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Proposta de redação - tema 02 - 3 ano EM

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Segmento: Ensino Médio
 Turma: 3o ano
 Professora: Renilda Resende
 Data: _____/03/2022
Componente Curricular: Produção de Texto 
Conteúdo Cultural: Proposta de Redação – ENEM
PROPOSTA DE REDAÇÃO – TEMA 02
A propagação da violência obstétrica como ofensa à dignidade humana e seus impactos na qualidade de vida feminina no Brasil
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema A propagação da violência obstétrica como ofensa à dignidade humana e seus impactos na qualidade de vida feminina no Brasil, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione de forma coerente e coesa os argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
Texto 1
Aprenda a identificar casos de violência obstétrica
Empurrar a barriga da gestante, mandar ela parar de gritar e exigir jejum, são tipos de violências comuns sofridas.
Redação Folha Vitória
05 de Agosto de 2019 
Grande parte da população sequer sabe o que é um parto com respeito. Muitas mulheres acreditam que o parto normal é perigoso. Uma das principais causas desse pensamento, está relacionado aos abusos que as mulheres vêm sofrendo em hospitais públicos nos últimos anos. Porém, não é só em parto normal que existe Violência Obstétrica (VO), até mesmo mulheres que passam por cesarianas sofrem o problema. Em alguns casos, a própria indicação de cesariana desnecessária é a própria violência. 
Os números já denunciam essa realidade. Segundo a Fiocruz, 88% dos partos realizados em redes privadas são cesáreas, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que partos dessa natureza não ultrapassem o índice de 15%.
Grande parte da população sequer sabe o que é um parto com respeito. A violência obstétrica se caracteriza por atos de negligência, assédio moral e físico, abuso e desrespeito com a gestante. Alguns exemplos são: empurrar a barriga da gestante, mandar ela parar de gritar e exigir jejum, são tipos de violências comuns sofridas.
Veja abaixo exemplos de violência obstétrica 
Proibir a entrada de acompanhante: Quando vai dar à luz, toda mulher tem direito a um acompanhante de sua livre escolha durante o acolhimento, pré-parto, parto e pós-parto imediato em todos os serviços públicos e particulares
Negar informação sobre procedimentos que serão realizados: Toda mulher tem direito a receber informação sobre o seu estado de saúde e o do bebê, além dos procedimentos indicados para cada situação. É obrigação do profissional explicar a finalidade de cada intervenção.
Não respeitar a privacidade: Toda mulher tem direito à privacidade, ao conforto e a não ser constrangida. Também é direito da parturiente ter a garantia do sigilo de suas informações e o respeito aos seus valores éticos, culturais e religiosos. Encher a sala de pessoas desnecessárias como funcionários do hospital ou alunos, contra o desejo dessa mulher, é considerado violência obstétrica. Manter a mulher na mesma posição obrigatoriamente (geralmente deitada, com as pernas abertas): durante o trabalho de parto, a mulher tem o direito de se movimentar e de ficar na posição que se sentir mais confortável e ajude na evolução do trabalho de parto.
Proibir a gestante de se alimentar: A gestante tem direito a se alimentar durante o trabalho de parto, afinal de contas ela precisará estar forte para o momento do expulsivo.
Agredir verbalmente: Há inúmeros relatos de comentários constrangedores e até mesmo de gritos contra a gestante em trabalho de parto por parte da equipe médica. Frases como “na hora de fazer você não gritou”, são tão revoltantes quanto comuns.
Utilizar meios farmacológicos sem autorização: A ocitocina é usada, muitas vezes, sem necessidade ou autorização da gestante, como procedimento de praxe, para acelerar o trabalho de parto e diminuir as horas que a equipe terá que se dedicar àquela paciente. Todo procedimento deve ser comunicado e explicado à gestante, que tem seu direito de não se submeter, caso seja um procedimento desnecessário.
Episiotomia indiscriminada e sem o consentimento da mulher: O corte no períneo com o objetivo de facilitar passagem do bebê é hoje uma intervenção polêmica justamente porque passou a ser usada como praxe e não em caso de necessidade. Evidências científicas apontam os inúmeros malefícios da intervenção, mesmo assim, segundo a Fiocruz a prática é utilizada em 56% dos partos realizados no país.
