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Hurian Machado (@doutor_sorriso) – Odontologia UNIG 
 
 1 
Prótese Total Removível I 
 
Aula 1 
 
Introdução 
 
 Próteses totais removíveis são próteses 
mucoso-suportadas, que ficam assentadas 
sobre os rebordos alveolares desdentados. 
Devolvendo assim as funções: mastigatória, 
estética e fonética. 
 O sucesso da reabilitação de uma 
prótese total não deve-se somente ao fato de 
substituir dentes perdidos, mas, sim devolver 
características anatômicas alteradas e perdidas 
durante o processo de involução do aparelho 
mastigatório, que ocorre com indivíduos que 
perderam todos os dentes em pelos menos um 
dos arcos. 
 
Anatomia do Edentado 
 
Estruturas dos processos alveolares 
 
- O osso alveolar é função dos dentes, ou seja, 
só existe quando há presença dos dentes; 
- Cada região dos arcos possui diferente 
distribuição de osso alveolar, fazendo com que 
a forma dos rebordos após exodontias sejam 
distintas. 
 
1. OSSO ALVEOLAR DA MAXILA 
 
As tábuas ósseas vestibulares estão 
intimamente com os elementos dentários. Este 
fato faz com que a reabsorção modeladora seja 
centrípeta (de fora para dentro – da tábua 
óssea vestibular para palatina), tornando assim 
o rebordo mais regular. 
 
 
 
 
2. OSSO ALVEOLAR DA MANDÍBULA 
 
- Na região anterior existe uma íntima relação 
da tábua óssea vestibular e da compacta 
alveolar com os dentes; 
- Na região de pré-molares, há um equilíbrio 
entre a quantidade de osso vestibular e lingual; 
- Na região de molares, apresenta íntima 
relação da tábua óssea lingual com os dentes; 
- Quando há perda dos dentes, fica presente na 
mandíbula a linha oblíqua externa; 
- Processo de crescimento da mandíbula 
(abertura posterior no sentido latero-lateral). 
 
 A reabsorção modeladora na mandíbula 
é irregular, pois é centrípreta na região anterior 
e centrífuga na região posterior. O alargamento 
posterior da mandíbula confere um 
abraçamento vestíbulo-lingual em relação a 
maxila. Essas irregularidades apontam qual 
arco seria mais fácil reabilitar. Além disso o arco 
superior possui maior área basal representada 
pelo palato. 
 
Reabsorção óssea 
 
1. MAXILA 
 
- Crista residual aproxima da espinha nasal; 
- Na região posterior, a crista alveolar se 
aproxima da crista zigomático-alveolar. 
 
2. MANDÍBULA 
 
- Crista até as protuberâncias e espinhas 
mantuais; 
- Pode alcançar a linha oblíqua e em casos 
extremos atingir o canal mandibular e forame 
mentual. 
 
 A atrofia da maxila e da mandíbula 
avançará em direção as linhas de fixação dos 
músculos próximos ao osso. 
Rectangle
Hurian Machado (@doutor_sorriso) – Odontologia UNIG 
 
 2 
• Fatores determinantes da perda dos 
dentes: 
 
- Cárie; 
- Doença periodontal; 
- Trauma. 
 
 Os processos alveolares residuais 
constituem a maior parte das zonas de suporte 
das próteses, juntamente com o palato, fossa 
mandibular e trígono retromolar. 
 
• Faces dos processos alveolares: 
 
- Vestibular; 
- Palatino ou lingual; 
- Oclusal. 
 
• Formas: 
 
- Oclusal; 
- Vestíbulo-lingual: U, V, C “deitado”. 
 
Músculos paraprotéticos 
 
Os músculos paraprotéticos determinam a 
região do selado periférico. 
 
1. M. Bucinador 
 
- Faz parte da expressão facial, cuticulares; 
- Característica de plasticidade e mobilidade; 
- Origem: posterior vestibular da compacta 
alveolar superior até o túber, curvando para o 
arco inferior na região de molares inferiores até 
o trígono retromolar; 
- Área de selado vestibular posterior superior e 
inferior. 
 
2. M. do Palato 
 
- O palato mole está ligado mais 
posteriormente ao palato duro. De sua 
margem livre posterior pende uma projeção, a 
úvula; 
- A musculatura do palato mole é importante, 
pois é muito móvel; 
- Nesse limite entre o palato duro e palato 
mole, dá-se o nome de post-damming. 
 
3. M. Elevador do véu palatino 
 
- Véu palatino é usado para indicar todo o 
palato mole; 
- Origem: face inferior da parte petrose do 
temporal e de uma face medial da tuba 
auditiva. Dirige-se para posterior do palato 
mole. A inserção deste músculo forma a maior 
parte do volume do palato mole. 
 
4. M. Tensor do véu palatino 
 
- Estende-se lateral e anteriormente ao 
músculo elevador; 
- Estes músculos tem ações distintas: o 
elevador, eleva o palato tracionando para cima 
e para trás. O tensor age esticando o palato 
mole; 
- Além destes o palato mole recebe fibras 
ligadas à língua e faringe. São eles palatoglosso 
e palatofaríngeo. Eles têm a função de estreitar 
a orofaringe na hora da deglutição. 
 
5. M. Orbicular dos lábios 
 
- Cuticular. Suas fibras circundam a parte 
anterior da cavidade bucal, fixando-se nas 
compactas alveolares vestibulares dos dentes 
anteriores superiores e inferiores; 
- Conformador do selado anterior vestibular 
superior e inferior. 
 
6. M. Genioglosso 
 
- Pertence ao grupo de músculos extrínsecos da 
língua e possui extrema mobilidade; 
- Origem: porção anterior da face interna da 
mandíbula, nas apófises genianas superiores. 
Depois abre-se em forma de leque, fixando em 
toda extensão inferior da língua. Ele 
movimenta a língua para frente e para os lados. 
 
Rectangle
Hurian Machado (@doutor_sorriso) – Odontologia UNIG 
 
 3 
7. M. Milo-hióideo 
 
- Este faz parte dos músculos supra-hióideos; 
- Partem da face interna da mandíbula de 
posterior dos 2 lados até a linha média, 
forrando todo o soalho de boca, indo em 
direção ao osso hióide; 
- Ele é responsável por levantar a língua. 
 
