutância na membrana mitocondrial, chamado de poro de transição de permeabilidade mitocondrial. - As mitocôndrias contêm também várias proteínas que, quando liberadas para o citoplasma, informam à célula que há uma lesão interna e ativam a via de apoptose. Influxo de cálcio: O Cálcio extracelular depletado retarda a morte celular após hipóxia e exposição a algumas toxinas. Lesão celular por aumento de cálcio no citosol. Acúmulo de radicais livres derivados de oxigênio: Os radicais livres são extremamente instáveis e reagem prontamente com químicos orgânicos e inorgânicos; quando gerados nas células, atacam avidamente os ácidos nucleicos, assim como uma variedade de proteínas e lipídios celulares. Iniciam reações autocatalíticas; as moléculas que reagem com eles são, por sua vez, convertidas em radicais livres, propagando, assim, a cadeia de danos. Neutralização desses radicais livres? Enzima - Citocromo-P450 Defeito na permeabilidade de membrana: O aumento da permeabilidade da membrana, levando posteriormente a lesão franca da membrana, é uma característica consistente da maioria das formas de lesão celular que culmina em necrose. Danos ao DNA e às proteínas: As células possuem mecanismos que reparam as lesões de DNA, porém se o dano é muito grave para ser corrigido (p. ex., após lesão por radiação ou estresse oxidativo) a célula inicia seu programa de suicídio e morre por apoptose. Uma reação semelhante é iniciada por proteínas impropriamente dobradas, as quais podem ser resultantes de mutações herdadas ou disparadores externos, como os radicais livres. 6 PATOLOGIA Daryane Raupp – UNISC – ATM 2026.2 Apoptose: É uma via de morte celular na qual as células ativam enzimas que degradam o DNA nuclear das células, bem como as proteínas nucleares e citoplasmáticas. Os fragmentos das células apoptóticas, então, se separam, gerando a aparência responsável pelo nome (apoptose, “cair fora”). A membrana plasmática da célula apoptótica permanece intacta, mas é alterada de tal forma que os fragmentos, chamados corpos apoptóticos, se tornam altamente “comestíveis”, levando ao seu rápido consumo por fagócitos. A célula morta e seus fragmentos são limpos com pouco extravasamento de conteúdo celular, de forma que a morte celular apoptótica não causa uma reação inflamatória. Assim, a apoptose difere em muitos aspectos da necrose. - Elimina células desnecessárias - Embriogênese - Involução dos tecidos hormônios dependentes - Eliminação de linfócitos autor reativos - Elimina células altamente alteradas - Lesão do DNA - Lesão celular em infecções - Atrofia de órgãos após obstrução de um ducto Via Mitocondrial (Intrínseca) da Apoptose: As mitocôndrias contêm uma série de proteínas que são capazes de induzir apoptose; essas proteínas incluem o citocromo c e outras proteínas que neutralizam inibidores endógenos da apoptose. A escolha entre a sobrevivência e a morte celular é determinada pela permeabilidade da mitocôndria, que é controlada por uma família de mais de 20 proteínas cujo protótipo é a Bcl-2. A via mitocondrial parece ser a via responsável pela maioria das situações de apoptose. Via Receptor de Morte da Apoptose (Extrínseca): Muitas células expressam moléculas de superfície, chamadas receptores de morte, que disparam a apoptose. A maioria dessas moléculas são receptores membros da família do fator de necrose tumoral (TNF) que contêm em suas regiões citoplasmáticas um “domínio de morte” conservado, assim chamado porque medeia a interação com outras proteínas envolvidas na morte celular. Exemplos de apoptose: Privação de Fator de Crescimento Lesão de DNA Acúmulo de Proteínas Anormalmente Dobradas Estresse do RE Apoptose de Linfócitos Autorreativos Apoptose Mediada por