Indicação desnecessária de cesariana: Muito comum na rede particular de saúde é a indicação de cesariana desnecessária, para comodidade do médico, usando argumentos que aterrorizem as gestantes, tais como “seu bebê está em sofrimento”, “Você está perdendo líquido aminiotico”, “O bebê está com uma circular de cordão”, “Você não tem passagem”. Caso a gentante desconfie que a informação passada não corresponde a realidade, é importante procurar uma segunda opinião média. Sonegar informações sobre o risco de uma cesariana e criar obstáculos inexistentes ao parto normal são uma forma de enganar a mulher, tirar dela o direito à informação e também é considerado violência obstétrica.
Impedir o contato da mãe com o bebê após o parto: A importância do momento já foi atestada por evidências científicas por acalmar o bebê, manter sua temperatura corporal no contato pele a pele, ajudar na expulsão da placenta e prevenir hemorragias, com a amamentação imediata.
As informações acima foram fornecidas pela doula Jordana Rangel e retiradas da cartilha Violência Obstétrica é Violência contra a Mulher.
Consequências 
Durante o processo de parturição a mulher encontra-se em extrema situação de vulnerabilidade física e emocional. Absolutamente todos os partos são eventos traumáticos, do ponto de vista psíquico. Mas trata-se de um trauma rapidamente superado, quando vivenciado de maneira acolhedora e respeitosa à parturiente e ao seu bebê. Porém quando uma mulher vivencia abusos, insultos, abandono, e descaso no momento do parto, isso a afetará a curto, médio e longo prazo.
A curto prazo, imediatamente no momento do parto quando são insultadas, afastadas de seus acompanhantes, negligenciadas ou submetidas a procedimentos sem o devido esclarecimento e consentimento, o parto, torna-se mais demorado e doloroso. 
A médio prazo, ou no pós parto imediato ter sofrido violência incapacita a mulher de uma experiência satisfatória e imediata de sua maternagem. Procedimentos como utilização indiscriminada de ocitocina sintética, a manobra de Kristeller e a episiotomia dificultam a recuperação física da mulher e com isso, podem inibir a imediata interação da mãe com seu bebê. 
A longo prazo, no puerpério, mulheres violentadas, relatam sintomas físicos e emocionais muito próximos aos pacientes que sofrem de Estresse Pós Traumático. Ou seja, a violência obstétrica provoca uma infinidade de consequências emocionais que podem dificultar a vinculação da mãe com seu bebê, além de se inscrever no imaginário das mulheres como algo doloroso.
"Quando uma mulher experiencia a violência obstétrica no parto é imprescindível o acompanhamento psicológico para lidar com esse evento traumático. Temos ótimos resultados. Cabe a todas exigirem que os profissionais de saúde exerçam suas práticas de acordo com as normas técnicas definidas pelo SUS e cabe as mulheres denunciarem as práticas que sejam violentas", disse Bianca Martins, psicóloga perinatal. 
Disponível em: https://www.folhavitoria.com.br/saude/noticia/08/2019/aprenda-a-identificar-casos-de-violencia-obstetrica
Texto 2
Texto 3 
Disponível em: https://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/08/vitimas-da-violencia-obstetrica-o-lado-invisivel-do-parto.html
Texto 4
MPF diz que Ministério da Saúde deve combater violência obstétrica, e não proibir termo
Uma em cada quatro mulheres no Brasil sofreu essetipo de violência, mas em despacho, pasta afirmou que termo tem 'conotação inadequada'
Publicado por Redação RBA 13/05/2019 12:45
São Paulo – O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Ministério da Saúde que ao invés de realizar ações para abolir o uso da expressão “violência obstétrica“, sejam tomadas medidas para coibir práticas agressivas durante o parto.
O documento, publicado na última sexta-feira (10) e assinado pela procuradora da República Ana Carolina Previtalli, faz referência ao despacho do Ministério da Saúde em que a pasta diz que o termo “violência obstétrica” tem “conotação inadequada”.
Segundo a pesquisa “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, realizada em 2010 pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Sesc, uma em cada quatro mulheres no Brasil sofreu algum tipo de violência obstétrica.