8. M. Temporal 
 
- Pode em alguns casos interferir na 
estabilidade da prótese inferior. Este fato 
ocorre quanto há uma hiperextensão do seu 
tendão, que normalmente se insere na apófise 
coronóide, podendo se estender até o trígono 
retromolar, onde teremos a papila piriforme 
que é o limite posterior da prótese inferior. 
 
9. Zona Neutra 
 
- Representa o espaço de atuação de forças 
musculares no interior da cavidade oral; 
- É a área ocupada pelos dentes e ossos 
alveolares nos dentados refere-se ao espaço 
entre a musculatura dos lábios, bochecha e 
língua; 
- Estas forças irão interferir na estabilidade das 
próteses. Principalmente as inferiores, menor 
área basal e maior força por conta da língua, 
fazendo com que a prótese fique menos 
retentiva que a superior. 
 
ATM – articulação temporomandibular 
 
- Mandíbula no recém-nascido: ângulo obtuso 
e articulações mais planas e pouco 
desenvolvidas; 
- No adulto dentado é mais complexa. O ângulo 
mandibular é quase 90º. Permitindo uma 
variedade de movimentos; 
- No edentado, ocorre a involução do aparelho 
estomatognático. Alteração facial, diminui a 
DV, projetando a mandíbula para frente. O 
ângulo se torna obtuso; 
- Os músculos também sofrem alterações, com 
a mandíbula projetada para frente, a postura 
cervical é alterada; 
- A musculatura cuticular e mastigatória 
cuticular e mastigatória sofre alterações 
estéticas e invadem a cavidade bucal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
 
É importante o conhecimento da anatomia do 
edentado para podermos satisfazer os seus 
anseios, bem como orientá-lo nas suas 
limitações, promovendo assim uma 
reabilitação que o reintegre à sociedade 
devolvendo da melhor maneira as suas 
funções. 
 
 
• Como ocorre a involução da ATM? 
 
- Após as perdas dentárias, a mandíbula se 
torna obsusa; 
- A ângulo da mandíbula de tornou obtuso; 
- A fossa da mandíbula se tornou rasa; 
- Côndilo plano; 
- Paciente com aparência de classe III. 
 
• Como ocorre a involução do SE? 
 
- O paciente perde os dentes e o osso 
alveolar; 
- A DVO se torna diminuída; 
- A posição cervical é jogada para frente. 
 
 
Rectangle
Hurian Machado (@doutor_sorriso) – Odontologia UNIG 
 
 4 
 
 
Aula 2 
 
Exame do paciente edentado 
 
 O exame é a coleta de informações que 
irão orientar na determinação do plano de 
tratamento, que deve atender as necessidades 
do paciente com simplicidade e qualidade. 
 
Estratégias para coleta de dados 
 
1. Questionários (saúde do paciente); 
2. Exames clínicos intra e extra-orais; 
3. Exames complementares.• Perguntas 
 
- Está insatisfeito com sua prótese total atual? 
- Há quanto tempo usa esta prótese total? 
- Como os dentes foram perdidos? 
- O paciente compreendeu as possíveis 
limitações estéticas e funcionais do seu caso? 
- Está informado dos custos do tratamento? 
- Foi avisado que serão necessários ajustes 
depois da instalação da prótese? 
- Foi informado que o sucesso da prótese 
depende de manutenção? 
 
Pré-requisitos do tratamento 
 
• Anamnese 
- Estado geral de saúde; 
- Anotar em ficha clínica; 
- Postura e sigilo profissional; 
- Queixa principal (atendida ou explicada para 
redimensionar a expectativa); 
- Hábitos para-funcionais. 
 
Obs: a obtenção de todas as informações não é 
completa na 1ª visita. 
 
• Exame Extra-oral 
 
- Inicia-se durante a anamnese; 
- Observa-se: aspecto facial, dimensão vertical, 
suporte de lábio, linha do sorriso e altura 
incisal; 
- Observar ainda no exame extra-oral as 
próteses totais antigas: higiene, desgastes, 
espaços protéticos, área chapeável, 
características dos dentes artificiais; 
- Avaliação da musculatura e ATMs. 
 
• Exame intra-oral 
 
- Avaliar tecidos moles, músculos e rebordos 
remanescentes e patologias; 
- Mucosas, língua e tecidos de revestimento do 
rebordo devem ser inspecionados e palpados; 
- Hipertrofias e atrofias dos rebordos; 
- Tudo que pode interferir na execução do caso 
(cirurgia pré-protética). 
 
Síndrome da Combinação de Kelly 
 
- Para que aconteça a Síndrome da 
Combinação, o paciente precisa ser 
desdentado total superior, e apresentar Classe 
I de Kennedy na arcada inferior (desdentado 
posterior bilateralmente e apresenta dentes na 
bateria labial inferior); 
- O paciente normalmente usa prótese total 
superior e não usa 
PPR inferior (ou 
quando usa, é sem 
função); 
- Como o paciente 
apresenta somente 
Rectangle
Hurian Machado (@doutor_sorriso) – Odontologia UNIG 
 
 5 
dentes anteriores inferiores, só terá contato na 
região de pré-maxila, o que causa um trauma 
na região anterior da maxila; 
- Ocorre uma severa reabsorção óssea na 
região de pré-maxila, fazendo com que o tecido 
gengival se torne flácido (móvel); 
- Ocorre uma pneumatização dos seios da face, 
devido ao movimento de sucção que o paciente 
faz para tentar fixar a prótese total; 
- Os dentes inferiores anteriores podem 
apresentar mobilidade devido ao trauma. 
 
• Exames por imagem 
 
1) Radiografia periapical 
 
- Exame de eleição, para pilares de próteses, 
cáries, inserção óssea e raízes remanescentes. 
 
2) Radiografia oclusal 
 
- Verificar o tamanho da arcada e mapear áreas 
que serão examinadas. 
 
3) Radiografia panorâmica 
 
- Utilização no pré-cirúrgico, maxila e 
mandíbula em 1 tomada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 3 
 
Limites gerais da área basal 
 (Área chapeável) 
 
 O objetivo do estudo dos limites gerais 
da área chapeável é conhecer a extensão 
máxima da boca que poderá ser recoberta pela 
prótese. 
 