Linfócito T Citotóxico 7 PATOLOGIA Daryane Raupp – UNISC – ATM 2026.2 Autofagia: A autofagia (“comer a si mesmo”) refere-se à digestão lisossômica dos componentes da célula. Constitui um mecanismo de sobrevivência em períodos de privação de nutrientes, de modo que a célula em privação pode sobreviver digerindo seu próprio conteúdo e reciclando-o para fornecer nutrientes e energia. ACÚMULOS INTRACELULARES: Em algumas circunstâncias, as células podem acumular quantidades anormais de várias substâncias que podem ser inofensivas ou associadas com vários graus de lesão. Este acúmulo pode ser transitório ou permanente. A substância pode estar localizada no citoplasma, no interior de organelas (tipicamente nos lisossomos) ou no núcleo, e pode ser sintetizada pelas células afetadas ou produzida em qualquer outro lugar. 1)LÍPIDIOS: a) Triglicerídeos: b) Colesterol: 2)PROTEINAS: a) Situações fisiológicas:b) Situações patológicas: Esteatose hepática de etiologia alcoólica (macroscopia). Esteatose hepática de etiologia alcoólica (macro e microgoticular). Xantomas ou xantelasmas (macroscopia). Proteína sendo reabsorvida nos túbulos contorcidos proximais renais. Depósitos de amiloide renal (Vermelho Congo) e estes sob a luz polarizada. – Amiloidose Encéfalo de um paciente com Doença de Huntington (macroscopia). 8 PATOLOGIA Daryane Raupp – UNISC – ATM 2026.2 3)GLICOGENIO: a) Glicogenólise: 4)PIGMENTOS EXÓGENOS: a) Antracose: b) Tatuagens: 4)PIGMENTOS ENDÓGENOS: a) Melanina: Sardas (efélides) – nevos – melanoma. b) Ácido homogentísico: A alcaptonúria é uma doença autossômica recessiva rara, decorrente da deficiência da enzima ácido homogentísico-oxidase, produzida pelo fígado e rins, envolvida no metabolismo dos aminoácidos fenilalanina e tirosina. Na ausência desta enzima, ocorre o acúmulo de pigmento ocronótico. (c) Lipofuscina: Atóxica, marcador de lesão por radical livre. Constituída de complexos lipídicos e proteicos derivados de peroxidação. Células encefálicas com acúmulo de proteína (áreas marrons) na degeneração frontotemporal. Células hepáticas repletas de glicogênio. Áreas escuras macroscópicas correspondem a acúmulo de partículas carbônicas inaladas. Na tatuagem, os pigmentos são introduzidos no derma onde permanecem por décadas. Lesão melanocítica focal à macroscopia. Lesões cutâneas em um paciente com alcaptonúria (ocronose). Grânulos alaranjados em miócitos cardíacos. 9 PATOLOGIA Daryane Raupp – UNISC – ATM 2026.2 (d) Hemossiderina: Derivada da hemoglobina Ferritina: armazenamento de ferro nas células Excesso de ferro: ferritina forma grânulos de hemossiderina (baço, fígado, medula). Local: equimose (hemossiderose) CALCIFICAÇÕES: A calcificação patológica é um processo comum em uma ampla variedade de doenças; implica o depósito anormal de sais de cálcio, em combinação com pequenas quantidades de ferro, magnésio e outros minerais. Calcificação distrófica: ocorre na ausência de perturbações metabólicas do cálcio - Deposição de cálcio e áreas de lesão celular e necrose; - Calcificação na aterosclerose - Estenose aórtica nos idosos (valvas calcificadas) - Independente da concentração de cálcio Calcificação metastática: É quase sempre reflete algum distúrbio no metabolismo do cálcio (hipercalcemia). -Ocorre em tecidos normais; - Aumento da secreção de PTH (paratormônio); -Destruição óssea; -Distúrbio de vit D (excesso); -Insuficiência renal (retenção de fosfato). ❖ ENVELHECIMENTO CELULAR Os indivíduos envelhecem porque suas células envelhecem. O envelhecimento celular é o resultado do declínio progressivo do tempo de vida e da capacidade funcional das células. Senescência celular: É uma resposta homeostática que evita a progressão de células danificadas e