Patricia Paulino, mãe de quatro filhos, que teve seu primeiro parto aos quinze anos, relata que nos três primeiros partos foi feita episiotomia, um corte na região do períneo para ampliar o canal para a passagem do bebê, sem que ela fosse consultada.
“Fizeram a episiotomia sem me consultar. Na segunda gestação, além deste corte, a médica utilizou as mãos e abriu com muita força, sem necessidade, porque o bebê já estava saindo. Eu sempre fiquei calada pois não sabia dessa violência e era jovem”, relatou à repórter Ana Rosa Carrara, da Rádio Brasil Atual.
A Doula e psicóloga Emanuely Ferraciu, que está grávida de seu segundo filho, explica que a violência obstétrica não é apenas física. “Proferir palavras e desmotivar mulheres também é uma violência. Estar em trabalho de parto, sentindo dor e ouvir ameaças de enfermeiras e médicos de que não pode gritar, de que não doeu na hora de fazer. Também é violência obstétrica quando o ginecologista decide fazer um exame de toque sem explicar o motivo”, explicou.
O vice-presidente da região sudeste da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Agnaldo Lopes, diz que uma ação eficaz que coíbe a violência contra as mulheres e recém-nascidos é a formação constante dos profissionais.
“A gente defende uma assistência obstétrica adequada e baseada nas melhores evidências científicas. A mulher grávida precisa ter uma estrutura adequada para que a mãe e o bebê sejam saudáveis. A episiotomia, por exemplo, não deve ser feita em todas as pacientes.”
No Brasil, 55,5% dos partos realizados são cesáreas. Isso coloca o país em segundo lugar no ranking da prática cirúrgica no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.
Muitas dessas cirurgias são consideradas desnecessárias. Esse foi o caso de Julia Oliveira, que na sua segunda gravidez decidiu procurar o acompanhamento de uma doula para não passar novamente por traumas sofridos no primeiro parto.
“Foi um pré-natal de rotina e viram, no ultrassom, que eu estava com pouco líquido. O nenê estava bem. Quando pedi um parto normal, o médico recusou e mandou eu ir ao SUS. Me levaram para a sala de cirurgia sozinha. O médico do dia disse que queria fazer tudo rápido para chegar logo em casa e começaram a cirurgia sem me avisar”, contou Julia.
Emanuely conta que a procura por uma assistente de parto muitas vezes se dá pelo medo da violência obstétrica. “É comum as mulheres terem medo de sofrer violência. Elas procuram doulas como uma proteção. A gente não sabe denunciar essa violência, quando falamos que a sociedade não olha para esse problema é algo muito grave”, afirmou.
Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2019/05/jornal-brasil-atual-apresenta-buenos-aires-pela-otica-dos-escritores-argentinos/
Instruções:
· O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
· O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
· A redação que apresentar cópia dos textos motivadores terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
· tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
· fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
· apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
· apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Planejamento Textual
Tema: _________________________________________________________________________________________
1. Identificação dos elementos-chave e interpretação da frase temática.
1. Textos motivadores (resumo das ideias principais dos textos de apoio)
1. Argumentos (seleção das principais causas ou desafios relacionados à temática)
1. Repertório sociocultural
	Alusão histórica: 
_______________________________________________________________________________________
	Legislação: 
Literatura: 
_________________________________________________________________________
Citação (filósofo, especialistas, sociólogos, etc.):
Filmes/séries/músicas:
Esquematização do texto
	I
N
T
R
O
D
U
Ç
Ã
O
	Contextualização
	
	Tese
	
	Encaminhamento argumentativo
	D
E
S
E
N
V
O
L
V
I
M
E
N
T
O
	Argumento 1 
	
	Argumento 2 
	
C
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N
C
L
U
S
Ã
O
	Agente (Quem?)
	
	Ação (O quê?)
	
	Modo/meio (Como?)
	
	Efeito (Para quê?)
	
	Detalhamento (informação que pode ser acrescentada a qualquer um dos elementos anteriores)

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