Delimitação da área chapeável 
 
• Maxila 
 
- Freio labial; 
- Fundo de vestíbulo; 
- Músculo bucinador; 
- Tuber; 
- Palato mole e palato duro. 
 
• Mandíbula 
 
- Freio labial; 
- Fundo de vestíbulo; 
- Músculo bucinador; 
- Linha oblíqua externa; 
- 2/3 da papila piriforme (limite posterior); 
- Linha oblíqua interna; 
- Músculo milo-hióideo; 
- Freio lingual. 
 
Zonas da área chapeável 
 
• Zona de suporte principal 
 
- Suporta a carga mastigatória (forças verticais); 
- Crista do rebordo; 
- Compreende toda a oclusal do rebordo. 
 
• Zona de suporte secundário 
 
- Absorve também a carga mastigatória; 
- Estabilidade da prótese (horizontal); 
- Vertentes: vestibular, palatina ou lingual. 
Rectangle
Hurian Machado (@doutor_sorriso) – Odontologia UNIG 
 
 6 
• Zona do selado periférico 
 
- Contorna a área chapeável; 
- É uma zona de fibromucosa móvel; 
- Sua função principal é fazer o vedamento 
periférico, para evitar a entrada de alimentos 
para o interior da prótese e fazer com que uma 
pequena película de saliva fique interposta 
entre a base da prótese e a fibromucosa. 
 
• Zona do selado posterior 
 
- Parte posterior da área chapeável; 
- É o limite do palato duro e palato mole (post-
damming); 
- Se localiza na mandíbula em 2/3 da papila 
piriforme. 
 
• Zona de alívio 
 
São zonas que não podem receber esforços 
mastigatórios: 
 
- Rafe palatina; 
- Tórus; 
- Rebordo em lâmina de faca; 
- Forame mentoniano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 4 
 
Moldagem anatômica 
 
 A moldagem perfeita da boca 
desdentada é que reproduz com fidelidade 
todos os acidentes anatômicos, e também as 
modificações da fibromucosa no estado 
dinâmico, sob ação dos músculos orbiculares 
dos lábios, movimentos da língua e etc. 
 Em prótese total, tem-se a moldagem 
anatômica ou inicial e a moldagem 
complementar, que se divide em funcional e 
corretiva. 
 Uma boa moldagem pode ser realizada 
de muitas maneiras, mas não de qualquer 
maneira. 
 
• Moldagem: conjunto de atos clínicos que 
visam obter a impressão da área 
chapeável, por meios de materiais 
próprios e moldeiras adequadas. 
 
• Molde: é a impressão negativa da área 
chapeável, fixada em material próprio. 
 
• Modelagem: confecção do modelo a partir 
do molde, através do vazamento do gesso. 
 
• Modelo: positivo do molde, replica da área 
basal moldada. 
 
Objetivos da moldagem 
 
- Mínima deformação dos tecidos de suporte; 
- Extensão correta da base da prótese; 
- Vedamento periférico funcional; 
- Contato adequado da base da prótese com o 
rebordo. 
 
Erro principal da moldagem anatômica: 
moldagem anatômica com objetivo somente 
de confeccionar moldeira individual. 
 
 
Rectangle
Hurian Machado (@doutor_sorriso) – Odontologia UNIG 
 
 7 
Moldagem anatômica 
 
- Cópia da conformação geral da boca; 
- Afastamento da mucosa móvel, recebendo 
suas impressões no estado de tensão. 
 
• Finalidades 
 
- Delimitação correta da área chapeável; 
- Verificar tonicidade das inserções musculares; 
- Necessidade ou não de cirurgia pré-protética; 
- Obtenção do modelo anatômico; 
- Confecção da moldeira individual. 
 
• Condicionadores de tecidos 
 
Preparo prévio da boca na presença de alguma 
alteração na fibromucosa. 
 
• Fatores para o sucesso da moldagem 
anatômica 
 
- Moldeiras de estoque adequadas; 
- Material de molgadem adequado; 
- Conhecimento da anatomia; 
- Técnica operatória correta. 
 
• Seleção da moldeira 
 
- Deve cobrir toda área chapeável, tendo 2 a 
3mm de folga; 
- Borda vestibular – limite anterior; 
- Borda posterior superior – linha do post-
damming; 
- Borda posterior inferior – 2/3 da papila 
piriforme; 
- Inicia-se pelo tamanho médio; 
- A seleção deve ser feita por tentativas. 
 
• Posição do paciente 
 
1) Maxila: comissura labial na altura do terço 
inferior do braço do profissional. 
 
2) Mandíbula: comissura labial na altura do 
terço superior do braço do profissional. 
Moldagem 
 
1) Introdução 
 
- Polegar e indicador da mão direita 
posicionados no cabo da moldeira; 
- O indicador esquerdo faz o afastamento da 
comissura labial; 
- Movimento de rotação da moldeira. 
 
2) Centralização 
 
- Pedir ao paciente para abrir a boca o máximo 
possível; 
- Inserção inicial na parte posterior na maxila, e 
na parte anterior na mandíbulap; 
- Cabo centralizado na linha média. 
 
3) Aprofundamento 
 
- O operador passa para trás do paciente na 
moldagem da maxila, e na frente do paciente 
na mandíbula; 
- Os dedos indicadores e médios devem estar 
posicionados em cada lado da moldeira; 
- Deve-se fazer compressão bilateral e 
simultânea. 
 
 
 
 
 
 
Materias de moldagem 
 
 1) Alginato 
 
- Material não termo plástico; 
- É um hidrocolóide irreversível; 
- Elástico; 
- Possui baixa compressibilidade. 
 
2) Godiva 
 
- É um material termoplástico; 
- Anelástico; 
Rectangle
Hurian Machado (@doutor_sorriso) – Odontologia UNIG 
 
 8 
- Baixo escoamento; 
- É empregada em casos onde há grande 
reabsorção óssea. 
 
3) Silicones 
 
- Material não termoplástico;- Material elástico; 
- Pode ter alto, médio e baixo escoamento. 
 