transformação neoplásica. Senilidade: Alterações produzidas por várias afecções que podem acometer o idoso Acredita-se que vários mecanismos sejam responsáveis pelo envelhecimento celular: Lesão do DNA: Uma série de lesões metabólicas que se acumulam com o tempo resulta em lesão do DNA nuclear e mitocondrial. Algumas síndromes de envelhecimento estão associadas com defeitos nos mecanismos de reparo do DNA; Diminuição da replicação celular: Todas as células normais possuem capacidade limitada de replicação e, após um número fixo de divisões, estacionam em um estado terminal de não divisão, conhecido como senescência replicativa. O envelhecimento está associado à progressiva senescência replicativa das células. As células de crianças têm a capacidade de sofrer mais ciclos de replicação do que as células de pessoas mais velhas. Hemorragia subcutânea (equimose) resultado de contusões. Encontrada em áreas necróticas como nesta valva aórtica (tecidos mortos). Nefrocalcinose em papila renal em consequência de hipercalcemia (tecido vivo). 10 PATOLOGIA Daryane Raupp – UNISC – ATM 2026.2 Os telômeros são sequências repetidas curtas do DNA presentes nas extremidades lineares dos cromossomos importantes para garantir a replicação completa das extremidades dos cromossomos, protegendo-as da fusão e degradação. Quando as células somáticas se replicam, uma pequena parte do telômero não é duplicada, tornando os telômeros progressivamente mais curtos. nas células cancerosas imortais, a telomerase é reativada e o comprimento do telômero é estabilizado, permitindo a proliferação indefinida das células. Deficiência da homeostasia proteica: Com o tempo, as células tornam-se incapazes de manter uma homeostasia proteica normal, resultante do aumento do turnover e da diminuição de síntese causada pela redução de translação das proteínas e da atividade defeituosa das chaperonas, dos proteossomos (que destroem proteínas mal dobradas) e das enzimas de reparo. Telômeros: TTAGGG de nucleotídeos situadas no final dos cromossomos que estabilizam o DNA. Senescência e Envelhecimento – krieger -Senescência celular: É uma resposta homeostática que evita a progressão de células danificadas e transformação neoplásica. O termo senescência refere-se ao processo de envelhecimento dos seres vivos. A senescência celular consiste no processo de parada de divisão celular, fazendo com que não haja mais substituição de células que, por algum motivo, pararam de metabolizar. - Senescência replicativa: encurtamento dos telômeros. Também ocorre senescência celular nas seguintes situações: - Ativação de oncogenes, - Estresse (stress-induced premature senescence- SIPS) ex: hiper e hipoxia, - Estresse oxidativo, - Disfunções mitocondriais, - Falha na autofagia Senescência celular- fenótipo senescente: Se acumulam em vários tecidos Passam por alterações fenotípicas: secreções e cromatina Estão relacionadas a disfunções teciduais e diversas patologias SASP: fenótipo secretor associado à senescência (senescence associated secretory phenotype) - Ocorrem alterações celulares e secreção de citocinas pró-inflamatórias (autocrina/parácrina) - Resistencia a apoptose (p53). - Metabolismo glicolítico. - Acúmulo de lipofuscina no citoplasma. 11 PATOLOGIA Daryane Raupp – UNISC – ATM 2026.2 - Desenvolvimento de doenças como câncer, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, neurodegenerativas e renais. Senolíticos e Senomórficos: Compostos que promovem a eliminação de células senescentes do organismo. REFERÊNCIA: Robbins patologia básica. 9ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 5) ROBBINS, S. L.; COTRAN R.S.; KUMAR, V. SLIDES, ANOTAÇÕES E AFINS
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