Técnica de moldagem com alginato 
 
- Seleção da moldeira perfurada, começando 
com a moldeira média; 
- Individualização com cera periférica; 
- Manipulação do material segundo o 
fabricante; 
- Moldagem até a presa final; 
- Remoção dos excessos e áreas retentivas; 
- Manipulação do alginato mais fluido (pois o 
paciente é edêntulo); 
- Segunda moldagem (reembasamento), para 
sobremoldar e afastar os tecidos. 
 
• Desinfecção do molde de alginato 
 
- Borrifar solução de hipoclorito de sódio à 1%, 
mantendo-o em recipiente fechado por 10min. 
 
Técnica de moldagem com godiva 
 
A godiva é um material a base de resinas 
termoplásticas e pode ser muito útil para 
moldagem inferior de rebordo muito 
reabsorvido, pois possui grande capacidade de 
afastar a musculatura inserida no rebordo. 
 
• Preparo do material 
 
- 2 placas de godiva de alta fusão à 60º; 
- Manipular até se tornar uma massa 
homogênea; 
- Na moldeira, a espessura da godiva deve ser 
uniforme e em excesso; 
- Levar novamente no plastificador, para fazer 
a homogeneização da temperatura da moldeira 
e godiva. 
 
 
 
 
 
• Remoção do molde 
 
- Jato de água para resfriar a godiva; 
- Quebrar a retenção; 
- Levantar lábios e bochechas; 
- Tração firme para baixo. 
 
• Exame do molde 
 
- Lavar com água corrente; 
- Secar; 
- Deve ter superfície fosca; 
- Distribuição uniforme sem exposição da 
moldeira; 
- Ausência de brilho e impressões digitais; 
- Sem dobras. 
 
 
 
• Correção do molde 
 
- Falha por falta de material; 
- Pequena dobra; 
- Presença de impressão digitais. 
 
• Técnica de correção 
 
- Godiva de baixa fusão; 
- Alginato; 
Rectangle
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 9 
- Plastificar a godiva novamente. 
 
• Defeitos que não podem ser corrigidos 
 
- Molde descentralizado; 
- Falta de material no sulco e palato; 
- Excesso ou falta de compressão; 
- Molde com báscula. 
 
• Desinfecção do molde 
 
- Spray com hipoclorito de sódio 1% em cuba 
umidificadora por 10min; 
- Lavagem em água corrente; 
- Secagem do molde com papel absorvente. 
 
• Protocolo de limpeza para o plastificador 
de godiva 
 
- Lavagem com água e sabão; 
- Desinfecção com glutaraldeído à 2% por 
30min. 
Técnica de moldagem com silicone 
 
O uso do silicone, é de grande utilidade em 
pacientes que tenham defeitos ósseos grandes. 
Pois conseguimos individualizar a moldeira com 
a base pesada e moldar os detalhes com a leve. 
 
 
 
 
 
 
 
• Desinfecção do molde 
 
- Spray com hipoclorito de sódio 1% em cuba 
umidificadora por 10min; 
- Lavagem em água corrente; 
- Secagem do molde com papel absorvente. 
 
Aula 5 
 
Moldeiras Individuais 
 
Materiais necessários 
 
- Modelo anatômico; 
- Isolante para gesso; 
- Cera nº7; 
- Lâmparina; 
- Pote dappen; 
- Pote para resina; 
- Espátula 7; 
- Espátula 31; 
- Resina acrílica auto incolor; 
- Lápis; 
- Pincel. 
Modelo anatômico 
 
- Delimitação da área chapeável; 
 
 
 
 
 
 
- Alívio em cera da área 
retentiva; 
- Isolar o modelo com 
isolante para gesso; 
- Manipular a resina auto 
incolor; 
- A moldeira deve ser 
transparente, ter espessura 
uniforme, estar bem 
adaptada e ter as bordas 
arredondadas. 
 
• Áreas de alívio 
 
- Alívio das bridas; 
- Alívio das rugosidades palatinas; 
- Alívio do freio labial superior. 
Rectangle
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 10 
• Acabamento e polimento 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Resultado final após acabamento e polimento. 
Limites da área chapeável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 6 
 
Moldagem complementar 
 
A moldagem complementar se divide em 
moldagem funcional e corretiva. 
 
1) Moldagem funcional 
 
- É feita a moldagem do selado periférico; 
- Utilizamos a moldeira individual; 
- Determinação da área chapeável; 
- Vedamento da área periférica e confinamento 
da película de saliva; 
- O vedamento periférico consiste em permitir 
que os tecidos estabeleçam suas próprias 
relações de contato com o material de 
moldagem; 
- Diminui o afluxo de alimentos para o interior 
da prótese total; 
- Moldeira bem adaptada, para fazer o mínimo 
de compressão; 
- A área de alívio deve ser a menor possível e 
jamais recobrir toda a zona de suporte 
primário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Materiais utilizados 
 
- Cera; 
- Silicone pesado; 
- Resina termoplástica; 
- Godiva de baixa fusão (mais indicado). 
 
• Propriedades da godiva de baixa fusão 
 
- Fluidez adequada para exercer mínima 
pressão sobre os tecidos, quando plastificada; 
- Boa adesividade a moldeira; 
Figura 2. Moldeira com 
godiva. Moldagem do 
selado periférico. 
Rectangle
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 11 
- Rigidez após resfriada; 
 - Boa estabilidade dimensional à temperatura 
bucal; 
- Resistência suficiente para ser colocada e 
retirada em rebordos com áreas retentivas; 
- Facilidade para o operador, acrescentar ou 
tirar material; 
- Rapidez da moldagem. 
 
 Após a moldagem a godiva deve estar 
lisa, sem dobras, fosca, espessura adequada e 
contorno arredondado. Excessos devem ser 
removidos do interior da moldeira. 
 
• Técnica de moldagem 
 
- Plastificar a godiva na chama da lamparina; 
- Colocar a godiva em uma borda de cada vez; 
- Aquecer esta área para homoneneizar seu 
grau de plasticidade; 
- Leva-se à boca do paciente, com uma pressão 
firme, lenta e bilateral; 
- Espera-se o molde esfriar, e então é 
removido; 
- Examinar o molde. 
 
1) Maxila 
 
- Iniciamos pelas laterais (fundo de vestíbulo), 
anterior (área do freio labial) e então posterior 
(post-damming); 
- Tracionar lábios, dedo indicador do operador 
no sulco naso-labial e pedir para o paciente 
pronunciar o “ah” contínuo. 
 
2) Mandíbula 
 
- Iniciamos pelas laterais (fundo de vestíbulo 
bucal), fundo de vestíbulo lingual, parte 
interna, flange sublingual e freio labial; 
- Tracionar lábios, pedir para o paciente limpar 
o lábio inferior com a língua, para os lados. 
 
 
 
 
2) Moldagem corretiva 
 
A moldagem corretiva é feita para corrigir 
pequenas imperfeiçoes deixadas pela 
moldagem funcional. 
 
• Materiais mais utilizados 
 
1) Pasta zincoenólica (pasta zoe/oze) 
 
- Baixo custo; 
- Facilidade da técnica; 
- Resultados excelentes; 
- Anelástico. 
 
Podemos usar cera de moldagem para fazer 
uma compressão do selado posterior (melhora 
a retenção da prótese total). 
 
2) Elastômeros (silicones, poliéteres e 
mercaptanas) 
 
- Aplicação de adesivos nas moldeiras; 
- Alto custo; 
- Elásticos; 
- Ideal para moldagens de rebordo muito 
retentivo ou com defeito ósseo; 
- Moldes precisos, praticamente sem bolhas. 
 
• Técnica de moldagem com a pasta 
zincoenólica 
 
- Vaselina nos lábios do paciente; 
- Comprimentos iguais das duas pastas (base e 
catalizadora); 
- Manipulação com espátula 24 ou 36, 
perpendicular a placa, movimentos circulares 
até a mistura se tornar homogênea; 
- Carregar a moldeira; 
- Levar a boca com uma pressão uniforme e 
constante; 
- Quando o material estiver totalmente rígido, 
retira em um movimento único; 
- Examinar o molde. Este deve apresentar cópia 
dos detalhes anatômicos e recobrir toda a 
moldeira. 
Rectangle
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 12 
• Encaixotamento do molde 
 
Seu objetivo é transferir para o modelo de 
trabalho não só os limites, como também a 
espessura ideal da borda da nova prótese. 
 
Técnica de encaixotamento do molde 
 
- Cortar 1cm de largura da cera utilidade, 
acomodá-la em sentido horizontal na face 
externa do molde abaixo do selado periférico, 
no selado posterior colocar a cera por baixo; 
- Colar uma faixa (2,5cm) de cera 7 ou 9 com 
espátula aquecida na cera utilidade; 
- Vazar gesso tipo IV; 
- Desencluir com água quente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 7 
 
Confecção do Plano de orientação 
 
Consiste no registro de cera feito no paciente.Individualização do plano de orientação 
 
O objetivo principal é recuperar, com o 
contorno do plano de orientação, a 
sustentação dos tecidos do terço inferior da 
face, perdida com as extrações dos dentes 
naturais. 
Dimensão vertical 
 
O paciente deve ficar sentado, em repouso, a 
90º. Com o compasso de Willis, medir o terço 
inferior da face (base do nariz a base do 
mento), depois medir o terço médio da face 
(comissura palpebral à comissura labial). Somar 
as duas medidas e dividir por dois (dimensão 
vertical de repouso). O resultado deve-se 
diminuir 3 a 4mm (que é a medida do espaço 
funcional livre), encontrando dessa forma a 
dimensão vertical de oclusão. Ex: 5cm (terço 
médio) + 3cm (terço inferior) = 8cm : 2 = 4cm -
3mm (EFL) = 3,7mm. 
 
 
 
 
 
 
Ajuste do plano de orientação – 
 arco superior 
 
1) Plano de Camper 
 
- Paralelismo com o plano oclusal; 
- Utilização da régua de Fox; 
- Retirada ou acréscimo de cera. 
 
 
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 13 
Figura 4. Articulador do tipo semi-ajustável. 
2) Plano Frontal 
 
- Perpendicular ao plano oclusal; 
- Observar o paciente de perfil; 
- Retirada ou acréscimo de cera. 
 
3) Trespasse Incisal 
 
4) Corredor Bucal 
 
 
 
5) Zona Neutra 
 
Ajuste do plano de orientação – 
arco inferior 
 
- Plano oclusal; 
- Curva de Spee; 
- Curva de Wilson; 
- Zona Neutra. 
 
Ajuste do plano oclusal de acordo com o 
superior. 
 
 
Ajuste final 
 
- Dimensão vertical; 
- Linhas de referência (média, alta do sorriso, 
canino e linha baixa do sorriso). 
 
Marcação das linhas 
 
Tamanho, altura e posição dos dentes. 
 
 
Aula 8 
 
Montagem dos modelos em 
articulador 
 
 Após ajustes e marcações das linhas de 
referências, devemos montar os planos de 
orientação juntamente com os modelos no 
articulador semi-ajustável para reproduzir a 
relação estética e dinâmica da mandíbula com 
a maxila. Com isso, os dentes artificiais serão 
montados de forma estética e funcional. 
 
Tipos de articuladores para Prótese total 
 
1) Charneira 
 
- Não deve ser utilizado, pois não simula os 
movimentos mandibulares; 
- Esse tipo de articulador só abre e fecha; 
- Não são precisos. 
 
 
Figura 3. Articulador do tipo charneira. 
2) Semi-Ajustáveis 
 
- É o mais indicado; 
- Reproduz as relações maxilomandibulares 
(abertura, fechamento, lateralidade e 
protrusão). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 14 
• Ajustes no ASA para PT 
 
- Côndilos (arco facial ou média) - 1,2,3 ou P, M, 
G; 
- Ângulo de lateralidade (Benett) em 15º; 
- Ângulo de protrusão em 30º; 
- Pino incisal em zero. 
 
 
 
Montagem do modelo superior 
 
• Arco facial 
 
 O arco facial é utilizado para registrar o 
posicionamento das arcadas em relação as 
ATMs no paciente e transferi-lo ao ASA, como 
também determina a distância intercondilar 
aproximada. 
 O uso do arco facial é importante para 
reabilitações anteriores de maxila. Auxilia o 
técnico na posição axial dos dentes. 
 Nas próteses totais, o arco facial não é 
imprescindível, pois o plano olcusal é 
determinado com o ajuste do plano de 
referência. Podemos usar uma mesa de 
montagem (Plano de Camper). 
 Alguns autores acreditam que o uso do 
arco não influencia o 
resultado final da PT. 
Já outros autores 
acreditam que o seu 
uso pode levar a 
erros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Montagem do modelo inferior 
 
- Os modelos deverão estar relacionados entre 
si em relação cêntrica; 
- As linhas anteriormente marcadas devem 
coincidir com as do plano superior. 
 
 
 
 
 
Sequência de montagem 
 
Antes de montar, deve-se ter: 
 
- Planos de orientação ajustados; 
- Mesa de Camper; 
- ASA com medidas ajustadas e modelos. 
 
1) Fixar a mesa de Camper; 
 
2) Posicionar o plano de orientação superior, 
coincidindo linha média do plano com a mesa 
de Camper; 
 
3) A borda vestibular do plano de orientação 
deve estar posicionada na linha ântero-
posterior mediana da mesa; 
 
4) Realizar retenções e hidratar os modelos de 
gesso; 
 
5) Modelo superior posicionado junto com o 
plano de orientação na mesa, manipulamos o 
gesso e colocamos sobre o modelo, prendendo 
o mesmo na placa superior; 
 
6) Após a presa do gesso, remover a mesa e 
prender o plano de orientação inferior no 
superior com auxílio de grampos, pasta lisanda, 
etc; 
 
7) Fixar com gesso o modelo inferior na placa 
(o articulador deverá permanecer de cabeça 
para baixo até a presa final do gesso). 
 
Figura 5. Arco facial. Figura 6. Mesa de camper. 
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 15 
Aula 9 
 
Seleção e montagem de 
dentes artificiais 
 
 Devemos prestar atenção e analisar o 
paciente como um todo. Deve-se sempre 
oferecer a ele um trabalho que seja o mais 
natural possível, e compatível com as 
características individuais. 
 
Tipos de dentes artificiais 
 
A maior preocupação é com o desgaste dos 
dentes artificiais. 
 
• Fatores determinantes 
 
- Frequência mastigatória; 
- Parafunção; 
- Tipo de dieta; 
- Força de mordida; 
- Ação de agentes de limpeza da prótese total. 
 
a) Dentes de porcelana 
 
Foi o primeiro material utilizado para dentes 
artificiais no século XIX. 
 
• Vantagens: 
 
- Alta dureza; 
- Durabilidade; 
- Estabilidade dimensional e de cor; 
- Resistência ao desgaste. 
 
• Desvantagens: 
 
- Alto custo; 
- Deslocamento da base da protése total (a 
porcelana tem pouca aderência a base de 
acrílico da PT); 
- Baixa resistência ao impacto; 
- Barulho entre os dentes. 
 
• Indicação 
 
- Quando o antagonista também é feito em 
porcelana. 
 
b) Dentes de resina 
 
Surgiram com o advento dos dentes plásticos 
em 1940. 
 
• Vantagens: 
 
- Presença de união química entre os dentes e 
a base da prótese; 
- São resistentes à rachadura; 
- Maior resistência flexural e ao impacto; 
- Contato oclusal agradável e mnos trauma ao 
rebordo; 
- Facilidade nos ajustes oclusais. 
 
• Desvantagens: 
 
- Baixa tolerância ao maior bucal; 
- Desgaste; 
- Não possui estabilidade de cor; 
- Absorvem odores. 
 
Seleção dos dentes artificiais 
 
 Os dentes artificiais devem apresentar-
se em harmonia com as características 
biotipológicas que orientaram os ajustes dos 
planos de orientação. A seleção dos dentes 
deve ser criteriosa. 
 
a) Seleção dos dentes anteriores 
 
A seleção começa pelos dentes anteriores. De 
acordo com as linhas marcadas nos planos de 
orientações. 
 
 
 
 
 
 
Rectangle
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 16 
• Critérios para seleção 
 
1) Tamanho 
 
Técnica da Dinâmica Labial – Idealizada por 
Clapp em 1908. Técnica de fácil execução e não 
é necessário instrumentos específicos. Busca a 
filosofia do paciente. Nessa técnica são feitas 
marcações de linhas. A linha alta do sorriso até 
a incisal equivale a 
altura do dente, a linha 
de canino equivale a 
largura e a linha média 
determina a posição 
dos dentes no arco. 
 
 
 
 
 
2) Formato 
 
 Williams em 1914 
relacionou a forma dos 
incisivos centrais à do 
rosto dos indivíduos. 
Existem 3 formas básicas 
de dentes artificiais. 
 A forma do rosto deve ser avaliada de 
frente. Deve-se marcar 3 linhas 
(imaginárias) na face do 
paciente: 
 
- Cabelo; 
- ATMs; 
- Ângulos da mandíbula. 
 
 Formato de acordo quanto o sexo: as 
mulheres possuem dentes mais arredondados, 
enquanto que os homens possuem dentes mais 
retos. 
 Perfil: convexo (geralmente mulheres 
apresentam a bossa vestibular mais acentuada. 
Os homens geralmente apresentam o perfil 
mais plano. 
 
 
 
3) Cor 
 
- Idade; 
- Raça; 
- Escala; 
- Iluminação. 
 
b) Seleção dos dentes posteriores 
 
Tabela de equivalência (carta-molde), 
acompanham os dentes anteriores. 
Selecionados os dentes artificiais, deve-se 
anotar na ficha do paciente (modelo e cor). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 17 
Aula 10Inclusão - gengiva artificial 
 em prótese total 
 
 A gengiva artificial é a porção de resina 
acrílica que prende os dentes à base da prótese 
total, formando com esta um corpo único após 
a prótese concluída. 
 A gengiva artificial desempenha um 
papel importante na estética: favorece o 
suporte labial, e a gengiva funciona como uma 
moldura para os dentes. 
 Contorno, textura e cor da gengiva, 
podem influenciar na percepção do arranjo 
dentário. 
 Após o enceramento da prótese e a 
prova dos dentes montados em cera, este 
conjunto irá para mufla, onde será incluído e 
substituído por resina acrílica nova. 
 
Individualização dos 
contornos dentários 
 
 Após montagem dos dentes em cera, 
feita pelo protético, a prótese é enviada para o 
CD para que seja realizada a consulta de prova 
de dentes em cera. O paciente deve fazer sons 
sibilantes, e deve-se verificar se todos os 
dentes se tocam, o sorriso, a linha média e se o 
paciente aprovou, nessa etapa é importante 
observar os contornos dentários, se a cera está 
ocupando o espaço da ameia, deve-se passar 
fio dental entre os dentes. 
 
 
 
 
 
 
Moldagem final 
 
 Moldagem feita com o paciente em 
oclusão. Não é realizada em todos os pacientes, 
somente quando a prótese estiver 
completamente solta. 
 Essa moldagem é feita com pasta 
zincoeunólica ou silicone leve. Obs: deve-se 
passar vaselina na parte externa da prótese. 
Não colocar excesso de material. 
 
Individualização da cor gengival 
 
 A gengiva inserida e as proeminências 
radiculares são geralmente mais claras e as 
papilas interdentais e mucosa alveolar mais 
escuras. Pessoas negras possuem mais 
melanina. 
 As superfícies polidas podem ser 
caracterizadas para ter um aspecto pontilhado 
(casca de laranja). 
 
Oclusão em prótese total 
 
 Oclusão balanceada bilateral – Baseia-
se na existência de contatos bilaterais 
simultâneos, tanto em relação cêntrica como 
nos movimentos excêntricos, lateralidade e 
protrusão. 
 
• Oclusão ideal em prótese total: 
 
- Cúspides baixas; 
- Estabilidade em relação cêntrica; 
- Movimentos excêntricos facilitados; 
- Dentes montados de acordo com o formato 
do rebordo. 
 
 Oclusão balanceada unilateral – Os 
dentes contatam-se em um padrão de 
desoclusão semelhante a uma função em 
grupo, independentemente da existência ou 
não de contatos de balanceio no lado oposto da 
arcada. 
 
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 18 
Sequência de inclusão 
 
1) Vaselinar as superfícies internas da mufla; 
 
 
 
2) Hidratar o modelo e posicionar ao centro da 
mufla (o modelo de trabalho que foi obtido a 
partir da moldagem funcional e corretiva); 
 
3) Manipular o gesso e colocar na base da 
mufla; 
 
 
 
4) Introduzir o modelo com a base e dentes 
montados em cera a massa de gesso. A chapa 
de prova deverá ficar livre de gesso. Deve-se 
dar forma lisa e expulsiva no gesso, para 
facilitar a abertura da mufla; 
 
5) Após a presa do gesso, deve-se fazer uma 
muralha de silicone. Manipular o silicone (de 
laboratório) e cobrir toda a chapa de prova e os 
dentes artificiais, estando somente as pontas 
dos dentes sem cobertura; 
 
 
 
Obs: a muralha de silicone serve para que os 
dentes não saiam da posição durante a 
eliminação da cera e copiar a caracterização 
feita na cera onde os dentes estavam 
montados, ameias, contorno gengival, para a 
prótese definida. 
 
6) Isolar o gesso de preenchimento com 
isolamente para gesso; 
 
7) Ajustar a contramufla (2ª parte da mufla) e 
preenche-la totalmente de gesso; 
 
8) Tampar a mufla, parafusa-la e aguardar a 
presa do gesso. Deve-se observar se os bordos 
estão adaptados; 
 
 
 
9) A eliminação da cera é realizada logo após a 
presa do gesso totalmente concluída. Esse 
procedimento pode ser da forma convencional 
(em banho maria) ou micro-ondas. A cera irá 
derreter, deixando um espaço. Ao abrir a 
mufla, na base estará o modelo grudado no 
gesso, acrílico e os restos de cera e no lado da 
contra-mufla estarão os dentes grudados no 
gesso novo, pelas pontas. 
 
 
 
 
 
10) Prensagem da resina acrílica 
(termopolimerizável). Deve-se manipular e 
colocar dentro da contra-mufla, nas cervicais 
dos dentes. E deve-se retornar com a base da 
mufla, agora sem os restos que sobraram nela, 
somente com o modelo de trabalho, que irá 
penetrar na resina acrílica e parafusa a mufla 
novamente; 
 
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 19 
 
 
 
 
11) Banho maria novamente (ao abrir, a 
prótese estará pronta e acrilizada dentro do 
silicone); 
 
12) Acabamento e polimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 11 
 
Condicionador de tecidos gengival 
 
O que é um condicionador? 
 
 É um material leve, resiliente e 
reembasador temporário ou permanente que 
age reduzindo e distribuindo a carga na mucosa 
onde se apoia a prótese. 
 
Tipos de condicionador 
 
1) À base de silicone; 
2) À base de resina acrílica. 
 
Composição química 
 
1) À base de silicone (adição e condensação) 
 
- Polímeros de dimetil siloxano. 
 
2) À base de resina acrílica 
 
- Pó: polímero de metilmetacrilato. 
- Líquido: monômero metilmetacrilato, 
plastificante di n-butilftalato. 
 
Materiais a base de resina acrílica 
 
• Desvantagens: 
 
Possuem solubilidade e absorção de água, 
podendo causar: 
 
- Descolamento do reembasador; 
- Distorções e perda da maciez; 
- Porosidade e retenção bacteriana. 
 
Indicações 
 
- Tratamento do tecido traumatizado pelo uso 
de próteses totais ou parciais com falta de 
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 20 
adaptação. Quando é necessário regredir o 
estado inflamatório do tecido para um estado 
de saúde; 
 
 
 
- Moldagem funcional com vistas a um 
reembasamento ou a confecção de uma nova 
prótese total; 
 
 
 
- No pré-operatório de cirurgias de tecido 
moles traumatizados no intuito de eliminar a 
inflamação; 
 
 
 
- No período de osteointegração de implantes; 
 
 
 
- Pacientes com rebordo alveolar altamente 
reabsorvido e a mucosa oral que recobre o 
rebordo apresenta-se fina e pobre resiliência; 
 
 
 
 
 
 
- No pós-operatório de cirurgia pré-protética. 
 
 
 
Prótese total imediata 
 
• Vantagens 
 
- Reembasador macio; 
- Absorve 60% das cargas mastigatórias; 
- Êxito no rendimento das funções e conforto 
ao paciente 
 
1) Sequência de um reembasamento direto 
 
 
 
 
 
2) Reembasamento indireto 
 
 
 
Material resiliente ideal 
 
- Facilidade de processamento; 
- Baixa absorção de água; 
- Estabilidade dimensional; 
- Boa adesividade à base de resina acrílica; 
- Resistência à abrasão; 
- Possibilitar polimento adequado; 
- Resiliência permanente. 
Rectangle
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 21 
Aula 12 
 
Prótese total imediata 
 
O que é prótese total imediata? 
 
 É uma prótese confeccionada sobre um 
modelo de gesso obtido antes da exodontia de 
todos os elementos dentários remanescentes e 
instalada (colocada) na boca do paciente 
imediatamente após a referida cirurgia. 
 
Indicações 
 
- Pacientes que não podem fica edentados, 
ainda que por pouco tempo, por razões 
diversas (social, laboriosa, pessoal); 
 
- Pacientes com periodontopatias em estágio 
muito avançado (maior percentual); 
 
- Pacientes com infecções periopicais 
generalizadas. 
 
vantagens 
 
- Controle da hemorragia; 
- Proteção contra traumatismos; 
- Proteção contra infecção do exterior; 
- Cicatrização mais rápida; 
- Comodidade (diminuição da dor); 
- Melhora na fonação; 
- Transição menos perceptível dos dentes 
naturais para os artificiais; 
- Recuperação pós-operatória; 
- Maior facilidade na alimentação no pós-
operatório; 
- Minimiza as alterações do sistema neuro-
muscular (ATM); 
- Adaptação (aprendizado) mais rápida; 
- Estética. 
 
 
Desvantagens- Maior número de consultas; 
- Maior custo; 
- Impossibilidade de prova estética; 
- Adesão insuficiente; 
- Necessidade de reembasamento para 
compensar a retração cicatricial; 
- Necessidade de substituição em 03 a 06 
meses; 
- Cuidados pós-operatórios. 
 
Cuidados pós operatórios imediatos 
 
- Cobertura com antibióticos, anti-
inflamatórios (de acordo com cada situação); 
- Não retirar a prótese nas primeiras 24h; 
- Evitar esforço físico e calor; 
- Repouso relativo (cabeça elevada); 
- Dieta líquida-pastosa; fria ou gelada; 
- Aplicação de gelo 15 min/15min); 
- Programa de higienização da prótese e do 
rebordo operado. 
 
Cuidados pré-operatórios para confecção 
de uma prótese imediata 
 
- Exame clínico; 
- Anamnese (estado geral de saúde); 
- Modelo de estudo; 
- Diagnóstico da real necessidade de exodontia 
dos elementos remanescentes; 
- Ampla cooperação e concordância por parte 
do paciente das dificuldades e limitações desse 
tipo de reabilitação. 
 
Sequência clínica da confecção de 
 uma prótese total imediata 
 
1) Exame clínico 
2) Anamnese (estado geral de saúde) 
3) Exame radiográfico 
Rectangle
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 22 
4) Modelo de estudo (moldagem 
anatômica) 
 
 
 
 
 
 
Figura 6. Alívio em cera na região dos dentes permanentes 
para confecção da moldeira individual. 
5) Confecção da moldeira individual; 
 
 
Figura 7. Moldeira individual pronta já com o selamento 
periférico (godiva). 
6) Moldagem funcional 
 
 
Figura 8. Moldagem funcional. 
7) Registro da oclusão/ determinação da 
DVO (plano de orientação) e seleção de 
cor dos dentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12. É possível observar que não houve perda da DVO. 
 
Figura 13. Planos de orientação removidos da boca e 
adaptados aos modelos de trabalho. 
8) Prova com os dentes 
 
 
 
 
 
 
 
9) Seleção da cor da gengival (opcional) 
 
 
Figura 16. Seleção de cor da gengiva através da escala de cor 
da Técnica de Tomaz Gomes. 
Figura 5. Moldagem anatômica do arco inferior e 
modelo anatômico do arco superior. 
Figura 9. Plano de orientação superior e inferior 
sobre o modelo de trabalho. 
Figura 11. Prova de cera 
superior (régua de Fox - 
Curva de Spee). 
Figura 10. Planos de 
orientação ajustados e presos 
um ao outro com grampos. 
Figura 14. Dentes montados nos modelos de 
trabalho para prova. 
Figura 15. Prova com dentes na boca. 
Rectangle
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 23 
10) Acrilização da prótese total 
 
 
 
11) Exodontia dos elementos 
remanescentes 
 
 
 
12) Instalação da prótese imediatamente 
após a exodontia 
 
 
 
13) Ajustes 
 
Referências: 
 
• Material de apoio cedido pelos professores 
da disciplina; 
• WILSON, H. J. Materiais dentários e suas 
aplicações clínicas. São Paulo: Santos, 1989. 
Cp. 9, p. 101-9. 
• Telles, D. D. M., Hollweg, H., & Barbosa, L. D. 
C. (2003). Prótese total convencional e sobre 
implantes. In Prótese total convencional e 
sobre implantes. 
 
 
 
 
 
Recado para você que adquiriu essa apostila: 
 
Caso tenha alguma dúvida, entre em contato 
comigo ou tire essa dúvida com algum 
professor. Talvez possa ter coisas diferentes da 
forma que você aprendeu, mas isso não quer 
dizer necessariamente que eu ou você 
estejamos errados. Professores e autores têm 
diferentes pontos de vista as vezes. 
Essa apostila não pode ser vendida por 
terceiros e nem plagiada. Plágio é crime de 
violação aos direitos autorais no Art. 184. 
Obrigado e bons estudos! :) 
 
E-mail p/ contato: 
hurianmachado@hotmail.com 
 
Ah, se por acaso você postar algum story no 
Instagram estudando por essa apostila, me 
marca para que eu reposte :) 
 
Instagram: @DOUTOR_SORRISO 
 
 
 
 
 
 
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